Web-to-print

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Artigo drupa Expert
Autor: Simon Eccles
Simon Eccles estudou tecnologia de impressão e gestão no final dos anos 1970 e
entrou para a revista inglesa Printing World em 1981 como repórter. Marcou presença
em todas as exposições drupa desde 1982. A entrada de Simon para o setor coincidiu
com as revoluções na edição eletrónica e na pré-impressão digital. Ao longo da sua
carreira especializou-se na explicação destas soluções e nos subsequentes
desenvolvimentos da fotografia digital e da impressão digital. Ao longo dos anos foi
editor de oito publicações do setor. Atualmente é responsável pela redação de
documentos e relatórios técnicos, contribuindo regularmente com artigos técnicos
(incluindo análises drupa) para muitas publicações, incluindo a revista inglesa
PrintWeek and Digital Printer.
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Comércio eletrónico,
automação e nuvem para
impressão
A Internet e a World Wide Web abriram novas oportunidades para a impressão, mas
também novos desafios. À medida que uma nova geração de pessoas entra no
mercado de trabalho, os mesmos esperam encontrar e comprar tudo online, incluindo
os serviços de impressão.
As gráficas necessitam cada vez mais de competências ao nível das TI para
automação interna e “web-to-print” externa, mas têm dificuldade em encontrar ou
suportar as despesas com as pessoas certas. Os serviços na nuvem surgem como a
reposta a muitas destas necessidades.
Aqui, Simon Eccles faz uma descrição geral do estado atual do comércio eletrónico,
da “web-to-print”, dos serviços na nuvem e da automação na impressão, todos eles
temas importantes na drupa deste ano.
A impressão deverá adaptar-se à geração online
Desde que existem computadores, as pessoas pensaram em formas de utilizá-los na
impressão. Na indústria gráfica atual, os computadores e os programas
(progressivamente designados “aplicações”) são omnipresentes, abrangendo desde
as utilizações óbvias, como o design, a disposição, a imagem, a “web-to-print”, a
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automação do fluxo de trabalho, as contas MIS e a faturação, até computadores
incorporados menos ostensivos e que monitorizam os sensores nas máquinas de
produção e implementam ajustes automaticamente.
Por isso, foi com naturalidade que, assim que a World Wide Web facilitou o acesso à
Internet no início dos anos 90, as pessoas começaram a perceber de que forma
podiam usá-la para as respetivas empresas de impressão. O comércio eletrónico, que
significa comprar e vender online, tem vindo a tornar-se cada vez mais importante
para a indústria desde o início deste século.
Neste momento, assistimos ao desenvolvimento dos serviços na nuvem, em que
algumas das tarefas de produção e de armazenamento dos computadores locais nas
empresas de impressão são transferidas para serviços alojados num local remoto e
com acesso através da Internet.
A partir do momento que a “geração online”, nascida a partir de 1990, cresce e entra
no mercado de trabalho, parte do princípio que pode encontrar, comparar, especificar,
encomendar e aprovar todas as compras online. Os prestadores de serviços de
impressão que pretendam presentemente manter-se em atividade, devem reconhecer
que a respetiva base de dados irá progressivamente esperar uma interação e uma
transação com eles. Até podem não querer uma interação humana através das
equipas de vendas ou dos gestores das relações com os clientes, preferindo efetuar
as respetivas compras de forma anónima a qualquer hora do dia.
Em vez de dependerem das tradicionais equipas de vendas na estrada, as gráficas
podem agora conseguir um alcance global através da rede. Mas isto significa aprender
ou contratar novas competências promocionais, como a otimização de motores de
busca (SEO) e a interação nos meios de comunicação social.
A indústria da impressão ainda não está a tirar todo o proveito desta oportunidade. O
segundo estudo drupa Global Trends, publicado em 2014, abordou o impacto da
Internet na impressão. Consultou um painel mundial de gráficas. Chegou à conclusão
que “Apesar de 51% do painel drupa ter “web-to-print”, apenas 14% indicaram que a
utilizavam para transacionar mais de 25% das suas encomendas.” No entanto, no
mesmo ano, surgiram informações de que, no global, o comércio eletrónico estava a
crescer 8% por ano nos EUA, com a China certamente a superar esse volume em
2015 e a triplicar o seu volume de transações online até 2020.
O painel especializado drupa também admitiu uma adoção muito fragmentada de
técnicas como a gestão de bases de dados de clientes (apenas 34% a usam em 2014),
a análise de websites (23%) e os meios de comunicação social (25%). Apenas 17%
as usavam em campanhas integradas, que são claramente a melhor forma de explorar
estas técnicas.
TI e a nuvem
O estudo Global Trends também identificou uma falta de especialistas em TI como
fator que limita a impressão a nível mundial. O relatório indicava: “A impressão faz
agora parte de uma indústria de comunicações mais ampla, e as empresas gráficas
precisam de estar cada vez mais orientadas para as tecnologias da informação.
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Apenas 23% do nosso painel especializado drupa comunicou um aumento nas
despesas com TI ao longo dos últimos cinco anos, e virtualmente todos assinalaram
dificuldades no recrutamento de pessoas com conhecimentos em TI adequados.”
Os fluxos de trabalho automáticos cada vez mais complexos e os istemas de comércio
eletrónico requerem pessoal capazes de instalar, manter e atualizar hardware e
software. As gráficas de pequena e média dimensão podem não ter o tempo ou o
dinheiro para encontrar e empregar esse tipo de especialistas a tempo inteiro.
Uma solução em expansão é, para os programadores de sistemas, a oferta de
serviços alojados, muitas vezes designados de alojamento na nuvem. Isto significa
que é o próprio programador a executa e a fazer a manutenção de todo o hardware e
software, normalmente em servidores remotos ligados à Internet. Desta forma, os
clientes podem aceder online através de navegadores na Web ou de pequenas
aplicações para clientes. Um dos primeiros termos para este mesmo tipo de serviço
era SaaS (Software as a Service – Software como Serviço).
Isto significa que os clientes podem usar computadores relativamente baratos nas
suas próprias instalações, com todos os complexos trabalhos de TI e de manutenção
a serem realizados em servidores remotos “na nuvem” e disponibilizados online.
Esses serviços estão normalmente sujeitos a um contrato anual ou por um período
superior, apesar da possibilidade de algumas funções ou aplicações apenas serem
necessárias temporariamente, pelo que o acesso pode ser “alugado” por um mês, ou
um período semelhante, se for necessário.
Comércio eletrónico
O parque de inovação drupa – o ‘dip’ – no Pavilhão 7, irá incluir uma área designada
Web-to-Media & E-Commerce. Os focos estarão virados para as soluções para
plataformas “web-to-publish” ou “web-to-print”, de comércio eletrónico e de montra,
edição na nuvem e editores Web para desenho/impressão e HTML5.
O comércio eletrónico no setor da impressão é um conceito de grande abrangência
que pode incluir “web-to-print” (abordada a seguir em separado), mas não tem de o
fazer. Algumas aplicações MIS possuem módulos de comércio eletrónico
relativamente simples, que permitem que os clientes preencham formulários RFQ
(pedido de orçamento), encomendem reimpressões, peçam trabalhos de stock,
acompanhem o estado de encomendas e vejam as respetivas contas. Esta é a
diferença de um sistema totalmente “web-to-print” que permite que os clientes prévisualizem desenhos, personalizem os mesmos e aprovem amostras antes de criar
ficheiros PDF que são enviados para impressão.
Na linha da frente do comércio eletrónico isso pode significar a ligação a ERP
(Enterprise Resource Planning – Planeamento de recursos da empresa). No âmbito
da indústria da impressão, isto normalmente significa sistemas de requisição de
impressão que fazem a ligação diretamente aos próprios sistemas de gestão
comercial dos grandes “clientes” e a bases de dados de clientes para a encomenda
direta de serviços de impressão, correio direto e outros serviços prestados pelo
prestador de serviços de impressão.
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A título de exemplo, a empresa francesa Goaland estará este ano em exposição na
área “dip” no Pavilhão 7. A empresa cria sistemas empresariais, incluindo o Alpia, que
descreve como um sistema de “gestão de informações do produto”. Quando usado
com fichas de produtos, por exemplo, uma mudança na engenharia, ou noutras
especificações, será automaticamente aplicada como uma atualização a todos os
documentos “web-to-print” que a incluam. O sistema centralizado de conteúdos da
“gestão multicanal empresarial” Arsia da Goaland é usado para produzir
automaticamente variações de disposições de documentos para meios multicanal.
“Web-to-print”
Existem atualmente mais de 100 sistemas “web-to-print” disponíveis em todo o
mundo, com muitos deles representados na drupa. Alguns operam a nível local
através de servidores, mas cada vez mais são oferecidos como serviços de
alojamento remoto, quer sejam do tipo cliente-servidor ou como serviços na nuvem
com acesso através de navegadores Web normais.
Um exemplo dos serviços na nuvem é a Gateway3D, uma empresa com sede no
Reino Unido e com exposição no parque de inovação drupa. Disponibiliza um serviço
“web-to-print” a outras gráficas, permitindo-lhes ligar os respetivos websites a
sistemas de encomenda de produtos, personalização e pré-visualização (alguns itens
são pré-visualizados em 3D). As aplicações permitem às gráficas a criação dos seus
próprios produtos (a partir de uma ampla gama de itens promocionais, não apenas de
impressão em papel), a adição de opções de personalização e a gestão de
encomendas. Depois de aceites as encomendas, estas são enviadas para a gráfica
para serem produzidas e entregues.
A distribuição na nuvem também permite que pequenas empresas consigam uma
abrangência internacional. Por exemplo, a Web2Print, com sede na Polónia,
conseguiu chegar a clientes internacionais através do seu serviço Key2Print alojado
na nuvem. O serviço tem um custo de €200 por mês e existem cerca de 180
utilizadores internacionais.
Não existe uma definição de “web-to-print”. Desta forma, os clientes finais podem
aceder a um prestador de serviços de impressão através de navegadores Web.
Algumas são montras B2C (business-to-consumer), direcionadas para os
consumidores e os clientes empresariais “casuais”, normalmente com a oferta de uma
série de produtos fotográficos normalizados, cartões de visita e outros artigos de
escritório que podem ser personalizados, pré-visualizados e pagos online.
Outros sistemas “web-to-print” estão configurados para B2B (business to business),
frequentemente destinados a clientes regulares de um prestador de serviços de
impressão. Por norma, estarão preparados com uma série dos próprios trabalhos dos
clientes que podem ser personalizados, digamos por funcionários individuais ou
departamentos, ou lojas ou restaurantes numa cadeia.
Uma outra possibilidade é designada B2B2C (business-to-business-to-consumer).
Aqui, uma gráfica prepara websites que podem receber a marca de um cliente (por
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exemplo uma escola), que, por sua vez, vende serviços de impressão (neste exemplo
a pais que encomendam livros de turma ou cartões de felicitações personalizados).
Muitas operações “web-to-print” oferecem modelos de produtos normalizados que
podem ser alterados de formas limitadas pelos clientes – normalmente com a adição
de nomes e endereços e logótipos a disposições de cartões de visita, ou da colocação
de nomes e mensagens em cartões de felicitações.
Recursos de design e disposição online totalmente flexíveis e que pretendem ser
difíceis de desenvolver, mas que podem ser adquiridos prontos a serem utilizados.
Por exemplo, a editora belga CHILI desenvolveu o programa CHILI, agora na versão
5.0, que oferece ferramentas sofisticadas de disposição e composição semelhantes
às ferramentas de design normais, como o Adobe InDesign ou o QuarkXPress, mas
com acesso através de um navegador Web. Pode ser integrado em produtos “web-toprint” para proporcionar um elemento de design.
Em alternativa, as empresas podem usá-lo para adicionar um recurso web a sistemas
de design mais convencionais. Um exemplo é a Esko WebCenter, que utiliza o editor
para permitir aos utilizadores finais e aos clientes a edição de desenhos de
embalagens online através de um programa de navegação.
Locais direcionados para o cliente
A encomenda Web, junto com a impressão digital, permitiu que os prestadores de
serviços negociassem diretamente com os clientes. As prensas digitais e as
impressoras de jato de tinta de grande formato têm vindo a permitir tecnologias de
produção, mas a solução “web-to-print” tem representado a ferramenta de vendas que
chega aos clientes e permite fazer coisas com as suas fotografias e imagens digitais
até hoje inimagináveis.
No final dos anos 90 e no início da década 2000 parecia que as impressoras
fotográficas de uso doméstico seriam vulgares e iriam substituir os laboratórios, mas
os clientes rapidamente aprenderam que a gestão da cor não era fácil, e que a compra
de tintas em cartuchos mínimos era terrivelmente dispendiosa. Em vez disso, os
preços mais baixos devido a economias de escala, para além de uma vasta gama de
produtos, conseguiram manter e prosperar o trabalho dos especialistas na prestação
de serviços de fotografia online.
É muito provável que as exageradas alegações para a impressão 3D doméstica sigam
o mesmo caminho. As impressoras 3D de secretária podem ser baratas, mas são
lentas e cada uma delas consegue produzir apenas uma gama muito limitada de
materiais. Também não é fácil trabalhar com programas de modelação 3D. Por isso,
é provável que as pessoas que precisem de imprimir objetos 3D venham a recorrer a
um departamento de serviços 3D e encomendem os seus objetos online.
Presentemente, entre os típicos produtos personalizáveis encontram-se os álbuns de
casamento e os livros de turma altamente personalizados, impressões em telas,
calendários, canecas, individuais, t-shirts, blocos de fotografias e cartões de
felicitações. Os sites especializados em desporto podem oferecer bolas de futebol,
esquis e pranchas de snowboard, capacetes e outros produtos afins personalizados.
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A gama de produtos irá continuar a aumentar. Já é possível encomendar papéis de
parede impressos personalizados, acessórios para a casa e até ladrilhos cerâmicos,
que os arquitetos e os revendedores começam a usar, apesar do mercado de
consumo ainda não ter adotado esta tendência. A decoração personalizada de
vestuário também está condenada a crescer para além das atuais t-shirts, do vestuário
desportivo e do vestuário de trabalho.
Os maiores utilizadores atuais da solução “web-to-print” são as grandes operações
direcionadas para o cliente (B2C), como a Moonpig (cartões de felicitações), a
Vistaprint (uma enorme gama de produtos desde papelaria até canecas), a CeWe e a
Harrier (principalmente produtos à base de fotografia).
Os visitantes da drupa 2016 terão a oportunidade de ver uma grande variedade de
prestadores de serviços “web-to-print”. Entre eles estará a Cimpress, a empresa-mãe
americana da gigante dos serviços de impressão online Vistaprint, bem como outras
marcas. A empresa tem estado numa trajetória de aquisição ao longo dos últimos
anos, tendo gasto mais de 300 milhões de euros. As compras incluem a Pixartprinting,
de Itália, e a Tradeprint, do Reino Unido. Ambas oferecem serviços de impressão
online. Também programadores de “web-to-print”, incluindo o Exagroup, de França, o
druck.at, da Áustria, e mais recentemente o WIRmachenDRUCK, da Alemanha. A
Cimpress afirma que a estratégia passa por criar uma plataforma de personalização
em massa (MCP) que entre no mercado através de marcas específicas.
Os prestadores de serviços de maiores dimensões desenvolveram o próprio software
de transação online. No entanto, existem soluções menos conhecidas do público,
nomeadamente a inglesa Taopix, com o seu software Portfolio, e concorrentes
emergentes como a americana Pixami e as inglesas Pixfizz e Infigo MegaEdit Photo.
Futuro de mobilidade
Mesmo nas áreas sem telefone fixo ou cabos de dados, a tecnologia de telemóvel
consegue aceder à Internet e a serviços de dados Web através das normas 3G e 4G,
sendo esta mais rápida. Isto também pode acontecer, mesmo nos territórios com uma
infraestrutura de telecomunicações desenvolvida. Em abril de 2015, a instituição US
National Telecommunications and Information Administration apresentou um relatório
onde se mostrava que 20% dos lares americanos fazem o acesso à Internet através
de redes móveis em vez de estruturas fixas. Esta proporção duplicou desde 2013.
A tecnologia 5G proposta, que provavelmente irá chegar na próxima década, deverá
permitir enormes melhorias na largura de banda (até 1 Gigabit por segundo) através
de pontos de transmissão em maior número, muito pequenos e fáceis de instalar. Se
o preço for adequado para o acesso 5G, poderá vir a dispensar a necessidade de
quaisquer linhas fixas, exceto para os utilizadores com maior consumo.
Até ao momento, os smartphones e os tablets raramente são utilizados para criar ou
processar trabalhos de imagem ou de design sofisticados e destinados a uma
impressão profissional. A impressão de documentos mais simples, como relatórios e
formulários, diretamente a partir de dispositivos móveis (incluindo smartphones e
tablets) é algo que os utilizadores domésticos e profissionais desejam mas que
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continua a ser difícil de conseguir, segundo o relatório InfoTrends (Dispositivos móveis
e o impacto na impressão, 2015). O problema está principalmente relacionado com a
conectividade, indica o relatório, apesar de apenas ter em conta a produção direta
para as gráficas locais em vez da encomenda “web-to-print”.
Grande parte dos trabalhos “web-to-print” são efetuados através de programas de
navegação, em que os tablets são um pouco diferentes dos computadores portáteis e
de secretária. Os prestadores de serviços de impressão podem pensar em criar
versões para ecrãs pequenos das suas interfaces de utilizador, e usar HTML5 em vez
de Flash, uma vez que esta última não funciona em dispositivos iOS da Apple.
Automação
A automação integral de fábrica prepara-se para ser o tem a principal da drupa 2016.
Haverá uma área de otimização e automação de processos na zona do parque de
inovações drupa (dip). Esta é uma continuação das velhas tendências de substituição
das competências manuais, dos processos e até mesmo dos funcionários, por uma
produção assistida por computador.
Segundo se diz, o objetivo é reduzir os “pontos de contacto,” em que os operadores
humanos são literalmente obrigados a manusear partes do trabalho ou das suas
máquinas de produção, ou a introduzir dados e instruções. “Não toques no que podes
automatizar,” afirmou Guy Gecht, CEO da EFI, num evento recente em Las Vegas.
“Nós, humanos, cometemos erros e representamos um custo cada vez maior.”
Na drupa, a EFI está a destacar a integração e a automatização em todo o processo
de impressão. O seu Productivity Suite (Pacote de produtividade) é constituído por
uma gama de produtos ligados e certificados, e que funcionam bem juntos. Começam
com a gestão da campanha e marketing transversal, através da “web-to-print” e do
comércio eletrónico, dos custos, das estimativas, dos agendamentos e todas as outras
funções MIS, passando depois para os fluxos de trabalho baseados no servidor de
produção Fiery (mais alguns fluxos de trabalho de outros parceiros), e terminando no
armazenamento, na execução e no envio.
Na área “dip”, a i1BOX, de Essen, irá mostrar a automação numa caixa, através da
instalação de um servidor pré-configurado e isento de manutenção em instalações de
impressão para gestão de dados e trabalhos, CRM, correio eletrónico, funções de
grupo, partilha de ficheiros e gestão de ativos
Uma iniciativa do governos alemão, com a designação Industrie 4.0, promove a
informatização para a criação de “fábricas inteligentes”. Inspirou várias exibições “4.0”
na drupa, estando disposto um fluxo de trabalho digital Print 4.0 completo em todo o
pavilhão. Um exemplo na “dip” será a Rogler Software, que está a colaborar com a
Universidade de Luxemburgo no sentido de desenvolver funcionalidades “Industrie
4.0” para a sua solução ERP, apesar de antever que serão igualmente importantes
para as pequenas e médias empresas. Irá utilizar agentes de software inteligentes
autónomos para reconhecer padrões em grandes conjuntos de dados e determinar os
métodos de produção mais económicos, mais rápidos ou mais seguros. Representa
uma “oportunidade de mudar o equilíbrio competitivo a favor dos países europeus,
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através da concretização de poupanças e, consequentemente, da manutenção ou da
recuperação da produção na Europa”, afirma o diretor executivo Hannes Rogler.
O KBA 4.0 da KBA-Sheetfed Solutions propõe uma fábrica de impressão em rede em
que os produtos, as prensas e as ferramentas estão continuamente a trocar
informações através de chips e sensores sem fios. Algumas informações são reunidas
centralmente pela KBA a partir de múltiplos locais e misturadas para detetar padrões
destinados ao desenvolvimento de uma manutenção previsível.
Também Muller Martini está a trabalhar num conceito automático a que dá o nome
Finishing 4.0, prometendo demonstrações de “fluxos de trabalho sem toque” na drupa,
por exemplo a imposição automática para a impressão digital, bem como as próprias
linhas de produção de livros digitais automáticas Sigmaline.
As drupa de 2000 e 2004 foram dominadas pela promessa da ligação das máquinas
de produção com o que surgiu como o JDF. Apesar do objetivo inicial de ‘plug-andplay’ estar mais distante, presentemente o JDF é a norma para o intercâmbio de dados
de produção entre a produção de placas, a impressão e o acabamento.
O progresso real será demonstrado na pelo CIP4, a operação transversal a toda a
indústria que desenvolver o JDF através de comités setoriais. “A automação e a
otimização são tópicos que não só são atuais, como também constituem objetivos
essenciais para os prestadores de serviços de impressão conseguirem ter sucesso no
atual mercado da impressão,” afirma Julie Watson, porta-voz da CIP4.
Automação na nuvem
Inevitavelmente, a nuvem está a ser adotada também para a automação da
impressão. Na drupa, a HP irá revelar o PrintOS – não é um sistema operativo, mas
sim um conjunto de serviços e aplicações baseados na nuvem para a HP Indigo e
outros utilizadores de prensas digitais.
Um dos primeiros sistemas disponível no HP PrintOS será o OneFlow. Este é um
sistema de gestão da produção para gráficas, que abrange o envio de encomendas
de elevados volumes para B2C, a gestão da marca, a venda a retalho, o fluxo de
trabalho de produção, a expedição e o envio. Funciona na nuvem, pelo que pode ser
acedido através de qualquer computador através de programas de navegação e afins,
recolhendo dados de lojas, leitores de códigos de barras, e fornecendo listas de
trabalho aos operadores através de terminais de custo reduzido.
A Ricoh está a planear algo semelhante ao PrintOS e com o nome TotalFlow Cloud
Suite, que será uma gama alojada de serviços de software por assinatura, onde estão
incluídos os próprios produtos da Ricoh e os produtos aprovados de terceiros.
A Hybrid Software, uma especialista belga em integrações de fluxos de trabalho, está
a apresentar o ‘Cloudflow Share’ na drupa, um fluxo de trabalho baseado na Web que
liga múltiplos fluxos de trabalho locais e oferece funções de pré-impressão. Também
uma novidade será o MyCloudflow, que permite às empresas a compra de capacidade
baseada na nuvem em vez de comprarem uma licença e configurarem o próprio
sistema.
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A Enfocus, cuja tecnologia Switch permite aos utilizadores criarem os seus próprios
fluxos de trabalho, está a apresentar uma Enfocus Appstore que lhes permite comprar
funções e componentes de outros utilizadores.
Conclusão
Concluindo, a drupa 2016 irá demonstrar a crescente importância da automação de
processos em cada fase das operações de uma fábrica de impressão, junto com a
forma como pode chegar aos clientes através de comércio eletrónico e da “web-toprint”, ao mesmo tempo que se vão desenvolvendo novos produtos e serviços.
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Síntese
O parque de inovação drupa - dip - no Pavilhão Hall da drupa deste ano irá incluir
várias áreas temáticas que mostrar as mais recentes inovações na impressão. Este
ano será dado um ênfase especial ao comércio eletrónico, à “web-to-print”, aos
serviços na nuvem e à automação.
Há muito tempo que a indústria da impressão utiliza a Internet, apesar de não o fazer
de forma tão extensiva como outros mercados. Existe uma falta de competências de
TI na indústria, bem como uma certa falta de compreensão das novas oportunidades
promocionais e de vendas proporcionadas pelos meios de comunicação social, pela
análise de dados e a otimização dos motores de busca.
Uma resposta à falta de competências de TI são os serviços na nuvem – serviços de
armazenamento e de software alojados à distância e operados por programadores de
software e prestadores de serviços terceiros. Os utilizadores finais podem aceder a
hardware e software complexos sem terem de instalar e manter os mesmos a nível
local.
O comércio eletrónico é o conceito de transação através da Internet. Na sua forma
mais simples, pode ser pouco mais que pedidos de orçamentos e encomendas de
reimpressões regulares. Em alternativa, pode envolver ligações seguras sofisticadas
a sistemas de aquisição ERP (planeamento de recursos de empresas) de grandes
empresas e mesmo a bases de dados de clientes para correio direto, impressão
transacional ou de dados variáveis.
A “web-to-print”, em que os utilizadores usam programas de navegação na Web para
especificarem e encomendarem impressões e itens afins, é uma parte importante do
comércio eletrónico. Já resultou no desenvolvimento de novos mercados online para
impressões digitais personalizadas, onde os clientes e as empresas podem
selecionar e personalizar produto como álbuns fotográficos personalizados,
impressões em telas, calendários, produtos de oferta, vestuário e cartões de
felicitações. Assistimos agora à possibilidade de alargar a oferta a equipamento
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desportivo, coberturas de parede, acessórios de mobiliário e até mesmo murais em
ladrilhos.
Cada vez mais os clientes e as empresas acedem à Internet através de redes de
telecomunicações móveis, com o atual fornecimento 4G a ser substituído pelo muito
mais rápido 5G nos próximos dez anos, sendo que, depois, as linhas terrestres
passarão a desempenhar um papel muito pequeno. Apesar dos tablets móveis e dos
smartphones representarem atualmente a preocupação de alguns editores, até ao
momento parecem ter pouca relevância para os clientes de impressão ou os criativos.
A automação de fábrica é outra tendência drupa, a complementar a encomenda de
comércio eletrónico. O tema atual é a redução dos “pontos de contacto” humanos.
Várias empresas na drupa irão apresentar serviços de gestão da impressão baseados
na nuvem, recolhendo igualmente informações para análises e previsões inteligentes.
Esta drupa 2016 representa uma oportunidade imperdível de ver como as tendências
online estão já a afetar a impressão e de ter uma perspetiva do futuro.
------Contacto:
Artigo de imprensa da drupa 2016
Monika Kissing/Anne Schröer (Assistente)
Tel.: +49 (0)211-4560 543
Tel.: +49 (0)211-4560 465
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