POP 02 - PRV. de PNM

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Pneumonia relacionada à assistência a
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1 – Introdução:
A pneumonia adquirida no ambiente hospitalar diagnosticada após 48h de
internação, trata-se de uma enfermidade grave que leva não só a um aumento no tempo
de internação, como elevação dos custos hospitalares e taxas de morbidade e
mortalidade. Sua incidência varia de 9 a 45%, e a aplicação correta de protocolos de
diagnóstico, tratamento e manuseio de equipamentos e artigos inalatórios, melhora a
assistência ao paciente e diminui a morbimortalidade.
2-Objetivo Geral:
•
Diminuir a incidência de pneumonia hospitalar.
3 - Objetivos específicos:
•
Minimizar os fatores de risco possíveis de serem modificados;
•
Reduzir a mortalidade associada à pneumonia hospitalar;
•
Reduzir o uso de antimicrobianos para tratamento de episódios de pneumonia
hospitalar e assim, reduzir a pressão seletiva e resistência bacteriana, custos
associados à antibioticoterapia, efeitos colaterais associados aos antibióticos;
•
Melhorar as práticas de medidas de controle e prevenção de pneumonia
hospitalar por meio de indicadores de processo e de resultados.
4 - Conceitos:
a) Pneumonia de início precoce: pneumonia hospitalar (PH) que ocorre nos quatro
primeiros dias após a admissão do doente;
b) Pneumonia de início tardio: PH que ocorre a partir de cinco dias após admissão;
c) Pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV): quando diagnosticada após
48h da entubação endotraqueal e VM;
d) Pneumonia relacionada à assistência à saúde (PRAS): ocorre em pacientes que
foram hospitalizados em clínicas para cuidados agudos por dois ou mais dias, nos 90
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dias que antecederam a infecção atual; que residem em casa de cuidados de longapermanência; que receberam nos últimos 30 dias antibióticos endovenosos,
quimioterapia ou cuidados ventilatórios; ou que foram assistidos em clínica/hospital de
diálise.
5 - Infecção por patógenos multi-resistentes (MDR):
A bacteriologia nos pacientes entubados e não entubados é semelhante, no
entanto os germes responsáveis pela pneumonia adquirida em ambiente hospitalar
variam conforme o tempo de internação. A pneumonia de início tardio tem sido
associada a cepas multirresistentes, estando também associada a aumento na morbidade e
mortalidade. Outros fatores de risco para multirresistência incluem antibioticoterapia
prévia ou internação prévia, conforme tabela 1.
Tabela 1: Fatores de Risco para patógenos MDR causadores de PRAS, PAV ou PH
- Antibioticoterapia nos últimos 90 dias;
- Hospitalização atual com 5 ou + dias;
- Alta freqüência de resistência bacteriana na comunidade ou em específica unidade hospita
lar;
- Presença de fator de risco para PRAS:
•
hospitalização por 2 ou mais dias nos últimos 90 dias;
•
residência em casa de enfermagem ou de cuidados de longa permanência;
•
terapia EV residencial (incluindo antibióticos);
•
diálise crônica (últimos 30 dias);
•
familiar com patógeno MDR;
- Doença imunossupressora e/ou terapia.
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6 - Fatores de risco: Quadro 1
Quadro 1 – Principais fatores de risco para ocorrência de pneumonia associada à
ventilação mecânica em estudos de análises multivariadas
♦ TORRES et al., 1990
♦ KOLLEF et al., 1993
♦ RELLO et al., 1994
♦ KOLLEF et al, 1997
♦ RELLO et al., 1996
1. Aspiração
OR=5,1 (3,3-7,8)
2. Reentubação
OR=5,1 (3,5-7,0)
3. DPOC
OR=1,9 (1,4-2,6)
4. VM> 3 dias
OR=1,17 (1,15-1,19)
1. Índice de falência orgânica a 3 OR=10.2 (4,5-23)
2. Idade > 60 anos
OR=5,1 (1,9-14,1)
3. Antibiótico
OR=3,1 (1,4-6,9)
4. Posição supina
OR=2,9 (1,3-6,8)
1. Broncoscopia
RR=18,3 (3,8-89,8)
2. VM > 8 dias
RR=7,5 (1,1-49,2)
1. Transporte fora da UTI
OR=3,8 (2,6-5,5)
2. Traqueostomia
OR=3,1 (2,2-4,5)
3. Sexo masculino
OR=2,0 (1,5-2,7)
4. Tratamento com aerossol
OR=1,9 (1,4-2,5)
1. Falha na aspiração sub-glótica RR=5,3 (1,2-22,6)
2. Pressão intracuff < 20 cmH2O
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RR=4,2 (1,1-15,9)
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♦ BARAIBAR et al., 1997 1. Neurocirurgia
OR=10,0 (1,6-64,9)
2. SDRA
OR=9,7 (1,6-59,2)
3. Trauma craniano
OR=5,2 (0,9-30,3)
4. Aspiração
OR=2,9 (0,8-10,5)
7 - Prevenção:
A prevenção de pneumonia hospitalar requer constante vigilância e um processo
de contínua educação de todo pessoal envolvido direta e indiretamente na assistência ao
doente. É importante a participação e o entusiasmo de médicos, enfermeiros, técnicos de
enfermagem e fisioterapeutas os quais estão mais diretamente envolvidos na assistência
aos pacientes.
As recomendações para prevenção de pneumonia adquirida no hospital foram
divididas em quatro grupos: educação do staff e envolvimento da equipe; vigilância
microbiológica e de infecção, prevenção de transmissão de microorganismos e
modificações de fatores de risco intrínsecos ao hospedeiro.
7.1- Educação do staff e envolvimento da Equipe:
Realizar educação permanente dos profissionais com respeito a fatores de risco,
patogênese, diagnóstico, tratamento e prevenção de pneumonia adquirida no hospital,
identificando, juntamente com a equipe, o papel de cada profissional da prevenção e
controle das pneumonias.
7.2- Vigilância de infecções:
É realizada vigilância de pacientes de alto risco para pneumonias, aqueles de
UTI submetidos à ventilação mecânica, com alteração do nível de consciência e/ou em
pós-operatório de cirurgia tóraco-abdominal.
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7.3- Culturas de vigilância de equipamentos, dispositivos ou do ambiente não
devem ser realizadas de rotina, exceto quando indicado pela CCIH.
Os critérios diagnósticos utilizados no Hospital são os adaptados do CDC/NNISS
(Ver Manual de Vigilância Epidemiológica das Infecções Hospitalares da FSCMPA).
7.4- Prevenção de transmissão de microorganismos:
7.4.1- Esterilização ou desinfecção e manutenção de equipamentos e dispositivos:
•
Todo material de terapêutica respiratória deve ser encaminhada de maneira
adequada a Central de Material e Esterilização (CME) a qual será
responsável pelo adequado processamento antes de sua reutilização em outro
doente.
•
No quadro 02, encontram-se as orientações para materiais e equipamentos
utilizados em terapêutica respiratória.
7.4.2- Prevenção de transmissão de bactéria pessoa a pessoa:
Precauções Padrão:
• Higienizar as mãos (degermação com PVP-I degermante ou antissepsia alcoólica),
independente do uso de luvas:
a) Após contato com membrana mucosa, secreções respiratórias ou objetos
contaminados com secreção respiratória;
b) Antes e após contato com paciente com tubo endotraqueal (traqueostomia,
entubação endotraqueal);
c) Antes e após contato com qualquer dispositivo respiratório que é usado no
paciente.
• Uso de luvas: para manipular secreções respiratórias ou objetos contaminados com
secreções respiratórias de qualquer paciente.
• Trocar as luvas e higienizar as mãos:
a) Entre contatos com diferentes pacientes;
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b) Após manusear secreções respiratórias ou objetos contaminados com secreções
de um paciente e antes do contato com o próximo paciente, objeto ou superfície
ambiental;
c) Entre o contato com um sítio corporal contaminado e o trato respiratório ou
dispositivo respiratório do mesmo paciente;
• Uso do Avental: usar avental quando, durante assistência ao doente, houver
possibilidade de respingo de secreções respiratórias. Trocá-lo antes de cuidados ao
próximo paciente.
Cuidados ao paciente com traqueostomia:
▪ Realização da Traqueostomia:
a) Utilizar EPI completo: luvas estéreis, gorro, máscara, óculos, capote estéril;
b) Realizar higienização das mãos com PVP-I degermante. Enxugá-las com
compressa estéril;
c) Utilizar PVP-I degermante para degermação ampla da área cirúrgica. Retirar
excesso com gaze estéril;
d) Realizar, no campo cirúrgico, antissepsia com PVP-I alcoólico. Deixar agir
por dois minutos.
e) Utilizar campos amplos estéreis;
f) Higienizar as mãos ao fim do procedimento;
g) Anotar o procedimento realizado.
▪ Curativo da Traqueostomia:
a) Trocar o curativo diariamente ou sempre que estiver sujo;
b) Observar as seguintes características no local: hiperemia, dor, calor e edema;
c) Higienizar as mãos (antissepsia alcoólica ou degermação com PVP-I
degermante);
d) Usar luvas de procedimento;
e) Retirar as gazes sujas com uma pinça;
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f) Friccionar PVP-I degermante na pele ao redor da traqueostomia;
g) Retirar o excesso com soro fisiológico (SF);
h) Limpar o orifício da traqueostomia com gaze embebida em SF;
i) Colocar duas gazes dobradas entre a pele e a cânula;
j) Higienizar as mãos (antissepsia alcoólica ou degermação com PVP-I
degermante);
k) Anotar o procedimento realizado e a característica da secreção.
▪ Quando proceder à troca da cânula de traqueostomia use técnica asséptica e utilize
uma cânula que seja estéril ou submetida à desinfecção de alto nível. Não utilizar
antimicrobiano tópico na traqueostomia.
Aspiração de secreções do trato respiratório: deve ser realizada sob condições
assépticas, conforme POP estabelecido (anexo A).
a) Utilizar sistema aberto de aspiração;
b) A aspiração de secreções deverá ser realizada sob orientação do Enfermeiro ou
Fisioterapeuta com participação do técnico de enfermagem;
c) Sempre utilizar cateter de aspiração de uso único.
7.4.3- Modificações de fatores do hospedeiro:
•
Vacinação para pneumococos e influenza: indicar aos pacientes de alto risco a
vacinação pneumocócica (anexo B);
•
Manter níveis de glicemia entre 80 e 110mg/dl com o objetivo de reduzir
infecções da corrente sangüínea, duração da ventilação mecânica, permanência
no CTI, morbidade e mortalidade;
•
Restringir transfusão de células vermelhas ou produtos alogênicos. Quando
necessário, utilizar a transfusão de hemácias pobre em leucócitos;
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Procedimento de entubação endotraqueal deve seguir as recomendações do POP
apropriado, respeitando técnicas assépticas. Preferir entubação orotraqueal a
nasotraqueal;
•
Evitar, sempre que possível, re-entubação endotraqueal;
•
Aspirar, cuidadosamente, os pacientes entubados antes de proceder a
desinsuflação do cuff;
•
Monitorar e manter a pressão do cuff acima de 20 cmH2O;
•
Não realizar administração profilática de antibiótico sistêmico devido entubação
ou VM;
•
Ventilação não invasiva: quando não contra-indicada, utilizar ventilação com
pressão positiva não invasiva nos pacientes em insuficiência respiratória em
preferência a entubação endotraqueal com ventilação invasiva;
•
Seguir protocolo de sedação visando à suspensão ou redução da mesma com
objetivo de suspender a ventilação mecânica;
•
Prevenção da aspiração associada à nutrição enteral: Elevar a cabeceira a 30-450
nos pacientes com risco de aspiração (àqueles em ventilação mecânica, com
sonda nasoenteral, coma); Verificar de rotina, a posição da sonda digestiva de
alimentação;
•
Prevenção ou modulação da colonização da orofaringe: Higienização da
cavidade oral e da orofaringe - deve ser realizada a cada oito horas em pacientes
não críticos e a cada seis horas nos pacientes críticos (incluem os pacientes
submetidos a procedimento cirúrgico tóraco-abdominal e de cabeça e pescoço,
pacientes em ventilação mecânica e doente em Unidade de Terapia Intensiva),
seguindo POP estabelecido (apêndice 01);
•
Enxágüe oral com clorexidina a 0,12% conforme POP estabelecido (apêndice
02).
•
Não realizar profilaxia com antibióticos orais (descontaminação seletiva do trato
digestivo).
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Prevenção da colonização gástrica: Não utilizar descontaminação seletiva do
trato digestivo; Realizar, somente quando indicado, profilaxia de úlcera de
estresse (anexo C).
•
Orientações aos pacientes no pós-operatório: a) Orientar pacientes de alto risco a
infecção pulmonar quanto à deambulação precoce, realização de movimentos
profundos de respiração no pós-cirúrgico e fisioterapia respiratória precoce, no
pré e pós-operatório; b) Realizar analgesia quando indicado, com medicamentos
que não afetem o reflexo da tosse; c) São considerados procedimentos cirúrgicos
com maior risco a infecção pulmonar: cirurgias de aneurisma de aorta
abdominal, cirurgias torácicas e abdominais, cirurgias com anestesia geral,
cirurgias de emergência.
8 – Bibliografia:
1. American Thoracic Society. Guidelines for the Management of Adults with Hospitalacquired, Ventilator-associates, and Healthcare-associated Pneumonia. American
Journal of Respiratory and Critical Care Medicine. v. 171, p. 388-416, 2005.
2. Sociedade Paulista de Infectologia. Diretrizes sobre Pneumonia Associada a
Ventilação Mecânica (PAV). Office Editora e Publicidade, 2006. São Paulo.
3. Centers for Diseases Control and Prevention. Guidelines for Preventing HealthCare-Associated Pneumonia, 2003. Recommendations of CDC and The Healthcare
Infection Control Practices Advisory Committee.
4. Fatores de Risco para Pneumonia Associada a Ventilação Mecânica. Tema
apresentado como Dissertação de Mestrado Clínica em Doenças Tropicais do Núcleo de
Medicina Tropical da Universidade Federal do Pará. Lourival Rodrigues Marsola. Maio
de 2005.
5.Ministério
da
Saúde.
Secretaria
de
vigilância
<portal.saude.gov.br/portal/svs/visualizar_texto.cfm?idtxt=21638 - 82k >.
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Saúde
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Quadro 02. Processamento de artigos médico-hospitalares.
Artigo
Processamento
Circuitos do Respirador CME / esterilização
Periodicidade
Observações
Entre pacientes ou
- Desprezar o
quando houver acúmulo
condensado quando
visível de secreções
necessário.
- Evitar o retorno do
condensado para o
paciente durante as
manipulações.
Válvula expiratória
CME / esterilização
Entre pacientes
No retorno do
processamento, deverá
ficar montado e
protegido.
Sensor do respirador
CME / desinfecção de
Entre pacientes
alto nível
Parte externa do
Equipe da
Diariamente
Se em funcionamento:
respirador
UTI/desinfecção de baixo
técnico de
nível
enfermagem;
Se parado: técnico de
higienização.
Umidificador do
CME / desinfecção de
Entre pacientes e quando
respirador
alto nível ou esterilização houver sujidade visível
Umidificador de parede
CME / desinfecção de
Entre pacientes
alto nível ou esterilização
- Usar água estéril;
- Trocar a água quando
abaixo do nível e
nunca completá-la.
Látex / Silicone do
CME / desinfecção de
Entre pacientes e quando
umidificador
alto nível ou esterilização houver sujidade visível
gaze
Kit de aerossol
CME / desinfecção de
-Higienização das
A cada uso
alto nível
Proteger a ponta com
mãos antes do preparo;
utilizar técnicas
assépticas no preparo
das medicações
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Kit de
CME / desinfecção de
Entre pacientes e quando
- Usar água estéril;
Macronebulização
alto nível
houver sujidade visível
- Trocar a água quando
abaixo do nível e
nunca completá-la.
Kit de oxigenioterapia
CME / desinfecção de
Entre pacientes e quando
alto nível ou esterilização houver sujidade visível
- Usar água estéril;
- Trocar a água quando
abaixo do nível e
nunca completá-la;
Frasco de aspiração
CME / desinfecção de
Entre pacientes
médio nível
Entre uso no mesmo
paciente deverá ser
lavado com água e
sabão no expurgo; uso
individual
Ambu
CME / desinfecção de
Entre pacientes e quando
Deverá ser mantido
alto nível
houver sujidade visível
protegido;
Uso individual
Laringoscópio e
CME / esterilização
Após uso
lâminas
O técnico de
enfermagem do CTI
deverá esperar o
processamento
ANEXO A. ASPIRAÇÃO DE SECREÇÕES DO TRATO RESPIRATÓRIO.
1. Considerações gerais: a aspiração de secreções brônquicas e de vias aéreas
superiores (VAS) consiste em retirar por meio de um vácuo (60-150 mmHg) secreções
de pacientes que possuam tosse ineficaz.
2. Tipo de aspiração: sistema de aspiração aberto.
3. Material necessário:
a) Aspirador de vácuo;
b) Sonda traqueal de aspiração: uso único e estéril;
c) Um par de luvas de procedimento;
d) Soro fisiológico 0,9% estéril ou água destilada e estéril;
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e) Gaze estéril.
4. Vias de aspiração: as vias de acesso para aspiração são a traqueal (tudo
endotraqueal), a nasal e a oral.
5. Responsável pela aspiração: deverá ser realizada por dois profissionais. O
fisioterapeuta ou enfermeiro juntamente com o técnico de enfermagem serão
responsáveis pelo procedimento.
6. Técnica de aspiração de secreções do trato respiratório:
a) Separar, previamente, todo o material a ser utilizado;
b) Aumentar a fração inspirada de O2 para 100% nos pacientes em ventilação mecânica.
Retornar aos valores basais após o procedimento;
c) Manter a cabeceira do leito elevada em 30-450;
d) Desligar a dieta do paciente antes de iniciar o procedimento;
e) Higienizar as mãos (antissepsia alcoólica ou degermação com PVP-I degermante)
antes de iniciar a aspiração;
f) Calçar luvas de procedimento. A partir deste momento, não mais tocar material
contaminado. Caso necessário, solicitar ao técnico de enfermagem que realize as tarefas
(abrir pacotes de gaze, aumentar vácuo de aspiração, abrir água destilada ou soro
fisiológico, utilização do ambu, etc.);
g) A aspiração deve ser executada, intermitentemente, por abertura e fechamento do
vácuo (feito com a mão não dominante do Fisioterapeuta ou Enfermeiro), enquanto o
cateter de aspiração é retirado com um movimento de rotação (feito com a mão
dominante do Fisioterapeuta ou Enfermeiro);
h) Lavar o cateter, se necessário, com solução estéril (água destilada ou soro
fisiológico). O frasco deverá ser aberto e ofertado pelo Técnico de Enfermagem; o
Enfermeiro ou Fisioterapeuta procederá à lavagem do cateter;
i) Higienizar as mãos (antissepsia alcoólica ou degermação com PVP-I degermante)
após término do procedimento.
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ANEXO B. INDICAÇÕES DE VACINAÇÃO PNEUMOCÓCICA SEGUNDO O
MINISTÉRIO DA SAÚDE DO BRASIL.
Vacina anti-pneumocócica é uma vacina polivalente, preparada a partir de
polissacarídeos capsulares bacterianos purificados, não contendo nenhum componente
viável. Ela é indicada como agente imunizante contra infecções pneumocócicas
causadas por qualquer dos 23 sorotipos de Streptococus pneumoniae incluídos na
vacina, os quais são responsáveis por cerca de 80 a 90% das doenças pneumocócicas
graves, como pneumonia, meningite e bacteremia/septicemia. A vacina deve ser
aplicada na seguinte população:
•
Pessoas com mais de 60 anos, principalmente se residirem em asilos ou casas
de apoio à idosos.
•
Pessoas com mais de 2 anos que apresentem condições que predisponham
(direta
ou
indiretamente)
às
infecções
pneumocócicas
recorrentes,
particularmente às formas graves, como:
1.
Esplenectomia (cirúrgica ou funcional, como na anemia falciforme)
2.
Deficiência de imunoglobulinas
3.
Neoplasias malignas
4.
AIDS e pacientes portadores do vírus HIV
5.
Anemia hemolítica hereditária,
6.
Doença de Hodgkin
7.
Mieloma múltiplo
8.
Cirrose
9.
Síndrome nefrótica
10.
Transplantes de órgãos
11.
Fístula liquórica
12.
Doenças pulmonares (enfisema, bronquite crônica, bronquiectasias)
13.
Insuficiência cardíaca, renal ou hepática.
14.
Diabetes
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Alcoolismo
Nota: Nos casos de esplenectomia eletiva, a vacina deve ser aplicada pelo
menos duas semanas antes da data da cirurgia. Da mesma forma, o intervalo entre a
vacinação e o início da quimioterapia deve ser de pelo menos duas semanas. Asma não
está incluída entre as indicações. A eficácia da vacina em prevenir infecções causadas
pelos 23 sorotipos de pneumococos incluídos em sua composição varia de 60 a 80%, em
pessoas com o sistema imunológico normal incluindo idosos. Contudo, a eficácia pode
apresentar-se reduzida em pacientes com determinadas patologias, especialmente em
imunocomprometidos. A imunidade é adquirida cerca de 10 a 15 dias após a vacinação.
Doses necessárias:
•
Vacinação primária: uma injeção única é suficiente para conferir proteção
contra os sorotipos dos pneumococos contidos na vacina
•
Revacinação: não é necessário ser administrado pelo menos antes de 5 anos,
exceto para pessoas expostas ao risco ou sob tratamento imunossupressivo.
•
A dose é a mesma para adultos e crianças.
Situações onde a vacina anti-pneumocócica não deve ser aplicada:
•
A vacina está contra-indicada sempre que houver história de reação alérgica
grave a uma dose anterior da vacina ou aos seus componentes.
•
Deve ser evitada em portadores de púrpura trombocitopênica, pelo risco de
agravamento da púrpura pelo uso da vacina.
•
Recomenda-se
que
seja
adiada
nas
pessoas
descompensadas ou sem diagnóstico definido.
•
Não deve ser usada no primeiro trimestre da gestação
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com
doenças
agudas
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Método de administração: A administração da vacina deve ser feita por via
subcutânea ou intramuscular. Não utilizar a via intradérmica, devido à possibilidade de
ocorrência de reações locais graves. A via intravenosa também não deve ser utilizada.
OBS: Após aberta, as apresentações contendo 5 doses devem ser conservadas entre
+2ºC e +8ºC e ser utilizadas dentro de 7 dias.
Reações adversas: Dor, vermelhidão e edema são as mais comuns e ocorrem
nas primeiras 72 horas no local de aplicação da vacina. A febre é incomum e reações
alérgicas graves (anafilaxia) são muito raras.
Cuidados
de
armazenamento:
A
VACINA
PNEUMOCÓCICA
POLIVALENTE deve ser armazenada e transportada entre +2ºC e +8ºC. Não deve ser
colocada no congelador ou "freezer"; o congelamento é estritamente contraindicado.
Prazo de validade da vacina: Desde que mantida sob refrigeração, o prazo de
validade é de 2 anos, a partir da data de fabricação. Verifique na embalagem externa a
data de validade da vacina.
ANEXO C. PROFILAXIA DE ÚLCERA DE ESTRESSE:
1. Considerações Gerais: toda intervenção que leve a diminuição da acidez gástrica
(aumento do pH gástrico) é considerado fator de risco ao desenvolvimento de infecção
respiratória por favorecer a colonização do estômago por microorganismos.
2. Indicações:
a) Pacientes em uso de medicações que alterem a mucosa gástrica: AAS, corticóides,
antiinflamatórios não hormonais;
b) Pacientes em estresse cirúrgico, síndrome da resposta inflamatória sistêmica, sepse e
choque séptico, sob ventilação mecânica, em uso de nutrição de parenteral.
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3. Drogas utilizadas:
a) Inibidores H2: ranitidina
b) Inibidores de bomba de prótons: pantoprazol, omeprazol.
APÊNDICE 01. PROTOCOLO DE HIGIENIZAÇÃO DA CAVIDADE ORAL E
OROFARINGE.
1. Considerações Gerais: a higiene da cavidade oral e orofaringe é um hábito saudável
que deve ser mantido ao longo da vida. A higienização inadequada desta região pode
favorecer a instalação de processos infecciosos que envolvam os dentes, gengiva,
mucosa oral e, somado a fatores que favoreçam a aspiração de conteúdo da orofaringe,
pneumonia hospitalar.
O profissional responsável por este procedimento deve, antes de iniciar, explicar
ao paciente como será realizada a higiene. Naqueles doentes com alteração do nível de
consciência, nunca utilizar os dedos para manter a boca aberta do paciente pelo risco de
mordedura.
2. Exame prévio da cavidade oral:
a) História: perguntar ao doente sobre uso de próteses, áreas de sensibilidade, presença
de lesões, disfagia e odinofagia. Questionar e observar melhoria das queixas e alterações
da região com a higiene realizada;
b) Inspeção: observar coloração, hidratação, presença de lesões, condições dentárias.
Registrar na evolução.
3. Periodicidade:
a) Pacientes não críticos: a cada oito horas.
b) Pacientes críticos: a cada seis horas.
4. Material utilizado:
a) Escova de dente com cabo reto e cerdas pequenas, macias e arredondadas;
b) Creme dental ou dentifrício;
c) Copo com água fria;
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d) Antisséptico bucal;
e) Soro fisiológico;
f) Cuba pequena;
g) Toalha de rosto e de papel;
h) Sonda de aspiração e aspirador;
i) Espátula envolvida em gaze;
j) Gaze.
5. Técnica higienização da cavidade oral e orofaringe.
a) Preparar todo material a ser utilizado;
b) Nos pacientes em coma ou com qualquer alteração do nível de consciência, não será
realizada a escovação dentária. A limpeza da cavidade oral e orofaringe serão realizadas
pelo técnico de enfermagem com utilização de espátula envolvida em algodão e soro
fisiológico ou antisséptico bucal;
c) Nos pacientes conscientes, colocar creme dental na escova, molhar com água fria e
orientar a escovação. Manter as cerdas da escova em 450 com a gengiva. Escovar a
superfície interna e externa dos dentes com movimentos curtos. Escovar cada dente
separadamente. Nas superfícies cortantes dos dentes, a escova deve ser colocada
paralela às mesmas, e em seguida, realizar movimentos das cerdas para frente e para
trás. No final, com a escova a 450, escovar, cuidadosamente, as superfícies anterior e
lateral da língua;
d) Manter a cabeceira do paciente a 30-450;
e) Higienizar as mãos (antissepsia alcoólica ou lavagem com água e sabão)
f) Colocar as toalhas de papel na mesa e arrumar o material a ser utilizado;
g) Colocar a toalha no peito do paciente;
h) Enxágüe da cavidade oral nos pacientes conscientes, após escovação: orientar o
doente para que bocheche e despreze a água. Cuidado para que toda superfície da
cavidade seja enxaguada. O último bochecho deve ser com antisséptico bucal;
i) Inspecionar a cavidade oral para checar a correta finalização do procedimento;
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j) Retirar todo material;
k) Higienizar as mãos (antissepsia alcoólica ou lavagem com água e sabão) e
o) Registrar no prontuário do paciente o procedimento realizado.
APÊNDICE 02. PROTOCOLO DE ANTISSEPSIA DA CAVIDADE ORAL E
OROFARINGE COM CLOREXIDINA ORAL A 0,12%.
1. Considerações Gerais:
a) A antissepsia da cavidade oral e orofaringe com clorexidina a 0,12% reduz infecções
respiratórias em pacientes submetidos a alguns procedimentos cirúrgicos;
b) Deve ser iniciada no período pré-operatório. Mantida no pós-operatório até a alta da
UTI;
c) Deverá ser mantida a higienização da cavidade oral e orofaringe de rotina;
d) Nos pacientes conscientes: a equipe de enfermagem deve orientar o paciente a
bochechar, gargarejar e desprezar o antisséptico. Realizar isto por 30 segundos.
e) Nos pacientes com alteração do nível de consciência: proceder à limpeza de toda
cavidade bucal, língua, dentes. Utilizar espátula com algodão embebida em clorexidina
a 0,12% oral.
2. Indicação:
a) pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos de cabeça e pescoço, tóracoabdominal, cirurgias cardíacas.
3. Periodicidade:
a) Fase pré-operatória: deverá ser realizada no leito do paciente, imediatamente antes,
de seguir ao Centro Cirúrgico;
b) Fase pós-operatória: deverá ser realizada a cada 12 horas. Manter até a alta da UTI.
3. Material utilizado: solução para antissepsia oral a base de clorexidina a 0,12%; cuba
pequena; copo pequeno descartável; espátula com gaze estéril.
4. Técnica de Antissepsia da Cavidade Oral e Orofaringe com Clorexidina Oral a
0,12%:
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a) Explicar aos pacientes conscientes, o procedimento a ser realizado;
b) Preparar o material a ser utilizado;
c) Manter a cabeceira a 30-450;
d) Higienizar as mãos (antissepsia alcoólica ou lavagem das mãos) antes do
procedimento;
e) Nos pacientes conscientes: oferecer para bochecho a clorexidina oral a 0,12% em
copo pequeno descartável (15 ml);
f) Nos pacientes com alteração do nível de consciência: calçar luvas e realizar o
procedimento com uso de espátula com gaze embebida em clorexidina oral a 0,12%;
g) Retirar, desprezar os resíduos e organizar o material no final do procedimento;
h) Descalçar e descartar as luvas de procedimento no coletor de resíduo apropriado;
i) Higienizar as mãos (antissepsia alcoólica ou lavagem das mãos) após o procedimento;
j) Registrar o procedimento realizado no prontuário do paciente.
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