INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA – IFSP FENÔMENOS ONDULATÓRIOS MARCIA DAS NEVES 096008X SISTEMA MASSA-MOLA OSCILANDO NA HORIZONTAL, COM ATRITO (Q.15) Com a utilização do programa Modellus, é possível construir uma animação com uma partícula representando o movimento da mola e os vetores força elástica Fel, força de atrito Fat e força resultante Fr. Para isso na janela “modelo” você precisa inserir os modelos matemáticos de cada função, veja o exemplo na figura 1: Figura 1, modelos matemáticos, janela "modelo" no programa Modellus. Após inserir os modelos matemáticos acionar a tecla “interpretar”, ir à janela “condições iniciais” para inserir os dados de posição x, velocidade v, os parâmetros da constante elástica da mola k, da massa m e do coeficiente de atrito b, referente aos três casos: sub-amortecido, caso 1, em preto; super-amortecido, caso 2, em verde; e amortecimento-crítico, caso 3, em rosa. Ver exemplo na tabela 1. Tabela 1, condições iniciais e parâmetros. k m b x v Caso 1 400.00 2.00 10.00 Caso 1 100.00 1.00 Caso 2 100.00 2.00 40.00 Caso 2 100.00 1.00 Caso 3 242.00 2.00 44.00 Caso 3 100.00 1.00 1 ANIMAÇÕES, GRÁFICOS E ANÁLISES Você poderá observar as animações e os respectivos gráficos de cada caso construído. Aqui estão exemplos de três diferentes casos e algumas análises. Ver figuras 2, 3 e 4. Sub-amortecido, em cor preta. Figura 2, sub-amortecido. Super-amortecido, em verde. Figura 3, superamortecido. Amortecimento-crítico, em rosa. Figura 4, amortecimento crítico. 2 Gráfico 1: posição x em função do tempo t, caso 1, caso 2 e caso 3. SUB-AMORTECIDO Sendo x0 o ponto de equilíbrio podemos verificar que o corpo representado pela cor preta se desloca em torno desse ponto de equilíbrio. É possível verificar também que, por existir atrito, a cada oscilação a amplitude do movimento diminui até que esse valor seja zero. SUPER-AMORTECIDO No caso super-amortecido há um movimento no sentido do equilíbrio porém como a intensidade da força de atrito é grande em relação à força restauradora o corpo chega ao ponto de equilíbrio e não se desloca mais. Observa-se que o tempo para atingir o equilíbrio nesse caso e no caso anterior é praticamente o mesmo. AMORTECIMENTO-CRÍTICO No caso amortecimento crítico o corpo se desloca rapidamente até a posição de equilíbrio e pára. Observa-se que o tempo para que a mola entre em repouso é muito menor que nos dois casos anteriores. 3 Gráfico 2, velocidade v em função do tempo t, caso 1, caso 2 e caso 3. SUB-AMORTECIDO O corpo diminui sua velocidade até parar em uma das extremidades. Depois devido a uma força restauradora ele aumenta sua velocidade até chegar na origem (ponto de equilíbrio) e volta a diminuir a velocidade até parar novamente na outra extremidade. Note que no ponto de equilíbrio o valor da velocidade será máximo. A cada oscilação, a velocidade máxima atingida na origem é menor do que a velocidade máxima atingida na oscilação anterior devido à força de atrito, que também está agindo no corpo. SUPER-AMORTECIDO Como a força de atrito é grande em relação à força restauradora observa-se que o corpo perde velocidade com maior intensidade no início do movimento e depois essa diminuição da velocidade até o repouso ocorre mais lentamente. AMORTECIMENTO-CRÍTICO Nesse caso o corpo ganha uma velocidade maior que no caso do super-amortecimento, mas perde essa velocidade em um tempo muito menor. 4 Gráfico 3, energia cinética Ec em função do tempo t, caso 1, caso 2 e caso 3. Gráfico 4, energia potencial elástica Epel em função do tempo t, caso 1, caso 2 e caso 3. 5 SUB-AMORTECIDO O corpo inicia seu movimento com energia potencial máxima e vai transformando essa energia em energia cinética até chegar à origem. Nesse ponto essa energia cinética é máxima. Ao chegar à origem o corpo começa a transformar energia cinética em energia potencial elástica até atingir seu valor máximo (na extremidade); como parte dessa energia se dissipa devido ao atrito seu valor agora é menor do que quando partiu do repouso no estado inicial e assim essa variação ocorre até chegar ao repouso no ponto de equilíbrio. SUPER-AMORTECIDO O corpo inicia o movimento com energia potencial elástica máxima e já nos primeiros instantes começa a transformar essa energia em energia cinética, mas como a dissipação de energia é grande devido ao atrito, após um pequeno intervalo de tempo o corpo passa a ter tanto a energia cinética quanto a energia potencial elástica dissipada até que ambas sejam nulas. AMORTECIMENTO-CRÍTICO No amortecimento crítico a energia potencial elástica é máxima no ponto em que o corpo parte do repouso e a energia cinética é zero. O corpo começa a transformar energia potencial elástica em energia cinética. Observe que no gráfico, a partir de um determinado ponto, o corpo dissipa energia cinética e também energia potencial elástica, até que ambas sejam nulas. E isso em um tempo muito menor que no sistema super-amortecido. 6 Gráfico 5, energia mecânica Emec em função do temo t, caso 1, caso 2 e caso 3. Através do gráfico da energia mecânica é possível observar como a energia total que agia no corpo é dissipada no tempo. No caso sub-amortecido e super-amortecido essa dissipação ocorre de forma mais lenta, já no caso crítico essa dissipação ocorre rapidamente. 7 Gráfico 6, velocidade em função do temo t (espaço de fases), caso 1, caso 2 e caso 3. Nesse gráfico podemos ver que em todos os casos a velocidade final é igual a zero porem isso ocorre em tempos diferentes para cada um dos casos. No caso crítico o tempo para chegar à velocidade zero é muito menor do que nos dois outros casos, ou seja, “você forneceu ao corpo exatamente a força que ele precisava para parar”. Na Janela “notas” você vai encontrar instruções para visualizar as animações, os gráficos e, ainda, como alterá-los. 8 ANEXO 1: Janela “NOTAS’ no programa Modellus Abrindo o arquivo "Sistema mola oscilando na horizontal, com atrito", no programa Modellus, você poderá observar a animação dos seguintes casos: "sub-amortecido (quando a intensidade da Força de atrito é muito menor que a intensidade da Força restauradora), em preto; "super-amortecido" (quando a intensidade da Força de atrito é maior que a intensidade da Força restauradora), em verde; "amortecimento-crítico" (quando a intensidade da Força de atrito é igual a força restauradora), em rosa. Além das animações você poderá observar os respectivos gráficos para os três casos: x X t; v X t; Ec X t; Epel X t; Emec X t; v X x. Seguindo este "passo a passo" você poderá montar seus próprios modelos ao variar as condições iniciais (posição x e velocidade v) e os parâmetros como a constante elástica da mola k, a massa m e o coeficiente de atrito b. 1. Vá até a janela "condições iniciais' e altere a posição e a velocidade; 2. Altere os parâmetros de massa m, constante elástica k, e o coeficiente de atrito b. Você pode alterar um parâmetro por vez ou todos juntos e analisar os resultados. Pode também estimar determinados resultados e prever o parâmetro que deve ser alterado. 3. Vá até a janela "controlo" e use a tecla de início para observar as animações (uma por vez referente a cada caso) ou os gráficos. 4. Na janela "gráfico" você pode observar um gráfico por vez (cada caso em separado) ou juntar os três casos no mesmo gráfico e analisá-los. Caso não consiga visualizar o gráfico use a tecla "ajustar' quantas vezes for necessário. 9