propriedades do músculo esquelético - foa

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SISTEMA MOTOR
Enquanto o sistema nervoso sensorial nos proporciona representação do
mundo exterior e do estado interno do corpo, o processamento motor começa
com uma “imagem” de um movimento desejado e, finalmente, sua expressão
na forma de comportamento. A mentalização do mundo exterior e do nosso
próprio corpo tem como principal função guiar a expressão motora na forma de
várias posturas e combinações de movimentos do corpo e partes do corpo. Ao
contrário do sistema sensorial que transforma os sinais físicos e químicos do
ambiente em sinais neurais, o sistema motor faz o inverso: processa os sinais
neurais em comandos ordenados que irão determinar no músculo a força
contrátil que deverá utilizada para realizar determinado movimento. Assim
como a nossa capacidade perceptual reside em detectar, analisar e estimar o
significado dos estímulos ambientais, a nossa habilidade e performance motora
refletem a capacidade do sistema motor planejar, coordenar e executar os
movimentos. Nessa linha de produção as fibras musculares são os elementos
finais que traduzem os códigos neurais em força contrátil do movimento
pretendido. Tanto o sistema sensorial como o motor está sujeito ao
aperfeiçoamento pela aprendizagem: reconhecemos os mais variados
estímulos do ambiente como produto da experiência e incorporamos e
aprimoramos as mais variadas tarefas motoras. A motricidade somática nos
garante a manutenção da postura e locomoção do nosso corpo, da
movimentação de suas partes específicas para realizar tarefas manipulativas
como a construção e uso de ferramentas e, finalmente, a de expressar nossos
pensamentos e os sentimentos.
O sistema motor requer unidades de trabalho que operem em
harmonia para a expressão do comportamento. Essas unidades podem ser
resumidas em:
Unidade de planejamento e comando: idealização do movimento (córtex
motor)
Unidades de controle: detectam os erros entre o movimento programado e o
que está sendo executado (cerebelo e núcleos da base)
Unidade de ordenação: enviam aos músculos comandos finais
(motoneurônios da medula e do tronco encefálico)
Unidade de execução: realização do movimento (músculos)
Durante a execução das tarefas motoras, seja de qualquer natureza, o sistema
motor atua basicamente controlando os músculos fásicosde contração rápida
(que realizam contrações discretas e transitórias e nos permitem a realização
de movimento) e os músculos tônicos de contração mais lenta porem
bastante resistentes à fadiga (que atuam estabilizando as articulações e
garantindo a postura). A diminuição do ângulo articular é realizada pelos
músculos flexores e o aumento, pelos músculos extensores. Cada movimento
é o resultado do balanço entre a atividade de músculos antagônicos: dos
agonistas que movem as articulações e de antagonistas que as estabilizam.
Além de controlar esses grupos isolados de músculos, o sistema motor
leva em conta outras tarefas importantes:
- Elabora comandos precisos no tempo e no espaço para recrutar não apenas
um, mas vários grupos de músculos envolvidos num determinado movimento.
- Distribui a força muscular para ajustar movimentos particulares. Quando nos
colocamos em pé, primeiro os músculos extensores das pernas devem
estabilizar as articulações antes dos que irão ajustar a posição do tronco e da
cabeça.
- Leva em consideração as propriedades mecânicas do sistema que está
executando o movimento (músculos, ossos e ligamentos).
- Monitora e analisa o fluxo contínuo de informações sobre os eventos do meio
ambiente externo, da posição do corpo e da orientação dos membros no
espaço e o grau de contração dos músculos.
Essas informações servem para realizar ajustes necessários antes e durante a
execução do movimento encefálico e córtex cerebral; cada um possui
circuitos neuronais distintos paralelamente organizados que influenciam uma
via final comum: os motoneurônios. Cada nível da hierarquia motora recebe
aferências sensoriais que lhes são relevantes para executar a tarefa, mas há
uma organização de tal maneira que os circuitos corticais dominam os do
tronco encefálico e este, os da medula. Estruturas subcorticais como núcleos
da base e cerebelo constituem partes essenciais da motricidade,
principalmente voluntária. Quando desejamos realizar um ato voluntário, os
córtices associativos criam a imagem do movimento desejado e envia essa
intenção para o sistema motor. O sistema motor então planeja, elabora táticas
e executa o movimento desejado. Todo o nível da organização motora
necessita de informações sensoriais, como por exemplo, o efeito que a
gravidade está exercendo sobre os músculos e o sobre o corpo, como o corpo
se encontra no momento, as eventuais discrepâncias entre o movimento
pretendido e o que realmente está acontecendo, a variação da tensão
mecânica durante a contração, etc.
A expressão motora somática é constituída não só de expressões
voluntárias como também de atividades involuntárias (reflexas). Que padrões
de movimentos do nosso corpo podemos reconhecer?
PROPRIEDADES DO MÚSCULO ESQUELÉTICO
A característica principal do músculo esquelético é a sua
capacidade de contrair-se, e desta maneira, produzir tensão e realizar trabalho.
A ação muscular é dotada de propriedades, que podem ser identificadas tanto
no músculo isolado, quanto em funcionamento no corpo.
Em circunstâncias fisiológicas, porém, o músculo é ativado pelos
neurônios que o inervam, situados na medula. Cada motoneurônio inerva
número finito de fibras musculares, constituindo a unidade motora.
Estimulando-se eletricamente os axônios de um nervo motor, pode-se estudar
as propriedades do sistema formado pelo nervo, junção mioneural e fibras
musculares.
Células musculares, assim como neurônios, podem ser excitadas
por estímulos químicos (ACh), elétricos e mecânicos, que produzem potencial
de ação que é transmitido por sua membrana celular. De modo diferente dos
neurônios, as células musculares possuem mecanismo contrátil que é ativado
pelo potencial de ação resultando em aumento da atividade de Ca ++
intracelular, deslizamento das proteínas contráteis, actina e miosina,
encurtando os sarcomêros após o potencial de ação.
Tipos de contração: A contração muscular envolve essencialmente o
encurtamento dos seus elementos contráteis. Apesar disto, a contração pode
ocorrer sem que haja redução grande do comprimento do músculo, graças aos
elementos elásticos do músculo. Este tipo de contração recebe o nome de
contração isométrica (“mesma medida”). Por sua vez, a contração com
aproximação da origem e inserção muscular se denomina isotônica (“mesma
tensão”). Na atividade prática em que realizarão a queda de braço ou braço de
ferro, vocês poderão analisar os dois tipos de contração citados a cima.
 Objetivos:
Evocar e experimentar algumas respostas motoras de natureza reflexa e
voluntária. Discutir os mecanismos causais dessas atividades motoras e o nível
topográfico em que as associações sensoriais e motoras ocorrem.
Instruções para organização do grupo:
Cada grupo deverá indicar 2 voluntários de mesmo sexo para executar as
atividades práticas e relatar as experiências sensoriais. O restante do grupo
deverá orientar, coordenar e coletar as informações necessárias e anotar para
o relatório.
1 - CONTRAÇÃO ISOTÔNICA E ISOMÉTRICA
Peça para dois colegas do mesmo tamanho disputarem braço de ferro.
No decurso da disputa, ambos desprendem grande esforço, a musculatura fica
rija e ambos os braços mal se movem. Mas logo, haverá um vencedor.
Observem que a desistência é caracterizada pelo relaxamento muscular.
Agora discuta:
a) De que maneira a contração muscular foi progressivamente aumentada
até a contração máxima?
b) Quando os braços estavam rijos e praticamente imóveis que tipo de
contração (isométrica ou isotônica) estaria ocorrendo? Como os
sarcomêros estariam se comportando?
c) Foi vantajosa a desistência de um deles? O que aconteceria se não
desistisse?
2 - APALPAÇÃO
Com a mão apalpando o próprio bíceps experimente a sua textura
(percepção somestésica) enquanto ele está em repouso (o braço em
extensão). Ainda com a mão sobre o bíceps faça um movimento rápido de
flexão do antebraço sobre o braço e, depois, uma flexão lenta aplicando
bastante forca. Descreva os três estados da tonicidade muscular.
Braço relaxado
Contração rápida
Contração lenta
Como você acha que estariam os músculos de uma pessoa que tivesse sofrido
paralisia?
Eletromiografia 1
Eletromiografia Padrão e Integrada
1. Introdução
Nessa aula, investigaremos algumas propriedades do tecido muscular
esquelético. Os fenômenos fisiológicos associados com os tipos de músculos,
como a eletrofisiologia do coração, que será estudado nas subsequentes aulas.
O corpo humano possui três tipos de tecido muscular e cada um desempenha
específicas tarefas para a manutenção da homeostase, são eles:
- Tecido muscular cardíaco: é encontrado somente no coração. Quando o
coração se contrai, o sangue circula, ofertando nutrientes às células e também
removendo os resíduos que se encontram nestas.
- Tecido muscular liso:é encontrado (reveste) nas paredes dos órgãos “ocos”
como os intestinos, vasos sanguíneos e pulmões. A contração do tecido
muscular liso modifica o diâmetro interno dos órgãos, e assim, é usado para
regular a passagem de substâncias através do trato digestivo, controlar o fluxo
e a pressão arterial ou regular o fluxo de ar durante o ciclo respiratório.
- Tecido muscular esquelético: recebe esse nome devido ao fato de
geralmente estar anexado ao esqueleto. As contrações musculares movem
uma parte do corpo em relação a outra parte, como ocorre na flexão do
antebraço. A contração de vários músculos esqueléticos de uma maneira
coordenada move o corpo inteiro no seu ambiente, como por exemplo, quando
caminhamos ou estamos nadando.
A função primária do tecido muscular, independente do tipo, é converter
energia química em energia mecânica, e ao fazer isso, o músculo encurta ou
contrai.
O tecido muscular esquelético humano consiste em centenas de células
cilíndricas (fibras musculares) ligadas ao tecido conectivo. No corpo, o
músculo esqueléticoé estimulado a contrair por nervos somáticos motores que
transportam sinais em forma de impulsos nervosos do cérebro para a medula
espinhal e da medula para os músculos esqueléticos (Fig. 1.1). Os Axônios
(ou fibras nervosas) são longas extensões cilíndricas dos neurônios. Os
Axônios emergem da medula espinhal via nervos espinhais e do cérebro por
meio dos nervos cranianos, e são distribuídos aos músculos apropriados na
forma de nervos periféricos, que se assemelha a um conjunto de “cabos”
semelhantes aos das fibras nervosas individuais. Ao atingir o músculo, cada
ramo de fibra nervosa inerva várias fibras musculares individuais.
FIGURA 1.1.
Embora um simples neurônio motor possa inervar diversas fibras
musculares, cada fibra muscular é inervada por somente um neurônio motor. A
combinação de um simples neurônio motor e todas as fibras musculares que
ele controla é denominada unidade motora (Fig. 1.1). Quando ocorre a
ativação de um neurônio motor somático, todas as fibras que são inervadas por
ele respondem aos impulsos neuronais pela geração de sinais elétricos que
conduzem a contração das fibras musculares ativadas. O tamanho do arranjo
da unidade motora do músculo esquelético (por exemplo, 1:10, 1:50 ou 1:3000)
é determinado pela sua função (flexão, extensão) e sua localização corporal.
Quanto menor for o tamanho da unidade motora do músculo, maior será o
número de neurônios motores necessários para controlar o músculo, e quanto
maior o grau de controle cerebral maior o controle sobre o grau de
encurtamento. Por exemplo, os músculos que movem os dedos possuem
unidades motoras muito pequenas para permitir o controle preciso de
movimentos, como quando utilizamos o teclado de um computador. Músculos
que mantém a postura da coluna espinhal possuem unidades motoras muito
grandes, já que o controle preciso sobre o encurtamento não é necessário.
Fisiologicamente, o grau de contração do músculo esquelético é
controlado por:
1 - A ativação de um número desejado de unidades motoras;
2 – Controle da frequência de impulsos dos neurônios motores em cada
unidade motora.
Quando um aumento na força de contração muscular é necessário para
realizar uma tarefa, o cérebro aumenta simultaneamente o número de unidades
motoras dentro do músculo. Esse processo é conhecido como recrutamento
de unidades motoras. Músculos esqueléticos em repouso (in vivo) exibem um
fenômeno conhecido como tônus, um constante estado de ligeira tensão que
serve para manter o músculo em estado de prontidão. O tônus ocorre devido a
alternada e periódica ativação de um pequeno número de unidades motoras
dentro do músculo controlado por centros motores dentro do cérebro e da
medula espinhal. Suaves movimentos corporais são controlados (como por
exemplo, caminhar, nadar ou correr) por contrações graduais do músculo
esquelético. Contrações graduais significam mudar a força de contração
muscular ou a extensão da redução do encurtamento em relação a proporção
da carga imposta ao músculo esquelético. Assim, o músculo esquelético é
capaz de reagir a diferentes cargas. Por exemplo, a força muscular utilizada em
uma caminhada sobre nível plano é menor do que a força realizada durante a
subida de escadas.
Quando uma unidade motora é ativada, os componentes das fibras
musculares geram e conduzem impulsos que finalmente em contração das
fibras. Embora os impulsos elétricos produzidos e conduzidos por cada fibra
são muito fracos (menor que 100 mv), muitas fibras conduzem os impulsos
simultaneamente induzindo diferenças em tecidos sobrejacentes (pele) que são
grandes o suficiente para serem detectados por eletrodos de superfície. A
detecção, amplificação e gravação de alterações na voltagem da pele que são
produzidos pela contração muscular são denominadas eletromiografia. Assim,
a gravação obtida é denominada eletromiograma (EMG)
2. Objetivos experimentais
1) Observar e gravar os valores do tônus muscular esquelético durante o nível
basal refletido por atividade elétrica com o músculo em estado de repouso.
2) Gravar a máxima força de preensão das mãos direita e esquerda.
3) Observar, gravar e correlacionar o recrutamento da unidade motora com o
aumento da contração do músculo esquelético.
4) Ouvir os sons do EMG e correlacionar a intensidade do som com o
recrutamento da unidade motora.
2.1. Materiais
 Conjunto cabo-eletrodo BIOPAC (SS2L);
 Eletrodos de vinil descartáveis (EL503), seis eletrodos por pessoa
avaliada;
 Fones de ouvido BIOPAC (OUT1);
 Gel para eletrodos (GEL1) e esponja abrasiva (ELPAD) ou limpador de
pele ou álcool;
 Computador;
 Software Biopac Student Lab 3.7;
 Unidade de aquisição de dados BIOPAC (MP36, MP35 ou MP30, cabo
de força).
2.2 Métodos experimentais
Antes do início do experimento é necessário:
- Ligar o computador;
- Certificar-se de que a unidade BIOPAC MP3X está desligada;
- Plugar os equipamentos ao BIOPAC MP3X descritos a seguir da seguinte
maneira:
Conjunto cabo-eletrodo BIOPAC (SS2L) no canal 3
 Conectar os fones de ouvido na parte anterior do BIOPAC MP3X
Ligar o BIOPAC MP3X
Em seguida, conecte três eletrodos (SS2L) aos respectivos cabos de
acordo com a coloração (Fig. 1.3). Para o primeiro registro do segmento (braço
direito/esquerdo), selecione o braço dominante do avaliado e acople os
eletrodos no braço deste de acordo com as cores (Fig. 1.3). O braço escolhido
será denominado FOREARM1 e o outro membro será denominado FOREARM
2. Para melhor adesão, os eletrodos devem ser colocados ao menos cinco
minutos antes do procedimento de calibração. Cada uma das presilhas
presentes nas extremidades dos cabos dos eletrodos precisa ser acoplada aos
respectivos eletrodos. Cada cabo de eletrodo possui sua respectiva cor, e de
acordo com a figura 1.3 assegure-se de conectar cada cabo ao seu respectivo
eletrodo.
Após todos os procedimentos descritos à seguir, dar-se-á início ao
software Biopac Student Lab Program. No seguinte software, selecione a lição
1 (L01-EMG-1) e clique em OK. Dê nome ao arquivo e novamente em clique
em OK. Em seguida inicia-se o processo de calibração.
2.3 Procedimentos detalhados para a calibração
Clique em Calibratione em seguida aparecerá uma caixa de diálogo. A
calibração não será iniciada até que ocorre o clique em OK. Após clicar em OK
peça para o avaliado (com o membro dominante) que cerre o punho e exerça a
força de contração máxima que ele possa exercer. Espere em torno de dois
segundos e então o avaliado pode voltar ao estado inicial, ou seja, relaxamento
do braço. O processo de calibração encerrará em torno de oito segundos
automaticamente.
2.4 Aquisição dos dados
Para iniciar o processo de aquisição dos valores clique em RECORD.
Automaticamente será iniciado um marcador intitulado como “FOREARM 1”.
Repita o ciclo de “cerramento do punho (contração muscular), relaxamento e
espera” por quatro vezes, pedindo ao avaliado que aumenta a força de
contração a cada novo ciclo. Ao final dos quatro ciclos clique em SUSPEND.
Os dados obtidos ficarão dispostos na tela do computador. Para a aquisição
dos dados do membro não dominante (FOREARM 2) clique em RESUME e
então repita o mesmo procedimento realizado na mensuração do membro
dominante (FOREARM 1). Ao final da mensuração de ambos os membros
clique em DONE.
3. Análise dos dados
Para visualizar os dados escolha o modo REVIEW SAVE DATA e
escolha o arquivo de mensuração. O canal CH3 mostra os valores individuais
de EMG e o CH40 a integração das mensurações.
Significado de algumas abreviações:
- min: mostra o valor mínimo da área selecionada
- max: mostra o máximo do valor da área selecionada
- p-p: busca o valor máximo da área selecionada e subtrai com o valor
mínimo encontrado na área selecionada.
- mean:mostra o valor da média da área selecionada.
4.Ficha de anotação
ELETROMIOGRAFIA PADRÃO E INTEGRADA 1
I. Aquisição de dados
Nome do avaliado_________________________________________________
Idade______
Estatura______
Peso_________
Data:_________
Sexo M ( ) F (
)
A. Mensurações EMG
Cluster
Forearm 1 (Dominante)
Min
Max
P-P
Mean
Forearm 2
Min
Max
P-P
1
2
3
4
Clusters se referem aos picos de força à cada cerramento de punho.
Mean
B.Use as médias da mensuração da tabela acima para computar o percentual
de aumento na atividade de EMG adquiridas entre as contrações mais fortes e
mais fracas do FOREARM 1.
Cálculo:
_______________________________________________________________
Resposta: __________%
Mensuração do tônus
Cluster
Forearm 1 (Dominante)
P-P
Mean
Forearm 2
P-P
Mean
1
2
3
4
II – Questões
C. Compare a média da contração máxima entre os membros direito e
esquerdo (Clench EMG cluster). Os valores são os mesmos ou diferentes?
(
) Iguais
(
)
Diferentes
A maior geração de força ocorreu em qual membro?
(
) Direito
(
) Esquerdo
(
) Nenhum
Explique
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
D.Quais fatores, como o gênero, contribuem com as diferenças observadas na
força de compressão (cerramento dos punhos) ?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
E.Não parece haver diferença no tônus muscular entre os dois membros?
(
) sim
(
) não
Você esperaria observar diferenças? O gênero influenciou suas expectativas?
Explique.
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
F. Explique a origem dos sinais detectados pelos eletrodos de EMG.
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
G. O que o termo “recrutamento neuromotor” significa?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
H. Defina tônus muscular esquelético.
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
I. Defina eletromiografia.
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
REFLEXOS
REFLEXOS MEDIADOS PELA MEDULA
 Objetivos:
1. Demonstrar a função do arco reflexo na atividade muscular.
2. Verificar a importância de reflexos simples e de complexidade
crescente nos movimentos.
REFLEXOS TENDINOSOS PROFUNDOS ou MIOTÁTICOS
(Humano)
A percussão do martelo (estímulo mecânico) sobre o tendão de
um determinado músculo causa a sua contração reflexa. As
contrações nem sempre são visíveis e torna-se necessário senti-las
por apalpação. Vamos realizar dois reflexos miotáticos.
 Objetivos:
1. Analisar as vias do reflexo patelar no homem.
2. Demonstrar a atuação de níveis nervosos superiores sobre esse
reflexo.
 Material: martelo neurológico.
Reflexo patelar: O voluntário deverá estar sentado com as pernas
pendentes (sem apoio) sobre uma mesa. Golpeie o tendão patelar
(Fig. II.1).
Figura II. 1 - Reflexo patelar
1- Analise e descreva o circuito neuronal do reflexo patelar (Fig.
II.2):
1 1- Fibras sensoriais - Ia
Quadriceps
2-Motoneurônio

Tendão
Fuso
muscular
Figura II.2 - Circuito neuronal do reflexo patelar. 1. via aferente; 2.
motoneurônio alfa.
Reflexo tricipital: Golpeie o tendão do tríceps acima da inserção
do processo do oleocrânioulnar conforme mostra a figura (II.3).
Figura II.3 - Reflexo Tricipital
2-Para que um membro possa fletir ou se estender, que outro
reflexo deverá estar ocorrendo simultaneamente? Por quê?
Descreva como seria esse reflexo.
DIREITO
ESQUERDO
FLETIR O ANTEBRAÇO
ESTENDER O ANTEBRAÇO
b
c
a
Reflexo de retirada (a)
Reflexo extensor
cruzado (c)
Reflexo de inibição recíproca (b)
Figura II.4 - Circuitos neuronais de excitadores (+) e inibidores (-)
envolvidos no reflexo de retirada; inibição recíproca e extensão
cruzada. O esquema ilustra a via aferente, a integração medular de
impulsos e as respostas motoras.
REFLEXOS SUPERFICIAIS OU CUTÂNEOS
Cutâneo abdominal:o voluntário deverá ficar em decúbito dorsal.
Esfregue horizontalmente (do sentido lateral para o medial) a ponta
de um bastão em direção ao umbigo. O músculo abdominal do
mesmo lado deverá contrair e desviar o umbigo no sentido do
estímulo.
Cutâneo plantar:Esfregar o bastão
na face lateral da região plantar, do
calcanhar até os dedos. Deverá
ocorrer uma flexão plantar do hálux
(dedão).
Sinal de Babisnki: Um paciente com
lesão do trato córtico-espinhal
apresentará uma resposta reflexa
diferente: uma dorsiflexão do hálux e
abertura dos dedos
Figura II.5: Reflexo plantar
FUNÇÕES CEREBELARES
O cerebelo é o principal órgão envolvido com a coordenação
da motricidade somática e os padrões de marcha revelam se
sua função está íntegra. A realização de movimentos aprendidos,
precisos, dirigidos para um alvo requer a atividade simultânea de
vários músculos atuando em várias articulações. A programação de
força e da velocidade depende da integridade funcional do cerebelo
e a sua disfunção produz decomposição do movimento e a falta ou
excesso de força (dismetria). Esses dois problemas causam a
ataxia.
Como avaliar a integridade funcional do cerebelo?
LEMBRETES:
Vestibulocerebelo (arquicerebelo, lobo flóculo-nodulo). Recebe
aferências do sistema vestibular. Sua disfunção causa nistagmo,
instabilidade troncular e ataxia.
Espinocerebelo (paliocerebelo,vermis e paravermis): recebe
amplas informações cutâneas e proprioceptivas que chegam da
medula. Os processamentos das informações proprioceptivas são
importantes para fazer ajustes posturais e a disfunção causa ataxia
troncular.
Cerebrocerebelo
(Neocerebelo,
hemisférios
cerebelares):
recebe
conexões
do
córtexcerebral
(predominantemente motor) e envia os sinais neurais de volta via
tálamo, participando do planejamento motor do córtex. As
disfunções resultam na incoordenação da fala, e ataxia das
extremidades e as lesões cerebelares se manifestam
homolateralmente e apresentam sinais como hipotonia,
decomposição do movimento, dismetria e dificuldade de realizar
movimentos rápidos e alternados.
1 - Equilíbrio estático:
1.1 - Peça ao voluntário para se levantar, caminhar (ir e voltar).
Depois peça que caminhe pé-ante-pé.
1.2) Peça a um voluntário ficar em pé com os pés juntos durante
30s com e sem os olhos abertos. Outro participante do grupo
deveráficar responsável pelo cronômetro e deverá avisar o tempo
em que ocorreu a primeira oscilação. Compare o grau de oscilação
do corpo.
Olhos abertos
Olhos fechados
Os dois pés juntos
Um pé à frente do outro
Um pé
2) Teste Dedo-Nariz
Com dedo indicador tocar o seu próprio nariz e em seguida, o
dedo do colega, de forma mais rápida e suave. Depois de várias
tentativas, repetir o exercício com os olhos fechados.
O mal funcionamento do cerebelo dificultaria a realização
precisa e coordenada desse movimento: todas as vezes que se
tentasse tocar o nariz ou o dedo ocorreria a ultrapassagem do
ponto e os tremores .
3) Diadococinesia
A capacidade de realizar movimentos rápidos e alternantes.
Teste a sua capacidade de realizar movimentos alternantes com os
dedos das mãos.
REFLEXOS MEDIADOS PELO TRONCO
ENCEFÁLICO
(Nervos cranianos)
REFLEXOS TENDINOSOS PROFUNDOS ou MIOTÁTICOS:
Reflexo Mandibular ou mentual
Peça ao voluntário que fique com a boca levemente entreaberta.
Percuta o mento de cima. A resposta reflexa deverá ser o
fechamento da boca pela ação dos músculos mastigadores.
Tente explicar os resultados obtidos
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