Exército de Deus Parte 01 Introdução Toda a história da humanidade é repleta de guerras terríveis e, tanto na história antiga quanto na atualidade, grande parte destas guerras envolve diretamente o povo de Israel. Desde quando comecei minha caminhada com Jesus até hoje, este assunto me chama muito à atenção e até mesmo se transformou em um grande transtorno. Eu não conseguia entender como um Deus de Amor poderia dar ordens para que Seu povo atacasse cidades inteiras e matassem a todos, de crianças a idosos, não poupando nem mesmo os animais. Em várias ocasiões, a ordem era de destruição total. Nada deveria ficar em pé. Casas, edifícios públicos, e até plantações e campos cultiváveis deveriam ser destruídos. Na minha visão de novo convertido, o amor e a guerra eram totalmente incompatíveis. Mas quanto mais lia a Bíblia, mais guerras terríveis encontrava nas narrativas. Hoje entendo que o amor de Deus e as guerras continuam sendo incompatíveis em essência, mas que há propósito para todas as coisas que acontecem, tanto no mundo natural quanto no espiritual, mesmo que muitas destas coisas nós nunca chegaremos a entender completamente. Muitas vezes confundimos o amor de Deus com nossa visão reduzida de amor. Certamente que o amor de Deus e a nossa percepção de amor estão infinitamente distanciados. Olhando para a Palavra, veremos que o mais próximo que podemos chegar de definir o amor de Deus é através da prática da “obediência”: O amor que deve ser vivenciado humanamente é apresentado de forma bem simples: Não devam nada a ninguém, a não ser o amor de uns pelos outros, pois aquele que ama seu próximo tem cumprido a lei. Pois estes mandamentos: "Não adulterarás", "não matarás", "não furtarás", "não cobiçarás", e qualquer outro mandamento, todos se resumem neste preceito: "Ame o seu próximo como a si mesmo". O amor não pratica o mal contra o próximo. Portanto, o amor é o cumprimento da lei. Romanos 13:8-10 Mas o amor de Deus não é tão simples e só pode se iniciar a compreensão através de revelação vinda diretamente do próprio Espírito de Deus: Quem deu crédito à nossa pregação? E a quem se manifestou o braço do SENHOR? Porque foi subindo como renovo perante ele, e como raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem formosura e, olhando nós para ele, não havia boa aparência nele, para que o desejássemos. Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum. Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Isaías 53:1-5 Para a mente natural, este texto de Isaías é assustador. Ferido de Deus, moído, castigo, pisaduras ... Não nos parece exatamente com uma narrativa de amor, mas é exatamente isto que pulsa neste contexto. A maior revelação do Amor de Deus aconteceu durante o ápice da batalha entre Deus e o Diabo. O grande confronto se desenrolou de maneira espantosamente cruel, num sacrifício humano de extremo sofrimento e amor eterno. A cruz é a grande revelação do amor de Deus. O meu mandamento é este: amem-se uns aos outros como eu os amei. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos. Vocês serão meus amigos, se fizerem o que eu lhes ordeno. João 15:12-14 Em resumo, amor e sacrifício andam de mãos dadas. A maneira do homem provar seu amor para com Deus é através da obediência: Samuel, porém, respondeu: "Acaso tem o Senhor tanto prazer em holocaustos e em sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? A obediência é melhor do que o sacrifício, e a submissão é melhor do que a gordura de carneiros. 1 Samuel 15:22 "Venham, voltemos para o Senhor. Ele nos despedaçou, mas nos trará cura; ele nos feriu, mas sarará nossas feridas. Depois de dois dias ele nos dará vida novamente; ao terceiro dia nos restaurará, para que vivamos em sua presença. Conheçamos o Senhor; esforcemonos por conhecê-lo. Tão certo como nasce o sol, ele aparecerá; virá para nós como as chuvas de inverno, como as chuvas de primavera que regam a terra. " "Que posso fazer com você, Efraim? Que posso fazer com você, Judá? Seu amor é como a neblina da manhã, como o primeiro orvalho que logo evapora. Por isso eu os despedacei por meio dos meus profetas, eu os matei com as palavras da minha boca; os meus juízos reluziram como relâmpagos sobre vocês. Pois desejo misericórdia, não sacrifícios, e conhecimento de Deus em vez de holocaustos. Oséias 6:1-6 Toda a história de Israel é narrada com grande foco em batalhas gigantescas e guerras intermináveis. Agora pergunto: Quantos cristãos passaram ou ainda passam por dificuldades em entender o porque de tantas guerras? Este assunto é extremamente polêmico e, mesmo nos dias atuais, quando Deus está trazendo um grande alinhamento para a Igreja, na intenção clara de preparar o povo para a volta de Cristo, o entendimento sobre as batalhas continua sendo alvo de discussões teológicas calorosas. Creio que não é correto alimentar discussões acerca da Palavra de Deus, mas creio com mais convicção ainda, que aqueles que não buscam entendimento acerca da vontade de Deus expressa em “toda a escritura” está perdendo grandes bênçãos e sofrerá prejuízos com isto. Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra. 2 Timóteo 3:16,17 ”Toda a escritura” inclui as promessas, os chamados, as alegrias e as tristezas. E certamente inclui também as batalhas sangrentas. Estas batalhas começam muito antes de Deus entregar a Lei para Seu povo. Desde os primeiros tempos já se iniciaram as batalhas. Com o assassinato de Abel temos a morte estampada em toda a sua crueza. Mesmo sendo uma batalha onde aparentemente somente dois homens se confrontaram, vemos que o Diabo estava envolvido, plantando o ódio, a inveja e a cobiça no coração de Caim através do pecado. E conheceu Adão a Eva, sua mulher, e ela concebeu e deu à luz a Caim, e disse: Alcancei do SENHOR um homem. E deu à luz mais a seu irmão Abel; e Abel foi pastor de ovelhas, e Caim foi lavrador da terra. E aconteceu ao cabo de dias que Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao Senhor. E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas, e da sua gordura; e atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta. Mas para Caim e para a sua oferta não atentou. E irou-se Caim fortemente, e descaiu-lhe o semblante. E o Senhor disse a Caim: Por que te iraste? E por que descaiu o teu semblante? Se bem fizeres, não é certo que serás aceito? E se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e sobre ti será o seu desejo, mas sobre ele deves dominar. Gênesis 4:1-7 Na visão natural, dois homens se enfrentaram na batalha, pois mesmo parecendo apenas um ato deliberado de covardia e traição, aos olhos espirituais, vemos que a batalha envolveu Deus e o Diabo também. A oferta que agradaria a Deus seria a oferta entregue com amor e dedicação total. Muitos teólogos fazem análises profundas e minuciosas sobre as ofertas, mas prefiro não “teologar” muito. O que vejo como sendo grande parte do problema está na reação de Caim ao ser preterido. Poderia ter aprendido com o erro e procurado se corrigir e, na próxima ocasião, seria aceito por Deus. O que faltava a Caim era exatamente a disposição de se arrepender e obedecer. No lugar de se submeter à vontade de Deus, pedir perdão e se corrigir, preferiu alimentar o ódio e levar este ódio ao ponto de matar o próprio irmão. Este é o mal que se alastrou por todo o mundo, quando ele se tornou errante e levou consigo esta tão terrível carga de amargura. A partir deste dia, a raiz amarga de ódio, inveja e cobiça se espalhava pela terra e começaria logo a produzir mais espinhos e abrolhos. No primeiro grande conflito entre povos que temos narrativa nas Escrituras, Abrão vai à batalha para salvar seu sobrinho Ló, que havia sido levado cativo numa guerra que se iniciava da mesma raiz que foi espalhada através de Caim. Agora a raiz já havia frutificado e se multiplicado. Ódio, cobiça, ganância, corrupção, etc. Todas estas coisas e outras mais culminava em uma sangrenta batalha envolvendo vários reis. Logo após a vitória, temos esta maravilhosa afirmação: Voltando Abrão da vitória sobre Quedorlaomer e sobre os reis que a ele se haviam aliado, o rei de Sodoma foi ao seu encontro no vale de Savé, isto é, o vale do Rei. Então Melquisedeque, rei de Salém e sacerdote do Deus Altíssimo, trouxe pão e vinho e abençoou Abrão, dizendo: "Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, Criador dos céus e da terra. E bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou seus inimigos em suas mãos". E Abrão lhe deu o dízimo de tudo. Gênesis 14:17-20 Não vemos nas Escrituras, Deus enviando Abrão para esta guerra, mas vemos a afirmação de que Deus lhe deu a vitória. O melhor desta narração é ver que Abrão reconheceu humildemente que havia sido agraciado e não negou a honra à Deus. Após vencer a primeira batalha enfrentada pelo povo de Israel ao sair do Egito, veremos outra afirmação maravilhosa que nos ajudará a entender mais sobre as guerras: E jurou: "Pelo trono do Senhor! O Senhor fará guerra contra os amalequitas de geração em geração". Êxodo 17:16 Esta fora apenas a primeira batalha contra os amalequitas e o Senhor deu vitória ao Seu povo de maneira maravilhosa e didática. Quando Moisés erguia as mãos para os céus, Israel prevalecia, mas quando abaixava as mãos, os amalequitas prevaleciam. Com isto, Deus deixava claro que não eram os exércitos quem prevaleciam, mas o próprio Senhor era quem lutava por eles através da intercessão de Moisés. Neste dia, Moisés declarou um nome que revela a dependência que devemos ter da força e poder de Deus nas batalhas: Jeová Nissi, o Senhor é a minha bandeira. Moisés construiu um altar e chamou-lhe "o Senhor é minha bandeira". Êxodo 17:15 Com isto, Moisés declarava que só poderiam entrar numa batalha, se o Senhor fosse à frente, guiando e pelejando a favor deles e que a principal participação era ligada diretamente à intercessão. Estas duas primeiras batalhas narradas nas Escrituras já nos dão uma luz sobre o assunto. Nestes primeiros tempos, as batalhas ocorriam no nível humano, mas Deus se fazia presente no nível espiritual, dando a vitória ao seus escolhidos. Foi assim com Abrão e Moisés e tudo teve origem no conflito entre os dois primeiros filhos de Adão. Mesmo com o mal aparentemente triunfando através da morte de Abel, o plano de Deus seguiu seu curso com o nascimento de Sete. Os conflitos entre os homens nunca deixaram de existir e Deus nunca deixou de se envolver diretamente quando houve confiança e intercessão. Precisamos buscar entendimento sobre a maneira de Deus se envolver e orquestrar o plano divino de redenção, em meio ao caos aparente. É isto que faremos nas próximas reflexões, pois é impossível ser intercessor, sem entender sobre o porque das batalhas e sobre os verdadeiros inimigos a serem enfrentados. Ele viu que não houve ninguém, admirou-se porque ninguém intercedeu; então o seu braço lhe trouxe livramento e a sua justiça deu-lhe apoio. Isaías 59:16 Intercessão de hoje: Que o Senhor nos guie e descortine perante nós a visão correta do campo de batalha e nossa participação efetiva como intercessores e continuadores da obra que Ele nos mostra e capacita através do Espírito Santo. Exército de Deus Parte 02 As Leis sobre a guerra Os conselhos são importantes para quem quiser fazer planos, e quem sai à guerra precisa de orientação. Provérbios 20:18 Após exercer juízo sobre os deuses egípcios, Deus levou seu povo através do deserto e deu-lhes a Lei. Entre os preceitos da Lei, temos as leis sobre a guerra, detalhadas em Dt 20. Toda a vida dos Israelitas deveria ser dirigida com base nos mandamentos que Deus entregou-lhes através de Lei. Nenhuma área da vida ficou de fora, pois Deus se preocupou com detalhes que muitas vezes passariam despercebidos se os homens tivessem idealizado todos os pormenores. Um ponto extremamente importante para a sobrevivência da nação é a parte da Lei que trata da guerra, pois mostra detalhadamente como deveriam se portar para que o Senhor realmente batalhasse a favor deles. Vamos ler o texto completo e depois olharemos mais de perto cada ponto: Quando saíres à peleja contra teus inimigos, e vires cavalos, e carros, e povo maior em número do que tu, deles não terás temor; pois o SENHOR teu Deus, que te tirou da terra do Egito, está contigo. E será que, quando vos achegardes à peleja, o sacerdote se adiantará, e falará ao povo, E dir-lhe-á: Ouvi, ó Israel, hoje vos achegais à peleja contra os vossos inimigos; não se amoleça o vosso coração: não temais nem tremais, nem vos aterrorizeis diante deles, Pois o Senhor vosso Deus é o que vai convosco, a pelejar contra os vossos inimigos, para salvar-vos. Então os oficiais falarão ao povo, dizendo: Qual é o homem que edificou casa nova e ainda não a consagrou? Vá, e torne-se à sua casa para que porventura não morra na peleja e algum outro a consagre. E qual é o homem que plantou uma vinha e ainda não a desfrutou? Vá, e torne-se à sua casa, para que porventura não morra na peleja e algum outro a desfrute. E qual é o homem que está desposado com alguma mulher e ainda não a recebeu? Vá, e torne-se à sua casa, para que porventura não morra na peleja e algum outro homem a receba. E continuarão os oficiais a falar ao povo, dizendo: Qual é o homem medroso e de coração tímido? Vá, e torne-se à sua casa, para que o coração de seus irmãos não se derreta como o seu coração. E será que, quando os oficiais acabarem de falar ao povo, então designarão os capitães dos exércitos para a dianteira do povo. Quando te achegares a alguma cidade para combatê-la, apregoar-lhe-ás a paz. E será que, se te responder em paz, e te abrir as portas, todo o povo que se achar nela te será tributário e te servirá. Porém, se ela não fizer paz contigo, mas antes te fizer guerra, então a sitiarás. E o Senhor teu Deus a dará na tua mão; e todo o homem que houver nela passarás ao fio da espada. Porém, as mulheres, e as crianças, e os animais; e tudo o que houver na cidade, todo o seu despojo, tomarás para ti; e comerás o despojo dos teus inimigos, que te deu o Senhor teu Deus. Assim farás a todas as cidades que estiverem mui longe de ti, que não forem das cidades destas nações. Porém, das cidades destas nações, que o Senhor teu Deus te dá em herança, nenhuma coisa que tem fôlego deixarás com vida. Antes destruí-las-ás totalmente: aos heteus, e aos amorreus, e aos cananeus, e aos perizeus, e aos heveus, e aos jebuseus, como te ordenou o Senhor teu Deus. Para que não vos ensinem a fazer conforme a todas as suas abominações, que fizeram a seus deuses, e pequeis contra o Senhor vosso Deus. Quando sitiares uma cidade por muitos dias, pelejando contra ela para a tomar, não destruirás o seu arvoredo, colocando nele o machado, porque dele comerás; pois que não o cortarás (pois o arvoredo do campo é mantimento para o homem), para empregar no cerco. Mas as árvores que souberes que não são árvores de alimento, destruí-las-ás e cortá-las-ás; e contra a cidade que guerrear contra ti edificarás baluartes, até que esta seja vencida. Deuteronômio 20:1-20 O primeiro ponto que o Senhor traz para Seu povo é a garantia de Sua supremacia sobre qualquer inimigo, não importando quão grande este inimigo possa parecer aos olhos humanos. Em seguida, ordens que serão delegadas por grupos específicos, começando pelo sacerdote e oficiais que darão instruções específicas e depois ordenarão capitães que irão adiante do povo. As palavras do sacerdote serão de encorajamento, afirmando que não deverão temer, pois o próprio Senhor irá adiante deles. Os oficiais deverão se dirigir a grupos específicos, com o intuito de separar os que não estão aptos para a peleja. Qualquer soldado que se envolvesse na batalha, deveria estar pronto para morrer ou viver em nome do Senhor. As preocupações pessoais somente atrapalhariam e desviariam o foco. Todos deveriam ter sua herança garantida, para o caso de não voltarem com vida. O primeiro ponto é a edificação de sua casa, depois a possessão de sua terra e então, a consumação de seu casamento. Cada soldado deveria estar com sua vida resolvida para garantir que seu nome seria continuado entre a nação. Após tratar estes pontos da vida social, vinham os sentimentos pessoais. O medo e a timidez deveriam ser erradicados, pois poderiam contaminar aos demais e enfraquecer todo o exército. As ordens dadas através do sacerdote e dos oficiais são uma maravilhosa figura da preparação que os líderes devem ministrar à Igreja do Novo Testamento, quando estas ordenanças serão requisitos essenciais para os que se envolverão na Batalha Espiritual e Intercessão. Após a seleção dos soldados aptos, vêm as ordenanças sobre como devem proceder durante a batalha propriamente dita. Ao chegar perante uma cidade, deveriam apregoar a paz. Se as portas fossem abertas em paz, todo o povo seria levado como escravo. Se não houvesse paz, sitiariam a cidade e matariam ao fio da espada todos os homens com idade para lutar. As mulheres e crianças seriam tomadas como escravas e todos seus bens, inclusive os animais, tomados como despojo. Se a cidade a ser tomada fizesse parte da possessão que o Senhor ordenara para Seu povo, haveria diferenciação para o procedimento. Nestas cidades de possessão, não haveria escravos. Toda a vida seria destruída, tanto pessoas como animais sem exceção. Esta parte da Lei diz respeito ao juízo de Deus sobre a iniquidade. Nas cidades comuns, onde a guerra seria travada mas não haveria possessão após a batalha, matariam somente os homens que fossem ameaça posteriormente, mas nas cidades que seriam habitação permanente, nada que tivesse vida seria poupado. Seriam erradicados também os costumes locais. Por último, o Senhor dá ordens sobre as árvores que estariam ao redor destas cidades. Se houvessem frutos, não seriam cortadas e os frutos seriam aproveitados para mantimento e as árvores que não tivessem frutos, seriam cortadas e a madeira aproveitada no cerco. Nas próximas reflexões, serão abordados todos os temas desta Lei sobre a guerra, à luz do que está escrito em Hebreus: A Lei traz apenas uma sombra dos benefícios que hão de vir, e não a realidade dos mesmos. Por isso ela nunca consegue, mediante os mesmos sacrifícios repetidos ano após ano, aperfeiçoar os que se aproximam para adorar. Hebreus 10:1 Isto vale não apenas para as Leis cerimoniais, mas também para os outros pontos da Lei, pois na realidade, toda a Lei aponta para Cristo e Sua Igreja. Com a Lei sobre a guerra não pode ser diferente. Cada ponto nos mostra uma realidade espiritual para a era da Graça. Para erradicar qualquer dúvida, observe os três pontos tratados sobre os soldados que seriam aptos: 1 - Casa 2 - Herança territorial 3 - Casamento. Podemos observar esta sequência na vida cristã: 1 - O homem nasce de novo e passa a ser Casa de Deus; 2 - Deixa de pertencer ao império das trevas e passa a ser integrante do reino de Deus; 3 - Torna-se noiva do cordeiro. As regras que deveriam ser seguidas com relação à batalha também é muito significativa como figura dos bens futuros, pois nos mostra como se desenvolve a batalha espiritual de maneira detalhada. Veremos tudo isto detalhadamente conforme o Espírito nos conceder que vejamos. Estas coisas são sombras do que haveria de vir; a realidade, porém, encontra-se em Cristo. Colossenses 2:17 Intercessão de hoje: senhor, nos dê mais entendimento e conselhos para que possamos participar realmente de Tuas batalhas. Exército de Deus Parte 03 Não temais nem tremais Quem é esse Rei da glória? O Senhor dos Exércitos; ele é o Rei da glória! Salmos 24:10 Dando sequência às reflexões sobre os as batalhas e os exércitos de Deus, veremos agora a primeira ordem proferida na Lei sobre as guerras: E será que, quando vos achegardes à peleja, o sacerdote se adiantará, e falará ao povo, E dir-lhe-á: Ouvi, ó Israel, hoje vos achegais à peleja contra os vossos inimigos; não se amoleça o vosso coração: não temais nem tremais, nem vos aterrorizeis diante deles, Pois o Senhor vosso Deus é o que vai convosco, a pelejar contra os vossos inimigos, para salvar-vos. Deuteronômio 20:3-4 Mesmo antes da formação de Israel como um povo e da Lei como constituição, Deus já se fizera presente na batalha onde seu escolhido Abrão se envolveu, dando-lhe vitória. A partir da Lei, a presença de Deus seria garantida para proteger e garantir as futuras vitórias. Vemos que esta promessa é garantia mas também é condicional. Para que o Senhor dos Exércitos lhes desse a vitória, havia a condição de que eles cressem nesta promessa. Era a condição da fé que se apresentava desde as primeiras batalhas e que é um princípio irrevogável tanto na Lei quanto na Graça. A presença de Deus nas batalhas sempre exigiu a fé para se manifestar de maneira positiva. Em toda a história de Israel teremos este princípio regendo as batalhas. Desde as primeiras até as últimas batalhas, sempre foi e será imprescindível uma fé firme. A fé em Deus garante a vitória pois demonstra uma qualidade irrevogável na vida de um cristão, que é a humildade. Crer que é Deus quem nos garante a vitória é sinal de humildade e sabemos que isto faz parte das “Bem aventuranças”. Bem-aventurados os humildes, pois eles receberão a terra por herança. Mateus 5:5 Receber a terra por herança é uma promessa que se cumpre de formas aparentemente diferentes na Antiga e na Nova Alianças, mas espiritualmente parecidíssimas. Na antiga aliança, esta herança deveria ser conquistada principalmente em campanhas militares, onde a coragem era importante, mas a fé no sobrenatural era a maior exigência. Deus operava de maneiras maravilhosas e surpreendentes, dando vitórias das maneiras mais inusitadas possíveis. Circular muros, tocar trombetas, quebrar vasos, gritar, etc. Muitas vitórias foram alcançadas de maneiras que os próprios hebreus ficavam atônitos, quanto mais os inimigos. Na nova aliança, coragem e fé continuam sendo os elementos principais na vida dos guerreiros. As campanhas continuam sendo militares, pois são lideradas pelo mesmo General e continuamos utilizando uma armadura. Não a armadura pesada e de difícil manuseio, como a de Saul, mas nos revestimos da mesma armadura que Davi estava vestido quando foi à batalha contra Golias. A armadura espiritual que Paulo descreve foi a mesma de Davi e a vitória é garantida da mesma maneira; Inusitada. Se nossa atitude for a mesma de Davi, teremos o mesmo resultado: E Davi disse ao filisteu: "Você vem contra mim com espada, com lança e com dardo, mas eu vou contra você em nome do Senhor dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel, a quem você desafiou. Hoje mesmo o Senhor o entregará nas minhas mãos, e eu o matarei e cortarei a sua cabeça. Hoje mesmo darei os cadáveres do exército filisteu às aves do céu e aos animais selvagens, e toda a terra saberá que há Deus em Israel. Todos que estão aqui saberão que não é por espada ou por lança que o Senhor concede vitória; pois a batalha é do Senhor, e ele entregará todos vocês em nossas mãos". 1 Samuel 17:45-47 Vemos que Davi iniciou a batalha no momento em que decidiu honrar ao Deus de Israel, crendo na vitória, mesmo que parecesse impossível aos olhos de todo o povo. Observe a armadura que Paulo descreve e olhe para Davi. Veja que qualquer coincidência não é mera semelhança. Assim, mantenham-se firmes, cingindo-se com o cinto da verdade, vestindo a couraça da justiça e tendo os pés calçados com a prontidão do evangelho da paz. Além disso, usem o escudo da fé, com o qual vocês poderão apagar todas as setas inflamadas do Maligno. Usem o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus. Efésios 6:14-17 Davi tinha plenamente todos estes elementos em sua vida diária e por isto, deixou de lado a armadura de Saul e foi ao encontro do inimigo com as suas próprias roupas. É isto que Deus espera de cada um que se envolve nas batalhas da nova aliança. Não apenas procurar vestir uma capa de espiritualidade sempre que surgem as dificuldades, mas sim, estar sempre revestidos com toda a armadura de Deus, para que sempre estejamos aptos à batalha e resistir com firmeza. Assim como a nossa luta não é contra a carne e o sangue, mas contra inimigos espirituais, estes mesmos inimigos que enviavam soldados de carne e sangue contra o povo de Deus, se adaptaram e atacam de maneira bastante sutil, utilizando armas espirituais malignas. O campo de batalha da antiga aliança era principalmente o mundo físico, procurando o extermínio de Israel pela força bruta, utilizando de sutilezas espirituais como estratégias em momentos oportunos para enfraquecer física e moralmente. Desde a vitória de Cristo na cruz, a batalha tomou um rumo novo, sendo totalmente espiritual. Mesmo quando parece que somos atacados por pessoas até mesmo muito próximas em nosso círculo afetivo, não passa de estratégias das trevas para nos enfraquecer. A chave para a vitória nas batalhas da nova aliança continua sendo a mesma: Coragem e fé. No contexto da armadura espiritual em Efésios, o início, no verso 10 e o fim do contexto, no verso 18 nos ensinam isto: Finalmente, fortaleçam-se no Senhor e no seu forte poder. Efésios 6:10 Orem no Espírito em todas as ocasiões, com toda oração e súplica; tendo isso em mente, estejam atentos e perseverem na oração por todos os santos. Efésios 6:18 O verso 10 aponta para a Lei da guerra que Deus dera a Moisés e o verso 18, nos mostra como aplicar efetivamente este preceito. Crer em Deus e seguir a orientação contínua do Espírito Santo é a nossa maneira de lutar atualmente. Deus mudou a forma de atuar em nossas vidas, fazendo morada em nós através de Sei Espírito. Isto mudou drasticamente o campo de batalha e forçou o inimigo a se adaptar também. Após tantos séculos de mortes sem alcançar resultados, as potestades perceberam que a estratégia mais eficaz seria insistir em apresentar a armadura de Saul e fazer com que os guerreiros de Deus se tornassem ineficientes, mal podendo sair do lugar com tanto peso sobre os ombros. Outro grande exemplo de fé e coragem foi Neemias, quando enfrentava as dificuldades para reconstruir os muros de Jerusalém. Diante dos ataques de seus inimigos, encorajou o povo a crer em Deus e lutar: Fiz uma rápida inspeção e imediatamente disse aos nobres, aos oficiais e ao restante do povo: "Não tenham medo deles. Lembrem-se de que o Senhor é grande e temível, e lutem por seus irmãos, por seus filhos e por suas filhas, por suas mulheres e por suas casas". Neemias: 4:14 Intercessão de hoje: Que todos recebamos entendimento sobre o poder de Deus e o meio correto de ter este poder à nossa disposição em qualquer batalha. Fé e coragem. Que o povo de Deus se desfaça da armadura de Saul e seja revestido de toda a armadura de Deus. Oro para que, com as suas gloriosas riquezas, ele os fortaleça no íntimo do seu ser com poder, por meio do seu Espírito, para que Cristo habite em seus corações mediante a fé; e oro para que vocês, arraigados e alicerçados em amor, possam, juntamente com todos os santos, compreender a largura, o comprimento, a altura e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo que excede todo conhecimento, para que vocês sejam cheios de toda a plenitude de Deus. Efésios 3:16-19 Exército de Deus Parte 04 Consagrando a casa nova Então os oficiais falarão ao povo, dizendo: Qual é o homem que edificou casa nova e ainda não a consagrou? Vá, e torne-se à sua casa para que porventura não morra na peleja e algum outro a consagre. Deuteronômio 20:5 Na reflexão anterior, iniciamos os pontos referidos pelo Senhor na Lei sobre as guerras. O primeiro ponto nos falou sobre a total confiança, obediência e dependência que devemos depositar em Deus, pois é a presença dele que nos garante a vitória. Agora veremos o segundo ponto, que nos fala sobre a consagração da casa nova. Na época em que a Lei foi entregue, o povo estava peregrinando no deserto rumo à terra prometida por Deus à Abraão, e certamente que não poderiam edificar casa antes que esta promessa se concretizasse e finalmente chegassem ao seu destino. Com isto vemos que este é um ponto maravilhosamente profético, tanto para aquele povo quanto para nós, que vivemos debaixo da graça. Mesmo que não houvesse uma edificação para que habitassem e nem mesmo um local fixo para adorar a Deus, eles foram instruídos a fazer cabanas para si e uma cabana especial para o Senhor. Desde aqueles tempos remotos o Senhor já vinha dando início à edificação da Igreja, através de figuras que só viriam a se concretizar milhares de anos á frente. Que tipologia maravilhosa temos da Igreja desde o tabernáculo no deserto, passando por diversas outras até chegar à atual, que é um corpo que tem por cabeça o próprio Cristo. Ora, vocês são o corpo de Cristo, e cada um de vocês, individualmente, é membro desse corpo. 1 Coríntios 12:27 Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo. Dele todo o corpo, ajustado e unido pelo auxílio de todas as juntas, cresce e edifica-se a si mesmo em amor, na medida em que cada parte realiza a sua função. Efésios 4:15,16 Com estes dois textos acima, chegamos ao cumprimento profético deste segundo ponto da Lei das Guerras. Edificar a casa nova e consagrá-la. Partindo da figura das cabanas e chegando até a figura do corpo, vemos Deus se tornando cada vez mais próximo de nós, até o ponto de fazer morada literalmente no homem: Acaso não sabem que o corpo de vocês é santuário do Espírito Santo que habita em vocês, que lhes foi dado por Deus, e que vocês não são de si mesmos? 1 Coríntios 6:19 Este é o cumprimento da profecia revelada na Lei das Guerras: Qual é o homem que edificou casa nova e ainda não a consagrou? Vá, e torne-se à sua casa para que porventura não morra na peleja e algum outro a consagre. Deuteronômio 20:5 Como vimos até aqui, no deserto, o povo habitava em volta do tabernáculo, que era onde Deus se encontrava com eles dentro dos parâmetros descritos na Lei. Em ocasiões específicas, onde foi preciso ensinar com veemência, Deus ordenou que a arca da aliança fosse transportada até o campo de batalha e assim, todos os duvidosos eram convencidos de que o Senhor dos Exércitos estava ali com eles, pois a arca simbolizava a presença de Deus. Quando edificaram o templo em Jerusalém, os padrões proféticos do tabernáculo foram mantidos, ficando a edificação em um local de destaque escolhido por Deus e se tornando o centro de toda a comunidade judaica. Na era da graça, cada indivíduo é uma edificação onde o próprio Deus faz morada, devendo ser consagrado como o centro desta nova casa. Este é o ponto chave desta reflexão: Devemos interceder para que, cada pessoa que já faz parte, passa a fazer ou ainda virá a fazer parte da Igreja, receba de Deus a revelação de que se tornou uma casa nova e que deve ser consagrada ao Senhor. No famoso texto sobre a edificação da Igreja, temos a revelação de como devemos consagrar nossa casa ao Senhor: Chegando Jesus à região de Cesaréia de Filipe, perguntou aos seus discípulos: "Quem os homens dizem que o Filho do homem é? "Eles responderam: "Alguns dizem que é João Batista; outros, Elias; e, ainda outros, Jeremias ou um dos profetas". "E vocês? ", perguntou ele. "Quem vocês dizem que eu sou? "Simão Pedro respondeu: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo". Respondeu Jesus: "Feliz é você, Simão, filho de Jonas! Porque isto não lhe foi revelado por carne ou sangue, mas por meu Pai que está nos céus. E eu lhe digo que você é Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do Hades não poderão vencê-la. Mateus 16:13-18 A revelação que Deus deu a Pedro é a pedra onde a nova casa é edificada e é a verdade onde consagramos esta casa ao Senhor. Jesus é o Cristo, filho do Deus vivo. Esta breve revelação tem um significado grandioso. Ela nos fala em Salvação e proteção. Jesus é o Salvador que nos leva ao seu Pai e nos apresenta como seus irmãos, tornando-nos filhos de um Deus vivo. Passamos a ser família de Deus assim como Abraão, Isaque e Jacó. Esta é a garantia de que as portas do inferno não prevalecerão contra esta nova casa, pois está edificada e consagrada na verdade revelada. Precisamos cada dia mais de guerreiros intercessores e até aqui, vimos dois pontos que determinam se um novo soldado será alistado para esta batalha ou se deverá voltar e continuar o treinamento fora do campo de batalha. Isto é muito sério, pois quando uma pessoa inicia algo para Deus, seja uma função na Igreja Local, um direcionamento de intercessão ou um ministério, e desiste no meio do caminho, ocorre uma quebra de comunhão com Deus por parte da própria pessoa, que se sente culpada e se afasta, causando um grande esfriamento de sua fé e muitas vezes até se afastando da Igreja. É exatamente neste ponto que o inimigo vai se concentrar para que esta pessoa se sinta cada vez mais fraca e culpada, não conseguindo reunir forças para se levantar e seguir em frente. Como Igreja, temos que estar atentos para estas situações e ajudar de todas as maneiras possíveis para que esta pessoa se levante, mas melhor do que ver estas quedas é prevenir que isto aconteça, através da atuação dos dons ministeriais, preparando os guerreiros antes de enviá-los ao campo de batalha. Primeiro vimos que é necessário total confiança e obediência ao Senhor e no segundo ponto, vemos que só se pode entrar em batalha, após a consagração da casa. Sem confiança e obediência, o inimigo parecerá maior do que é e a derrota será certa. Sem a consagração, as portas do inferno prevalecerão sobre aquela casa especificamente. Nos dois pontos vistos até agora, o sacerdote trouxe à memória o poder incomparável de Deus e os oficiais começaram a separação dos aptos para a batalha. Com estes esclarecimentos, devemos ter em mente que a função dos ministros da Igreja é a dos oficiais, separando os aptos e encaminhando os inaptos para que se adequem aos requisitos e então possam se tornar aptos para a batalha. Nisto vemos a atuação dos dons espirituais e principalmente dos dons ministeriais. Para quem não se lembra, vejamos o famoso texto com referência aos dons ministeriais: E ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado, até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo. Efésios 4:11-13 A atuação harmoniosa destes dons na Igreja, produz guerreiros aptos e intercessores eficazes, pois a confiança e a consagração serão alcançadas e compartilhadas. O texto abaixo nos mostra o que é uma vida, ou seja, uma casa nova, consagrada ao Senhor.. É interessante ler todo o capítulo 12 da carta de Paulo aos Romanos e meditar com a ajuda do Espírito Santo, pois só assim veremos com clareza todos os detalhes. Peça a Ele que mostre pontos em sua vida já consagrados e pontos que ainda precisam de ajustes. Portanto, irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês. Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. Pois pela graça que me foi dada digo a todos vocês: ninguém tenha de si mesmo um conceito mais elevado do que deve ter; mas, pelo contrário, tenha um conceito equilibrado, de acordo com a medida da fé que Deus lhe concedeu. Assim como cada um de nós tem um corpo com muitos membros e esses membros não exercem todos a mesma função, assim também em Cristo nós, que somos muitos, formamos um corpo, e cada membro está ligado a todos os outros. Romanos 12:1-5 Intercessão de hoje: Que haja revelação da vontade de Deus para a vida de todos os irmãos, guiando cada um na busca dos dons que o Senhor dá e também que os dons ministeriais sejam exercidos em harmonia e amor. Exército de Deus Parte 05 Desfrutando da vinha Há alguém que plantou uma vinha e ainda não desfrutou dela? Volte ele para sua casa, para que não morra na guerra e outro desfrute da vinha. Deuteronômio 20:6 Nas partes anteriores desta série de estudos em Deuteronômio:20, já vimos que a confiança plena em Deus é o ponto inicial e também a sustentação para a vida de intercessão. Ele sai à nossa frente nas batalhas e garante a vitória de maneiras inusitadas, causando espanto nos inimigos e até em nós mesmos. Quando alguém se decide a ser um intercessor, há vários pontos em sua vida que serão provados e aprimorados pelo Senhor, na intenção de transformar esta decisão em um novo meio de vida eficaz contra as forças espirituais do mal. Qualquer cristão pode tomar esta decisão, mas não muitos passarão pelas provas. Na reflexão anterior, vimos a questão da dedicação da casa nova, ou seja, a comunhão com o Espírito Santo que faz morada em nós e é o guia em todos os direcionamentos de intercessão. Este ponto é extremamente importante, pois se a Palavra de Deus é o mapa que devemos seguir na vida Cristã, o Espírito é o guia que nos desvendará o mapa e mostrará o caminho. Nesta reflexão, veremos outro ponto que será grandemente provado na vida do intercessor: Desfrutar a vinha Nos termos práticos em que esta ordem foi pronunciada fica até fácil entender, mas a questão aqui é trazer os preceitos da Lei da Guerra, dos tempos de Moisés para os tempos da Graça. Um soldado não deveria morrer em batalha, antes de desfrutar da vinha que havia plantado, pois outro certamente desfrutaria em seu lugar. Em termos práticos, este fato seria um grande empecilho para o soldado, pois a preocupação com as coisas que ficaram por ser consumadas em sua vida acabariam consumindo sua mente e desviando do propósito da batalha. Na Lei da Guerra, há três pontos com este mesmo propósito: A edificação da casa nova, o desfrute da vinha e a consumação do casamento. Qualquer um destes pontos que não estivesse resolvido antes da batalha, tornaria o soldado incapaz de dedicar-se totalmente à causa comum. Para o povo de Israel, estes pontos eram intimamente ligados à questão da herança tribal. A casa, a vinha e a descendência tinham grande importância na cultura judaica e deveria continuar assim em qualquer cultura e em qualquer época, mas a sociedade decadente perdeu totalmente os valores sadios, trocando-os por objetivos fúteis e egoístas. Em cada questão, havia a preocupação de que outro tomasse o lugar de direito e é aí que chegamos ao elo que liga estas questões aos nossos dias. Se não formos aprovados em um destes pontos em nossas vidas, o outro, que no nosso caso é o Diabo, tomará o lugar de Deus e nos destruirá. Aparentemente seriam apenas três questões simples de se resolver, mas se fosse assim, não teriam o poder de desqualificar um soldado, sem questionamento. Desfrutar da vinha que plantou é muito mais complexo do que parece, se olharmos com amor e seriedade. Olhando sequencialmente, veremos que se trata da evolução da vida cristã; Dedicar a casa aponta para a compreensão da presença do Espírito Santo em nós e desfrutar da vinha, nos fala sobre a transformação que o Espírito opera. Se somos guiados pelo Espírito e nos tornamos trabalhadores na vinha do Senhor, temos o direito e posso dizer que o dever de desfrutar dos frutos do nosso trabalho. O grande exemplo que devemos ter em mente é o Senhor Jesus. Quando iniciou o seu ministério entre os homens, Ele fez esta declaração: "O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para pregar boas novas aos pobres. Ele me enviou para proclamar liberdade aos presos e recuperação da vista aos cegos, para libertar os oprimidos e proclamar o ano da graça do Senhor". Então ele fechou o livro, devolveu-o ao assistente e assentou-se. Na sinagoga todos tinham os olhos fitos nele; e ele começou a dizer-lhes: "Hoje se cumpriu a Escritura que vocês acabaram de ouvir". Lucas 4:18-21 Esta é a missão que o Senhor cumpriu em seus dias e passou para a Igreja dar continuidade. Da mesma maneira que Jesus realizou tudo isto sob a direção do Espírito, nós também podemos realizar, pois o Espírito faz morada em nós por esta razão. Esta é a tarefa que é simbolizada pela vinha, nos tempos da graça. O Reino de Deus é comparado a uma vinha e nós, assim como o próprio Senhor, somos os trabalhadores desta vinha. O texto acima relata o início do ministério público do Senhor, após vencer Satanás no deserto e começar a expansão do Reino de Deus. Agora quero que possamos refletir com toda a sinceridade: Será que não devemos ser os primeiros a desfrutar da vinha, ou seja, das bênçãos que pregamos e da implantação do Reino de Deus? Infelizmente, não é isto que vemos como padrão na Igreja de nossos dias mas, graças a Deus, isto está sendo trabalhado pelo Senhor. Como trabalhadores do Reino, temos o direito de viver a vida cheia de poder e graça que pregamos ao mundo. Se não desfrutarmos das bênçãos de sermos servos do Rei, como poderemos proclamar estas bênçãos para a vida de outros? Se deixamos o “outro” desfrutar da nossa vinha, como poderemos oferecer o fruto da colheita aos que estão necessitados? O Diabo é extremamente astuto e hábil em nos afastar de nossos direitos para nos enfraquecer e incapacitar, mas o Senhor está nos alertando exatamente para isto. Se nos deixarmos enganar pelas armadilhar do Diabo, seremos apenas cegos tentando guiar cegos! É hora de despertar e desfrutar das bênçãos que o Senhor quer nos dar, para depois podermos compartilhar com o mundo e executar a obra de Deus. A propósito, esta é nossa missão. Viver a obra de Deus em nossa vida e então, compartilhar. Para entender, veja a definição que o Senhor dá sobre a realização da obra de Deus: Então lhe perguntaram: "O que precisamos fazer para realizar as obras que Deus requer? " Jesus respondeu: "A obra de Deus é esta: crer naquele que ele enviou". João 6:28,29 Se não cremos em Jesus para desfrutar das bênçãos, o que teremos para compartilhar? Jesus nos deu mais do que bênçãos. Ele nos deu a sua própria vida e nos capacitou, através do Espírito santo, a compartilhar esta vida com o mundo e expandir Seu Reino. "Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que, estando em mim, não dá fruto, ele corta; e todo que dá fruto ele poda, para que dê mais fruto ainda. Vocês já estão limpos, pela palavra que lhes tenho falado. Permaneçam em mim, e eu permanecerei em vocês. Nenhum ramo pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira. Vocês também não podem dar fruto, se não permanecerem em mim. "Eu sou a videira; vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma. Se alguém não permanecer em mim, será como o ramo que é jogado fora e seca. Tais ramos são apanhados, lançados ao fogo e queimados. Se vocês permanecerem em mim, e as minhas palavras permanecerem em vocês, pedirão o que quiserem, e lhes será concedido. João 15:1-7 Se desfrutamos da vinha, permanecemos no Senhor e teremos frutos para compartilhar, mas se não desfrutarmos, estaremos desligados do Senhor e seremos cortados. Intercessão de hoje: Vamos interceder pela Igreja do Senhor Jesus, para que todos venham a entender e desfrutar de seus direitos, e assim, tenham frutos em abundância para compartilhar. Exército de Deus Parte 06 O Espírito e a noiva dizem: Vem! Há alguém comprometido para casar-se que ainda não recebeu sua mulher? Volte ele para sua casa, para que não morra na guerra e outro case-se com ela". Deuteronômio 20:7 Nas reflexões anteriores, vimos sobre a dedicação da casa e o desfrute da vinha, que se referem respectivamente aos cristãos como templo e morada do Espírito Santo e as bênçãos de integrar o Reino de Deus. Agora veremos o próximo ponto na qualificação de um soldado para a batalha: A consumação do casamento Na sociedade atual, este ponto parece ser um tanto quanto exagerado, pois o casamento foi banalizado e a família colocada em segundo plano, sempre em prol da busca pela satisfação pessoal. Na sociedade Israelita, construída com base nos preceitos da Lei de Deus, a consumação do casamento e o estabelecimento da família eram de extrema importância. Para o homem, a Lei e os costumes eram implacáveis, havendo a necessidade de estabelecer sua descendência e herança tribal, pois sem isto, seu nome poderia acabar sendo esquecido para sempre. Um homem sem família não tinha honra alguma, sendo considerado inferior. Para a mulher, o comprometimento era de grande perigo, pois era um ato irreversível, com o risco de banimento ou até mesmo apedrejamento, caso fosse desfeito. O compromisso de não envolvia apenas o casal, mas também era a união de duas famílias que passariam a ter laços eternos. A noiva deveria ser pura e suas vestes eram preparadas especialmente para refletir toda a pureza possível. Linho branco e adornos especiais eram utilizados para simbolizar pureza e santidade. Um exemplo bem didático é o casamento de Isaque, narrado em Genesis, capítulo 24. É uma boa leitura e recomendável para entender a figuração do casamento representando Cristo e sua Igreja. Abraão é figura do Rei que prepara as bodas de Seu Filho: Jesus lhes falou novamente por parábolas, dizendo: O Reino dos céus é como um rei que preparou um banquete de casamento para seu filho. Mateus 22:1,2 O servo anônimo é figura do Espírito Santo, que guia o Cristão no conhecimento e relacionamento com Cristo: Mas quando o Espírito da verdade vier, ele os guiará a toda a verdade. Não falará de si mesmo; falará apenas o que ouvir, e lhes anunciará o que está por vir. Ele me glorificará, porque receberá do que é meu e o tornará conhecido a vocês. Tudo o que pertence ao Pai é meu. Por isso eu disse que o Espírito receberá do que é meu e o tornará conhecido a vocês. João 16:13-15 Rebeca é figura da Igreja pura, santa e imaculada, guardada para ser apresentada ao noivo: Maridos, amem suas mulheres, assim como Cristo amou a igreja e entregou-se a si mesmo por ela para santificá-la, tendo-a purificado pelo lavar da água mediante a palavra, e apresentá-la a si mesmo como igreja gloriosa, sem mancha nem ruga ou coisa semelhante, mas santa e inculpável. Efésios 5:25-27 Isaque é figura de Cristo, que aguarda o momento da realização das bodas: Então ouvi algo semelhante ao som de uma grande multidão, como o estrondo de muitas águas e fortes trovões, que bradava: "Aleluia! pois reina o Senhor, o nosso Deus, o Todo-poderoso. Regozijemo-nos! Vamos nos alegrar e dar-lhe glória! Pois chegou a hora do casamento do Cordeiro, e a sua noiva já se aprontou. Foi-lhe dado para vestir-se linho fino, brilhante e puro". O linho fino são os atos justos dos santos. Apocalipse 19:6-8 Finalmente, vejamos a figura que mais me empolga nos momentos de intercessão, que é a participação da liderança ministerial na preparação da Igreja: O zelo que tenho por vocês é um zelo que vem de Deus. Eu os prometi a um único marido, Cristo, querendo apresentá-los a ele como uma virgem pura. 2 Coríntios 11:2 Deus é maravilhosamente amoroso e a sua forma de trabalhar conosco é extremamente inusitada. No plano de Deus, a própria noiva tem participação efetiva na sua preparação para as bodas. Seria mais prático e seguro se o Espírito Santo tomasse total responsabilidade sobre esta tarefa, mas Deus nos enviou Seu Espírito para nos capacitar e guiar nesta tarefa. Glória a Deus! Aleluia A obra de preparar a Noiva para as bodas do Cordeiro é planejada e guiada pelo Espírito Santo, mas é a própria Igreja quem executa o plano na prática. O principal meio que o Espírito usa para nos guiar neste processo é a Palavra de Deus: Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra. 2 Timóteo 3:16,17 Mesmo não estando estre os que ouviram e viram pessoalmente ao Senhor, durante Seu ministério neste mundo, nós somos testemunhas através da presença do Espírito Santo em nós. Ele torna a Palavra de Deus tão viva que é como se tivéssemos recebido diretamente do Senhor. Pois a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais afiada que qualquer espada de dois gumes; ela penetra ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e julga os pensamentos e intenções do coração. Hebreus 4:12 A palavra julga os pensamentos e intenções do coração pois o próprio Espírito está em nós testificando tudo o que a Palavra nos diz. É a própria voz de Deus em nós, guiando, ensinando, testificando e corrigindo. Mas o Conselheiro, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, lhes ensinará todas as coisas e lhes fará lembrar tudo o que eu lhes disse. João 14:26 O Senhor está no céu, assentado à destra de Deus, mas também está aqui conosco, através de Seu Espírito. O Senhor é a própria verdade e o Espírito usa esta verdade para santificar a noiva: Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade. João 17:17 Da mesma maneira que o Senhor veio para fazer a vontade do Pai, revelando toda a Glória de Deus, o Espírito está aqui com o propósito de revelar a Majestade e Glória do Senhor Jesus: Mas quando o Espírito da verdade vier, ele os guiará a toda a verdade. Não falará de si mesmo; falará apenas o que ouvir, e lhes anunciará o que está por vir. João 16:13 É empolgante e maravilhoso como o Pai desenvolve Seu plano através da Igreja, destruindo toda a obra do Diabo e expandindo Seu Reino. Desde o dia em que o Diabo foi derrotado no deserto e o Reino foi implantado, o Pai continua desvendando seu plano através da Igreja, pisando o Diabo e seus demônios através de sua multiforme sabedoria, revelada através da Noiva: A intenção dessa graça era que agora, mediante a igreja, a multiforme sabedoria de Deus se tornasse conhecida dos poderes e autoridades nas regiões celestiais, de acordo com o seu eterno plano que ele realizou em Cristo Jesus, nosso Senhor, por intermédio de quem temos livre acesso a Deus em confiança, pela fé nele. Efésios 3:10-12 Começando pelo deserto, onde Jesus retomou o que Adão tinha dado ao Diabo, o Reino de Deus foi sendo expandido e o Diabo foi recuando, até chegar à Cruz, onde finalmente foi pisado e as chaves voltaram ao seu dono de direito. Todo o ministério do Senhor foi uma tremenda guerra entre Deus e o Diabo, pela retomada da comunhão entre o criador e suas criaturas. Da mesma maneira que Josué atravessou o Jordão para erradicar as potestades e dominar a terra, o Senhor começou seu ministério no rio Jordão e dali invadiu toda a terra, declarando guerra ao império das trevas e fundando Seu Reino de amor. A caminhada do Senhor nos seus três anos de ministério também lembram a libertação do povo Israelita da escravidão no Egito. O próprio Senhor destronou todas as potestades que dominavam Israel e, uma a uma, assim como as pragas no Egito humilharam e expulsaram os deuses falsos, o Senhor foi caminhando e curando enfermos, libertando cativos, expulsando demônios e ensinando. Satanás e seus exércitos foram humilhados e expulsos da terra. O sistema religioso corrompido começou a ser desmontado por João Batista, quando substituiu a purificação sacerdotal pelo batismo nas águas. Agora não apenas o sacerdote se purificava e exercia o ofício, mas todo o povo estava sendo batizado para purificação de seus pecados e pedindo perdão diretamente à Deus. Todo o sistema corrompido foi substituído pela Graça de Deus. Em Cristo, todos temos acesso direto ao Pai e o Espírito nos mantém ligados ao trono. O véu do templo foi rasgado e o acesso foi garantido para toda a Igreja. Na dispensação da graça, a noiva vai crescendo no conhecimento do noivo e a cada dia se aproxima mais e mais, tornando-se cada vez mais unida e Ele. A função dos intercessores, neste ponto da Lei da Guerra, é a descrita pelo Apóstolo Paulo: Oro para que, com as suas gloriosas riquezas, ele os fortaleça no íntimo do seu ser com poder, por meio do seu Espírito, para que Cristo habite em seus corações mediante a fé; e oro para que vocês, arraigados e alicerçados em amor, possam, juntamente com todos os santos, compreender a largura, o comprimento, a altura e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo que excede todo conhecimento, para que vocês sejam cheios de toda a plenitude de Deus. Efésios 3:16-19 A noiva se apaixona pelo noivo diariamente, através de uma convivência intima, sem restrições ou intermediários. Tudo conforme o plano eterno do Pai. Da mesma forma que o Apóstolo Paulo se coloca de joelhos perante o pai e intercede pela noiva, nós devemos também seguir este ministério diariamente, com toda a diligencia e seriedade. Este é o pão diário dos intercessores, desvendado aqui em detalhes, pelo Espírito Santo, através do Apóstolo: Por essa razão, eu, Paulo, prisioneiro de Cristo Jesus por amor de vocês, gentios. Certamente vocês ouviram falar da responsabilidade imposta a mim em favor de vocês pela graça de Deus, isto é, o mistério que me foi dado a conhecer por revelação, como já lhes escrevi brevemente. Ao lerem isso vocês poderão entender a minha compreensão do mistério de Cristo. Esse mistério não foi dado a conhecer aos homens doutras gerações, mas agora foi revelado pelo Espírito aos santos apóstolos e profetas de Deus, a saber, que mediante o evangelho os gentios são coherdeiros com Israel, membros do mesmo corpo, e co-participantes da promessa em Cristo Jesus. Deste me tornei ministro pelo dom da graça de Deus, a mim concedida pela operação de seu poder. Embora eu seja o menor dos menores dentre todos os santos, foi-me concedida esta graça de anunciar aos gentios as insondáveis riquezas de Cristo e esclarecer a todos a administração deste mistério que, durante as épocas passadas, foi mantido oculto em Deus, que criou todas as coisas. A intenção dessa graça era que agora, mediante a igreja, a multiforme sabedoria de Deus se tornasse conhecida dos poderes e autoridades nas regiões celestiais, de acordo com o seu eterno plano que ele realizou em Cristo Jesus, nosso Senhor, por intermédio de quem temos livre acesso a Deus em confiança, pela fé nele. Portanto, peço-lhes que não se desanimem por causa das minhas tribulações em seu favor, pois elas são uma glória para vocês. Por essa razão, ajoelho-me diante do Pai, do qual recebe o nome toda a família nos céus e na terra. Efésios 3:1-15 Se você, caro leitor, se sente devedor perante tudo o que Deus já lhe deu, eis aqui a tua forma de retribuir um pouco do amor que lhe foi compartilhado. Dobre teus joelhos e torne-se um soldado valente, apto para a batalha e participe efetivamente do avivamento que o Senhor está trazendo para estes últimos dias. Chegou a hora em que a noiva deve correr ao encontro do noivo. "Eu, Jesus, enviei o meu anjo para dar a vocês este testemunho concernente às igrejas. Eu sou a Raiz e o Descendente de Davi, e a resplandecente Estrela da Manhã". O Espírito e a noiva dizem: "Vem! " E todo aquele que ouvir diga: "Vem! " Quem tiver sede, venha; e quem quiser, beba de graça da água da vida. Apocalipse 22:16,17 Intercessão de hoje: Que todo o povo de Deus ouça o voz do noivo e venha ao seu encontro. Exército de Deus Parte 07 A armadilha do medo Por fim os oficiais acrescentarão: "Alguém está com medo e não tem coragem? Volte ele para sua casa, para que os seus irmãos israelitas também não fiquem desanimados". Deuteronômio 20:8 Chegamos ao último item que os oficiais deveriam examinar para constatar se o soldado estava realmente apto para a batalha. Quem passou pelos testes anteriores, onde foram analisadas suas situações com referência à casa nova, vinha e noivado, agora seria testado com relação aos seus sentimentos mais profundos: O medo e o desânimo. No início da promulgação da Lei sobre as guerras, já fora dito pelos sacerdotes que Deus pessoalmente iria à frente e por isto, não deveriam temer, mesmo se vissem que o inimigo tinha mais potencial bélico. A repetição desta ordem sobre medo parece desnecessária, mas se olharmos novamente para os itens anteriores, veremos que as possibilidades de morrer em batalha eram grandes, pois todos os três demonstram a preocupação com a morte em batalha. As afirmações dos oficiais certamente poderiam despertar profundas sensações de insegurança para com o futuro e agora lhes era feita mais esta pergunta. Após tanta preocupação com relação à volta em segurança, o Diabo certamente se aproveitaria para plantar as sementes do medo e desanimo e por isto, esta indagação visava externar nos soldados uma declaração de fé e coragem, para então, quebrar qualquer intenção de retroceder. Todos os questionamentos feitos pelos oficiais exigiam a resposta clara e objetiva e este último, mais do que os anteriores. Era necessário mexer com os sentimentos de cada um e leva-los a tomar a decisão em alta voz, para que eles mesmos pudessem ouvir as próprias vozes. Uma declaração de fé seria necessária, para tirar toda a dúvida antes de partirem para a batalha, pois se fossem atacados pelo medo durante a batalha, haveria grande risco de que este medo e desânimo contaminasse muitos e causasse a derrota. A importância da coragem é ressaltada várias vezes durante a tomada das terras de Canaã, pois o Senhor repete três vezes para Josué que este não temesse, mas tivesse confiança na vitória dada pelo próprio Deus de Israel: E disse o Senhor a Josué: "Não tenha medo! Não se desanime! Leve todo o exército com você e avance contra Ai. Eu entreguei nas suas mãos o rei de Ai, seu povo, sua cidade e sua terra. Josué 8:1 E disse o Senhor a Josué: "Não tenha medo desses reis; eu os entreguei nas suas mãos. Nenhum deles conseguirá resistir a você". Josué 10:8 E o Senhor disse a Josué: "Não tenha medo deles, porque amanhã a esta hora entregarei todos mortos a Israel. A você cabe cortar os tendões dos cavalos deles e queimar os seus carros". Josué 11:6 Além de encorajar seu povo, o Senhor encheu os inimigos de pavor, pois as notícias da derrota do Faraó e de outras vitórias anteriores corriam toda a região. Antes dos espiões se deitarem, Raabe subiu ao terraço e lhes disse: "Sei que o Senhor lhes deu esta terra. Vocês nos causaram um medo terrível, e todos os habitantes desta terra estão apavorados por causa de vocês. Pois temos ouvido como o Senhor secou as águas do mar Vermelho perante vocês quando saíram do Egito, e o que vocês fizeram a leste do Jordão com Seom e Ogue, os dois reis amorreus que aniquilaram. Quando soubemos disso, o povo desanimou-se completamente, e por causa de vocês todos perderam a coragem, pois o Senhor, o seu Deus, é Deus em cima nos céus e embaixo na terra. Josué 2:8-11 Vemos com isto que haviam dois grandes motivos para terem grande coragem, pois Deus infligia grandes derrotas aos inimigos perante os olhos de todos eles e ainda espalhava terror nos corações dos povos muito antes das batalhas. É incrível ver que, mesmo assim, as ordens para que não temessem continuam por toda a história de Israel. Mesmo presenciando o grande poder de Deus, eles ainda precisavam de encorajamento antes de todas as batalhas. Trazendo isto para a Igreja, que vive debaixo da Graça de Deus e da direção do Espírito Santo, é mais espantoso ainda que haja tanta necessidade de que o Senhor precise encorajar o seu povo para que este entre em batalhas de intercessão. Vemos o grande interesse que a maioria dos cristãos demonstram por presenciar o poder de Deus em ação, mas quando se esclarece que este poder só está disponível para grupos dedicados à oração intercessora que se humilham e se entregam totalmente em prol da causa dos outros, intercedendo com extremo amor por pessoas que sequer conhecem, este interesse diminui instantaneamente. O que afasta as pessoas da intercessão é exatamente a inversão de valores. A maioria acredita que pode receber bênçãos de Deus apenas contando com a bondade divina, mas não é isto que bondade significa. Certamente que Deus é bom, mas abençoar sempre pessoas que não se esforçam em nada para ajudar aos outros e nem mesmo se preocupam em compartilhar as bênçãos recebidas não seria bondade e sim irresponsabilidade. O amor está muito mais ligado à educação sadia do que à satisfação das necessidades, e é exatamente este amor que Deus compartilha com Seus filhos. Não seria justo nem mesmo com o filho que é abençoado se a vida fosse só de bênçãos. Isto só pode produz pessoas fúteis e inúteis. Mas o amor de Deus consiste em nos guiar no crescimento sadio e fortalecimento físico e espiritual, nos preparando para toda boa obra, mesmo que isto exija correções: Nenhuma disciplina parece ser motivo de alegria no momento, mas sim de tristeza. Mais tarde, porém, produz fruto de justiça e paz para aqueles que por ela foram exercitados. Hebreus 12:11 A psicologia aponta a ansiedade como o menor grau do medo e o pavor como o maior, por isto vemos a preocupação do Senhor em nos advertir contra a ansiedade, dando a garantia do cuidado contínuo do Pai por nossas vidas, tendo como contrapartida a busca pelos interesses do Reino de Deus. Vejamos o conceito psicológico e depois a resposta de Jesus a este problema: O medo é uma sensação que proporciona um estado de alerta demonstrado pelo receio de fazer alguma coisa, geralmente por se sentir ameaçado, tanto fisicamente como psicologicamente. Pavor é a ênfase do medo. É também uma reação obtida a partir do contato com algum estímulo físico ou mental (interpretação, imaginação, crença) que gera uma resposta de alerta no organismo. Esta reação inicial dispara uma resposta fisiológica no organismo que libera hormônios do estresse (adrenalina, cortisol) preparando o indivíduo para lutar ou fugir. A resposta anterior ao medo é conhecida por ansiedade. Na ansiedade o indivíduo teme antecipadamente o encontro com a situação ou objeto que possa lhe causar algum mal. Sendo assim, é possível se traçar uma escala de graus de medo, no qual, o máximo seria o pavor e, o mínimo, uma leve ansiedade. https://pt.wikipedia.org/wiki/Medo Agora veja a resposta de Jesus a isto: "Portanto eu lhes digo: não se preocupem com suas próprias vidas, quanto ao que comer ou beber; nem com seus próprios corpos, quanto ao que vestir. Não é a vida mais importante do que a comida, e o corpo mais importante do que a roupa? Observem as aves do céu: não semeiam nem colhem nem armazenam em celeiros; contudo, o Pai celestial as alimenta. Não têm vocês muito mais valor do que elas? Quem de vocês, por mais que se preocupe, pode acrescentar uma hora que seja à sua vida? "Por que vocês se preocupam com roupas? Vejam como crescem os lírios do campo. Eles não trabalham nem tecem. Contudo, eu lhes digo que nem Salomão, em todo o seu esplendor, vestiu-se como um deles. Se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada ao fogo, não vestirá muito mais a vocês, homens de pequena fé? Portanto, não se preocupem, dizendo: ‘Que vamos comer? ’ ou ‘que vamos beber? ’ ou ‘que vamos vestir? ’ Pois os pagãos é que correm atrás dessas coisas; mas o Pai celestial sabe que vocês precisam delas. Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas. Portanto, não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã se preocupará consigo mesmo. Basta a cada dia o seu próprio mal". Mateus 6:25-34 Se a ansiedade é o início de todo o medo, a resposta do Senhor é mais do que suficiente para erradicar totalmente este mal. O Apóstolo Paulo aprendeu muito bem este princípio e ensinou à Igreja com estas palavras maravilhosas: Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os seus corações e as suas mentes em Cristo Jesus. Filipenses 4:6,7 Este é o grande segredo da Graça em nossas vidas. A confiança. Confiar em Deus nos faz livres para interceder pela vida das outras pessoas e deixarmos nossos problemas de lado, sabendo que tudo está sendo tratado pelo mesmo Senhor. Os intercessores confiam totalmente no Senhor e por isto, gastam poucos minutos apresentando seus pedidos e horas apresentando os problemas e anseios de outros irmãos. Por este motivo, o nome do Blog é “Intercedendo por Amor”. Quando iniciei este projeto de meditar e compartilhar reflexões sobre intercessão, o primeiro pensamento foi exatamente o Amor de Deus, que excede todo o entendimento. Sei que a afirmação acima parece estranha, pois poucas pessoas conseguem deixar de lado seus próprios problemas para se preocupar com os outros, mas desde cedo aprendi que a fé tem um pouco de loucura para quem ainda não vivencia os resultados da vida de intercessão. Entre os inúmeros benefícios, o que mais me empolga é sentir fluir o amor e a paz de Deus ao ver a mudança na situação de alguém que Deus me desperta para interceder. É uma sensação indescritível e por isto insisto tanto em buscar por mais pessoas que se dediquem a esta tarefa maravilhosa. Infelizmente, o Diabo usa a ansiedade e o medo já amadurecido para afastar as pessoas do propósito de Deus. Cabe aos intercessores combater esta armadilha demoníaca com muita oração e súplica. Venho procurando exatamente isto, através deste blog há mais de um ano e neste fim de semana o Senhor deu uma resposta surpreendente. Tivemos em nossa Igreja a visita do Ap. Paulo Roberto Diehl, que ministrou um seminário sobre o Despertar da Noiva. No encerramento do seminário, o Senhor separou 15 pessoas para integrarem um grupo de intercessão. Estou transbordando de alegria, pois é isto que vinha pedindo ao Senhor já há muito tempo. Nosso país vive momentos de grandes expectativas. A crise político-econômica está tomando proporções nunca antes imaginadas e não sabemos onde isto pode nos levar. É exatamente nestes tempos de crise que o Senhor começa a levantar pessoas para interceder. Se a situação requer a intervenção do Senhor, é através da intercessão que esta intervenção virá. Para que Interceder? Para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus, Segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus nosso Senhor, No qual temos ousadia e acesso com confiança, pela nossa fé nele. Efésios 3:10-12 A batalha que deve ser travada não é física, mas sim espiritual, pois somente Deus pode mudar esta situação de maneira satisfatória. Quando a Palavra de Deus nos diz que a luta não é contra carne e sangue, é exatamente isto que devemos entender. O que vemos no nosso país é o reflexo de uma grande batalha que está se desenrolando nas regiões celestiais. Efésios Quanto mais cristãos participarem desta batalha, mais rápido e maravilhoso será o desfecho. A maioria das denominações cristãs cita muitas vezes o texto sobre a armadura de Deus, mas são poucas que incentivam seus membros a tomarem posse desta Palavra e entrarem na Batalha. Uma mensagem tão maravilhosa e tão mal interpretada! Mesmo a oração que o Senhor nos deu como exemplo, em Mateus, capítulo 6 nos fala sobre estes tempos de crise. Venha o Teu Reino e seja feita a Tua vontade passa pelas regiões celestiais e é necessário que toda a Igreja do Senhor esteja envolvida nesta batalha, para que esta oração se cumpra. Toda a oração nos aponta para a batalha. Venha o Teu Reino; Seja feita Tua vontade; O pão nosso de cada dia nos dá hoje; O perdão para nós e para os outros; A proteção contra as tentações e o mal. Esta oração que é repetida por muitos como se fosse um mantra para trazer boa sorte, na verdade é uma preparação para a guerra. É uma ótima maneira de se iniciar nossos momentos de intercessão, pois não devemos apenas orar da maneira que está escrito na Palavra e sim, meditar em cada ponto citado nesta oração. Fazendo isto, em alguns minutos estaremos totalmente imersos na atmosfera da intercessão, sendo guiados pelo Espírito Santo em motivações realmente eficazes, conforme o Senhor quer que façamos. Intercessão de hoje: Vamos interceder por mais intercessores Senhor, convoque mais e mais intercessores com entendimento da Tua vontade e muito amor para compartilhar por nosso Brasil e pela Igreja em todos os lugares desta nação. Exército de Deus Parte 08 A liderança cristã Quando os oficiais terminarem de falar ao exército, designarão chefes para comandar as tropas. Deuteronômio 20:9 Na primeira leitura do contexto, este versículo não me parecia merecer destaque, mas após começar a analisar mais cuidadosamente cada ponto, percebi que este é um dos principais, pois nos fala da liderança que deve ser exercida, tanto em um exército militar como também no exército de Deus. Historicamente, o conceito de liderança tem alguns bons exemplos mas a grande maioria são de líderes que, embora até que alguns pudessem estar bem intencionados, acabaram levando seus liderados por caminhos tortuosos de destruição e ruína. Antes de entrar no assunto que interessa aqui, que é a liderança cristã, vamos dar uma olhada em um conceito muito interessante, retirado do dicionário informal: 1. Líder Significado de Líder Por Bruno Krug (RS) em 04-12-2008 O verdadeiro líder é aquele que consegue influenciar fortemente outras pessoas à ação, sem o uso da força ou do medo. Tem sua base na atitude pessoal, na competência e no carisma, levando os demais a admirar, respeitar e defender o líder e suas ideias. EXEMPLO HISTÓRICO DE LIDERANÇA Por Bruno Krug Sempre ouvimos muito acerca das características e competências de um verdadeiro líder, mas como sabemos, nada supera o exemplo prático. Com esta idéia, quero lembrar de um texto que li sobre um momento que ficou gravado na história do tempo, referente a lendária figura de Alexandre, O Grande. Alexandre foi criado com grandes sonhos pela sua mãe Olímpia, a qual ajudou ele a ter grande auto-estima e autoconfiança, o que certamente muito lhe serviu para ter a força interior de seguir em frente na sua ambiciosa busca de conquistar outras nações e deixar seu nome na história mundial. Aristóteles foi escolhido por seu pai, Filipe II, rei da Macedônia, para ser o encarregado da sua educação, assim como Lisímaco foi o seu mestre nas técnicas militares. Alexandre tornou-se um grande líder e é claro que também falhou. Mas não há dúvidas que ele sabia muito bem como liderar seu exército, despertando neles a crença de que eram capazes e estimulando-os a buscar sempre o máximo possível. Dentre as várias história das vitórias de Alexandre, encontramos inúmeros exemplos de Liderança em Ação. Vamos lembrar um destes episódios marcantes de sua história, o qual ilustra claramente o que é Liderança em Ação, através de um episódio ocorrido em setembro de 325 a. C.. Neste período Alexandre atravessava com suas tropas um dos mais inóspitos desertos da Terra, na sua marcha para o sul da Gedrósia. Nesta travessia do deserto seu exército ficou sem água e os comandados demonstraram sua lealdade e preocupação com seu líder, juntando o pouco de água que lhes restava, para oferecer a seu rei toda a quantidade de água conseguida. Ao receber tal demonstração de respeito e admiração, Alexandre tomou a decisão certa e diante de seu exército, derramou na areia toda a água que lhe fora oferecida num capacete de prata. Foi um gesto marcante com o qual demonstrou que estava na mesma posição que todo o seu exército e que com eles seguiria até o final. Com esse pequeno e grandioso ato, transmitiu a força necessária para que o seu exército conseguisse sobreviver. E assim ficamos nos perguntando: será que nós também somos capazes de demonstrarmos gestos de Liderança em Ação para nossa equipe, ou apenas seguimos como chefes medíocres que apenas pensam em se destacar e em acumular para si os ganhos e as glórias da sua equipe. Espero que você seja um dos que fazem a diferença em sua organização e na sua comunidade, com palavras que estimulem a busca da excelência e com ações que demonstrem seu compromisso com aqueles que estão junto a você. http://www.dicionarioinformal.com.br/l%C3%ADder/ Jogar fora o resto de água que sobrava não me parece um ato dos mais inteligentes ou heroicos e serve para demonstrar que o caráter distorcido de um grande líder é muito eficiente para demonstrar o caráter de seus liderados. Este “grande líder” foi o responsável pela Helenização forçada de grande parte do mundo de sua época, inclusive Israel, onde uma parte significativa da população foi cruelmente assassinada por recusar as mudanças sociais e religiosas. A história sobre a água derramada, narrada no dicionário informal, me fez lembrar uma história sobre um verdadeiro líder: Estando Davi nessa fortaleza, e o destacamento filisteu em Belém, Davi expressou este forte desejo: "Quem me dera me trouxessem água da cisterna da porta de Belém! " Então aqueles três atravessaram o acampamento filisteu, tiraram água da cisterna e a trouxeram a Davi. Mas ele se recusou a beber; em vez disso, derramou-a como uma oferta ao Senhor e disse: "O Senhor me livre de beber desta água! Seria como beber o sangue dos que arriscaram a vida para trazê-la! " E Davi não bebeu daquela água. Foram esses os feitos dos três principais guerreiros. 2 Samuel 23:14-17 A diferença entre Davi e Alexandre fica muito bem figurada nestas duas narrativas: Alexandre era um líder egoísta e sanguinário, enquanto Davi era servido por seus principais guerreiros por amor e admiração. Em uma circunstância muito difícil, Davi demonstra através de suas atitudes que o verdadeiro líder de seus exércitos é o Senhor. Isto nos faz ver que uma das principais características da liderança de Davi é a humildade. Davi é um grande exemplo de liderança a ser visto como base para conceituarmos a liderança cristã. Outro grande exemplo é Moisés, que apesar de ser continuamente orientado por Deus, recebeu uma grande lição sobre liderança de seu sogro Jetro: No dia seguinte Moisés assentou-se para julgar as questões do povo, e este permaneceu de pé diante dele, desde a manhã até o cair da tarde. Quando o seu sogro viu tudo o que ele estava fazendo pelo povo, disse: "Que é que você está fazendo? Por que só você se assenta para julgar, e todo este povo o espera de pé, desde a manhã até o cair da tarde? " Moisés lhe respondeu: "O povo me procura para que eu consulte a Deus. Toda vez que alguém tem uma questão, esta me é trazida, e eu decido entre as partes, e ensino-lhes os decretos e leis de Deus". Respondeu o sogro de Moisés: "O que você está fazendo não é bom. Você e o seu povo ficarão esgotados, pois esta tarefa lhe é pesada demais. Você não pode executá-la sozinho. Agora, ouça-me! Eu lhe darei um conselho, e que Deus esteja com você! Seja você o representante do povo diante de Deus e leve a Deus as suas questões. Oriente-os quanto aos decretos e leis, mostrando-lhes como devem viver e o que devem fazer. Mas escolha dentre todo o povo homens capazes, tementes a Deus, dignos de confiança e inimigos de ganho desonesto. Estabeleça-os como chefes de mil, de cem, de cinquenta e de dez. Eles estarão sempre à disposição do povo para julgar as questões. Trarão a você apenas as questões difíceis; as mais simples decidirão sozinhos. Isso tornará mais leve o seu fardo, porque eles o dividirão com você. Se você assim fizer, e se assim Deus ordenar, você será capaz de suportar as dificuldades, e todo este povo voltará para casa satisfeito". Moisés aceitou o conselho do sogro e fez tudo como ele tinha sugerido Êxodo 18:13-24 Este conselho dado a Moisés por seu sogro é a ilustração perfeita de como deve ser a liderança cristã: Capazes, tementes a Deus, dignos de confiança e inimigos de ganho desonesto. Certamente que este modelo está em conformidade com o que vimos no versículo 9 da Lei sobre as guerras. Infelizmente, se fizermos uma comparação entre as características apontadas por Jetro e o que observamos na maioria dos líderes nas igrejas atuais, não encontraremos muitas semelhanças. Não pretendo aqui denegrir a imagem dos líderes contemporâneos, mas apenas constatar um fato que necessita urgentemente da ação dos intercessores. Para continuar, vamos ver o que o Senhor Jesus nos ensina sobre liderança: Jesus os chamou e disse: "Vocês sabem que aqueles que são considerados governantes das nações as dominam, e as pessoas importantes exercem poder sobre elas. Não será assim entre vocês. Pelo contrário, quem quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser servo; e quem quiser ser o primeiro deverá ser escravo de todos. Pois nem mesmo o Filho do homem veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos". Marcos 10:42-45 Que grande ensino nos dá o Senhor e como tem sido mal compreendido e negligenciado pela Igreja durante todos estes séculos. Liderar é servir, ou seja, ter a disposição de trabalhar duramente e se sacrificar, para que todos alcancem um determinado objetivo. A deficiência que vemos na Igreja atual não se caracteriza na ausência de pessoas capacitadas para exercerem liderança, mas sim nas escolhas orientadas por critérios obscuros. É comum encontrarmos nas igrejas, todas as funções de liderança ocupadas por uma mesma família (geralmente a família do Pastor) e a maioria destes “líderes” sem a menor capacidade ou mesmo intenção em liderar da maneira que deveriam, ou seja, demonstrando em suas atitudes, as características citadas por Jetro e por Jesus. Em meio aos problemas gerados pelo exercício equivocado da liderança, o que mais prejudica a Igreja é o fato de que maus líderes tem facilidade em gerar discípulos. É espantoso ver como os maus exemplos são fáceis de seguir e como dão frutos com extrema rapidez. Assim como a mosca morta produz mau cheiro e estraga o perfume, também um pouco de insensatez pesa mais que a sabedoria e a honra. Eclesiastes 10:1 O verso acima fala sobre os tolos e é exatamente isto que são os “líderes” que exercem liderança com insensatez. Observando a vida destes “líderes” fica claro que a sua principal característica é o orgulho. Tanto dos maus líderes quanto dos que os indicaram para a função. A Palavra nos ensina também que o orgulho é um dos maiores pecados que uma pessoa pode carregar em sua vida e dificílimo de ser curado. Ou vocês acham que é sem razão que a Escritura diz que o Espírito que ele fez habitar em nós tem fortes ciúmes? Mas ele nos concede graça maior. Por isso diz a Escritura: "Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes". Portanto, submetam-se a Deus. Resistam ao diabo, e ele fugirá de vocês. Tiago 4:5-7 O orgulho é um grande erro que faz com que o Espírito Santo se afaste da pessoa, mas a humildade atrai a presença e manifestação do Espírito. A maneira de se livrar deste mal é se submeter à vontade de Deus com humildade, pois o orgulho é uma das principais armadilhas do Diabo. Vejamos agora outro exemplo do erro acompanhado da solução: O orgulho de vocês não é bom. Vocês não sabem que um pouco de fermento faz toda a massa ficar fermentada? Livrem-se do fermento velho, para que sejam massa nova e sem fermento, como realmente são. Pois Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi sacrificado. 1 Coríntios 5:6,7 O único exemplo de liderança perfeita é o próprio Senhor Jesus. Nos últimos momentos de seu ministério, o Senhor nos deu a grande lição que deveria ser base para qualquer pessoa que se envolve com funções de liderança: Um pouco antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que havia chegado o tempo em que deixaria este mundo e iria para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amouos até o fim. Estava sendo servido o jantar, e o diabo já havia induzido Judas Iscariotes, filho de Simão, a trair Jesus. Jesus sabia que o Pai havia colocado todas as coisas debaixo do seu poder, e que viera de Deus e estava voltando para Deus; assim, levantou-se da mesa, tirou sua capa e colocou uma toalha em volta da cintura. Depois disso, derramou água numa bacia e começou a lavar os pés dos seus discípulos, enxugando-os com a toalha que estava em sua cintura. Chegou-se a Simão Pedro, que lhe disse: "Senhor, vais lavar os meus pés? " Respondeu Jesus: "Você não compreende agora o que estou lhe fazendo; mais tarde, porém, entenderá". Disse Pedro: "Não; nunca lavarás os meus pés". Jesus respondeu: "Se eu não os lavar, você não terá parte comigo". Respondeu Simão Pedro: "Então, Senhor, não apenas os meus pés, mas também as minhas mãos e a minha cabeça! " Respondeu Jesus: "Quem já se banhou precisa apenas lavar os pés; todo o seu corpo está limpo. Vocês estão limpos, mas nem todos". Pois ele sabia quem iria traí-lo, e por isso disse que nem todos estavam limpos. Quando terminou de lavar-lhes os pés, Jesus tornou a vestir sua capa e voltou ao seu lugar. Então lhes perguntou: "Vocês entendem o que lhes fiz? Vocês me chamam ‘Mestre’ e ‘Senhor’, e com razão, pois eu o sou. Pois bem, se eu, sendo Senhor e Mestre de vocês, lavei-lhes os pés, vocês também devem lavar os pés uns dos outros. Eu lhes dei o exemplo, para que vocês façam como lhes fiz. Digo-lhes verdadeiramente que nenhum escravo é maior do que o seu senhor, como também nenhum mensageiro é maior do que aquele que o enviou. Agora que vocês sabem estas coisas, felizes serão se as praticarem". João 13:1-17 Intercessão de hoje: Que o Senhor qualifique e guie líderes conforme a Sua vontade. Que a Igreja cresça guiada por bons exemplos de fé, dedicação e amor. Que se cumpra na vida dos líderes o que está em João 13:17 Agora que vocês sabem estas coisas, felizes serão se as praticarem". João 13:17 Exército de Deus Parte 09 A proposta de paz Quando vocês avançarem para atacar uma cidade, enviem-lhe primeiro uma proposta de paz. Se os seus habitantes aceitarem, e abrirem suas portas, serão seus escravos e se sujeitarão a trabalhos forçados. Mas se eles recusarem a paz e entrarem em guerra contra vocês, sitiem a cidade. Quando o Senhor, o seu Deus, entregá-la em suas mãos, matem ao fio da espada todos os homens que nela houver. Mas as mulheres, as crianças, os rebanhos e tudo o que acharem na cidade, será de vocês; vocês poderão ficar com os despojos dos seus inimigos dados pelo Senhor, o seu Deus. É assim que vocês tratarão todas as cidades distantes que não pertencem às nações vizinhas de vocês. Deuteronômio 20:10-15 Finalmente chegamos à batalha propriamente dita. Quando o Senhor entra nesta parte, onde será apresentada a maneira de agir no campo de batalha, são apresentados tratamentos diferenciados, conforme o tipo de cidade onde a batalha se desenrolaria. Se fossem cidades distantes, haveria um tratamento e se fossem as cidades pertencentes à terra que o Senhor estaria dando por possessão ao Seu povo, o tratamento seria bem diferente. Na dispensação da Lei, as batalhas contra as cidades distantes tratava-se de seguir o caminho devido até chegar em Canaã e eliminar os obstáculos que atrapalhavam o cumprimento deste objetivo. As batalhas contra as cidades de possessão tratava-se do cumprimento da promessa feita por Deus ao seu servo Abrão: Então o Senhor disse a Abrão: "Saia da sua terra, do meio dos seus parentes e da casa de seu pai, e vá para a terra que eu lhe mostrarei. Gênesis 12:1 Abrão atravessou a terra até o lugar do Carvalho de Moré, em Siquém. Naquela época os cananeus habitavam essa terra. O Senhor apareceu a Abrão e disse: "À sua descendência darei esta terra". Abrão construiu ali um altar dedicado ao Senhor, que lhe havia aparecido. Gênesis 12:6,7 Trazendo esta parte da Lei sobre as guerras para a dispensação da Graça, teremos a diferenciação entre os níveis da batalha entre as trevas e a luz. Nesta reflexão, veremos o primeiro nível, representado na Lei pelas cidades distantes e posteriormente, veremos a representação das cidades de possessão. É interessante notar como a ordem destes níveis de batalha é apresentado na Lei de maneira inversa ao que deve ser praticado na Graça, mas como estamos seguindo a sequência do texto da Lei, vamos falar primeiramente sobre as cidades distantes. Primeiramente vamos nos recordar de quem é o inimigo na dispensação da Graça. Mesmo sendo de conhecimento geral, é bom sempre reler este texto para enraizar esta verdade em nosso coração: pois a nossa luta não é contra pessoas, mas contra os poderes e autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais. Efésios 6:12 À luz do que Paulo nos revela sobre o verdadeiro inimigo, a proposta de paz que deve ser feita durante o cerco às cidades distantes é figura da evangelização. Neste contexto, cidade distante significa pessoas que estão afastadas espiritualmente de Deus por causa do pecado. A partir destas revelações, o restante do texto se descortina aos nossos olhos de maneira emocionante. Sempre que temos a oportunidade de falar com uma pessoa e apresentar-lhe o evangelho, devemos ter em nosso coração esta disposição de primeiramente declarar a paz, isto é, apresentar o amor de Deus revelado na cruz da maneira mais simples e direta possível. Se a pessoa continuar resistindo poderemos mudar o rumo da conversa e então, entrar no assunto mais duro, que é a confrontação entre a justiça, o juízo e o amor. Se a proposta de paz não surtir efeito, pedimos orientação ao Espírito Santo sobre o que está prendendo esta pessoa e evitando que aceite o amor de Cristo. Isto é o que creio que realmente significa ser espiritual: Depender do Espírito Santo em toda e qualquer situação. Sempre que a mensagem da cruz é rejeitada, sabemos que há forças contrarias operando para que a verdade não penetre. É a batalha entre luz e trevas e então, pela revelação do Espírito Santo, atacamos o ponto certo, derrubando qualquer empecilho à verdade e assim, teremos o imenso prazer de presenciar a libertação. Se o(a) amado(a) leitor(a) tem alguma reserva sobre isto, aguarde a próxima reflexão, sobre as cidades de possessão e este assunto será tratado com mais detalhes. Orem também por mim, para que, quando eu falar, seja-me dada a mensagem a fim de que, destemidamente, torne conhecido o mistério do evangelho, pelo qual sou embaixador preso em correntes. Orem para que, permanecendo nele, eu fale com coragem, como me cumpre fazer. Efésios 6:19,20 O Apóstolo nos dá aqui um pequeno guia de como evangelizar: Primeiramente, estando debaixo das orações da Igreja. Segundo, quando ele diz quando eu falar, seja-me dada a mensagem, está se declarando dependente do Espírito Santo parta poder falar o que é necessário em cada ocasião. Em terceiro lugar, Orem para que, permanecendo nele, eu fale. Só poderemos falar dos mistérios do evangelho de Cristo, se permanecermos nEle. Veja o que o próprio Senhor nos diz: Eu sou a videira; vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma. João 15:5 A sequência do texto sobre as cidades distantes nos fala sobre a integração e o discipulado das pessoas que evangelizamos e ajudamos a se reconciliarem com Deus através de Cristo. Se os seus habitantes aceitarem, e abrirem suas portas, serão seus escravos e se sujeitarão a trabalhos forçados. Deuteronômio 20:11 Preste atenção na sequência: aceitar é um passo e abrir a porta é outro. Quando o Senhor comissionou a Igreja para a realização de Sua obra, Ele nos falou sobre isto: Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos". Mateus 28:19,20 Quando uma pessoa aceita a mensagem e passa a crer em Jesus como Senhor e Salvador, está dando apenas o primeiro passo. Após isto, a Igreja deve se empenhar em cumprir o que o Senhor diz acima. Fazer discípulos, batizar e ensinar tudo o que foi ordenado. Este é o passo que está entre aceitar e abrir a porta, conforme o Senhor diz: Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei com ele, e ele comigo. Apocalipse 3:20 O discipulado, batismo e ensino é o que fará com que o novo decidido reconheça a voz daquele que bate e então abra e sente-se à mesa com Ele. Foi o Senhor Jesus quem deu estas instruções ao Apóstolo João, mas sabemos pela Palavra que Deus habita no coração do Cristão através do Espírito Santo: Respondeu Jesus: "Se alguém me ama, guardará a minha palavra. Meu Pai o amará, nós viremos a ele e faremos nele morada. João 14:23 Nele vocês também estão sendo juntamente edificados, para se tornarem morada de Deus por seu Espírito. Efésios 2:22 A comunhão com a Igreja possibilitará o crescimento do novo crente e assim, será concedido a este que seja cheio do Espírito e avance no conhecimento da verdade. Quando não há esta sequência por parte da Igreja, dificilmente as pessoas permanecem, logo voltando a habitar na cidade distante e se esquecendo de Deus. A vida diária de todos os cristão deve ser exemplo para os novatos e assim, o Senhor será glorificado através de Seu povo e não haverá tantas desistências. Veja neste texto a seguir como deve ser nossa vida diária e o exemplo que devemos passar como Sal da Terra e Luz do Mundo: Finalmente, irmãos, tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas. Tudo o que vocês aprenderam, receberam, ouviram e viram em mim, ponhamno em prática. E o Deus da paz estará com vocês. Filipenses 4:8,9 O restante do texto sobre as cidades distantes fala sobre a comunhão de bens que havia na Igreja primitiva mas não vemos e creio que só veremos quando o Senhor enviar um grande avivamento: Todos os que criam mantinham-se unidos e tinham tudo em comum. Vendendo suas propriedades e bens, distribuíam a cada um conforme a sua necessidade. Todos os dias, continuavam a reunir-se no pátio do templo. Partiam o pão em suas casas, e juntos participavam das refeições, com alegria e sinceridade de coração, louvando a Deus e tendo a simpatia de todo o povo. E o Senhor lhes acrescentava todos os dias os que iam sendo salvos. Atos 2:44-47 Intercessão de hoje: Dá-nos direção para a pregação do evangelho, o discipulado e a integração dos novos crentes. Ensina-nos a viver em comunhão e a partir o pão. Exército de Deus Parte 10 Luz nas trevas Contudo, nas cidades das nações que o Senhor, o seu Deus, lhes dá por herança, não deixem vivo nenhuma alma. Conforme a ordem do Senhor, o seu Deus, destruam totalmente os hititas, os amorreus, os cananeus, os ferezeus, os heveus e os jebuseus. Se não, eles os ensinarão a praticar todas as coisas repugnantes que eles fazem quando adoram os seus deuses, e vocês pecarão contra o Senhor, contra o seu Deus. Deuteronômio 20:16-18 Nas reflexões anteriores, vimos a preparação do exército e a tomada das cidades distantes. Agora veremos a batalha mais importante que o Senhor nos convoca a participar. A batalha da luz contra as trevas Muitos perguntam qual a diferença entre oração e intercessão e espero que esta reflexão possa ajudar no entendimento desta tarefa tão importante e mal compreendida que é a batalha espiritual. Orar é apresentar a Deus tudo o que está em nossos corações, sem restrições ou máscaras. Podemos apresentar nossos anseios particulares, ou os anseios que percebemos em outras pessoas. Mesmo sendo mais apropriadamente chamada de oração intercessora, há grande diferença entre orar e interceder. Para começar, vamos ver as definições de um dicionário online comum: 1. Oração Significado de Oração Por Éllen (SP) em 27-01-2010 Aproximação da pessoa a Deus por meio de palavras ou pensamento. Inclui confissão, adoração, comunhão, gratidão, petição pessoal e intercessão pelos outros. Invocar o nome do Senhor (Gn 4.26), clamar ao Senhor (Sl3.4), levantar nossa alma ao Senhor (Sl 25.1), buscar ao Senhor (Is 55.6), aproximar-se do trono da graça com confiança (Hb 4.16) e chegar perto de Deus (Hb 10.22). http://www.dicionarioinformal.com.br/ora%C3%A7%C3%A3o/ 1. Interceder Significado de Interceder Por Dicionário inFormal (SP) em 20-11-2011 Interceder é colocar-se no lugar de outro e pleitear a sua causa, como se fora sua própria. É estar entre Deus e os homens, a favor destes, tomando seu lugar e sentindo sua necessidade de tal maneira que luta em oração até a vitória na vida daquele por quem intercede. Por favor, interceda por mim http://www.dicionarioinformal.com.br/interceder/ Nestas definições simples, podemos ver que a intercessão vai além da oração, não apenas apresentando uma petição, mas se colocando no lugar de outra pessoa e sentindo suas dores e anseios como se fossem realmente nossos. Quando apenas oramos por outras pessoas, nem sempre podemos chamar de intercessão. Interceder não é apenas fazer petições. É sentir uma ligação sobrenatural com a pessoa que estamos representando que somente o Espírito Santo pode nos conceder. Nesta reflexão, em especial, veremos um objetivo de intercessão que vai além de pleitear causas de pessoas em particular. Nesta situação representada pelas cidades de possessão, o alvo não são apenas as pessoas e sim, o que Deus revelou através do Apóstolo Paulo. Finalmente sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do Diabo; pois não temos que lutar contra carne e sangue, mas contra os principados, contra os poderes, contra os governadores do mundo destas trevas, contra as hostes espirituais da iniqüidade nas regiões celestes. Efésios 6:10-12 Muitos dão tanta ênfase à descrição da armadura que se esquecem de analisar qual o motivo real de se necessitar algo tão poderoso quanto armas espirituais vindas diretamente de Deus. As cidades distantes representam as pessoas para quem devemos levar a mensagem de Paz em Cristo e as cidades de possessão representam as forças de que Paulo fala em Efésios 6:10-12. Na Lei, a possessão está depois da paz, mas na Graça, é necessário primeiramente tomas posse para depois declarar a Paz. Esta figuração das cidades é maravilhosamente didática no aprendizado sobre a batalha espiritual para a qual o Senhor nos chama. A convocação, em Dt 20, era para todos os homens em idade suficiente para a batalha, mas os oficiais puseram todos à prova, quando falaram sobre a dedicação da casa nova, o desfrute da vinha, a consumação do casamento e o medo. Com isto, vimos que as provas apresentadas anteriormente, nos dizem que há muitos chamados e poucos escolhidos: "Pois muitos são chamados, mas poucos são escolhidos". Mateus 22:14 Uma vez escolhidos para participar da batalha, devemos compreender que estes dois tipos de cidades representam o mundo dominado pelo Império das Trevas e que devemos declarar guerra em nome do Reino de Deus. Império e Reino são duas formas de governo totalmente diferentes. Um império se caracteriza pelo domínio de terras e povos pela força, invadindo e escravizando, com o intuito de explorar riquezas, enquanto um reino se caracteriza pela administração com intenção do bem estar de seus integrantes. O Senhor nos libertou e espera de nós que participemos da libertação de outros que estão escravizados: Pois ele nos resgatou do domínio das trevas e nos transportou para o Reino do seu Filho amado, em quem temos a redenção, a saber, o perdão dos pecados. Colossenses 1:13,14 Antes de declarar a Paz de Deus para as pessoas, devemos batalhar contra as forças imperiais que mantém estas pessoas cativas. O Senhor iniciou este trabalho e nos deixou a ordem de dar continuidade. Para isto, enviou o mesmo Espírito que estava com Ele durante todo o tempo que curava, expulsava demônios, operava maravilhas e libertava o povo: Tendo terminado todas essas tentações, o diabo o deixou até ocasião oportuna. Jesus voltou para a Galiléia no poder do Espírito, e por toda aquela região se espalhou a sua fama. Ensinava nas sinagogas, e todos o elogiavam. Ele foi a Nazaré, onde havia sido criado, e no dia de sábado entrou na sinagoga, como era seu costume. E levantou-se para ler. Foi-lhe entregue o livro do profeta Isaías. Abriu-o e encontrou o lugar onde está escrito: "O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para pregar boas novas aos pobres. Ele me enviou para proclamar liberdade aos presos e recuperação da vista aos cegos, para libertar os oprimidos e proclamar o ano da graça do Senhor". Então ele fechou o livro, devolveu-o ao assistente e assentou-se. Na sinagoga todos tinham os olhos fitos nele; e ele começou a dizer-lhes: "Hoje se cumpriu a Escritura que vocês acabaram de ouvir". Lucas 4:13-21 Este é o poder que opera através da Igreja e que está disponível primeiramente para derrotar as forças espirituais que prendem as pessoas e depois nos capacitar para o evangelismo. Somente vivendo na dependência do Espírito Santo, assim como Jesus vivia, seremos eficazes nestas duas formas de batalha. Destronar os principados das trevas e declarar a Paz são dois lados da mesma batalha que se apresenta para todos os que são aprovados pelo General, que é Cristo. Somos um exército na terra mas temos acesso direto às regiões celestiais pois o próprio Senhor dos Exércitos nos dá este acesso. Abram-se, ó portais; abram-se, ó portas antigas, para que o Rei da glória entre. Quem é o Rei da glória? O Senhor forte e valente, o Senhor valente nas guerras. Abram-se, ó portais; abram-se, ó portas antigas, para que o Rei da glória entre. Quem é esse Rei da glória? O Senhor dos Exércitos; ele é o Rei da glória! Salmos 24:7-10 O Senhor está assentado nas regiões celestiais de que Paulo fala em Efésios e nos transportou para lá quando nos alistou e escolheu para a batalha: Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo. Efésios 1:3 Esse poder ele exerceu em Cristo, ressuscitando-o dos mortos e fazendo-o assentar-se à sua direita, nas regiões celestiais, Efésios 1:20 Deus nos ressuscitou com Cristo e com ele nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus, Efésios 2:6 Nos tempos da Antiga Aliança, os exércitos de anjos de Deus sempre estavam presentes nas ocasiões em que era necessária a intervenção divina e isto foi registrado para edificação de nossa fé: O profeta respondeu: "Não tenha medo. Aqueles que estão conosco são mais numerosos do que eles". E Eliseu orou: "Senhor, abre os olhos dele para que veja". Então o Senhor abriu os olhos do rapaz, que olhou e viu as colinas cheias de cavalos e carros de fogo ao redor de Eliseu. 2 Reis 6:16,17 Na Nova Aliança, temos participação nas batalhas juntamente com estes exércitos. Quando nos apresentamos para a batalha da fé como intercessores aqui no plano terreno, os exércitos de anjos entram nesta mesma batalha no plano celestial. É desta forma que os poderes das potestades espirituais das trevas são derrotados e temos o caminho livre para declarar a Paz na terra. A oração que o Senhor nos ensinou declara esta maravilha: Vocês, orem assim: ‘Pai nosso, que estás nos céus! Santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. Mateus 6:9,10 A batalha nas regiões celestiais santifica o Nome do Pai perante os inimigos e, desta forma, é liberado o Reino e a vontade de Deus, que é a salvação dos homens, primeiramente derrotando as forças espirituais das trevas e depois decretando a Paz. Antes de tudo, recomendo que se façam súplicas, orações, intercessões e ação de graças por todos os homens; pelos reis e por todos os que exercem autoridade, para que tenhamos uma vida tranquila e pacífica, com toda a piedade e dignidade. Isso é bom e agradável perante Deus, nosso Salvador, que deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade. 1 Timóteo 2:1-4 Intercessão de hoje Que a cada dia o exército de intercessores cresça em quantidade e poder de Deus, para que o Reino de Deus seja expandido e Seu nome seja Santificado. Exército de Deus Parte 11 Dêem fruto que mostre o arrependimento! Quando sitiarem uma cidade por um longo período, lutando contra ela para conquistá-la, não destruam as árvores dessa cidade a golpes de machado, pois vocês poderão comer as suas frutas. Não as derrubem. Por acaso as árvores são gente, para que vocês as sitiem? Entretanto, poderão derrubar as árvores que vocês sabem que não são frutíferas, para utilizá-las em obras que ajudem o cerco, até que caia a cidade que está em guerra contra vocês. Deuteronômio 20:19,20 Chegamos ao último ponto da Lei sobre as guerras e nos fala sobre árvores que dão ou não dão frutos: O machado já está posto à raiz das árvores, e toda árvore que não der bom fruto será cortada e lançada ao fogo. Mateus 3:10 Quando penso em sitiar uma cidade por longo período, me lembro do trabalho de João Batista, preparando o caminho para a chegada do Messias. Certamente este foi o cerco mais importante da história, pois foi o elo entre a Antiga e a Nova Alianças, quando Deus começou a derrubar o sistema religioso corrompido e dar início ao novo sistema que seria perfeito e eterno. Este cerco teve início com as promessas mais objetivas que Deus apresentou através de Isaías, 700 anos antes dos fatos relatados nos evangelhos e começou efetivamente com o nascimento de João Batista. Digo que começou, pois as potestades presenciaram os atos milagrosos relativos aos nascimentos tanto de João Batista quanto de seu primo Jesus. A partir da promessa que o anjo Gabriel veio trazer ao sacerdote Zacarias, pai de João, as trevas e a luz deram início à batalha. Este sacerdote estava há muito tempo orando por um filho, mas quando recebeu a resposta de suas orações, seu coração foi dominado pela armadilha do medo. O cerco estava instalado e as trevas já davam início aos seus atos perversos, laçando o coração de Zacarias, mas a promessa vinha diretamente de Deus e não seria revogada por uma seta maligna. Zacarias e sua esposa enfrentaram dificuldades por sua pequena fé, mas o menino nasceu e cresceu dentro dos plano de Deus e o cerco foi se fechando contra Israel e seu sistema religioso falido. O primeiro golpe que o Senhor deu contra a religiosidade foi o batismo de arrependimento, para remissão dos pecados. Até aqueles dias, os sacerdotes se lavavam para santificação e então, realizavam as cerimonias para arrependimento do povo. Agora, o próprio povo estava se arrependendo pela pregação de um profeta aparentemente desqualificado e se lavando nas águas do Rio Jordão. Certamente que não foi por coincidência que a lepra de um general gentio foi lavada e curada neste mesmo rio, na época dos Reis. As potestades que prendiam Israel certamente eram incontáveis, mas isto não era motivo de medo para João Batista. Mesmo pertencendo à linhagem sacerdotal, João preferiu cumprir seu ofício totalmente fora dos padrões religiosos e, mesmo assim ou quem sabe exatamente por isto, atraia multidões com seus ensinamentos duros e inovadores: João dizia às multidões que saíam para serem batizadas por ele: "Raça de víboras! Quem lhes deu a idéia de fugir da ira que se aproxima? Dêem frutos que mostrem o arrependimento. E não comecem a dizer a si mesmos: ‘Abraão é nosso pai’. Pois eu lhes digo que destas pedras Deus pode fazer surgir filhos a Abraão. O machado já está posto à raiz das árvores, e toda árvore que não der bom fruto será cortada e lançada ao fogo". "O que devemos fazer então? ", perguntavam as multidões. João respondia: "Quem tem duas túnicas reparta-as com quem não tem nenhuma; e quem tem comida faça o mesmo". Lucas 3:7-11 Isto era totalmente fora dos padrões religiosos e estava causando grande alvoroço, dando início prático à queda do sistema falido. Mais ou menos trinta anos antes, poucos meses de diferença do nascimento de João Batista, o nascimento de outro menino trazia grande confusão ao império das trevas. Um anjo do Senhor aparecera a um grupo de pastores e anunciara a chegada do Salvador: Havia pastores que estavam nos campos próximos e durante a noite tomavam conta dos seus rebanhos. E aconteceu que um anjo do Senhor apareceu-lhes e a glória do Senhor resplandeceu ao redor deles; e ficaram aterrorizados. Mas o anjo lhes disse: "Não tenham medo. Estou lhes trazendo boas novas de grande alegria, que são para todo o povo: Hoje, na cidade de Davi, lhes nasceu o Salvador que é Cristo, o Senhor. Isto lhes servirá de sinal: encontrarão o bebê envolto em panos e deitado numa manjedoura". De repente, uma grande multidão do exército celestial apareceu com o anjo, louvando a Deus e dizendo: "Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens aos quais ele concede o seu favor". Quando os anjos os deixaram e foram para o céu, os pastores disseram uns aos outros: "Vamos a Belém, e vejamos isso que aconteceu, e que o Senhor nos deu a conhecer". Então correram para lá e encontraram Maria e José, e o bebê deitado na manjedoura. Depois de o verem, contaram a todos o que lhes fora dito a respeito daquele menino, e todos os que ouviram o que os pastores diziam ficaram admirados. Lucas 2:8-18 Se todos ficaram admirados, imagine os seres das trevas, que acompanhavam tudo aterrorizados. Não tinham muita noção do que estava acontecendo, mas tinham certeza de que, se Deus estava se manifestando através do anjo Gabriel, algo grandioso estava por vir. Deus havia enviado à terra de Israel uma marreta para destruir as obras do Diabo. Primeiro através de anjos que anunciaram os dois nascimentos mais importantes da história da humanidade e alguns anos depois, a marreta foi entregue nas mãos duras e firmes de João Batista. Na região do Jordão, este grande profeta rodava a marreta no ar e desferia duros golpes contra a religiosidade e a corrupção. Quando tudo parecia ir muito mal para o Império, chegava a hora da marreta mudar de mãos. Enquanto batizava alguns judeus arrependidos, alguém muito especial estava entre eles sendo batizado: Quando todo o povo estava sendo batizado, também Jesus o foi. E, enquanto ele estava orando, o céu se abriu e o Espírito Santo desceu sobre ele em forma corpórea, como pomba. Então veio do céu uma voz: "Tu és o meu Filho amado; em ti me agrado". Lucas 3:21,22 Fico imaginando o pânico que se instalou entre as trevas. Todas as tentativas de evitar este dia haviam falhado e eles teriam de enfrentar o Filho de Deus numa batalha pessoal. Jesus tomou posse da marreta e foi levado pelo Espírito Santo ao deserto, onde desferiu três golpes que deixaram o Diabo atordoado. Nas mesmas provas que o primeiro Adão havia falhado, o segundo Adão golpeou o Diabo fortemente e, com estas três marretadas certeiras, instituiu o Reino de Deus mesmo em meio ao império das trevas. A partir deste dia, foram três longos anos de marretadas poderosas contra todas as potestades que dominavam Israel e consequentemente toda a humanidade. Mesmo enquanto destruía as potestades de Israel, o Senhor não perdia oportunidades de dar umas marretadas nas potestades dos outros povos que estavam por ali. Foi assim com a mulher sírio-fenícia, onde a potestade do orgulho, mais conhecida como Leviatã, foi expulsa novamente com três marretadas: Saindo daquele lugar, Jesus retirou-se para a região de Tiro e de Sidom. Uma mulher cananéia, natural dali, veio a ele, gritando: "Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de mim! Minha filha está endemoninhada e está sofrendo muito". Mas Jesus não lhe respondeu palavra. Então seus discípulos se aproximaram dele e pediram: "Manda-a embora, pois vem gritando atrás de nós". Ele respondeu: "Eu fui enviado apenas às ovelhas perdidas de Israel". A mulher veio, adorou-o de joelhos e disse: "Senhor, ajuda-me! " Ele respondeu: "Não é certo tirar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos". Disse ela, porém: "Sim, Senhor, mas até os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos". Jesus respondeu: "Mulher, grande é a sua fé! Seja conforme você deseja". E naquele mesmo instante a sua filha foi curada. Mateus 15:21-28 A primeira marretada contra o orgulho foi quando o Senhor ignorou o apelo daquela mulher. A segunda, foi quando o Metre ignorou o pedido dos discípulos, discriminando aquela gentia. Logo em seguida, veio a terceira e mais dura pancada, quando a fé sobrepujou totalmente ao orgulho e, mesmo ouvindo a ofensa que os judeus usavam como maior humilhação possível contra um descendente de Cã, ela aceitou a ofensa e continuou se humilhando. A potestade do orgulho foi expulsa e a cura foi liberada. Se ficaram dúvidas sobre a potestade do orgulho, leia o capítulo 41 do livro de Jó. Estes dois versículos resumem a situação, mas fica mais claro com a leitura completa: "Você consegue pescar com anzol o leviatã ou prender sua língua com uma corda? Jó 41:1 Com desdém olha todos os altivos; reina soberano sobre todos os orgulhosos". Jó 41:34 Em outra ocasião, o ataque da marreta foi contra a potestade da região de Samaria, mais conhecida como Baal. O texto sobre esta batalha está no evangelho de João, Capítulo 4, versos 1 até 42. O povo desta região vivia na idolatria e feitiçaria, sendo odiado e totalmente isolado pelos Judeus. Jesus iniciou quebrando regras, desde falar com uma mulher até dar atenção a um samaritano. O diálogo envolveu a quebra da própria religiosidade judaica, revelando que a verdadeira adoração vinha do coração e não da religiosidade, do Templo ou dos padrões sacerdotais. Além destes golpes, a marreta fez mais estragos, revelando a situação da vida errônea que aquela mulher levava e fazendo com que as barreiras caíssem e a revelação da Glória do Senhor invadisse seu coração. Após quebrar a força da potestade, o Senhor pode declarar a Paz naquela região e o Reino de Deus se estabeleceu ali, entre os samaritanos. A leitura dos evangelhos nos trazem uma grande quantidade de milagres, maravilhas, curas, libertações, etc, sempre estrategicamente inspiradas pelo Espírito Santo para que possamos seguir o caminho da queda das potestades até chegar à morte e ressurreição. Na cruz, foi consumado o sacrifício perfeito, destruindo o pecado e trazendo a salvação. Na ressurreição, a morte foi vencida, garantindo a vida eterna mediante a fé. Quando, porém, o que é corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal, de imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: "A morte foi destruída pela vitória". "Onde está, ó morte, a sua vitória? Onde está, ó morte, o seu aguilhão? " 1 Coríntios 15:54,55 Sitiar Israel durou um longo período, mas foram encontradas muitas árvores que davam frutos, pois foram estes que espalharam o evangelho por todo o mundo, pois ao terminar o trabalho com a marreta, o Senhor a enviou para Sua Igreja juntamente com o Espírito Santo. Desde o primeiro dia de Pentecostes após a ressurreição do Cristo, a Igreja peregrina pelo mundo brandindo a marreta contra toda a obra do Diabo. Após a consumação da obra de Cristo, a Igreja assumiu a obra de sitiar o mundo e esta figura dos frutos passou a ter um significado muito superior: “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que, estando em mim, não dá fruto, ele corta; e todo que dá fruto ele poda, para que dê mais fruto ainda. Vocês já estão limpos, pela palavra que lhes tenho falado. Permaneçam em mim, e eu permanecerei em vocês. Nenhum ramo pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira. Vocês também não podem dar fruto, se não permanecerem em mim. “Eu sou a videira; vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma. Se alguém não permanecer em mim, será como o ramo que é jogado fora e seca. Tais ramos são apanhados, lançados ao fogo e queimados. João 15:1-6 Intercessão de hoje: Que o Senhor nos ensine e direcione para distribuir golpes de marreta contra toda a obra do Diabo e destronar as potestades, expandindo o Reino de Deus até os confins da terra. Ó Brasil, eu coloquei vigias sobre os seus muros. Eles vão orar a Deus sem parar, pedindo que Ele cumpra suas promessas. Vocês, vigias, orem sem parar, não se entreguem ao repouso, não lhe deem descanso até Ele firmar o Brasil e torná-lo famoso e respeitado por toda a terra. Isaías 62:6-7 Marcelo Tristão de Souza Min. Ap. Koinonia Guamaré/RN Compartilhando O amor de Deus Blogger http://intercedendoporamor.blogspot.com.br/ Google+ https://plus.google.com/u/0/communities/111772603467538629114 Facebook https://www.facebook.com/intercedendoporamor