Material para as turmas do 2. Ano

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INDICADORES DEMOGRÁFICOS E SOCIOECONÔMICOS
As pessoas que ocupam um determinado espaço constituem o que
na demografia, é chamado de população. Esse espaço pode ser
uma cidade, um Estado, um país ou próprio planeta.
CONCEITOS
POPULAÇÃO ABSOLUTA: É o número total de habitantes de um
lugar. (cidade, país, região, estado, planeta, etc). Quando um
determinado espaço possui um grande número de habitantes, diz-se
que ele é populoso ou de grande população absoluta.
POPULAÇÃO RELATIVA OU DENSIDADE DEMOGRÁFICA: É o
número de habitantes por quilômetros quadrados. Para obtê-la,
divide-se a população total pela superfície.
SUPERPOPULAÇÃO OU SUPERPOVOAMENTO:
• Uma área é considerada superpopulosa ou
superpovoada quando sua população ultrapassa um
limite a partir do qual começa a baixar
significativamente o nível de vida da população,
ocorrendo um descompasso entre o número de
habitantes e os recursos necessários a subsistência.
• Depende da condição sócio econômica do lugar.
• OBS: É considerado superpovoado o lugar com
baixo padrão de vida da população e insuficiente nível
de desenvolvimento econômico e tecnológico.
TAXA DE NATALIDADE
• É o índice obtido com base no número de nascimentos ocorridos
durante um ano em uma determinada população, podendo ser
expresso por mil ou em porcentagem. Essa taxa é obtida
multiplicando-se o número de nascimentos por mil e dividindo-se o
resultado pela população total.
EXEMPLO:
Nº nasc. X 1000
______________ = Taxa de natalidade ......por mil ou (%)
Pop. Total
TAXA DE MORTALIDADE
• É o índice obtido com base no número de óbitos ocorridos durante
um ano em uma determinada população, sendo expresso por mil
habitantes. Multiplica-se o número de óbitos por mil e divide-se o
resultado pela população total.
EXEMPLO:
Nº óbitos X 1000
__________________
Pop. total
= Taxa de natalidade por mil ou (%)
* TAXA DE CRESCIMENTO VEGETATIVO OU NATURAL
É a diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade.
* TAXA DE FECUNDIDADE
É o número médio de filhos por mulher em idade de procriar. Por
convenção, torna-se por base que o período fértil da mulher situa-se
entre 15 a 49 anos.
TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL
Crianças que nascem vivas e morrem antes de completar um ano de
vida, expressa em mil nascimentos. A taxa é obtida multiplicando-se
o número de óbitos durante o ano por mil e dividindo-se o resultado
pelo número de nascimentos vivos.
EXEMPLO:
Nº óbitos X 1000
________________
Número de nascimento
= Taxa de natalidade por mil
Observação
• A taxa de mortalidade infantil é um bom indicador das condições de
vida de uma população. Essa taxa está intimamente relacionada
com a renda familiar, pois reflete diretamente a qualidade da
alimentação, da higiene, da assistência médica e dos cuidados com
a criança e da própria mãe durante a gestação.
• As maiores taxas de mortalidade infantil são encontradas nos
países latino-americanos, nos do sudoeste e sul da Ásia e da África
Subsaariana, onde a pobreza é generalizada, resultando,
principalmente, da má distribuição de renda.
Países selecionados
Número médio de filhos /mulher
•
•
•
•
•
•
•
Etiópia 6,1
Afeganistão 6,8
Uganda 7,1
Moçambique 5,6
Lêmen 7,0
Espanha 1,2
Canadá 1,5
África
Ásia
África
África
Oriente Médio
Europa
América
Transição demográfica e crescimento populacional
• Grandes debates sobre o crescimento populacional surgiram a
partir da Revolução industrial. Depois de um longo período de
crescimento lento entre a Idade Média e meados do século 18, a
população começou a aumentar num ritmo surpreendente e, para
muitos, alarmante. Considerando-se todo o tempo da presença do
homem na Terra, calcula-se que somente por volta de 1830 o
planeta alcançou o seu primeiro bilhão de habitantes. Atualmente,
nem dois séculos passados, somos 6,5 bilhões de seres humanos.
• Para muitos, o crescimento populacional ocorrido após a Revolução
Industrial era uma realização promissora da humanidade:
representava uma conquista do homem que, ao se adaptar melhor
à vida no planeta, conseguia viver cada vez mais. Para outros, o
crescimento populacional era motivo de preocupação e deveria ser
combatido, pois anunciava grandes problemas futuros.
"Ensaio sobre a população"
•A análise mais clássica sobre esta questão surgiu em 1798,
quando o economista e demógrafo inglês Thomas Robert Malthus
publicou o "Ensaio sobre a população". Nesse trabalho, avaliava
que o crescimento populacional era uma das principais limitações
ao progresso da sociedade. Segundo Malthus o crescimento
ilimitado da população não se ajustava à capacidade limitada dos
recursos naturais existentes no planeta.
•
Malthus afirmava que "a população, quando não controlada,
cresce numa progressão geométrica. Os meios de subsistência
crescem apenas numa progressão aritmética. Um pequeno
conhecimento de números demonstrará a enormidade do primeiro
poder em comparação com o segundo. (...) Isso implica um
obstáculo que atua de modo firme e constante sobre a população, a
partir
da
dificuldade
de
subsistência".
•
O demógrafo considerava que esta realidade era responsável pela fome, pela
subnutrição, pelas epidemias, pelas guerras motivadas pelas disputas
territoriais e pela falta de moralidade. A solução que propunha eram medidas do
poder público para controlar o crescimento da população. Também era contrário
à Lei dos Pobres (Poor Law), da Inglaterra, que obrigava ao Estado prover as
necessidades humanas vitais aos menos favorecidos. Essa lei, segundo ele,
estimulava o crescimento populacional descontrolado, por amparar justamente
aqueles que mais procriavam e menos tinham condições de sustentar os filhos
que colocavam no mundo.
•
Para evitar o caos social, Malthus propôs que a eliminação da pobreza e da
fome
devera ser feita por meio do controle natural da natalidade, diminuindo os nascimentos
através da proibição de casamentos entre pessoas muito jovens, limitando o número de
filhos entre as populações mais pobres, elevando o preço das mercadorias e reduzindo os
salários a fim de obrigar a população mais pobre a ter um menor número de filhos. (Livro
do positivo pg 17)
•
As idéias de Malthus encontraram eco e adeptos em todo mundo e, vez
por outra, são ressuscitada nos mais diferentes contextos, embora novas
concepções já tenham contestado cientificamente sua validade.
Transição demográfica
• O conceito de transição demográfica foi introduzido por Frank
Notestein, em 1929, e é a contestação factual da lógica
malthusiana. Foi elaborada a partir da interpretação das
transformações demográficas sofridas pelos países que
participaram da Revolução Industrial nos séculos XVIII e XIX, até os
dias atuais. A partir da análise destas mudanças demográficas foi
estabelecido um padrão que, segundo alguns demógrafos, pode ser
aplicado aos demais países do mundo, embora em momentos
históricos
e
contextos
econômicos
diferentes.
• Ela explica que, durante uma longa fase da história, a natalidade e
a mortalidade mantiveram-se elevadas e próximas, caracterizando
um crescimento lento. Guerras, epidemias e fome dizimavam
comunidades inteiras. A partir da Revolução Industrial teve início a
primeira fase, das três que caracterizam o modelo de transição
demográfica.
FASES DA TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA
1ª. fase - transição da mortalidade
• A Revolução Industrial, o processo de urbanização e de
modernização da sociedade foram responsáveis, num primeiro
momento, por um crescimento populacional acelerado nos países
europeus e posteriormente nos Estados Unidos, Japão, Austrália e
outros.
Apesar das péssimas condições de moradia e saúde das cidades
industriais, até pelo menos o final do século 19, a elevação da
produtividade e da oferta de bens de subsistência propiciaram
progressiva melhora no padrão de vida da população. Conquistas
sanitárias e médicas, associadas a esta fase de desenvolvimento
científico e tecnológico, tiveram impactos diretos na saúde pública
e, consequentemente, na queda das taxas de mortalidade.
Portanto, a primeira fase de transição demográfica é marcada pelo
rápido crescimento da população, favorecido pela queda da
mortalidade já que as taxas de natalidade, ainda, permaneceram
algum
tempo
elevadas.
2ª fase – transição da fecundidade
• A segunda fase caracteriza-se pela diminuição das taxas de
fecundidade (ou seja, o número médio de filhos por mulher em
idade de procriar, entre 15 a 49 anos), provocando queda da taxa
de natalidade mais acentuada que a de mortalidade e
desacelerando o ritmo de crescimento da população.
Aos poucos foram sendo rompidos os padrões culturais e
históricos que se caracterizavam pela formação de famílias
numerosas. Mas estas transformações culturais foram mais lentas.
Levou um certo tempo para que os hábitos e costumes comunitários
da sociedade anterior, baseados na organização de um outro
padrão familiar, fossem rompidos. A mortalidade infantil elevada
induzia as famílias a terem muitos filhos, contando com o fato de
que nem todos eles sobreviveriam. Os efeitos sociais das
conquistas sanitárias na qualidade de vida permitiram que a
mortalidade infantil também diminuísse e as famílias pudessem
planejar o que consideravam o número ideal de filhos, numa
sociedade que se modernizava.
3ª fase – a estabilização demográfica
•
Na terceira fase da transição demográfica as taxas de
crescimento ficam próximas de 0%. Ela é o resultado da
tendência iniciada na segunda fase: o declínio da
fecundidade e a ampliação da expectativa média de vida
que acentuou o envelhecimento da população. As taxas
de natalidade e de mortalidade se aproximaram a tal
ponto que uma praticamente anula o efeito da outra.
Esta é a situação encontrada há pouco mais de uma
década em diversos países europeus e é denominada
de
fase
de
estabilização
demográfica.
PIRÂMIDE DE IDADE
• Pirâmide etária também conhecida como pirâmide demográfica
ou pirâmide populacional é uma ilustração gráfica que mostra a
distribuição de diferentes grupos etários em uma população
(tipicamente de um país ou região do mundo), em que normalmente
cria-se a forma de uma pirâmide. Esse gráfico é constituído de dois
conjuntos de barras que representam o sexo e a idade de um
determinado grupo populacional. É baseado numa estrutura etária
da população, ou seja, a repartição da população por idades.
• Nesse tipo de gráfico, cada uma das metades representa um sexo;
a base representa o grupo jovem (até 19 anos); a área intermediária
ou corpo representa o grupo adulto (entre 20 e 59 anos); e o topo
ou ápice representa a população idosa (acima de 60 anos).
• As pirâmides etárias são usadas, não só para monitorar a estrutura
de sexo e idade, mas como um complemento aos estudos da
qualidade de vida, já que podemos visualizar a média do tempo de
vida, a taxa de mortalidade e a regularidade, ou não, da população
ao longo do tempo. Quanto mais alta a pirâmide, maior a
expectativa de vida e, consequentemente, melhor as condições de
vida daquela população. É possível perceber que quanto mais
desenvolvido econômicamente e socialmente é o país, mais sua
pirâmide terá uma forma retangular.
• Uma guerra, por exemplo, provoca distúrbios visíveis numa
pirâmide etária: uma queda no número de jovens e adultos do sexo
masculino é o mais comum deles. Normalmente, após uma crise
como essa, é notável uma reposição populacional estimulada pelo
governo, chamada de baby boom.
Descaso humano
Fome no Brasil
Filho de catadores de papel
Aids deve ser vista como catástrofe
• A catástrofe da Aids poderá
gerações ao sofrimento e a morte
levar
• BRASIL
PAÍSES DESENVOLVIDOS
Crescimento demográfico – política demográfica
brasileira
• Historicamente, o crescimento populacional
brasileiro é considerado alto, devido ao elevado
crescimento vegetativo (diferença entre as taxas
de natalidade e mortalidade).
• Até 1930, a maior contribuição para o aumento da
população brasileira foi a imigração.
• Nos anos de 1940 a 1980, a população passou de
41 para 119 milhões de habitantes. Nesse
período, a imigração foi insignificante, o que
comprova
o
predomínio
do
crescimento
vegetativo.
Brasil – Evolução da população
Ano
População
Ano
População
Ano
População
1872
9 930 478
1950
51 944 397
1995*
165 083 400
1890
14 333 915
1960
70 070 457
1996*
157 070 163
1900
17 438 434
1970
93 139 037
1997*
156 128 003
1920
30 635 605
1980
119 002 706
2000
169 799 170
1940
41 236 315
1991
147 305 524
2020**
210 615 883
• Pela análise da tabela, pode-se observar
que, de
1950 para 1960, houve
crescimento significativo, pois a taxa de
crescimento anual passou de 2,35% para
2,90%, representando uma diferença
populacional de 18 126 060 habitantes. Isso
ocorreu devido a intensas campanhas de
vacinação infantil em todo o Brasil, maior
acesso a determinados medicamentos,
principalmente antibióticos, ocasionando
um declínio da taxa de mortalidade.
• Além dessas ações governamentais na área da
saúde, o governo federal ampliou a rede de
água tratada, disseminou a coleta de lixo e
implantou estações de tratamento de esgoto
doméstico.
• No período de 1950 e 1970, a taxa de
natalidade permaneceu elevada, com poucas
diferenças. Com a diminuição da taxa de
mortalidade, a população brasileira aumentou
significativamente e, entre 1960 e 1970, houve
um acréscimo de mais de 23 068 580
habitantes. Da década de 80 em diante, o
crescimento anual ficou abaixo de 2% ao ano.
É possível detectar três fases bem caracterizadas
do crescimento populacional, com diferentes
posturas oficiais.
• 1ª Fase (1872 a 1940): O crescimento
vegetativo se manteve constante, com altas
taxas de natalidade e mortalidade. Nesse
período, a economia brasileira baseava-se no
cultivo do café, portanto o Brasil possuía uma
população predominantemente rural. Apesar
disso, havia falta de mão de obra para o
trabalho no campo. O governo não tinha
elaborado
uma
política
demográfica
específica.
• 2ª Fase (1941 a 1970): O governo brasileiro
estimulou o aumento das taxas de
natalidade, por meio da criação do saláriofamília, auxílio-natalidade e programa de
nutrição a gestantes e crianças. Com essas e
outras medidas no setor de saúde, a taxa de
mortalidade
diminuiu,
ocasionando
aceleração
brusca
no
crescimento
vegetativo. Nesse período o governo
brasileiro investiu no setor industrial. Com a
industrialização e a mecanização do campo,
ocorreu o êxodo rural, uma das principais
consequências desse desenvolvimento.
• 3ª Fase (a partir de 1971): Devido à crise
econômica
mundial,
ocasionada
principalmente pela alta no preço do barril de
petróleo no início da década de 70, o Brasil
enfrentou uma crise interna, com alto índice
de desemprego. O governo brasileiro passou
a promover o controle de natalidade por meio
da distribuição gratuita de anticoncepcionais.
Os problemas econômicos geraram uma
crise social caracterizada por invasões de
terras e de espaços não ocupados nas
cidades, pelo aumento do número de
menores abandonados e da criminalidade.
• A política demográfica brasileira apoia o
planejamento familiar, mas organizado pela
própria família e não o direcionado por lei,
como ocorre na China, que aceita o segundo
filho somente se o primeiro for mulher, e na
Índia, que impõe um limite máximo de dois
filhos por casal, sob pena de pesadas
multas, em razão de sua imensa população.
• A política oficial do governo brasileiro, em
relação
à
demografia,
nunca
foi
declaradamente a favor do controle da
natalidade, embora propague métodos
anticoncepcionais e planejamento familiar
para as populações de baixa renda.
Afeganistão
África do sul
Alemanha
Angola
Arábia Saudita
China
Coréia da norte
Cuba
Emirados Árabes
Etiópia
França
Gibraltar
• Gibraltar é um território britânico ultramarino
localizado no extremo sul da Península Ibérica.
Corresponde a uma pequena península, com
uma estreita fronteira terrestre a norte, é
limitado, dos outros lados, pelo Mar
Mediterrâneo, Estreito de Gibraltar e Baía de
Gibraltar, já no Atlântico. A Espanha mantém a
reivindicação sobre o Rochedo, o que é
totalmente rejeitado pela população
gibraltina.
Ilhas Marianas do Norte
As ilhas estão na Micronésia, entre o Japão, as
Filipinas e Palau.
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