21/03/2016 Verão é o sétimo mais chuvoso desde 1995 O verão 2015/16, que se encerrou neste domingo (20), é o 7º verão mais chuvoso na Capital desde o início da série de dados do Centro de Gerenciamento de Emergências da Prefeitura de São Paulo, em 1995. Com 718,5mm acumulados em média na Cidade, a estação teve chuva 9% acima do esperado de acordo com a média histórica de precipitação dos verões aferida pelo CGE, que é de 658,7mm. No ranking dos verões mais chuvosos estão, em ordem decrescente, os de 1995/96 (922,45mm), 1998/99 (876,1mm), 2009/10 (846,0mm), 2014/15 (790,5mm), 2010/11 (760,7mm), 1999/2000 (727,5mm), 2015/16 (718,5mm) e 2012/13 (658,6mm). Já os verões mais secos foram os de 2007/08 (526,6mm), 2000/01 (537,7mm), 2002/03 (560mm), 2013/14 (575,0mm) e 2004/05 (576,0mm). As chuvas e temperaturas no verão deste ano, que começou às 02h28 do dia 22 de dezembro, ficaram, de maneira geral, dentro do esperado de acordo com a média histórica. As temperaturas mínimas ficaram levemente acima da média, enquanto as temperaturas máximas permaneceram dentro da expectativa. As chuvas superaram em 9% o esperado. Durante todo o verão os índices de umidade relativa do ar mantiveram-se em níveis recomendados. Este verão ocorreu sobre a influência do El Niño, que é o aquecimento anômalo das águas superficiais do Pacífico Equatorial. O fenômeno é global e muda a direção dos ventos em altitude, provocando aumento das temperaturas. “No Brasil, os impactos mais significativos são chuvas volumosas no Sul do país e temperaturas mais elevadas no Sudeste e Centro-Oeste. Na Capital, a condição deixou as temperaturas mais elevadas e favoreceu a ocorrência de temporais, principalmente nos finais de tarde”, explica Michael Pantera, meteorologista do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Prefeitura de São Paulo. Mês a mês Dezembro apresentou chuvas 3,7% acima da média e as temperaturas mínimas e máximas também superaram a expectativa. Janeiro apresentou temperaturas dentro do previsto e chuvas 22% abaixo da média histórica. Em janeiro, foi registrado o maior índice pluviométrico já aferido em uma estação do CGE em 24h: a estação de Itaim Paulista, na Zona Leste, marcou 142,8mm no dia 9/01/2016. Já o mês passado foi o fevereiro mais chuvoso dos últimos 16 anos, apresentando chuvas 31% acima da média histórica. As temperaturas ficaram dentro do esperado. O mês de março segue, até o momento, com temperaturas mínimas e máximas próximas ao esperado e com 98% do índice pluviométrico médio calculado para o mês - tudo indica que deve terminar superando a média. Previsão para o outono O outono é uma estação de transição entre o verão quente e úmido e o inverno frio e seco. No decorrer dessa estação, que começou neste domingo (20) às 01h30 da madrugada, podemos esperar uma gradual diminuição no volume e na frequência das chuvas. A queda das temperaturas também ocorre de forma gradativa em função de noites cada vez mais longas e maiores incursões de massas de ar frio de origem polar. "O fenômeno El Niño, mesmo enfraquecido, deve influenciar a estação com chuvas acima do normal no mês de abril. Já em maio e junho as precipitações devem ficar ligeiramente abaixo do esperado", comenta o meteorologista do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Prefeitura de São Paulo, Thomaz Garcia. A partir da segunda quinzena de abril, com o El Niño ainda mais enfraquecido, são esperadas incursões de massas de ar frio mais frequentes e duradouras, causando por vezes acentuado declínio das temperaturas. Previsão para os próximos dias A propagação de um sistema frontal muda o tempo nos próximos dias, causando aumento de nebulosidade e o retorno das chuvas na forma de pancadas. A terça-feira (22) ainda começa com sol e temperaturas em elevação. Os termômetros variam entre mínimas de 21ºC e máximas que podem superar os 30ºC. Entre o final da tarde e a noite, áreas de instabilidade associadas com a aproximação de uma frente fria pelo oceano causam aumento de nebulosidade e chuvas na forma de pancadas com raios e rajadas de vento. Na quarta-feira (23) a propagação do sistema frontal pelo oceano deixa o tempo instável com maior nebulosidade na Grande São Paulo. O sol aparece entre nuvens, com temperaturas que variam entre mínimas de 20ºC e máximas de 28ºC. As chuvas devem ocorrer na forma de pancadas que devem se concentrar entre a tarde e a noite.