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ESCADOTE
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ESCADOTE – Dossier de Apresentação 2012
ESPECTÁCULO
“Naquele dia sentia-se confiante. Ambicionava ver mais além, olhar para lá do horizonte a que ao longo da sua vida se tinha vindo a habituar. Estava
decidido, hoje tiraria os pés do chão. Lembrava-se das histórias que muitas vezes ouvira os antigos contar. Lendas sobre grandes feitos. Homens a
quem erigiram estátuas e deram o nome a largas ruas e avenidas. Teria que tentar.”
Este homem acredita, talvez, que subindo o Escadote encontrará a solução para todos os seus males, ou o santo Graal, ou o pote de ouro colocado
pelo duende no fim do arco-íris ou quem sabe ainda o tão desejado brinde do Bolo Rei...
Uma imagem inicial: um escadote e um homem que o observa. A aparente banalidade da situação é rapidamente afastada pelas sucessivas tentativas
de subida do escadote. O esforço investido é sobre-humano, a coreografia inusitada, inábil. Atraída pela visão do espectáculo, uma transeunte
aproxima-se. Sente-se desconcertada. O absurdo da acção choca com a sua concepção “regulada” e “previsível” da vida. A acção desenrola-se nos
sucessivos encontros e desencontros entre estas duas personagens.
O ESCADOTE nasce da observação do quotidiano, como que aumentando, com a ajuda de uma lupa, uma fracção infinitesimal de uma vida, escolhida
ao acaso. Esta tentativa de “tornar visível o invisível” (PETER BROOK) é desenvolvida em torno de questões alusivas ao livre arbítrio e ao
condicionamento do indivíduo em tempos de possibilidades infinitas.
O ESCADOTE é uma comédia física, um espectáculo sem palavras.
Género: teatro sem palavra, música (60’), sem intervalo
Classificação: maiores de 12 anos
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ESCADOTE – Dossier de Apresentação 2012
FICHA TÉCNICA
Autoria, Encenação e Interpretação: Miguel Antunes e Maila Dimas
Música Original: Ricardo Freitas
Luz: Nuno Patinho
Apoio á Dramaturgia: António Pedro
Apoio Cenográfico: Caroline Bergeron
Produção Executiva: Gi Carvalho
Vídeo Promocional: António Pedro
Co-Produção: Centro Cultural Belém - Fábrica das Artes
Parceiro: Companhia Caótica
Apoios: Teatro Viriato, Operação Nariz Vermelho, Grupo Recreativo da Tercena, Baal 17
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ESCADOTE – Dossier de Apresentação 2012
PROCESSO CRIATIVO
O processo criativo adoptado caracteriza-se pelo intercalar de um trabalho de natureza essencialmente contínua com períodos curtos de maior
intensidade, realizados – preferencialmente – num contexto de residência artística.
A metodologia que serve de base ao projecto inscreve-se naquele que tem vindo a ser o percurso dos membros do colectivo no universo do “Devised
Theatre”. A partir da imagem acima descrita, os três elementos do elenco procuram descobrir e compor a dramaturgia que, a final, será o ESCADOTE. O
improviso, como método, intimamente ligado a uma concepção da representação marcada pelo teatro físico, permitirá aos criadores responder a
questões que, a final, tornarão possível contar a história daquele homem e daquela mulher.
O ESCADOTE é um espectáculo em que a palavra cede em benefício da música e, como se verá, da “dança”. A opção por um espectáculo sem palavras
resultou, por um lado, na integração do músico e da música como elementos dialogantes do elenco, passando-os para o primeiro plano da narrativa
dramatúrgica. No ESCADOTE pretende-se explorar esta relação, desenvolvendo um “teatro com efeito de dança”: a partir do teatro avançar-se-á para
territórios tradicionalmente reservados à dança.
Este projecto teve uma primeira fase de trabalho em 2010, tendo terminado com uma apresentação, em Junho, de um work-in-progress do ESCADOTE
no Festival Noites na Nora em Serpa, na sequência de uma residência artística.
Durante os meses Junho e Julho de 2011 privilegiou-se o planeamento e produção das fases seguintes, continuando o trabalho de “laboratório” de
pesquisa e exploração.
Neste período foram também realizados ensaios no Espaço Operação Nariz Vermelho, Lisboa.
Em Dezembro de 2011, o ESCADOTE realizou uma residência de uma semana no Teatro Viriato, Viseu, com apresentação final do work in progress.
O ano de 2012 será dedicado á realização de mais residências artísticas e ensaios, bem como a preparação de toda a divulgação e venda para o ano de
2013.
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ESCADOTE – Dossier de Apresentação 2012
O Escadote tem estreia marcada para o dia 26 de Janeiro de 2013, na Black Box do Centro Cultural de Belém (CCB)/Fábrica das Artes, Lisboa.
Os ensaios finais terão lugar a partir de Novembro de 2012.
COLECTIVO CRIATIVO
O ESCADOTE tem por base uma ideia original de MIGUEL ANTUNES, desenvolvida por um colectivo composto pelo próprio, MAILA DIMAS e ainda RICARDO
FREITAS (músico).
Este projecto surge no quadro de um percurso profissional marcado por colaborações frequentes entre os dois actores – em torno de objectos de
criação colectiva e multidisciplinar – e entre estes e o músico RICARDO FREITAS que tem, por sua vez, vindo a colaborar em projectos de teatro e dança.
BIOGRAFIAS
Miguel Antunes
Nasceu em Lisboa em 1971. Viveu em Londres de 2005 a 2009 desenvolvendo neste período o seu trabalho entre esta cidade e Portugal. Vive e
trabalha emLisboa desde o início de 2010. Da sua formação contínua destaca a frequência da École Philippe Gaulier, em Londres e a École Supérieure
de L‘ Art de la Marionnette em Charleville – Mézières (França;) e a formação desenvolvida, em particular, com John Mowat, The Natural Theatre
Company, Cândido Ferreira, João Grosso e João Mota. Foi fundador do Colectivo SOPA Produções (1998 a 2005) onde desenvolveu actividade como
actor, encenador e director. Como freelancer trabalhou com diferentes companhias e encenadores, entre os quais, O Bando, Ridiculusmus, João
Grosso, Germana Tânger, António Feio, Sandra Faleiro e Francisco Campos, entre outros.
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ESCADOTE – Dossier de Apresentação 2012
Maila Dimas
Nasceu em Lisboa em 1972.
Depois de ter iniciado a sua carreira de actriz aos 13 anos no T.I.L, frequentou vários cursos e workshops de teatro, concluindo o Bacharelato do Curso
de Teatro na Escola Superior de Teatro e Cinema em 1995. Foi membro fundador do Colectivo Sopa Produções (1998/2005).
Desenvolveu o seu percurso pessoal em Portugal e Macau como Actriz, Marionetista e Professora de Expressão Dramática. Trabalhou com vários
encenadores, nomeadamente, Jorge Silva Melo, João Brites, João Mota, Francisco Salgado, Sandra Faleiro, Francisco Campos e Rafaela Santos.
Desde 2006 está à frente do Projecto: “Teatro nas Escolas do Concelho de Alenquer”, iniciativa financiada pela C.M de Alenquer como Produtora e
Professora.
Ricardo Freitas
Nasceu em Lisboa em 1974.
Dirige o projecto IntErLúNio, com edição do primeiro CD prevista para este ano. Com composições suas, desenvolve também um novo projecto na
área do jazz, A Condição de Equilíbrio em Queda Livre. Entre outros projectos, integrou os 3-Bass-Hit de Johannes Krieger, Wishful Thinking, com CD
editado em 2007 pela editora Clean Feed, e Pablibut Sone, projecto seleccionado para o concurso Jovens Criadores 96 e Bienal de Jovens Criadores da
Europa e Mediterrâneo, Turim 97.
Compõe música para teatro, dança, performance e vídeo. Trabalhou com o Projecto Ruinas na peça "Molusco" (2010), com Maria Radich em "A Arca"
(2010), encomenda do Projecto Educativo do Teatro Maria Matos, com Rui Guilherme Lopes em o "príncipe, materiais" (2004), com Filipa Francisco
em 2 coreografias e 2 performances (2000-02) e em todas as peças do colectivo depois da uma...teatro? (1998-2002), entre outros projectos.
Fez parte do do elenco do espectáculo de teatro musical OU “Estamos aqui porque não podemos voltar” (2009), de Miguel Castro Caldas, Teresa
Sobral e Paulo Curado no Teatro São Luiz. É membro da associação Granular, tendo participado no programa “Granular meets PARTS” (2007), no qual
os músicos improvisaram com um grupo de bailarinos finalistas daquela escola de dança no Palais des Beaux Arts, em Bruxelas, e também no Festival
de Novas Músicas - Ó da Guarda (2008).
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CONTACTOS
Produção: Gi Carvalho
e-mail: [email protected]
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blog: http://escadote.wordpress.com
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