Quimiossíntese

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Quimiossíntese
Algumas bactérias têm a capacidade de produzir compostos orgânicos a partir da fixação de
dióxido de carbono sem utilizar a energia solar. A energia necessária para a fixação do dióxido de
carbono provém de reacções químicas de oxidação de substâncias inorgânicas.
Estes seres vivos são designados de quimioautotróficos, pois produzem os seus compostos
orgânicos não à custa da energia solar, mas da energia que obtêm através de reacções químicas
de oxidação de compostos inorgânicos, como o amoníaco (NH3), dióxido de carbono (CO2) ou o
sulfureto de hidrogénio (H2S).
A quimiossíntese é um processo de autotrofia alternativo à fotossíntese e tem um papel muito
importante na base das cadeias alimentares onde a fotossíntese não é possível, como o fundo dos
oceanos onde a luz solar não chega.
A quimiossíntese é um processo muito semelhante à fotossíntese. Também apresenta duas fases.
Uma primeira fase onde são produzidos ATP e NADPH e na segunda fase ocorre o ciclo de
Calvin, de forma semelhante ao que acontece na fotossíntese. A principal diferença está apenas
na primeira fase. Vejamos então:
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1ª fase: produção de ATP e NADPH. Neste caso, em vez de ser a água o dador de electrões (a
substância oxidada), os electrões provêm de reacções de oxidação de outros compostos
inorgânicos. Estas reacções químicas são suficientes para promover a produção de ATP.
2ª fase: ocorre o Ciclo das Pentoses (ou Ciclo de Calvin). O NADP+ e ADP resultantes deste ciclo
de reacções serão utilizados na primeira fase para regenerar ATP e NADPH, tal como na
fotossíntese.
Vejamos como funciona este processo junto às fontes hidrotermais do fundo dos oceanos:
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Junto às fontes hidrotermais, as bactérias quimiossintéticas encontram-se normalmente
associadas simbioticamente a vermes tubícolas ou a moluscos.
Estas bactérias usam o dióxido de carbono resultante da respiração do seu hospedeiro e os
compostos sulfurosos que são libertados pelas nascentes.
Como resultado, produzem os compostos orgânicos de que necessitam eles e o seu hospedeiro e
o oxigénio de que o hospedeiro irá necessitar para respirar.
O esquema que se segue resume o processo:
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