Resoluções das Atividades

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VOLUME 2 | BIOLOGIA 4
Resoluções das Atividades
Sumário
Aula 6 – Pleiotropia e interação gênica.............................................................. 1
Aula 7 – Os vírus................................................................................................. 4
Aula 6
02 E
Pleiotropia e interação gênica
I. (F) A relação entre os alelos é de codominância, uma
vez que nos heterozigotos os dois genes se expressam: são sintetizadas tanto a hemoglobina normal
como a hemoglobina falciforme.
II. (F)Nos indivíduos heterozigotos apenas metade das
moléculas de hemoglobina são anormais, enquanto
nos homozigotos todas são anormais.
III. (F) As hemácias são células de tempo de vida limitado,
variando entre 90 e 120 dias, de modo que a produção de hemácias falciformes em indivíduos doentes
é ininterrupta.
IV.(V)A pleiotropia resulta de um alelo que apresenta
mais de um efeito fenotípico distinguível, como no
exemplo da anemia falciforme ou drepanocítica em
humanos.
Atividades para Sala
01 D
A cor da pelagem em camundongos é um caso de epistasia recessiva. O alelo dominante A fornece o padrão aguti,
no qual o pelo é preto com um faixa amarela, o que dá uma
tonalidade marrom-acinzentada. O alelo a determina pelo
preto uniforme. A presença de um alelo de outro gene,
C, é condição indispensável para que se forme qualquer
pigmento. Em dose dupla, o alelo c é epistático sobre A e
a, e forma-se pelo albino.
O quadro adiante revela os fenótipos e os genótipos possíveis para a característica cor da pelagem em camundongos.
Fenótipos (pelagem em camundongos)
Genótipos
aguti
A_C_
preto
aaC_
albino
A_cc ou aacc
Dessa forma, o cruzamento de dois camundongos duplo-heterozigotos fornece o resultado mostrado a seguir.
Aguti × Aguti
03 B
Quando indivíduos AaBb são cruzados entre si, podem
formar indivíduos com os genótipos mostrados na tabela a
seguir.
Gametas
AB
Ab
aB
ab
AB
AABB
AABb
AaBB
AaBb
Ab
AAbB
AAbb
AabB
Aabb
aB
aABB
aABb
aaBB
aaBb
ab
aAbB
aAbb
aabB
aabb
Esses resultados descritos podem ser resumidos como
mostrado no quadro a seguir:
P: AaCc × AaCc
Gametas
AC
Ac
aC
ac
AC
AACC
aguti
AACc
aguti
AaCC
aguti
AaCc
aguti
Ac
AACc
aguti
AAcc
preto
AaCc
aguti
Aacc
preto
aC
AaCC
aguti
AaCc
aguti
aaCC
albino
aaCc
albino
ac
AaCc
aguti
Aacc
preto
aaCc
albino
aacc
albino
A proporção fenotípica é de 9 aguti : 3 pretos : 4 albinos.
Genótipos
Número de
genes efetivos
Fenótipos
Proporções
fenotípicas
aabb
0
Branco
1 : 16
Aabb, aaBb
1
Mulato claro
4 : 16
AAbb, aaBB,
AaBb
2
Mulato médio
6 : 16
AABb, AaBB
3
Mulato escuro
4 : 16
AABB
4
Negro
1 : 16
Pré-Universitário | 1
VOLUME 2 | BIOLOGIA 4
04 A
Um casal normal, híbrido, apresenta os seguintes genótipos:
G: Ff x Ff
F: FF
Ff
Ff
ff
1
4
Portanto, 25% é a possibilidade de o casal vir ter a criança
fenilcetonúrica. Trata-se de um caso de pleiotropia, uma
vez que a ausência de fenilalanina hidroxilase pode gerar
graves influências metabólicas no organismo, com vários
efeitos simultâneos. Os afetados podem ter vida normal,
desde que não ingiram alimentos que contenham fenilalanina, entretanto, o tratamento com controle da dieta
não deve excluir totalmente a fenilalanina da alimentação, porquanto, é um aminoácido essencial, constituinte
importante de muitas proteínas, mas reduzir sua ingestão
ao mínimo dispensável, a fim de evitar o retardo mental
associado à fenilcetonúria.
Trata-se de um modelo de herança poligênica quantitativa ou acumulativa, na qual estariam envolvidos 9 fenótipos (os comprimentos de orelha, em cm) e 8 genes (4
pares), pois, como norma para esses modelos de herança,
o número de genes envolvidos corresponde sempre ao
número de diferentes classes fenotípicas menos 1. Consequentemente, cada gene dominante acrescenta 0,5cm ao
tamanho mínimo da orelha dos coelhos (4,0cm); esse tamanho mínimo corresponde ao genótipo homozigoto recessivo para os quatro pares (aabbccdd). Por outro lado, o
tamanho máximo (8,0cm) corresponde ao genótipo homozigoto dominante para os quatro pares (AABBCCDD). As
correspondências entre genótipos e fenótipos no caráter
estudado são:
dominante (aabbccdd)
1 gene dominante
(Aabbccdd, ou aaBbccdd...)
2 | Pré-Universitário
8,0cm
As expressões dos genes para a herança da surdez na
espécie humana podem ser indicadas como:
audição normal
D_ee
ddE_
surdez
ddee
O casal é formado por um homem de audição normal
duplo homozigoto (puro), DDEE, e uma mulher também
de audição normal, porém duplo heterozigótica (híbrida),
DdEe. Assim, o cruzamento pode ser indicado como:
P: DDEE × DdEe
DE
DE
De
dE
de
DDEE
DDEe
DdEE
DdEe
Portanto, os 4 genótipos possíveis condicionam o mesmo
fenótipo, ou seja, audição normal.
03 E
 Rree ×  RrEe
Gametas
RE
Re
rE
re
Re
RREe
Noz
RRee
Rosa
RrEe
Noz
Rree
Rosa
re
RrEe
Noz
Rree
Rosa
rrEe
Ervilha
rree
Simples
3
8
3
8
Crista noz:
Crista ervilha:
5,0cm
5,5cm
As frações foram multiplicadas por 2, resultando em:
6 6 2 2
: : :
16 16 16 16
4,5cm
3 genes dominantes
(AABbccdd, ou AaBBccdd)
7,5cm
8 genes dominantes
4,0cm
2 genes dominantes
(AAbbccdd, ou AaBbccdd...)
7 genes dominantes
D_E_
Nenhum gene
7,0cm
02 A
GenótiposFenótipos
6 genes dominantes
(AABBCCDD...)
01 C
6,5cm
(AABBCCDd, ou AaBBCCDD...)
Atividades Propostas
5 genes dominantes
(AABBCCdd, ou aaBBCCDD...)
6,0cm
(AABBCcdd, ou AaBBCCdd...)
P: Ff x Ff
4 genes dominantes
(AABBccdd, ou AaBbCcDd...)
Crista rosa:
1
8
Crista simples:
1
8
VOLUME 2 | BIOLOGIA 4
04 E
06 A
A estátua, a inteligência, a obesidade e a cor da pele são
características genéticas que expressam padrões contínuos de variações, nos quais as diferenças entre as manifestações fenotípicas são graduais. A passagem de um
fenótipo para outro ocorre sempre em função do reforço
de um efeito, podendo ser a altura, o desempenho cognitivo, a concentração de gordura ou o teor da produção
de melanina. Isso acontece porque as características com
padrões contínuas de variação são definidas por dois ou
mais pares de genes com segregação independente, que
aumentam seus efeitos, de modo que quanto maior for
o número de determinados tipos de genes no genótipo,
maios será a intensidade de expressão do caráter.
O gráfico indicado é típico de características genéticas
expressas por 4 genes ou 2 pares de genes, já que admite
5 manifestações fenotípicas. O número de diferentes classes fenotípicas corresponde ao número de genes envolvidos mais 1.
A herança dos grupos sanguíneos relativo ao fator Rhesus
revela um par de alelos, com uma relação de dominância
total, completa ou absoluta.
Genótipos
Fenótipos
RR e Rr
Rh+
rr
Rh–
Cruzamento: AABbCc × aaBbcc
Gametas
ABC
AbC
ABc
Abc
aBc
AaBBCc
7cm
AaBbCc
6cm
AaBBcc
6cm
AaBbcc
5cm
abc
AaBbCc
6cm
AabbCc
5cm
AaBbcc
5cm
Aabbcc
4cm
3
A proporção de indivíduos com 5cm em F1 é de .
8
07 D
Geração P1: esférica × esférica
A_bb ×
F1: 100% discoide → AaBb
P2: aaBb × AaBb
F2:
9 A_B_
: 3 A_bb, 3 aaB_ :
1 aabb
9 discoides
6 esféricas
1 alongada
A herança da forma do fruto de abóbora é um tipo de interação gênica, denominada interação duplicada.
08 C
AAbb
aaBB
A ave duplamente recessiva tem genótipo ccii e a di-híbrida,
Ccli. Assim:
5
AaBb
7
×
2
4
05 C
ccii
1
aaBB
3
aaB_
AaBb
aaBB × AaBb
CcIi
aB
AAbb
6
8
AaBB × AAbb
AB
Ab
aB
ab
AaBB
AaBb
aaBB
aaBb
Ab
AB
Ab
aB
ab
AABb
AAbb
AaBb
Aabb
1/2













1/2
Gametas
ci
CI
Ci
cI
ci
Efetuando-se as combinações possíveis, temos:
1/4
09 D


ci
CI
CcIi
Ci
Ccii
cI
ccIi
ci
ccii
Observe que apenas um descendente, dos quatros tipos
possíveis, é portador do gene C e não do gene I (epistático). Logo, a probabilidade de nascer um indivíduo de
plumagem colorida (Ccii) é de 1/4 ou 25%.
Na medida em que a herança do caráter depende de 3
pares de genes (6 genes), isso significa que o caráter
admite 7 manifestações fenotípicas (6 + 1); como a forma
homozigota recessiva (aabbcc, representando a menor
massa corporal acumulada) corresponde a 18kg, a forma
heterozigota (AaBbCc, representando a massa corporal
média acumulada) corresponde a 21kg, e a forma homozigota dominante (AABBCC, representando a maior massa
corporal acumulada) corresponde a 24kg, é fácil deduzir
que cada gene dominante herdado contribui com 1kg à
massa corporal básica acumulada (24kg – 18kg = 6kg : 6
genes = 1).
Pré-Universitário | 3
VOLUME 2 | BIOLOGIA 4
dos ciclos lítico e lisogênico. A transcriptase reversa é uma
enzima que permite ao vírus produzir uma molécula de
DNA a partir de uma molécula de RNA viral. Não apresentam ânulos. Apresentam DNA e/ou RNA. A sífilis é uma
bacteriose, cujo agente etiológico é o Treponema pallidum.
A partir desses dados, podemos então concluir que, se
dois animais triplo-heterozigotos forem cruzados, a descendência se distribuirá na seguinte proporção:
1/64 → 18kg de massa acumulada → nenhum gene dominante
6/64 → 19kg de massa acumulada → 1 gene dominante
15/64 → 20kg de massa acumulada → 2 genes dominantes
Atividades Propostas
20/64 → 21kg de massa acumulada → 3 genes dominantes
15/64 → 22kg de massa acumulada → 4 genes dominantes
6/64 → 23kg de massa acumulada → 5 genes dominantes
01 C
1/64 → 24kg de massa acumulada → 6 genes dominantes
O envoltório nuclear das células eucariontes apresenta
em sua superfície, pequenos poros circunscritos por anéis
denominados ânulos, as quais não ocorrem nos vírus, que
são acelulares. Tais estruturas são compostos por 8 partículas granulares, com aproximadamente 50nm de diâmetro, distribuídas em simetria precisa e uniforme. Os vírus
também não revelam orgânulos citoplasmáticos, então,
não possuem metabolismo próprio. Não apresentam cloroplastos, não sendo, portanto, autosuficientes.
A sífilis, cujo agente etiológico e o Treponema pallidum,
a pneumonia causada por Diplococcus pneumoniae e a
tuberculose, promovida por Mycobacterium tuberculosis,
são bacterioses.
O material genético dos vírus pode ser DNA e/ou RNA, isto
é, o genoma viral revela desoxivírus e ribovírus, capazes
de sofrer mutações. O citomegalovírus apresenta genoma
com DNA, entretanto, algumas moléculas de RNA foram
encontradas no interior dos vírus.
Pelo exposto, tanto do cruzamento III × II, como do cruzamento II × II, resultarão alguns descendentes de genótipo
AABBCC, que apresentarão a velocidade máxima de crescimento.
10 B
A pleiotropia é o caso em que apenas um par de alelos,
sob as mesmas condições ambientais, é responsável pela
determinação de dois ou mais caracteres.
Aula 7
Os vírus
Atividades para Sala
01 D
Ocorrem divergências a respeito de os vírus serem ou não
classificados como seres vivos, razão pela qual os vírus
não foram incluídos em nenhum reino. O fato de não possuírem organização celular, nem metabolismo próprio, o
poder de cristalizar-se e terem dimensões ultramicroscópias são características que não identificam os vírus como
seres vivos.
02 C
Os vírus não estão incluídos em nenhum dos cinco reinos,
uma vez que não apresentam células, sendo constituídos
por DNA e/ou RNA envolto por proteínas.
03 C
Apesar de não possuírem metabolismo próprio e serem
acelulares, os vírus possuem material genético (DNA e/
ou RNA) e são capazes de perpetuá-lo parasitando células
hospedeiros.
02 E
03 E
A fissão binária longitudinal é uma forma de reprodução
assexuada que ocorre em certos unicelulares, como a
Euglena viridis. Os vírus utilizam o equipamento metabólico da célula para se reproduzir. Esse processo é comandado por seu ácido nucleico e não pela célula. Participam
4 | Pré-Universitário
Não há tratamento específico para as viroses, os antibióticos são eficientes no combate às bactérias e aos fungos. A
profilaxia das viroses é feita pela vacinação.
04 C
04 A
No ciclo lítico, o DNA viral passa a comandar o metabolismo da célula hospedeira e forma novas cópias, que são
transcritas em RNAm virais, que comandarão a síntese de
proteínas do vírus. Formam-se novos vírus que promovem
a lise celular, liberando os vírus que podem infectar outras
células hospedeiras.
Os vírus diferem dos demais seres vivos pela ausência
de organização celular. Com base na presença de ácido
nucleico, na capacidade de reprodução, mutação e de
evolução, os vírus são considerados por alguns virologistas
como seres vivos.
05 D
O vírion corresponde à partícula viral, que é composta de
uma molécula de ácido nucleico e de uma cápsula proteica denominada capsídeo.
VOLUME 2 | BIOLOGIA 4
06 C
10 B
Os fagos mais estudados são o T4, vírus que infecta a bactéria intestinal Escherichia coli. O T4 possui cápsula proteica complexa, com uma região poligonal (cabeça) e uma
região cilíndrica (cauda) formada por uma bainha contrátil
associada a fibras proteicas. Na região da cabeça, encontra-se uma molécula de DNA. As fibras se fixam na bactéria
e o material genético é injetado no hospedeiro.
Os príons são partículas infecciosas proteicas (polipeptídica), constituindo-se em uma forma alterada de uma proteína normal presente na membrana plasmática das células
nervosas do cérebro de vertebrados e podem formar-se
por mutação do gene que codifica a proteína normal.
07 B
A multiplicação vital ocorre no meio intracelular da bactéria hospedeira suscetível. Em função do pH, concentração
iônica do meio e temperatura adequados, proteínas estruturais existentes na superfície da partícula viral, possibilitam
a sua ligação com a célula-alvo. Os vírus (bacteriófagos)
acoplam-se à bactéria por meio da cauda e perfuram sua
membrana plasmática e o DNA viral é injetado no citoplasma bacteriano. O DNA do vírus passa a interferir no
metabolismo bacteriano, comandando a síntese de novos
ácidos nucleicos virais, à custa da energia e dos componentes bioquímicos celulares (bactéria). Como o ácido nucleico
viral comanda a síntese de proteínas celulares, que organizam novas cápsulas, as bactérias cultivadas em meios distintos que contenham enxofre e fósforo marcados, originarão
bacteriófagos com proteínas marcadas com 35S ou 32P.
08 B
Os vírus são formados por uma cápsula de proteína, o
capsídeo, com várias subunidades, os capsômeros. No
interior do capsídeo há o ácido nucleico e a esse conjunto
denominamos nucleocapsídeo.
Os viroides são formados por uma única molécula de RNA
e não possuem capsídeos com capsômeros. Comprometem as células vegetais, prejudicando o desenvolvimento
da planta, uma vez que o seu RNA interfere no funcionamento dos genes da planta.
09 B
A questão aborda a Teoria Viral, que considera os vírus
como entidades que só apresentam propriedades de
vida quando estão no interior de células vivas. Fora delas,
deixam de apresentar qualquer uma dessas propriedades e podem até cristalizar-se. Como são desprovidos de
estrutura celular, os vírus não são nem procariontes nem
eucariontes, vindo daí a dificuldade em classificá-los. Os
vírus são formados basicamente por uma cápsula de proteína que contém, em seu interior, uma molécula de ácido
nucleico, que tanto pode ser o DNA como RNA.
Os vírus mais complexos apresentam também lipídios e
glicídios presos à cápsula. Os vírus não possuem todas as
enzimas envolvidas na duplicação do ácido nucleico nem o
equipamento necessário para a síntese de novas cápsulas.
Por isso é um parasita intracelular obrigatório, ou seja, ele
só pode multiplicar-se no interior de uma célula viva, utilizando, assim, todo o equipamento metabólico da célula.
Além da capacidade de se multiplicarem, os vírus possuem
a capacidade de se adaptar ao meio por meio de mutações.
Pré-Universitário | 5
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