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Pantanal
- Localização
O Pantanal estende-se pelos territórios do Mato-Grosso (região sul), MatoGrosso do Sul (noroeste), Paraguai (norte) e Bolívia (leste). Ao todo são
aproximadamente 228 mil quilômetros quadrados. Todo o Pantanal faz parte da Bacia
do Rio Paraguai, com 1.400 Km de extensão em território brasileiro.
- Clima
O clima do Pantanal é úmido (possui um alto índice pluviométrico), sendo
quente no verão e seco e frio no inverno. O clima dessa região pode ser dividido em
quatro estações diferentes: seca (que vai junho a setembro), enchente (de outubro a
dezembro), cheia (que dura de janeiro a março) e vazante (abril e maio). Os fatores
que influenciam as condições climáticas são a latitude, altitude, topografia, distância
do mar, correntes oceânicas, tipo de densidade de vegetação e condições do solo.
- Ambiente
O solo do pantanal é em geral pobre e por vezes com quantidades grandes de
sal. Este sal se deve ao fato da região do Pantanal ter sido mar antes do aparecimento
dos Andes.
As características do solo pantaneiro são resultado das constantes inundações:
como há excesso de água, a decomposição de matéria orgânica se dá de forma mais
lenta e difícil, o que diminui a fertilidade.
- Ambiente Biológico
* Fauna
São encontradas muitas espécies de aves, peixes, mamíferos, répteis e
anfíbios. Aves e peixes são os que mais apresentam espécies. Existe ainda no
pantanal uma infinidade de invertebrados: formigas, cupins, aranhas e mosquitos.
Há uma média de 650 espécies de aves (tucano, araras, garça, tuiuiu...), 330
de peixes (pacu, peixe dourado, curimbatá...), 130 de mamíferos (bicho-preguiça,
capivaras, ariranhas...), 100 de répteis (jacaré do pantanal, cobras...) e 50 de anfíbios
(sapos...).
* Flora
A flora do Pantanal muda constantemente com a época da seca e das cheias.
Há uma média de 3.500 espécies de plantas no Pantanal.
Em locais não alagáveis (locais mais altos) aparecem árvores grandes que
nos meses de julho a agosto, geralmente, florescem. São exemplos dessas plantas os
ipês, buritis, carandá...
Nos terrenos alagáveis (planícies), constantemente são encontrados vegetais
aquáticos flutuantes (aguapé, erva-de-santa-luzia...), vegetais fixos com folhas imersas
(sagitária...) e plantas que permanecem submersas (cabomba, utriculária...).
Os campos limpos são áreas abertas cobertas por gramíneas. Essas áreas
são comuns em partes mais baixas do Pantanal que sofrem inundações a cada
estação de cheia e são conhecidas como vazantes.
Nas matas de galeria ou ciliares, que ficam nas margens dos rios, cresce
uma floresta mais densa.
Existem ainda as matas conhecidas como paratudais. Nestas matas
crescem árvores com cascas espessas, rugosas e com galhos retorcidos. Nelas
predominam os ipês-amarelos, conhecidos na região também como paratudo, o
que deu nome a este tipo de vegetação.
- Adaptações da Fauna e Flora
*Fauna
A alternância de longas estiagens e de grandes enchentes é o mecanismo
regulador que exerce um perfeito controle sobre a atividade da maior parte dos
abundantes seres vivos que habitam o Pantanal, que possui a maior
concentração de fauna das Américas tanto quanto as formas, como ao número de
indivíduos.
As aves especialmente as aquáticas, são as mais adaptadas às condições
ambientais da região do Pantanal. Devido a sua grande facilidade de deslocamento
podem aproveitar ao máximo os ciclos de "enchentes"' e "vazantes".
No período de “vazantes” estabelecem-se então os chamados "viveiros" ou
"ninhais" que são locais de nidificação formados pela vegetação alta da margem das
lagoas, são compostos por cabeça-secas (Mycteria americana), garças brancas
(Casmerodius albus e Egretta thula), colhereiros (Ajaia ajaja), maguaris (Ardea cocoi),
e socozinhos (Butorides striatus). Estes viveiros, entretanto, não são constituídos
exclusivamente por aves, mas também por outros organismos, presas e predadores
como o caracará (Polyborus plancus), o urubu-comum (Coragyps atratus),o bugio
(Alouatta caraya), o macaco-prego (Cebus apella), a cobra sucuri (Eunectes
noctaeus), dentre outros.
Quando o rio Paraguai transborda e inicia a "enchente" da grande planície
pantaneira e a fauna não migratória procura as terras altas como refúgio, os
peixes entram nos campos inundados, nos chamados corixos e baías à procura
de alimento e lugares apropriados para desovar. As aves migratórias abandonam
a região.
No final de abril, quando as chuvas se tornam menos freqüentes e as águas
começam a baixar, os peixes voltam aos rios novamente, sinal evidente de que as
chuvas terminaram. Os peixes reunindo-se em vastos cardumes começam de novo a
nadar rio acima. Os cardumes são tão extensos, densos e dramáticos que podem ser
ouvidos chapinhando a grandes distâncias. O fenômeno é conhecido no Pantanal
como lufada.
*Flora
Nos terrenos alagados constantemente são encontrados vegetais aquáticos
flutuantes, além de vegetais fixos com folhas imersas e plantas que permanecem
submersas.
Nas regiões de altitude intermediária encontra-se vegetação típica de cerrado.
De casca grossa, folhas recobertas por pêlos ou cera e raízes muito profundas. Elas
se distribuem não muito próximo umas das outras, entremeadas de arbustos e plantas
rasteiras, representadas por inúmeras espécies de ervas e gramíneas. Na época da
seca, como proteção contra a dessecação, muitas árvores e arbustos perdem
totalmente os ramos e folhas. Outros limitam-se a derrubar as folhas, mas os ramos
persistem e podem florescer.
Em pequenas elevações dos campos limpos, quando o solo é rico, encontramse capões de mato formados por árvores de porte elevado. Durante as chuvas, a
maioria dos campos limpos é inundada, mas os capões permanecem secos.
- Atual Situação de Preservação do Bioma
Cerca de 17% da vegetação natural do pantanal já foi devastada pelo homem.
Alertas dizem que se essa atividade continuar a ocorrer, em cerca de 45 anos toda a
vegetação da região terá desaparecido.
O pantanal vem sofrendo com a devastação da sua vegetação por vários
motivos, entre eles podemos citar:
 Fazendas de gado que acabaram introduzindo gramíneas exóticas.
 Com o plantio da cana-de-açúcar que produz resíduos poluentes.
 Com a produção de carvão.
 Incentivo de pólos indústrias.
 Emissão de CO2 por causa da produção de álcool e bicombustíveis.
Pesquisas apontam que a maioria dos pesqueiros do Pantanal esta sendo
subexplorada.
Recentemente vem aumentando a pressão para que sejam construídas:
 Usinas hidrelétricas
 Construção de uma hidrovia no rio Paraguai
Na planície as principais ameaças: assoreamento, queimadas, desmatamento,
mudança de pastagens, caça e pesca predatórias, pólo minero-siderúrgico e gás
químico, efluentes líquidos urbanos e industriais, resíduos sólidos urbanos e
industriais, projeto de hidrovia cortando o Pantanal, grandes projetos de infra-estrutura
de interligação entre países vizinho.
Já no planalto podemos citar: uso inadequado e excessivo de pesticidas,
desagregação e erosão dos solos, uso inadequado e degradação de águas
superficiais e do subsolo, efluentes líquidos urbanos e industriais, resíduos sólidos
urbanos e industriais, projetos de usinas de açúcar e álcool, pólo minero-siderúrgico e
gás químico.
Entre os animais do Pantanal que estão em risco de extinção são: cervo-dopantanal, tuiuiú e capivara.
Uma atividade que vem ganhando cada vez mais força é o turismo no
Pantanal.
- Webgrafia
SUAPESQUISA.
Disponível
em:
http://www.suapesquisa.com/geografia/pantanal.htm. Acesso em: 24 abr. 2010.
INVIVO.FIOCRUZ.
Disponível
em:
http://www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=963&sid=2.
Acesso em: 24 abr. 2010.
CONSERVATION.
Disponível
http://www.conservation.org.br/onde/pantanal. Acesso em: 24 abr. 2010.
em:
AMBIENTEBRASIL.
Disponível
em:
http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=./natural/index.html&conteudo
=./natural/biomas/pantanal.html.
http://ambientes.ambientebrasil.com.br/natural/biomas/pantanal__clima_e_hidrografia.html. Acesso em: 24 abr. 2010.
WWF.
Disponível
em:
http://www.wwf.org.br/informacoes/questoes_ambientais/biomas/bioma_pantan
al/. Acesso em: 24 abr. 2010.
ACHETUDOEREGIAO.
Disponível
em:
http://www.achetudoeregiao.com.br/ANIMAIS/pantanal_flora.htm. Acesso em:
24 abr. 2010.
IMPACTOTOUR.
Disponível
em:
http://www.impactotour.com.br/pi/index.php?idcanal=71. Acesso em: 24 abr.
2010.
PORTALPANTANAL. Disponível em: http://www.portalpantanal.com.br.
Acessado em: 24 abr. 2010.
IBAMA. Disponível em: http://www.ibama.gov.br/ecossistemas/pantanal.htm.
Acessado em: 24 abr. 2010.
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