PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática UTILIZAÇÃO DE ORGANIZADORES PRÉVIOS PARA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA DE ELETROMAGNETISMO: Guia de orientação ao professor Roberto Luiz de Azevedo Maria Inês Martins Belo Horizonte 2010 Sumário 1 – Apresentação ........................................................................................................... 3 2 – Contextualização ..................................................................................................... 4 3 – Organizadores Prévios ............................................................................................. 6 3.1 – Texto Exemplo .......................................................................................... 6 3.2 – Oficina Exemplo ....................................................................................... 10 3.3 – Mapa Conceitual Exemplo ....................................................................... 18 4 – Considerações Finais ............................................................................................... 20 Bibliografia .................................................................................................................... 22 Apêndice: Questionário Exemplo .................................................................................. 28 1 - Apresentação Trata-se de um guia de orientação para professores de Física de Ensino Médio para o ensino de eletromagnetismos, utilizando organizadores prévios como uma estratégia de ensino na preparação dos alunos para uma aprendizagem significativa. Constam do Guia as estratégias que podem ser adotadas pelo professor na condução de uma aprendizagem significativa do tema para o terceiro ano do Ensino Médio. O produto educacional é constituído de explicitação da aplicação da proposta, incluindo contextualização teórica, exemplos de organizadores prévios, tais como texto, oficina e mapa conceitual, além de modelo de questionário para levantamento de conceitos. Busca-se com essa proposta propiciar ao aluno a aprendizagem significativa, tendo como base fundamental a Teoria da Aprendizagem Significativa de AUSUBEL. 2 – Contextualização Teórica Tradicionalmente, a organização sequencial do conteúdo de um curso introdutório de Eletromagnetismo é linear: Carga Elétrica → Força Elétrica → Campo Elétrico → Potencial Elétrico → Corrente Elétrica → Força Magnética → Campo Magnético → Indução Magnética. Esta sequência trata de fenômenos elétricos e magnéticos primeiro separadamente e depois unidos nos chamados fenômenos eletromagnéticos. De um modo geral, essa sequência é contraria à sequência ausubeliana, pois parte dos conceitos mais específicos em direção aos conceitos mais gerais, enquanto que Ausubel defende a posição de que as ideias, fenômenos e conceitos mais gerais e inclusivos sejam apresentados no início do processo instrucional para que sirvam de pontos de ancoragem conceitual para a aprendizagem subsequente. A Teoria da Aprendizagem Significativa proposta por David Ausubel pressupõe a existência de ideias esteios na estrutura cognitiva do aluno, em que o novo conceito/ideia poderá se ancorar de maneira significativa, ou seja, de forma substantiva e não literal. Preconiza o uso de organizadores prévios para a suscitação e/ou desenvolvimento desses subsunçores na estrutura cognitiva do discente. 1 Este guia tem por objetivo orientar os docentes no planejamento do conteúdo, por exemplo, de Física, com vistas na teoria cognitivista de Ausubel. Neste planejamento procuramos destacar os principais passos e os principais cuidados que o professor deve ter ao elaborar sua estratégia. Na sequência ausubeliana da exposição do conteúdo, o princípio da diferenciação progressiva foi utilizado como sistema de referência, ou seja, as ideias mais gerais e inclusivas do conteúdo foram apresentadas no início e, depois foram progressivamente diferenciadas, em termos de detalhes e especificidade. Como um planejamento-exemplo, optamos pelo tópico de Eletromagnetismo por ser considerado um assunto árido pelos alunos e pouco motivador. Essa metodologia deve ser aplicada anteriormente à exposição da matéria, a fim de criar na estrutura 1 Para o aprofundamento dessa teoria recomendamos AUSUBEL, D. P. Aquisição e retenção de conhecimentos: uma perspectiva cognitiva. Rio de Janeiro: Editora Interamericana, 2003. 242p., e MOREIRA, M. A. Aprendizagem Significativa. Brasília: UnB, 1999. cognitiva do aluno as ideias âncoras necessárias, nas quais se ligarão outras ideias novas. Nossa estratégia se baseou na utilização dos organizadores prévios como forma de apresentação de ideias e informações, seguindo um corpo organizado de conceitos que dessem origem a significados claros, estáveis e não ambíguos. A apresentação de ideias e de informações foi feita mediante a leitura de textos motivadores retirados de revistas, jornais, reportagens etc. e, posteriormente através das oficinas. Ideias sobre as oficinas podem ser conseguidas em alguns sites como, por exemplo, a Feira de Ciências. Em nossa escola, mesmo que os alunos tenham vindo de um processo seletivo, a heterogeneidade entre os mesmos é muito grande. Confessamos que isso seja um fator limitador da metodologia no sentido de numa mesma sala de aula possui alunos em diferentes níveis de amadurecimento cognitivo. Por isso preconizamos que os textos e as oficinas devam ser escolhidos de maneira que uma grande maioria dos alunos possa usufruir dos conceitos que ali estão. Os textos escolhidos pelo professor devem ser potencialmente significativos aos alunos, relacionando assuntos de seu interesse e atuais, cuja forma de apresentação seja agradável. O professor deve escolher os textos que trazem conceitos mais gerais sobre o assunto, com o objetivo de contemplar a diferenciação progressiva, dessa forma estaremos suscitando ou criando as ideias esteios necessárias à aprendizagem significativa do assunto que será estudado. Assim sendo, o professor estará aplicando o primeiro princípio de organização do conteúdo, preconizado por Ausubel. Recomendamos ao professor que na condução da leitura dos textos sejam feitos grupos de quatro alunos e que haja um revezamento entre os mesmos na leitura de outros textos. Dessa forma estaríamos trabalhando a sociabilidade entre os alunos. Em nosso caso, os textos de Eletromagnetismo foram sobre os Trens Megalev e o Freio Magnético em que, procuramos fundar na estrutura cognitiva do aluno, ideias gerais sobre a indução eletromagnética. Na condução dessa fase de leitura dos textos, o professor deve elaborar, juntamente aos textos, questões que levem os alunos a pensarem a respeito do assunto ou que os levem a pesquisar quando não souberem a resposta. Tais questões é um dos artifícios de manipulação da estrutura cognitiva dos discentes, a fim de que eles possam criar suas ideias esteios. Os alunos, durante o estudo das questões propostas, sugeriram que se fizesse (eles próprios) uma pesquisa extraclasse quando não conseguiam as respostas adequadas. Consideramos essa atitude louvável, pois, é uma maneira de buscarem e/ou sedimentarem suas ideias esteio. A seguir apresentamos um dos textos e as respectivas questões aplicadas, como um exemplo de oficina. 3 - Organizadores Prévios 3 1 - Texto Exemplo: Os Trens Maglev (Magnetic Levitaton) Os trens Maglev, de alta velocidade, utilizam a levitação magnética para flutuar sobre as suas vias. Eles fazem parte de um sistema mais complexo que consta basicamente de: • Uma potente fonte de energia elétrica; • Bobinas dispostas ao longo de uma linha guia; • Grandes ímãs localizados embaixo do trem. Ao serem percorridas por corrente elétrica, as bobinas enfileiradas ao longo da pista, chamada linha guia, criam campos magnéticos que repelem os grandes ímãs situados embaixo do trem, permitindo que ele flutue entre 1 cm e 10 cm sobre o trilho. Com o trem levitando, outras bobinas dentro das paredes da linha guia são percorridas por correntes elétricas que, adequadamente invertidas, mudam a polaridade de magnetização das bobinas, ou seja, a energia é suprida pelas bobinas dentro das paredes do trilho para criar um sistema único de campos magnéticos que puxam e empurram o trem pelo trilho guia. A corrente elétrica fornecida às bobinas nas paredes do trilho guia é constantemente alternada para mudar a polaridade da bobina magnetizada. Esta mudança na polaridade leva o campo magnético na parte frontal do trem a puxar o veículo para frente, enquanto o campo magnético atrás do trem adiciona mais um empurrão para frente. Estas agem nos grandes ímãs, impulsionando o trem, que se desloca num colchão de ar, eliminando os atritos de rolamento e de escorregamento. Na ausência de atritos e o perfil aerodinâmico do trem, permitem que este atinja velocidades da ordem de 500 km/h ou 2 vezes tão rápido quanto o trem mais rápido de transporte da Amtrak. Em comparação, um avião comercial Boeing-777 usado para voos de longa distância pode atingir a uma velocidade máxima de 905 km/h. Os desenvolvedores dizem que os trens maglev vão finalmente ligar as cidades que estão separadas em até 1.609 km. A 500 km/h, você podia viajar de Paris a Roma em pouco mais de 2 horas. Atualmente, a Alemanha e o Japão estão desenvolvendo a tecnologia de trem maglev e estão testando protótipos de seus trens. (A empresa alemã "Transrapid International" também tem um trem em uso comercial. Embora sejam baseados em conceitos semelhantes, os trens alemães e japoneses têm diferenças. Na Alemanha, os engenheiros desenvolveram um sistema de suspensão eletrodinâmica (SEM), chamado Transrapid. Neste sistema, a base do trem envolve um trilho guia de aço. Os eletroímãs colocados sob o trem estão polarizados em direção ao trilho guia, que levita o trem em torno de 1 cm sobre os trilhos guia e mantêm o trem levitando mesmo quando não está em movimento. Outros ímãs guias embutidos no corpo do trem o mantêm estável durante a viagem. A Alemanha demonstrou que o trem maglev Transrapid pode atingir 480 km/h com pessoas a bordo. Foto cedida Licença de documentação livre GNU Trem Transrapid em Island, instalação de teste na Alemanha Foto cedida pelo Instituto de Pesquisa Técnica de Ferrovias Imagem do trilho guia na linha de teste do trem no Japão Desenho esquemático do funcionamento do trilho guia Ilustrações e fotos retirados do site: www.ciencia.hsw.uol.com.br QUESTÕES 1) Baseando-se na leitura do texto e nas ilustrações, responda com suas palavras como funciona no Trem Meglev. a) A levitação. b) O sistema de propulsão. c) O sistema de freios. 2) Como se obtém a alternância da polaridade de um eletroímã? País pode ter trem que levita sobre trilhos em dez anos O ministro da ciência e tecnologia, Ronaldo Sardenberg, acredita que o país terá desenvolvido em dez anos a tecnologia do trem por levitação magnética (TLM), que permitiria percorrer o trajeto Rio – São Paulo em 50 min, com velocidade de 500 km/h. O ministro visitou ontem a mostra Levita Rio, em que foi apresentado o protótipo de um trilho de 7 metros de comprimento, desenvolvido pela Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). ‘Esse é um projeto realista, que não se conclui da noite para o dia’, disse o ministro. ‘É bom lembrar que a tecnologia da informação era uma tecnologia cara e barateou o que deve ocorrer também com a levitação magnética’. Por alguns minutos, Sardenberg, que pesa 85 quilos, levitou sobre um disco de metal fabricado na Alemanha. ‘Não há ponto de apoio entre o disco e a base’, disse o ministro. ‘É como se você levitasse em um tapete voador tecnológico’. De acordo com o físico da UFRJ, professor Roberto Nicolsky, que há três anos estuda o TLM, pela ausência de atrito com o trilho, o trem elétrico por levitação é mais rápido que uma composição convencional e economiza energia. ‘Esse sistema seria eficaz para evitar o congestionamento da ponte área Rio – São Paulo’, diz o físico. Nicolsky calcula que em dois anos estará desenvolvido um trilho circular de 30 metros, mas o protótipo terá um tamanho reduzido. Na opinião dele, só a partir de 2004 os pesquisadores terão condições de testar o sistema com trens de tamanho real. Até agora, o projeto consumiu R$ 100 mil. Ainda não há estimativa da quantia necessária para concluir o trabalho. [...] Apenas sete países estudam a tecnologia de trens por levitação magnética. Japão e Alemanha já têm protótipos em tamanho real. Clarissa Tomé, Caderno Cidades, O Estado de S. Paulo, 10 de junho de 2000. Na discussão das questões, o professor deve manter uma posição de mediador ou norteador dessas discussões, pois, se assim for, ele estará contribuindo para a criação de subsunçores estáveis e firmes ou contribuindo para a transformação de ideias instáveis e voláteis, em ideias mais estáveis. O professor deve estar atento a um segundo princípio muito importante da organização do conteúdo preconizado na teoria ausubeliana: a reconciliação interativa. Como os alunos possuem um arcabouço de ideias e conceitos já fundados em sua estrutura cognitiva, herança de estudos passados, é de extrema importância que o professor ressalte as semelhanças e diferenças entre os conceitos aparentemente conflitantes. Em nosso caso, por ocasião da leitura e discussão dos textos, a todo instante os discentes tentavam explicar questões do Magnetismo utilizando-se dos conceitos elétricos. Muitos alunos já haviam estudado conceitos de Eletrostática, como por exemplo, a existência de monopólos elétricos, caso a reconciliação interativa não tivesse sido oportunamente feita, eles poderiam acreditar que poderia existir, também, monopólos magnéticos. No terceiro momento da aplicação da metodologia o professor deve realizar as oficinas. O objetivo dessa atividade ainda é de despertar na estrutura cognitiva dos alunos as ideias esteios relevantes e motivá-los ao estudo precedente. O tema das oficinas deve constituir um prolongamento dos textos, os assuntos precisam estar concatenados e alinhados, além de potencialmente significativos. A escolha dos temas das oficinas deve obedecer a um critério que leve em conta a proximidade do assunto com o cotidiano do aluno, ou seja, o professor deve buscar textos que tratem de tecnologia de interesse dos mesmos, cuja leitura seja agradável e inteligível. Da mesma forma que os textos, os temas das oficinas devem contemplar o princípio da diferenciação progressiva, onde devem tratar de conceitos gerais, nunca entrando em conceitos mais específicos do tema. As discussões que ocorrerem durante as oficinas e em virtude das questões que são propostas, o professor deve estar atento à reconciliação interativa ressaltando as diferenças e semelhanças entre conceitos aparentemente iguais. As oficinas propiciam um momento onde os alunos colocam a “mão na massa”, construindo os protótipos sugeridos. Para isso, o professor deve elaborar um roteiro claro e preciso sobre a montagem dos equipamentos e, conectar a atividade de montagem com o assunto tratado nos textos. Sugerimos a elaboração de questões a respeito do tema da oficina, a fim de nortear o estudo. Como exemplificação disso que estamos propondo, colocamos abaixo um dos roteiros que utilizamos para a montagem da oficina, intitulada Levitação Magnética. Oficina Exemplo: LEVITAÇÃO MAGNÉTICA Apresentação: Manter um corpo suspenso no ar, sem qualquer apoio aparente, como que desafiando a lei da gravidade, é reconhecido como fenômeno de levitação. Muitos mágicos fazem isso, mantendo escondido o necessário “apoio”. Sem esse apoio, visível ou não, um corpo material não poderá levitar. Esse “apoio”, necessariamente, deverá aplicar no corpo suspenso uma força, vertical para cima, suficientemente intensa para equilibrar o peso do corpo. Em se tratando de corpo extenso a estabilidade de equilíbrio também deve se analisada. Um exemplo simples de levitação, com apoio quase invisível, é manter uma bolinha de aço suspensa por uma fina linha de pesca. A força aplicada pela linha sobre a esfera equilibra o peso da esfera. A resultante das forças externas sobre ela (peso e tração) é nula. Se a esfera está em repouso, permanecerá em repouso; se está em movimento, manterá sua velocidade vetorial constante (Primeira Lei de Newton). Levitação dessa espécie não é atrativa, a menos que o corpo suspenso seja o de uma mulher e o mágico passe um aro envolvendo o corpo (para “mostrar” que não há fios). Ai passa a ser um bom truque circense (cujo segredo o mágico não irá contar). Não confunda mágico com místico, não confunda uma arte valorosa desses abnegados profissionais, com os enganadores da ingenuidade popular. As forças de apoio sobre o corpo suspenso, equilibrando seu peso, só podem pertencer a duas categorias: 1) Ou são de contato (como é o caso do fio sobre a esfera, o caso do ar sobre um balão – empuxo de Arquimedes -, o caso do ar sobre as pás em movimento do rotor do helicóptero etc.) 2) Ou provenientes da ação de campos sobre alguma grandeza associada ao corpo suspenso. São exemplos simples dessa segunda categoria os imãs suspensos sob a ação de outros imãs (campo magnético criado por um agindo sobre a massa ferromagnética do outro, e vice-versa), gotículas eletrizadas mergulhada em um campo magnético (experiência de Milikan – o campo elétrico uniforme gerado entre duas placas eletrizadas age sobre as cargas elétricas das gotículas mantendo-as em levitação) etc. Algumas situações de levitação, para espectadores ainda em fase de sua educação científica, podem parecer realmente misteriosas pelo fato de não “enxergarem” de onde vem a força equilibrante para o corpo suspenso. O perigo nessa fase é “descambar” para o misticismo enganador ou para explicações dadas por pseudo-ciências. [...]. Material: • Disco de alumínio com espessura cerca de 2 mm e diâmetro de 25 a 30 cm, conseguimos em um ferro velho de desmanche de ônibus. Utilizamos exatamente o assoalho do ônibus que é de alumínio que depois de torneada obtivemos o disco. Uma segunda opção seria uma forma alumínio usada para assar de pizza; • Um motor elétrico universal de baixa potência (1/8 HP), motor de um”tanquinho de lavar roupas”; • Uma caixa de madeira com dimensões 30×30×30 cm, para abrigar o motor; • Uma vareta de guarda-chuva; • Um imã prismático pequeno (retirado da porta de um armário)*; • Um contra-peso; • Suporte e cola; • Opcional: um controle eletrônico de velocidade de rotação do motor cujo circuito eletrônico, bem como a relação de peças estão relacionadas a seguir. * Optamos, também, por utilizar dois imãs de magnetron de microondas. Montagem: a) Fixe o motor dentro da caixa de madeira. Cuide para que o eixo do motor, assim fixado, fique rigorosamente na vertical. Esse motor poderá ser acionado diretamente pela rede elétrica domiciliar 110 V ou 220 V, dependendo da região geográfica, no caso de motores AC; ou alimentados por pilhas e baterias, no caso de motores CC (em geral disponíveis para as tensões de 3,0 V, 6,0 V, 9,0 V ou 12 V). Um motor de indução retirado de um ventilador ou de um tanquinho de lavar roupas (foi o nosso caso) que se encontre fora de ação, servirá perfeitamente. Motores universais (com escovas) para 110 V ou 220 V, com potência de 1/8 e 1/4 de HP, estão disponíveis no comércio e são os indicados para trabalhos em laboratórios, principalmente se dotados de reguladores eletrônicos de velocidade (sem perda de torque). [...]; b) Fixe o disco, pelo orifício em seu centro, ao eixo do motor. Parafuso de “cabeça chata” dá excelente fixação e não fica saliente no plano do disco. Cuide para que o disco fique balanceado para que não ocorram vibrações indesejáveis. Outra observação diz respeito ao furo que deverá ser feito no eixo do motor para a fixação do disco. A rosca deverá ser esquerda (sentido anti-horário), caso contrário, o disco sairá devido a sua inércia à rotação, o eixo do motor gira mais rapidamente que o disco, bambeando-o. Ou enrolar novamente o enrolamento de partida do motor, disponibilizando seis fios, dessa forma pode-se inverter a rotação, trocando os fios números 5 e 6. Comumente esses motores não dão a opção de inversão de rotação. c) Utilize pequeno imã de alnico (alumínio – níquel – cobalto)-utilizamos imãs retirados de portas de armários de cozinha, são leves e geram um bom campo magnético proveniente de um alto falante ou microfone dinâmico já fora de uso ou, ainda um imã prismático retirado da porta de um armário, colando-o na extremidade de um dos braços de uma “balança” (feita com uma vareta de guarda-chuva). O contrapeso CP deve ser tal que possa ser deslocado ao longo do outro braço da balança, permitindo obter equilíbrio do imã. O equilíbrio perfeito não é necessário e é até bom que a vareta fique ligeiramente inclinada, com o imã abaixo do nível do CP. A vareta de guarda-chuva já trás consigo a “dobradiça” bem sensível que faz o papel de “fulcro” nessa balança. Outras montagens podem ser pensadas. Essa é uma sugestão. . Na figura abaixo está outra sugestão para outro efeito de levitação. Levitação em relação ao plano do disco Material: • 40 cm de cano PVC de cola (cano marrom) para água fria de ½”; • Uma conexão tipo “T”para ½”; • Dois tampões de ½”; • Dois imãs de magnetron; • Dois suportes de madeira aparafusados lateralmente à caixa que guarda o motor. Procedimentos: • Serre o cano a 3 cm de uma das extremidades; • Cole a conexão “T” nessa extremidade; • Cole os tampões nas extremidades do cano para dar um acabamento. 37 cm 2,1 cm 3 cm 2,0 cm 5,7 cm Esse conjunto é parafusado acima do disco de alumínio. Colocamos também uma placa de acrílico entre o disco e os imãs, para evitar qualquer interferência do deslocamento de ar sobre o experimento. d) Coloque o imã sobre o disco de alumínio, cerca de 3 cm da borda (figura seguinte) Procedimento: Ligue o motor. Com o progressivo aumento da rotação, o imã, que até então ficava raspando sobre o disco, começara a levitar. Com boa velocidade de rotação o imã se manterá suspenso cerca de 5 ou 6 cm acima do disco. Com o dedo, tente (suavemente) apertar o imã contra o disco. Note a força que você terá que exercer para conseguir isso! Texto adaptado e retirado do site: www.feiradeciencias.com.br prof. Luiz Ferraz Netto. Outra sugestão de levitação segue nas fotos seguintes: Questões: 1) De onde vem a força que afasta o imã do disco de alumínio (que poderia também ser de latão, bronze, cobre etc.)? 2) O alumínio não é material ferromagnético – não se torna imã, por indução, na presença de outro imã. Será que a rotação faz o alumínio tornar-se um “repelente” de campos magnéticos? 3) Qual seria a lei relacionada com esse fenômeno? 4) Explique, com suas palavras, o fenômeno observado. As oficinas foram impactantes no sentido da motivação e da surpresa, por parte dos discentes, ao verem um fenômeno físico sendo reproduzido por eles mesmos. Durante a fase de discussão dos textos, víamos uma inquietação dos alunos para a chegada da fase das oficinas, isso os motivou ainda mais no estudo. Podemos citar outro impacto causado pelas oficinas, quando da construção dos equipamentos. Os alunos precisam reunir suas competências e habilidades adquiridas durante sua vida (estudantil e/ou extraclasse), para montar e fazer funcionar os equipamentos e, além disso, responder às questões que são propostas. Durante a realização das oficinas, sugerimos que o professor mantenha os elementos do grupo, mas que se faça um rodízio das oficinas de maneira que todos os alunos tenham a oportunidade de fazer todas as montagens. Fizemos dessa forma, um esforço para alcançar, nessa sequência, o que Ausubel chama de reconciliação interativa. 3.3 - Mapa Conceitual Exemplo: Eletromagnetismo A utilização de diagramas ou “mapas conceituais” hierarquizando e relacionando conceitos é também um esforço no sentido de promover a diferenciação progressiva e a reconciliação interativa. Esses “mapas conceituais” são utilizados na fase final da aplicação da metodologia. Ao término das oficinas, sugerimos a apresentação do mapa conceitual elaborado pelo professor ou qualquer outro mapa que tenha um compromisso com a completeza e clareza dos conceitos. Do ponto de vista instrucional, um mapa conceitual deve: • Enfatizar a estrutura conceitual de uma disciplina e o papel dos sistemas conceituais no seu desenvolvimento; • Mostrar que os conceitos de certa disciplina diferem quanto ao grau de inclusividade e generalidade, e apresentar esses conceitos numa ordem hierárquica de inclusividade que facilite a aprendizagem; • Prover uma visão integrada do assunto e uma espécie de “listagem” daquilo que foi abordado nos materiais instrucionais. Por outro lado, os mapas não devem: • Ser complexos e confusos, dificultando a aprendizagem ao invés de facilitá-las. Caso isso ocorra o aluno pode encará-lo apenas como algo a mais a ser decorado. • Inibir os discentes de elaborar suas próprias hierarquias, pelo fato de terem recebidos prontos. A seguir apresentamos um mapa conceitual, como exemplo, da disciplina de Eletromagnetismo. FORÇA atuando CARGA ELÉTRICA em movimento (fonte) CAMPO ELÉTRICO FORÇA LEI DE COULOMB mensurar CAMPO ELÉTRICA MAGNÉTICO experiência de Oersted fonte regra da mão IMÃ CORRENTE FORÇA ELÉTRICA MAGNÉTICA VETOR E VETOR B representação representação LINHAS LINHAS ÁREA DE CAMPO DE FORÇA MOTORES FEM LEI DE Vari- FLUXO INDUZIDA FARADAY ando MAGNÉTICO GERADORES HIDRELÉTRICAS TERMOELÉTRICAS Mapa conceitual de eletromagnetismo Fonte: elaborado pelos autores Os homens se comunicam com seu ambiente social por meio de símbolos visuais e verbais, e, no entanto um grande percentual da transmissão de informações acontece através da codificação verbal, seja escrita ou oral. A teoria da codificação dual de Allan Paivio (MAYER R., 2003), estabelece que a transmissão das informações é maximizada quando são utilizados ambos os canais verbal e auditivo. Uma determinada ideia e/ou conceito podem ser percebidos através de diversas nuances que definem suas características. O canal visual pode se mais eficiente para transmitir certas nuances, ao passo que o verbal pode ser mais adequado para transmitir outras nuances. Essa teoria valida a utilização dos mapas conceituais para potencializar a aprendizagem significativa, pois, os mesmos apresentam a um só momento uma informação visual estática e uma informação verbal. Os conceitos são apresentados através de uma hierarquia onde fica clara a visualização da posição relativa de cada conceito dentro do elenco de conceitos que estabelece o tema que está sendo analisado e mapeado. 4 - Considerações Finais É importante frisar novamente que durante o estudo dos textos e da realização das oficinas, o professor deve se portar como um mediador das discussões, fazendo suas interferências verbais no sentido de guiar os alunos para o objetivo que se deseja alcançar: aquisição dos subsunçores relevantes para o entendimento de conceitos do Magnetismo e do Eletromagnetismo. O professor, ao montar sua estratégia de aprendizagem, deve levar em conta: • O conjunto articulado de conceitos da unidade a ser ensinada; • A definição dos conceitos e princípios que, já conhecidos pelos alunos, constituem os pontos de apoio para o novo material a ser aprendido. Sugerimos que o professor elabore um pré-questionário com questões pertinentes ao assunto a ser ensinado. Esses procedimentos são necessários, pois, a aprendizagem significativa lida com os conceitos referentes a um corpo de conhecimento e não somente com procedimentos formais e, além disso, ela não pode ocorrer num vácuo cognitivo. Sugerimos a montagem de uma situação de aprendizagem com um bimestre de duração, até que o professor passe a dominar a estratégia de elaborar suas aulas baseadas no principio da aprendizagem significativa de Ausubel. Os recursos facilitadores utilizados na estratégia, nesta situação de aprendizagem, foram: • Escolha e exposição dos textos de modo que a sequência da apresentação dos conceitos seja em ordem de maior para a menor inclusividade, obedecendo a um dos princípios de organização do conteúdo de Ausubel: a diferenciação progressiva. • Organizadores prévios apresentados no início das subunidades, que seguiam os princípios de “diferenciação progressiva” e “reconciliação interativa”. • Os textos e as oficinas escolhidas devem ser potencialmente significativos para os alunos, bem como sua forma de organização, visando propiciar condições de subsunção. Esta sistematização restringiu-se à organização conceitual do assunto e sua forma de apresentação ao aluno. Sua finalidade foi levar em consideração dados referentes à montagem “substantiva” e “programática” para a facilitação de aprendizagem. Sugerimos que o professor coloque em seu plano de curso o equivalente a 5 (cinco) aulas para que possa implementar essa metodologia, que deve ser aplicada anteriormente ao conteúdo propriamente dito em períodos normais de aulas. À primeira vista, pode se ter a impressão de que vai “tomar tempo”, mas o ganho dos alunos na aquisição das ideias esteios será compensado quando a matéria for ministrada, o rendimento no entendimento será potencializado pela internalização dessas ideias. Esse número de aulas é compatível com a leitura de dois textos diferentes e a realização de duas oficinas. Acreditamos que seja um número razoável para os textos e as oficinas. Depois de toda essa dinâmica na qual o aluno se mostrou protagonista de seu processo de aprendizagem, acreditamos que ideias âncoras se estabeleçam em sua estrutura cognitiva ou que outros subsunçores sejam criados, servindo de ancoradouro das novas ideias que serão apresentadas a eles no decurso normal de seu curso. Devemos admitir que a escolha dos organizadores prévios não é uma tarefa trivial devido a heterogeneidade que acontece entre os alunos na maioria das salas de aula. Acreditamos que se o professor optar pelo emprego dos organizadores prévios (textos e oficinas) como suscitadores de ideias esteios e consequentemente facilitar a aprendizagem significativa deve ter em mente três pilares. Os organizadores prévios necessitam ser: • Potencialmente significativos para seus alunos; • Fazer referência às suas ideias esteios (levantadas a priori com os préquestionários); • Possuir uma linguagem próxima à linguagem do aluno. Essa metodologia foi aplicada no segundo semestre de 2009 com os alunos de uma escola pública, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas campus de Machado. Percebemos que com essa metodologia o ganho cognitivo da maioria dos alunos foi grande. Essa conclusão foi baseada na análise das respostas do pré-questionário em confronto com as respostas do pós-questionário (mesmas perguntas do pré-questionário), ao fazermos essa confrontação observamos que a maioria dos alunos ou modificaram alguma de suas ideias âncoras ou acabaram de internalizar outras ideias mais estáveis. O impacto da metodologia sobre o rendimento nas avaliações dos alunos não foi mensurado, mas acreditamos que os alunos devam apresentar alguma melhora em suas notas, uma vez que ele aprendeu significativamente o assunto, ou em outras palavras, aquela nova ideia se relacionou de forma substantiva e não arbitrária com a ideia mais geral (ideia âncora) internalizada por ocasião da aplicação da metodologia. Resumindo, podemos dizer que o conteúdo foi organizado procurando facilitar a aprendizagem significativa através da utilização de materiais potencialmente significativos (isto é, relacionáveis à estrutura cognitiva do aluno) que explicitamente tentam promover a diferenciação progressiva e a reconciliação interativa. BIBLIOGRAFIA AGÊNCIA BRASIL. O Ensino médio terá um novo modelo. Folha Online, São Paulo, 02 maio 2008. Disponível em: <http://www.folha.com.br>. Acesso em: 12 maio 2008. AURÉLIO, G. F.; TOSCANO, C. Física. São Paulo: Editora Scipione, 2005. 112p. AUSUBEL, D. P. Aquisição e retenção de conhecimentos: uma perspectiva cognitiva. Rio de Janeiro: Editora Interamericana, 2003. 242p. AUSUBEL, D. P. Educational Psychology: a Cognitive view. Nova York: Holt, Rinehart and Winston Inc., 1968. 625p. AUSUBEL, D. P.; FITZGGERALD, D. Organizer, general background, and antecedent learning variables in sequential verbal learning. Journal of Educational Psychology, 1962, p. 243-249. 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Cite situações em que os imãs aparecem em seu dia-a-dia. 5) Cite fontes algumas “magnéticas”. 6) Como você magnetizaria uma agulha? 7) Como são denominadas as regiões dos imãs? 8) Ao partir ao meio um imã em forma de barra, o que acontece com cada uma de suas partes? 9) Imagine-se segurando dois imãs com as mãos e com os braços afastados, descreva o que ocorre quanto eles são aproximados, e quando são separados. 10) O que você entende por campo magnético? 11) Quando ligamos um liquidificador ou qualquer outro equipamento eletrodoméstico perto de um rádio que está funcionando, notamos zumbidos emitidos pelo mesmo. Qual é a causa desse ruído? 12) Para que serve uma bússola? Como funciona? Como poderíamos utilizar bússolas para detectar o campo magnético de uma região? 13) Complete: “Imãs com _______ opostos se __________, e de mesmo ________, se ____________”. 14) Digamos que você necessite furar a parede da cozinha de sua casa com uma furadeira mas, existe um fio elétrico embutido que precisa ser descoberto. Neste fio está ligado à furadeira elétrica. Como você descobriria o fio sem quebrar a parede? 15) Nos equipamentos eletrodomésticos não existem imãs mas, o funcionamento desses equipamentos depende da existência de um campo magnético. O que gera o campo magnético nesse caso? 16) Em que situação dois imãs se repelem? E quando eles se atraem? 17) Complete: Suponha que você esteja segurando dois imãs que estão se atraindo mutuamente, para separá-los, precisa exercer (fazer) uma_____________ maior que a ______________ magnética dos imãs. Logo os imãs exercem uma__________ magnética em objetos próximos. 18) Um elétron com certa velocidade entra numa região que existe um campo magnético. Notamos que essa carga elétrica sofre um desvio em sua trajetória. Qual a grandeza física que provoca a mudança de sua trajetória?