TRINTA E SEIS CAPACHOS PERSAS 1. Comecemos no interior da casa, imaginando um belo tapete persa e um facão. O tapete mede, digamos, três por seis metros. Isso nos dá dezoito metros quadrados de tecido inviolado. O facão está bem afiado? Se não estiver, trazemos também uma pedra de amolar. Passamos a cortar o tapete em 36 peças retangulares iguais, cada uma medindo um metro por cinqüenta centímetros. Não precisamos nos preocupar com o piso de madeira de lei. As fibras, ao rasgarem-se, emitem pequenos ruídos de distensão, como os gritos abafados de tecelões persas ultrajados. Mas também não devemos nos importar com os tecelões. Quando terminamos de cortar, medimos cada peça, somamos suas áreas e, veja só, constatamos que continuamos com dezoito metros quadrados de um material que inegavelmente se parece com tapete. Mas o que isso significa? Será que obtivemos 36 belos capachos persas? Não. Tudo que nos restou foram três dúzias de fragmentos esfarrapados, cada um deles sem valor em si, que já começam a se desfazer. Se levarmos agora a mesma lógica para fora da casa, começaremos a entender por que o tigre, Panthera tigris, desapareceu da ilha de Bali. Lançaremos uma luz sobre a inexistência de raposas-vermelhas, Vulpes vulpes, no Parque Nacional Bryce Canyon. A mesma lógica nos ajudará a deslindar por que a onça-pintada, a suçuarana e 45 espécies de aves foram extirpadas de uma ilha chamada Barro Colorado, e por que miríades de outras criaturas estão misteriosamente ausentes de miríades de outros locais. Um ecossistema é uma tapeçaria de espécies e relações. Se cortarmos e removermos esta seção, ou isolarmos aquela ali, veremos que o conjunto todo começa a se desemaranhar. Há trinta anos ecólogos profissionais murmuram que os ecossistemas estão se desemaranhando. Muitos desses cientistas, fascinados pelo fenômeno, foram com o tempo se mostrando cada vez mais preocupados. Tentaram estudá-lo no campo, usando redes de neblina, anéis identificadores em aves, arapucas de caixa, coleiras de radiofreqüência, quetamina, brometo de metila, formol, pinças. Tentaram prever o rumo que os fatos podem tomar, usando abstrações elaboradas processadas em seus computadores. Alguns ficaram lívidos com o que viram - ou pensaram ver - do futuro. Discordaram de seus colegas sobre particularidades, argumentando com ferocidade em periódicos científicos. Alguns fizeram advertências públicas, dirigidas a governos ou às pessoas em geral, mas usaram uma linguagem genérica a fim de poupar os nãocientistas de intricados detalhes persuasivos. Outros rebateram o alarmismo ou, em alguns casos, emitiram alertas contrários. Mas, basicamente, os cientistas têm conversado apenas entre si. Inventaram novos termos para o desemaranhamento dos ecossistemas. Relaxação para o equilíbrio é um deles, talvez o mais eufemístico, no mesmo sentido em que nosso corpo - com sua complexa organização e sua aparente refutação da entropia - relaxará rumo ao equilíbrio do túmulo. Colapso faunístico é outro, que nem sequer se digna a incluir o colapso florístico, outra categoria que também está em pauta. Thomas E. Lovejoy, um ecólogo tropical da Smithsonian Institution, mereceu o direito de cunhar um termo próprio, decaimento de ecossistemas. Sua metáfora tem um tom mais científico do que meu tapete persa fatiado. O que ele quis dizer é que um ecossistema - sob certas condições especificáveis - perde diversidade do mesmo modo que uma massa de urânio verte elétrons. Como um gotejamento incessante, extinções ocorrem, constantemente, sem nenhuma causa evidente. Espécies desaparecem. Categorias inteiras de plantas e animais deixam de existir. Quais são as condições especificáveis? Pretendo descrevê-las ao longo deste livro, e também investir contra a ilusão de que os ecossistemas decaem sem causa. O termo de Lovejoy é carregado de ressonâncias históricas. Basta pensarmos no decaimento radioativo nos anos de inocência do início do século XX, antes de Hiroshima, antes de Alamogordo, antes que Hahn e Strassmann descobrissem a fissão nuclear. Decaimento radioativo, naquele tempo, era apenas um fenômeno que intrigava um pequeno punhado de cientistas - entre eles, o jovem Robert Oppenheimer. O mesmo acontecia, até recentemente, com o decaimento ecossistêmico. Embora os cientistas murmurassem, o público em geral não ouvia praticamente nada. Colapso faunístico? Relaxação para o equilíbrio? Mesmo pessoas bem informadas, com um mínimo de afeição pelo mundo natural, não se dão conta dessa nova e sinistra idéia que está se impondo ao mundo. E você, leitor? Talvez tenha lido algo, talvez se preocupe com a extinção das espécies. Pombos-passageiro, araus-gigantes [Pinguinus impennis], dugongos de Steller [Hydrodamalis gigas], cervos de Schomburgki, visons marinhos, raposas das Malvinas, periquitos-da-carolina: todos extintos. Talvez saiba que a proliferação humana neste planeta, o nosso consumo voraz de recursos e as radicais transformações que impusemos ao espaço geográfico estão provocando um cataclismo de extinções que prenuncia ser o pior evento desse tipo desde o fim dos dinossauros. Talvez você esteja acompanhando a destruição das florestas tropicais com pesar genuíno, ainda que distante. Talvez saiba que o gorila-das-montanhas, o condor da Califórnia e a pantera da Flórida cambaleiam no limiar da extinção. Talvez até saiba que o futuro da população de ursos-pardos no Parque Nacional Yellowstone é extremamente precário. Talvez se inclua entre as pessoas bem informadas e gravemente preocupadas com o catastrófico desaparecimento da diversidade biológica em todo o mundo. Entretanto, mesmo assim, é muito provável que desconheça algumas peças cruciais para ter um quadro completo da situação. É provável que você ainda não tenha ouvido o que os cientistas andam murmurando sobre o decaimento dos ecossistemas. E é igualmente provável que saiba pouco ou nada sobre uma disciplina aparentemente marginal conhecida como "biogeografia de ilhas". O HOMEM QUE CONHECIA ILHAS 2. Biogeografia é o estudo dos fatos e padrões de distribuição das espécies. É a ciência que se ocupa de onde os animais e plantas estão e onde não estão. Na ilha de Madagascar, por exemplo, viveu em tempos passados uma criatura de três metros de altura, semelhante à avestruz, que pesava meia tonelada e andava penosamente sobre um par de pernas elefantinas. E era uma ave. Quinhentos quilos de ossos, carne e penas. Não se tratava de um monstro hipotético nem de alguma fantasia implausível de Heródoto ou Marco Polo. Vi o seu esqueleto num museu decrépito em Antananarivo. Vi também os seus ovos de quase oito litros. Os paleontólogos a conhecem como Aepyornis maximus. A espécie sobreviveu até poucos milênios atrás, quando seres humanos chegaram em Madagascar e começaram a persegui-la, caçá-la, transformar o ecossistema ao qual pertencia e apanhar seus ovos copiosos. Há mil anos, a Aepyornis maximus existia apenas naquela ilha; hoje, não existe em lugar algum. Afirmações como essa pertencem ao âmbito da biogeografia. Se praticada por cientistas conscienciosos, a biogeografia faz mais do que perguntar Quais espécies? e Onde?. Também pergunta Por quê? e, o que às vezes é ainda mais crucial, Por que não?. Outro exemplo. A ilha de Bali, um pequeno outeiro de rocha vulcânica e rebuscados socalcos de arrozais, perto do extremo oriental de Java, na Indonésia, sustentava outrora uma subespécie singular de tigre, o Panthera tigris balica. Java, ali perto, possuía uma subespécie diferente, o Panthera tigris sondaica. E na ilha de Lombok, apenas 32 quilômetros pelo mar a leste de Bali, não havia nenhum tigre nativo. Hoje, o tigre balinês não existe em lugar algum, nem mesmo em zoológicos. Foi extinto por uma complexa combinação dos mesmos fatores de sempre. O tigre javanês também está provavelmente extinto, embora alguns pesquisadores nutram uma tênue esperança em contrário. Sumatra ainda possui alguns tigres, pertencentes a outra subespécie. Tigres também podem ser encontrados em certas regiões da Ásia continental, mas não no noroeste do continente - nem na África ou na Europa. Em épocas passadas, o território dos tigres chegava, a oeste, até a Turquia. Não mais. E Lombok, que não é menor que Bali e possui florestas não menos convidativas, continua tão carente de tigres como sempre. Por quê, por que não? São esses fatos, e as suas explicações, que constituem a biogeografia - e quando o mesmo tipo de atenção é voltado especificamente para ilhas, temos a biogeografia de ilhas. A biogeografia de ilhas, fico feliz em anunciar, é uma ciência repleta de emoções fortes. Muitas das formas de vida mais espalhafatosas do mundo, animais e vegetais, ocorrem em ilhas. Encontramos nelas gigantes, anões, exímios artistas da permutação e nãoconformistas de todo tipo. Essas criaturas improváveis habitam terras forâneas, as zonas mais isoladas e remotas do planeta e da imaginabilidade, e conferem uma definição biológica vívida à palavra "exótico". Em Madagascar, habita uma espécie de camaleão de menos de três centímetros, o menor do planeta (e os camaleões já são os menores vertebrados terrestres que existem). Madagascar também abrigava um hipopótamo pigmeu, hoje extinto. Na ilha Komodo, o lagarto agigantado que leva seu nome e se move furtivamente, sequioso de carne, é apropriadamente apelidado de "dragão". Em Galápagos, uma iguana oceânea apascenta-se de algas debaixo d'água, escarnecendo das limitações usuais da fisiologia e do comportamento reptilianos. No planalto central da Nova Guiné, podemos vislumbrar a ave-do-paraíso-de-rabo-de-fita, não maior que um corvo, que arrasta um par de plumas gritantes e alongadas em sua cauda estirada, como bandeirolas brancas no rabo de uma pipa, enquanto voa pesadamente sobre uma clareira. Em uma minúscula ilha de coral chamada Aldabra, no oceano Índico, vive uma espécie de tartaruga gigantemenos famosa mas não menos imponente do que as de Galápagos. Em Santa Helena, ao menos até recentemente, existia uma espécie de lacrainha gigante - o maior e, com certeza, o mais repulsivo inseto dermáptero do mundo. Java possui uma espécie própria de rinoceronte, também pigmeu. O Havaí tem seus nectarívoros, um grupo enorme de pássaros bizarros que não são encontrados em nenhum outro lugar. A Austrália, é claro, tem seus cangurus e outros marsupiais, enquanto a ilha-Estado da Tasmânia tem seu diabo, seu bettong [canguru-rato pigmeu, Bettongia gaimardi], seu pademelon [canguru pequeno de rabo curto, Thylogale billardieri] e seu quoll [gato-marsupial de cauda manchada, Dasyurus maculatus] - marsupiais esquisitos demais até para a Austrália continental. Na ilha de Santa Catalina, no golfo da Califórnia, habita uma cascavel sem guizos. A Nova Zelândia tem a tuatara [Sphenodon puctatus], a última espécie sobrevivente de uma ordem de répteis bicancudos que floresceu no Triássico, antes do apogeu dos dinossauros. Maurício, antes da invasão européia, tinha o dodô. A lista poderia continuar, sem prejuízo do grau de esquisitice. O fato é que ilhas são abrigos e áreas de acasalamento para o estrambótico e o anômalo. São laboratórios naturais de extravagante experimentação evolucionária. A biogeografia de ilhas é, pois, um catálogo de excentricidades e superlativos. E é por isso que as ilhas, essas terras forâneas, sempre desempenharam um papel central no estudo da evolução. O próprio Charles Darwin foi um biogeógrafo de ilhas antes de se tornar darwinista. Alguns dos outros grandes pioneiros da biologia evolutiva - notadamente Alfred Russel Wallace e Joseph Hooker - também obtiveram seus melhores insights ao realizarem pesquisas de campo em ilhas remotas. Wallace passou oito anos coletando espécimes no arquipélago Malaio, o império de ilhas (e, portanto, de diversidade biológica) hoje conhecido como Indonésia. Hooker, como Darwin, teve a sorte e os contatos necessários para garantir um lugar a bordo de um dos navios de Sua Majestade, no caso o Erebus, enviado (como o Beagle de Darwin) em uma expedição exploratória ao redor do mundo, o que lhe permitiu visitar a Tasmânia, a Nova Zelândia e uma pequenina e interessante protuberância chamada ilha Kerguelen, situada a meio caminho entre a Antártida e lugar nenhum. Décadas depois, Hooker ainda continuava publicando estudos das plantas da Nova Zelândia e de suas outras paradas insulares. A corrente iniciada por Darwin, Wallace e Hooker prosseguiu no século XX, e importantes estudos foram realizados na Nova Guiné, no sudoeste do oceano Pacífico, no Havaí, nas Índias Ocidentais e em Krakatoa (Krakatau) após a grande erupção. Esses esforços atingiram certa culminância - ou, pelo menos, o seu "ponto de ruptura" com um pequenino e denso volume intitulado The theory of island biogeography [A teoria da biogeografia de ilhas], publicado em 1967, uma tentativa ousada, fecunda e provocativa de dois jovens de fundir biogeografia e ecologia e transformá-las em uma ciência matemática. Aonde quer que este nosso livro nos leve, nunca estaremos longe daquela obra. Os dois jovens eram Robert MacArthur e Edward O. Wilson. Eles deduziram sua teoria, em parte, dos padrões de distribuição de espécies de formigas que Wilson encontrara nas ilhas da Melanésia. Ilhas são particularmente instrutivas porque sua área limitada e seu isolamento inerente combinam-se para realçar claramente os padrões da evolução. Esta é uma verdade tão importante que urge repeti-la: as ilhas esclarecem a evolução. Numa ilha, podemos encontrar tartarugas gigantes, aves que não voam e pesam meia tonelada, camaleões e hipopótamos pigmeus. No geral, também encontramos menos espécies e, portanto, menos relações entre espécies, bem como mais casos de extinção de espécies. Todos esses fatores resultam num ecossistema simplificado, quase uma caricatura da complexidade cabal da natureza. Conseqüentemente, as ilhas são excelentes cartilhas de biologia evolutiva, que ajudam os cientistas a dominar o vocabulário e a gramática necessários para entender a prosa mais complexa dos continentes. A origem das espécies e The theory of island biogeography são apenas dois entre muitos marcos do pensamento biológico que devem sua existência à contemplação das ilhas. Outro referencial é Island life [Vida insular], o primeiro grande compêndio de biogeografia de ilhas, publicado por Wallace em 1880. Alfred Russel Wallace era um inglês modesto, de origem humilde, o oitavo filho de pais bondosos e afáveis, porém erradios. Seu pai formou-se advogado, mas nunca exerceu a profissão, preferindo trabalhar como bibliotecário, dedicar-se a empreendimentos comerciais desastrosos e cultivar legumes. Depois que Wallace pai dissipou sua herança em maus investimentos, a família não conseguiu mais se manter na classe média e, aos catorze anos, o jovem Alfred teve de abandonar a escola e começar a trabalhar. Aprendeu o ofício de agrimensor e chegou a dar os primeiros passos rumo a uma vida de labuta árdua, honesta e tacanha, mas conseguiu escapar desse destino. Educou-se por conta própria, em horas surrupiadas à noite em institutos de trabalhadores e bibliotecas públicas. Por fim, escapou do seu nicho e da própria Inglaterra, numa aventura impetuosa de juventude, e acabou se tornando o maior biólogo de campo do século XIX. A maioria das pessoas, se chegou a ouviu falar dele, conhece-o apenas como o homem que se deparou com a idéia mais famosa de Darwin pouco antes de o próprio Darwin finalmente publicá-la. Charles Darwin era de uma geração anterior e retornara de sua viagem altamente instrutiva a bordo do Beagle vinte anos antes. Concebeu sua grande teoria logo depois que voltou, mas eram noções hereges naquele início da era vitoriana - e Darwin era um homem cauteloso, que passou vinte anos acalentando-a em segredo. A idéia herética, especificamente, era esta: que as espécies evoluem, umas das outras, em linhagens contínuas mas continuamente mutáveis, mediante um processo de luta competitiva e sobrevivência diferencial, que ele denominou "seleção natural". Outros antes dele (entre os quais Jean-Baptiste Lamarck, Georges Buffon e o próprio avô de Charles, Erasmus Darwin) haviam nutrido a idéia de que as espécies se formam por algum tipo de evolução. Entretanto, nenhum desses evolucionistas apresentara uma explicação convincente de como as espécies evoluem, pois nenhum conseguira chegar ao conceito de seleção natural. Esse conceito permaneceu o insight secreto de Darwin, seu tesouro intelectual cuidadosamente guardado, ao qual dedicou duas décadas coletando meios de comprová-lo e elaborando argumentos em sua defesa. Certo dia, porém, Darwin recebeu pelo correio o manuscrito de um jovem e obscuro naturalista chamado Wallace - que, para seu horror, delineava o mesmo precioso conceito, que Wallace inferira por caminhos independentes. Por um breve período de agonia, Darwin acreditou que esse jovem o havia eclipsado e se apropriara da obra de sua vida - reivindicando, com justiça, prioridade. Porém, com a colusão de Joseph Hooker, Wallace e Darwin acabaram anunciando o conceito simultaneamente. Por diversos motivos - alguns plausíveis, outros mesquinhos -, Darwin recebeu a maior parte do reconhecimento e Wallace, por conseguinte, é famoso por ter sido obscurecido. Esta, porém, é apenas a versão caricata de uma história complexa e perturbadora. A caricatura deixa de fora muita coisa, inclusive o papel de Alfred Russel Wallace como patriarca da biogeografia. Darwin foi inegavelmente um pensador mais requintado. Hooker tornou-se o botânico mais preeminente do seu tempo. Wallace, bem mais tarde na vida, envolveu-se em alguns interesses estrambóticos (a Sociedade pela Nacionalização da Terra, uma cruzada antivacinação e o espiritismo), que facilitaram aos historiadores a tarefa de tratá-lo de modo injusto. Não obstante, ele continua sendo a figura mais heróica e cativante - pelo menos para o meu gosto idiossincrático. (Com certeza, também sou influenciado pelo fato de que Wallace, ao contrário de Darwin e Hooker, era um pesquisador autônomo de parcos recursos.) Em 13 de junho de 1856, 21 dias depois de partir de Cingapura em uma escuna chamada Rose of Japan, Wallace desembarcou na ilha de Bali. Ele estava apenas de passagem, a caminho da ilha Célebes, mais a leste. A parada em Bali durou dois dias. Seguindo sua rotina habitual, Wallace coletou algumas aves e insetos, e explorou a paisagem. Depois, voltou para o Rose of Japan e cruzou o estreito para chegar a Lombok. Em distância física, foi uma viagem curta.