GILBERTO GIL

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GILBERTO GIL
De Mabel Velloso
(Irmã de Caetano, Mabel Velloso é professora, escritora, poeta e
contadora de histórias.)
SUPLEMENTO DIDÁTICO
Elaborado por
Maria Clara Wasserman, mestre em História, professora do ensino fundamental e
médio e pesquisadora de música brasileira.
Professor
Neste suplemento você encontrará sugestões de projeto pedagógico para desenvolver no ensino fundamental com turmas de 1a a 4a série (ou 1o e 2o ciclos) e turmas de 5a a 8a série (ou 3o e 4o ciclos). Com
essa divisão buscamos criar projetos adequados para cada fase do desenvolvimento do aluno.
Tomando como referência o livro estudado, organizamos um plano de atividades para os quatro
ciclos:
— antes da leitura sugerimos um trabalho de sensibilização sobre o tema central, em que a classe se
organiza em equipes para pesquisa e produção de material;
— durante a leitura, feita com a mediação do professor, propõe-se o levantamento e a análise de
questões sobre o tema;
— depois da leitura, o professor pode avaliar a absorção do conhecimento por meio de trabalhos em
múltiplas linguagens (dramatizações, fóruns, textos, painéis).
Para as atividades deste suplemento tomamos como ponto de partida, além do livro estudado, os
Parâmetros Curriculares Nacionais, que possibilitam ao educador atuar como mediador na produção do
conhecimento. Os PCNs de História, Geografia e Arte, de modo geral, têm como objetivo levar o aluno a
conhecer e respeitar o modo de vida de grupos sociais diversos em suas atividades culturais, econômicas,
políticas e sociais, identificando semelhanças e diferenças entre eles. Outro ponto não menos importante
é fazer o educando reconhecer mudanças e permanências nas sociedades humanas, presentes na sua e nas
demais comunidades.
A área da Arte é um campo privilegiado para o tratamento dos temas transversais, uma vez que as
manifestações artísticas são exemplos vivos da diversidade cultural e expressam a riqueza criadora dos
povos de todos os tempos e lugares. Em contato com tais produções, o aluno pode exercitar suas capacidades cognitiva, sensitiva, afetiva e imaginativa, organizadas em torno da aprendizagem. E, no campo da
música popular, nosso objeto de estudo, ele é levado a desenvolver a sensibilidade e a consciência estético-crítica por meio da percepção de elementos da linguagem musical.
Fica a critério do professor aproveitar as atividades para outros projetos, adaptando-as ao perfil de
cada turma.
POR QUE TRABALHAR COM GILBERTO GIL?
O doce bárbaro Gilberto Gil, além de
compositor e cantor, é ativista político, defensor do meio ambiente, administrador de
empresas, e atualmente exerce o cargo de
ministro da Cultura. Esse baiano nascido em
Salvador possui uma história para ser contada ao longo de mais de quarenta anos de
carreira: foi, ao lado de Caetano Veloso, um
dos mentores do Tropicalismo; preso pela
ditadura militar no fim dos anos 1960, enfrentou o exílio na Inglaterra e retornou ao
Brasil em 1972. A partir de então, consagrou-se definitivamente como artista,
compositor e personalidade pública. Gravou
muitos discos, misturando influências de
bossa nova, rock, pop, reggae, e hoje é considerado um dos expoentes da nossa cultura.
A trajetória de Gilberto Gil está ligada à
história do Brasil contemporâneo, um dos
bons motivos para você trabalhar com seus
alunos a vida e a obra desse artista de múltiplas faces.
Além de trabalharmos com a biografia de Gilberto Gil, podemos trabalhar com várias de
suas canções. Para facilitar a análise da canção popular com os alunos, sugerimos ao professor
o roteiro a seguir.
ROTEIRO PARA ANÁLISE DE UMA CANÇÃO
◗ Arranjo: instrumentos predominantes e sua função no clima geral da canção.
◗ Andamento: rápido ou lento.
◗ Entoação: tipos e efeitos de interpretação vocal, levando-se em conta a
intensidade (volume), a tessitura atingida
(graves/agudos) e a ocorrência de ornamentos vocais, como falsete ou vibrato.
◗ Gênero musical (geralmente confundido com estilo ou ritmo): samba, pop,
rock etc.
◗ Identificar a possível ocorrência de
intertextualidade musical (citação de outras músicas).
1. Parâmetros poéticos
◗ Identificar o tema geral da canção.
◗ Identificar o eu poético e seus possíveis interlocutores (quem fala através da
letra e para quem fala).
◗ Desenvolvimento: qual a narrativa,
que imagens poéticas foram usadas, qual
o léxico e a sintaxe predominantes.
◗ Identificar os tipos de rima e as formas poéticas.
◗ Observar se foram utilizados recursos como alegoria, metáfora, metonímia,
paródia, etc.
2. Parâmetros musicais
(Adaptado de: Marcos Napolitano.
Pretexto, texto e contexto na análise da
canção. História e imagem. Rio de Janeiro: UFRJ/IFCS, s/d)
◗ Melodia: pontos de tensão/repouso
melódico.
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SUGESTÃO DE PROJETO PEDAGÓGICO PARA
TURMAS DE 1a A 4a SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL:
O REI DA BRINCADEIRA
✦ Objetivo
◗ As brincadeiras favoritas de Gilberto Gil.
◗ As músicas que ele mais ouvia.
◗ A mudança para Salvador e São Paulo.
◗ Seus primeiros sucessos.
◗ A fase tropicalista.
◗ A prisão e o exílio.
◗ A volta para o Brasil.
Conhecer a vida e a obra de Gilberto Gil
no contexto da história do Brasil contemporâneo.
✦ Temas transversais: Pluralidade cultural e Cidadania.
2. Destacados os assuntos, os alunos poderão responder a um roteiro de questões:
✦ Trabalho interdisciplinar: História,
Arte, Geografia e Português.
◗ Como foi a infância de Gilberto Gil?
◗ O compositor aprendeu seus primeiros
acordes na sanfona e depois no violão. Que
músicas você conhece com esses instrumentos?
◗ Caetano e Gil são amigos há muito tempo. Como se conheceram? Qual a importância
de grandes amizades?
◗ Gil sempre se preocupou com a natureza. Por que é importante preservar o meio
ambiente?
◗ De que canções do compositor você
mais gosta?
ATIVIDADE PARA ANTES DA LEITURA
Leve para a sala de aula jornais, revistas
e recortes que falem da participação de Gilberto Gil na vida cultural brasileira da
atualidade. Distribua o material para grupos de três. Após os alunos terem tomado
contato com o material, fale da importância do compositor e cantor para o país
desde a década de 1960.
Ainda como atividade de sensibilização,
organize com a classe uma brincadeira na
língua do pê, uma das favoritas de Gil,
como explica Mabel Velloso nas páginas iniciais do seu livro. Os alunos podem escolher
uma das músicas do compositor, ou mesmo
frases da turma, para ver quem acerta mais
essa peculiar forma de comunicação.
Após a brincadeira, coloque a classe para
ouvir a canção “Língua do pê”, de Gilberto
Gil, e convide seus alunos para conhecerem
melhor a vida e a obra do artista.
3. Comente com os alunos a posição de
Gilberto Gil hoje: quais os seus projetos sobre meio ambiente (o endereço do site
encontra-se na página 9 do livro de Mabel
Velloso), o cargo que ocupa no governo,
seus últimos projetos musicais etc.
ATIVIDADES PARA DEPOIS DA LEITURA
1. Após a leitura do livro, convide seus
alunos para um passeio musical com Gilberto Gil. As canções a seguir são reminiscências
da infância do compositor, como jogos, brincadeiras de rua, amores juvenis e muito
alto-astral.
ATIVIDADES PARA DURANTE A LEITURA
1. Leia o livro em conjunto com seus alunos e chame a atenção deles para alguns
pontos, como os que sugerimos a seguir:
◗ “Pé quente, cabeça fria”
◗ A cidade de Ituaçu e as festas locais.
3
◗ “Atrás do trio (bomba H)”
◗ “Marcha da tietagem”
◗ “Língua do pê”
◗ “Mancada”
◗ “Tradição” — narra as tradições da
Bahia, incluindo uma viagem de bonde.
Peça a seus alunos que façam uma redação
sobre uma viagem que tenha marcado a
vida deles.
◗ “Satisfação” — história do carnaval elétrico baiano. Nessa música o universo
carnavalesco ganha um novo ritmo estrangeiro, o rock. Organize uma pesquisa em
sala de aula sobre a história do carnaval brasileiro, as diferenças entre o carnaval da
Bahia e o do Rio de Janeiro, os novos ritmos
etc. Essa atividade pode terminar com uma
exposição de fotos, canções e figuras sobre
o carnaval do Brasil.
2. As atividades a seguir também são organizadas com base nas canções que
remetem à infância do compositor:
◗ “Está na cara, está na cura” — brincadeiras de linguagem que se assemelham a
brincadeiras infantis. Com base na letra da
canção, organize jogos como “troca-letra”,
“palavras cruzadas”, “trava-língua”, “a palavra é” etc.
SUGESTÃO DE PROJETO PEDAGÓGICO PARA
TURMAS A PARTIR DA 5a SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL:
MOVIMENTOS CULTURAIS
◗ “Lunik 9”
◗ “Cérebro eletrônico”
◗ “Queremos saber”
◗ “A gente precisa ver o luar”
◗ “Parabolicamará”
◗ “Pela Internet”
✦ Objetivos
◗ Verificar os fatos culturais e políticos dos
quais Gil participou ao longo de sua carreira.
◗ Entender o contexto e os objetivos do
movimento tropicalista, criado por Gilberto
Gil e Caetano Veloso.
2. A partir de uma das canções acima,
peça aos alunos que produzam um texto
sobre os avanços tecnológicos do mundo
moderno. Nessa produção individual, eles
deverão opinar sobre como o progresso
vem afetando o homem e o meio ambiente.
✦ Temas transversais: Cidadania e Pluralidade cultural.
✦ Trabalho interdisciplinar: História,
Arte, Português e Geografia.
ATIVIDADES PARA ANTES DA LEITURA
ATIVIDADES PARA DURANTE A LEITURA
1. Sensibilize os alunos para a obra de
Gilberto Gil a partir de suas músicas. Comente com eles que Gil sempre esteve atento às
inovações tecnológicas e que essa característica é marcante em seu trabalho.
Sugerimos as seguintes canções, nas quais o
compositor aborda a relação entre a
tecnologia e a vida do homem moderno.
A leitura do livro pode ser direcionada
para as diversas fases da vida de Gilberto Gil
e também para os fatos políticos e culturais
de que ele tenha participado.
Por conta disso, faça um levantamento
de material sobre o Tropicalismo, os carnavais da Bahia, o movimento de consciência
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negra e o meio ambiente. Deixe esse material à disposição dos alunos enquanto eles
lêem o livro de Mabel Velloso.
Você também pode dividir o livro em partes para explicitar as diferentes fases pelas
quais Gilberto Gil passou ao longo de sua
carreira. Oriente os alunos para anotarem
cada uma dessas fases.
Uma outra opção interessante durante a
leitura é os alunos ouvirem algumas canções
representativas da vida do compositor,
como as que sugerimos abaixo.
Com base no texto acima, peça aos alunos
que façam uma análise comparativa das canções
em que Gilberto Gil traz o negro como tema.
Como sugestão, apresentamos as seguintes:
◗ “Bat Macumba”: canção tropicalista
que incorpora elementos primitivos (macumba) e modernos (batman).
◗ “Emoriô”: palavra de inspiração africana que serve como mantra para evocação a
Oxalá.
◗ “Sarará Miolo”: o título dessa canção
remete ao mestiço arruivado que assim é
chamado na Bahia.
◗ “Babá Alapalá”: essa letra trata de um
dos mais profundos problemas do negro das
Américas, a perda de suas referências ancestrais. Babá é o pai de santo ancestral
africano, Axé Babá.
◗ “Eu vim da Bahia”: Gil revela sua saudade de uma Bahia que é origem, meta e
passagem.
◗ “Procissão”: canção de protesto, da época dos festivais.
◗ “Geléia geral”: já na fase tropicalista,
Gil faz uma colagem de citações retratando
um Brasil fragmentado.
◗ “Refazenda”: canção emblemática das
preocupações ambientais do compositor.
◗ “Esperando na janela”: apesar de não
ser de sua autoria, essa canção interpretada
por Gil marca o retorno do artista ao universo nordestino.
◗ Em sala de aula, faça uma audição detalhada da canção “Panis et Circencis”, do
disco Tropicália ou Panis et Circencis. Antes,
converse com seus alunos sobre a origem do
título da canção.
“Panis et Circencis”, de Gilberto Gil
e Caetano Veloso, é a faixa-título do
disco mais importante da Tropicália, um
disco-manifesto com colagens e citações em todas as canções.
O título é inspirado no poeta romano Juvenal, que mostrava desdém em
relação aos cidadãos pobres de Roma,
que não podiam consumir nada além
de pão e divertimento barato.
A composição trabalha metaforicamente esses dois elementos, pão e
diversão, em uma atmosfera circense. A
melodia é feita por uma voz solista, em
oposição a um grupo de pessoas imobilizadas na sala de jantar.
ATIVIDADES PARA DEPOIS DA LEITURA
◗ Leia para seus alunos o seguinte texto:
“Os diferentes aspectos da cultura afrobrasileira são temas marcantes na obra de
Gil: ora o compositor busca inspiração nos
ancestrais africanos, deuses mitológicos;
ora retrata situações atuais vividas pelo
homem negro na grande cidade. Gil trabalha a temática negra tanto na letra
como na melodia. Há casos em que a presença de elementos culturais negros está
na forma musical: um samba de roda, um
ritmo de afoxé, uma toada ao sabor dos
batuques tribais, um blues plangente, um
reggae etc.”
Roteiro para audição de “Panis et
Circensis” (em minutos)*
(Adaptado de: Literatura comentada. Gilberto Gil.
São Paulo: Abril, 1982.)
0:00 — Introdução.
5
◗ pesquisa sobre a situação social do sertão nordestino.
◗ pesquisa sobre a vida de Luiz Gonzaga
e o fenômeno do baião, cujo sucesso começou na década de 1940. O depoimento de
Gil pode ser esclarecedor: “Luiz Gonzaga era
o canto da caatinga. Sua existência, e mais a
de Jackson do Pandeiro era uma coisa ecológica na região”. (História da MPB. Abril
Cultural,1981.)
◗ levantamento da ficha técnica do filme.
◗ análise de fotografia, figurino, música etc.
0:45 — Trumpete solo, imitando o timbre
de clarim, numa citação sonora dos Beatles
(“Penny Lane”).
1:15 — “Mandei plantar folhas de sonho
no jardim do solar...”: alusão “alucinógena”
ao Solar da Fome, pensionato dos artistas
recém-chegados ao Rio de Janeiro.
1:55 — A rotação da música cai a zero,
assumindo o caráter discográfico da canção.
Música eletrônica.
2:00 — Clima psicodélico, com efeitos
eletroacústicos.
2:20 — Surge uma música incidental, à
base de um arranjo de rock (baixo, bateria,
guitarra, teclado), com instrumentos elétricos.
3:05 — A música incidental é interrompida. Ouvem-se vozes à mesa, ruídos de
talheres e a valsa “Danúbio azul” ao fundo.
Música concreta.
3:25 — Um efeito eletroacústico aumenta de intensidade ao mesmo tempo que se
ouve um crescente ruído de vidros (copos)
espatifando-se.
3:30 — Corte súbito.
PARA SABER MAIS
Afoxé Cortejo de natureza semi-religiosa que, no carnaval, desfila cantando e
dançando, mas sem se mesclar às outras manifestações carnavalescas.
Bossa nova Estilo musical criado em
1958 por João Gilberto, caracterizado por
sonoridade original e recriação do ritmo do
samba, cujo potencial estético conferiu-lhe
condição de “escola”. O nome também se
aplica ao repertório lançado por João Gilberto ou composto em seu estilo e, mais
restritamente, a um fenômeno carioca ocorrido entre 1958 e 1962, de jovens seguidores
do novo estilo.
Após a audição, você pode conduzir as
seguintes atividades:
◗ Produção de texto que tenha como roteiro a canção “Panis et Circencis”.
◗ Com o apoio de material de pesquisa,
análise das citações presentes na canção e a
contextualização histórica (Brasil, 1968).
◗ Criação de painel com as imagens que a
canção sugere.
Canção de protesto Estilo de canção
predominante nos anos 60, de caráter nacionalista, que expressava o engajamento do
artista com as causas populares. Na década
de 1970 a canção toma outra forma de protestar contra a ditadura, menos explícita por
causa da censura e, ao mesmo tempo, mais
metafórica e combativa.
SUGESTÕES DE ATIVIDADE EXTRA
Capoeira Luta brasileira de origem negra, introduzida no Brasil pelos escravos
africanos. É acompanhada por música executada com berimbau, ganzá e pandeiro.
Exibir em sala de aula o filme Eu, tu, eles
e fazer uma audição do CD de Gilberto Gil
com a trilha sonora do filme.
Depois os alunos poderão desenvolver as
seguintes atividades:
Festivais da canção Festivais de música
popular promovidos pela TV Record de São
Paulo, nos quais despontaram nomes como
Chico Buarque, Elis Regina, Edu Lobo, Geraldo Vandré, entre outros.
* Para a decupagem completa do LP/CD Tropicália ou
Panis
et
Circencis,
consulte
o
site
www.geocities.com/altafidelidade.
6
protesto) com um estilo bem-humorado. Os
tropicalistas basearam-se no Manifesto antropófago de Oswald de Andrade para
caracterizar em suas músicas influências nacionais e internacionais, como guitarra
elétrica, música eletroacústica, hino nacional, canções de protesto, ou seja, a realidade
nacional do país transformada em “geléia
geral”.
Jingle Curta mensagem musicada de propaganda.
João Gilberto (1931-) Cantor, compositor e violonista, criador da bossa nova, estilo
que revolucionou a música brasileira e influencia até hoje a música mundial. Lançou, em
1959, o LP Chega de saudade, disco inaugural do novo estilo. Residiu por quase vinte
anos no exterior, difundindo a moderna
música brasileira.
Lira Conjunto musical, ou banda, dirigido por um maestro.
BIBLIOGRAFIA
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antes. MPB nos anos 70. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1980.
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Montserrat. Organização do currículo por
projetos de trabalho. 5.ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.
Música erudita Diz-se de todas as músicas compreendidas nos períodos “barroco”,
“clássico”,”transição”, “romântico” e “moderno”.
Partido Verde Partido político que defende a preservação do meio ambiente. O
PV faz parte de uma família política internacional, a dos “verdes”, que cresce em
todo o mundo, desde o final da década de
1970.
Pífano Instrumento rústico, semelhante
ao pífaro, usado ainda hoje, sobretudo em
conjuntos musicais populares; pífaro; flauta.
Regime militar Período entre 1964 e
1985 em que os militares ficaram no poder
no Brasil. A “era das ditaduras” predominou, nesse período, em quase todos os
países da América Latina. Ao mesmo tempo
que os militares combateram as ideologias
de esquerda, organizaram uma política de
realinhamento com a política externa norte-americana.
Repentista Que ou quem improvisa, faz
repentes (versos improvisados).
Serenata Música de conjunto instrumental, geralmente cantada, melodiosa e
simples, semelhante às trovas dos cantores
ambulantes, executada ao ar livre, não raro
sob a janela de alguém; seresta.
Tropicalismo Movimento musical organizado principalmente por Caetano Veloso
e Gilberto Gil, em 1968, o qual visava combater o nacionalismo musical (canção de
7
HOBSBAWM, Eric. A era dos extremos. O
breve século XX (1914-1991). São Paulo:
Companhia das Letras, 1995.
HOLLANDA, Heloísa Buarque de. Impressões de viagem. CPC, vanguarda e desbunde:
1960/70. 2.ed. São Paulo: Brasiliense, 1981.
HOLLANDA, Heloísa Buarque de, GONÇALVES, Marcos Augusto. Cultura e participação
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JEANDOT, Nicole. Explorando o universo
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NAPOLITANO, Marcos. Seguindo a canção.
Engajamento político e indústria cultural na
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_______. O regime militar brasileiro:
1964-1985. São Paulo: Atual, 1998.
OLIVEIRA, A. Fundamentos da educação
musical. Porto Alegre: UFRGS, 1993. (Série
Fundamentos n. 1).
ORTIZ, R. Românticos e folcloristas. Cultura Popular. São Paulo: Olho d’Água, 1996.
_______. Cultura brasileira e identidade
nacional. São Paulo: Brasiliense, 1994.
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS
— ARTE. Terceiro e quarto ciclos do Ensino
Fundamental, Brasília, 1998, Ministério da
Educação e do Desporto.
PERRONE, Charles. Letras e letras da MPB.
Rio de Janeiro: Elo, 1988.
OS ANOS 60, a década que mudou tudo.
Edições Veja. São Paulo: Abril, s.d.
RIBEIRO, Darcy. Aos trancos e barrancos;
como o Brasil deu no que deu. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara, 1985.
SCHAFER, R. M. O ouvido pensante. São
Paulo: UNESP, 1991.
VELOSO, Caetano. Verdade Tropical. São
Paulo: Companhia das Letras, 1997.
LINKS DE PESQUISA NA INTERNET
◗ www.caetanoveloso.com.br
◗ www.itaucultural.org.br (Música; discografia musical)
◗ tvcultura.com.br/aloescola/artes/
◗ www.uol.com.br/radiouol/
◗ www.chicobuarque.com.br
◗ www.geocities.com/altafidelidade
◗ www.tropicalia.com.br
◗ www.gilbertogil.com.br
DISCOGRAFIA RECOMENDADA PARA
OUVIR EM SALA DE AULA
◗ Tropicália ou Panis et Circencis (1968).
Com Caetano, Gil, Gal Costa, Nara Leão e
outros. É o disco-manifesto do movimento
tropicalista. Para fazer uma decupação das
canções, consulte o site www.geocities.com/
altafidelidade.
◗ Brasil (1981), com João Gilberto, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Maria Bethania.
Concebido no retorno de João Gilberto ao
Brasil, depois de quase 20 anos residindo no
exterior, marca o encontro de Caetano com
seu mestre.
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