ÚLTIMA COLÔNIA AFRICANA: UM CONFLITO GEOPOLÍTICO Dante Severo Giudice Prof. Dr. IFCH/UCSAL Curso de Geografia Líder do GEPOGEO1 Pesquisador GEOPLAN2 [email protected] Michele Paiva Pereira Licencianda em Geografia pela Ucsal Membro Pesquisador do GEPOGEO¹ [email protected] Mariana de Oliveira Santana Licencianda em Geografia pela Ucsal Membro Pesquisador do GEPOGEO¹ [email protected] RESUMO A geopolítica africana se caracteriza pelos eternos conflitos, resultantes da delimitação de fronteiras arbitrárias pelos colonizadores europeus, na Conferência de 1885. No norte da África situa-se a última colônia no continente, o Saara Ocidental, onde se desenrola a mais de 40 anos, um conflito Geopolítico, que foi deflagrado, quando o Marrocos se apoderou e mantém o controle, até os dias atuais, da maior parte do território da ex-colônia espanhola, sem aparente grandes protestos da comunidade internacional. O território em Estudo está situado na costa noroeste da África, limitando-se com o Marrocos à norte, a leste com a Argélia, e ao sul e leste com a Mauritânia. Era ocupado por nômades-pastoris quando a Espanha tornou uma província de ultramar e incentivou a sua urbanização. No rastro das independências pós Segunda Guerra Mundial, também se iniciaram os movimentos locais neste sentido, o que culminou com a retirada da Espanha, na década de 1970, cedendo sua administração ao Marrocos e a Mauritânia que terminaram entrando em conflito, o que resultou na retirada desta última do território. No bojo desses acontecimentos foram organizados movimentos nacionalistas, dentre eles a Frente Popular de Libertação de Saguia e El-Hamra e Rio de Oro - POLISARIO, que mantém o conflito, mas sem conseguir apoio da comunidade internacional. Assim o objetivo deste artigo é analisar o contexto geopolítico deste fato, utilizando para a pesquisa consulta bibliográfica e documental. Evidencia-se que provavelmente o pano de fundo da questão é o interesse econômico, com base no monopólio de produção de fosfato que anda em crise de escassez no mundo, e essa anexação de ⅔ do território do Saara Ocidental, tornaria o Marrocos, senão o maior produtor, mas o país com maior reserva do bem mineral. Palavras chaves: Geopolítica, Marrocos, Saara Ocidental, Fosfato. 1 2 Grupo de Estudo e Pesquisa em Geografia Política e Geopolítica da Universidade Católica do Salvador. Grupo de Pesquisa em Geoecologia e Planejamento Territorial da Universidade Federal de Sergipe. RESUMEN La geopolítica africana se caracteriza por el eterno conflicto resultante de la delimitación arbitraria de límites por los colonizadores europeos en 1885. Conferencia En el norte de África se encuentra la última colonia en el continente, el Sahara Occidental, que se desarrolla más de 40 años, un conflicto geopolítico, que se activa cuando Marruecos tomó el control y se mantiene hasta la actualidad, la mayor parte del territorio de la antigua colonia española, sin grandes protestas aparentes de la comunidad internacional. La zona de estudio se encuentra en la costa noroeste de África, en la frontera con Marruecos, al norte, al este con Argelia y al sur y al este con Mauritania. Fue ocupada por los pastores nómadas, cuando España se convirtió en una provincia de ultramar y animó a su urbanización. Como consecuencia de la independencia después de la Segunda Guerra Mundial también comenzó los movimientos locales en esta dirección, lo que llevó a la retirada de España en la década de 1970, dando su administración a Marruecos y Mauritania, que terminó en conflicto, lo que resulta en retirada del territorio de esta última. En medio de estos eventos fueron organizados los movimientos nacionalistas, entre ellos el Frente Popular para la Liberación de Saguia el Hamra y Río de Oro y - POLISARIO, que mantiene el conflicto, pero sin conseguir el apoyo de la comunidad internacional. Así que el propósito de este artículo es analizar el contexto geopolítico de este hecho, mediante la consulta de búsqueda bibliográfica y documental. está claro que probablemente la pregunta telón de fondo es el interés económico, basado en el monopolio de la producción de fosfato en pie crisis de escasez en el mundo, y que la anexión de 2/3 del territorio del Sahara Occidental, haría que Marruecos, pero el productor más grande, pero el país con las mayores reservas del mineral así. Palabras clave: Geopolítica, Marruecos, Sahara Occidental, Fosfato. ABSTRACT African geopolitics is characterized by endless conflicts resulting from the delimitation of arbitrary borders by European settlers at the Conference of 1885. In North Africa lies the last settlement on the continent, the Western Sahara, where it has been going on for more than 40 years, A Geopolitical conflict that was triggered when Morocco seized and retained control of most of the territory of the former Spanish colony until today, with no apparent great protest from the international community. The territory under study is situated on the northwest coast of Africa, bordering Morocco to the north, east to Algeria, and to the south and east to Mauritania. It was occupied by nomadic pastoralists when Spain became an overseas province and encouraged its urbanization. In the aftermath of post-World War II independence, local movements in this direction also began, culminating in the withdrawal of Spain in the 1970s, giving up its administration to Morocco and Mauritania, which ended in conflict. Withdrawal from the territory. In the midst of these events nationalist movements were organized, among them the Popular Liberation Front of Saguia and El-Hamra and Rio de Oro POLISARIO, which maintains the conflict but without the support of the international community. Thus the objective of this article is to analyze the geopolitical context of this fact, using bibliographical and documentary research. It is argued that probably the background of the issue is economic interest, based on the monopoly of phosphate production that is in crisis of scarcity in the world, and this annexation of 2/3 of the territory of Western Sahara, would make Morocco, If not the largest producer, but the country with the greatest reserve of the mineral good. Key words: Geopolitics, Morocco, Western Sahara, Phosphate. Introdução Dialogar sobre colônia requer uma compreensão que considere os vários sentidos que este termo significa: sentido político estrito, histórico, exploratório, socioeconômico, status jurídico. Os estudos de Barbosa (2012) apontam que a História da África da forma que é apresentada nos livros escolares e enciclopédias representa a forma de pensamento histórico europeu-ocidental. Tal influência permitiu uma visão muito superficial dos conflitos existentes no continente africano. Localizado na costa noroeste da África (figura 1), o Saara Ocidental era habitado por nômades quando a Espanha tomou conta dessa região e iniciou o processo de urbanização. . . Após a Segunda Guerra Mundial, ocorreram os movimentos locais de independência, com destaque para a Frente Popular de Libertação de Saguia e El-Hamra e Rio de Oro – POLISARIO. Estes movimentos, apesar dos intensos conflitos com o governo gestor, não pode impedir que a Espanha, na década de 1970 - em crise e enfraquecida - passasse a administração do Saara Ocidental para o Marrocos e a Mauritânia, ponto crucial para o início dos conflitos locais. Este estudo analisa o contexto geopolítico desse fato que vem se desenrolando e passando despercebido já que a comunidade internacional, nem a própria Organização para a Unidade Africana (OUA) tem dado importância para a questão. Para tal fim, adotou-se o percurso metodológico de pesquisa bibliográfica em artigos onde o resumo apresentasse a temática, posteriormente foi realizada a consulta documental em livros e sites. Todo o conteúdo extraído deste acervo foi debatido em oficinas de discussão com os integrantes do Grupo de Estudo e Pesquisa em Geografia Política e Geopolítica- GEPOGEO da Universidade Católica do Salvador. As oficinas de discussão foram realizadas de março a outubro de 2016 com o propósito de elencar e debater todas as possíveis motivações desses conflitos. Posteriormente, estes dados foram tabulados e utilizados na elaboração de artigos com postulação de interpretações que poderão permitir outras pesquisas. A partir de tal pesquisa, reflete-se que o principal motivo desses conflitos seja a questão econômica, uma vez que o Saara Ocidental apresenta recursos naturais importantes, como o ferro e o fosfato e que se a região foi anexada ao Marrocos, cujo o país poderá se tornar a nação com maior reserva de fosfato do mundo. Figura 1 - Localização do Saara Ocidental Fonte: http://civilizacoesafricanas.blogspot.com.br/2010/03/saara-ocidental-ultima-coloniaafricana.html. Acesso em 22 jan, 2017. A Conferência de Berlim Para compreender o atual contexto geopolítico da África é necessário fazer um retrospecto histórico a partir das grandes navegações até o contexto global atual. Desde a época das grandes navegações, este continente vem sofrendo com o neocolonialismo europeu, principalmente por Espanha e Portugal. No entanto, outros países europeus começaram a despertar interesse pelas riquezas naturais do continente que foram sendo descobertas e assim começaram uma corrida por conquista de territórios. Foi necessário realizar a Conferência de Berlim, como ficou conhecido, em 1885, onde o principal objetivo desse encontro era elaborar um conjunto de regras para a partilha da África entre as potências europeias. Uma repartição que não respeitou as culturas locais, as comunidades, a religião. Tribos inimigas foram unidas e tribos aliadas separadas, por esses fatores hoje se desencadeia uma série de conflitos locais. A independência desses países só ocorreria tardiamente no século XX, no pós Segunda Guerra Mundial. Inicialmente, o Saara Ocidental foi povoado por etnias negras e por berberes, sendo também povoado por fenícios ainda no último milênio a.C. e, posteriormente, pelos romanos. Donatti (2013) afirma que a população saaraui, é etnicamente árabeberbere, com uma pequena proporção de negros. Figura 2 - A partilha da África Fonte: https://salacristinageo.blogspot.com.br/2011/06/partilha-da-africa.html?view=flipcard. Acesso em 18 jan, 2017. De acordo com Giudice (2016), os países africanos estão sujeitos às metrópoles colonialistas, pois mesmo que independentes são influenciados por seus colonizadores. Além disso, o continente sofre com a imprensa e suas opiniões mal formadas, preconceituosas e depreciativas que cria uma ideia de que a África é um continente perdido, mas basta um pouco mais de pensamento crítico para enxergar que tudo isso é fruto de anos de colonização. É muito provável que o emergir de novas potências no continente, e a nova ordem mundial, venham modificar a composição geopolítica no continente, o que pode levar ao aumento de taxas de crescimento, como já ocorre em algumas nações, mas dificilmente conseguirão uma redução significativa nos índices de pobreza. Apesar dos inúmeros acordos de parceria econômica, com redução ou perdão das dívidas públicas, geram impasses, pois, os “remédios” podem levar a “morte dos pacientes”.Aliado a esses fatos existe a atitude preconceituosa de como se trata as questões africanas, afirmando que os problemas são fruto das “mentalidades”, sem procurar enxergar que as mazelas são fruto de anos de colonização.(GIUDICE; PEREIRA; MAIA,2016) Com o fim da Guerra Fria, o cenário geopolítico mundial e africano ganhou mudanças significativas, como exemplo a contraposição dos regimes de partido único. Para Robert (2008) “O surgimento de novas potências africanas ou estrangeiras redesenha a geopolítica do continente, deixando a esperança de uma possível redistribuição das cartas do jogo”. E tende a continuar se transformando uma vez que os africanos estão cada vez mais independentes e estreitando laços econômicos com a China. Seria agora uma nova colonização Chinesa em terras africanas!? A questão é que a China tem realizado fortes investimentos e no mundo capitalista não existe “ponto sem nó”, ou seja, há interesses políticos e econômicos envolvidos e as classes menos abastadas das necessidades cruciais não serão beneficiadas com tais investimentos, uma vez que o interesse do capital é satisfazer a necessidade da classe mais abastada, a lei do retorno. O Saara Ocidental, a Última Colônia Africana Conforme as pesquisas de Barata (2012), para a Organização das Nações Unidas, o Saara Ocidental é representado em algumas instâncias como uma ocorrência de descolonização do território colonizado por Espanha e depois ocupado por Marrocos. Já em outras, ainda na ONU, a questão é compreendida como um conflito internacional pelo domínio e soberania desse território. O ponto em comum dentro da Organização das Nações Unidas é o reconhecimento que ‘povo saaráui’ possui o direito de autodeterminação. As diversas perspectivas enxergam o conflito, principalmente nas dimensões geopolíticas e de poder. O Saara Ocidental é a última colônia do continente africano, pois ainda não alcançou sua independência e isso se deve a uma “bola de neve” que vem crescendo desde 1976, isto é, quanto os espanhóis deixaram a colônia do Saara Espanhol, por causa dos movimentos por independência do pós Segunda Guerra Mundial, cedendo sua administração ao Marrocos (Norte) e a Mauritânia (Sul). Esta Última retirou-se do território depois de ter entrado em conflito com o Marrocos. No entanto, não se trata de uma ocupação pacífica, pois o povo saaráui fizeram vários protestos e organizaram movimentos nacionalistas como a Frente Popular de Libertação de Saguia e El Hamra e Rio de Oro - POLISARIO, contra os marroquinos, que mesmo assim mantém controle do território até hoje. Em 1991, após duas décadas de guerra, a Organização das Nações Unidas (ONU) se pronunciou criando a Missão das Nações Unidas para o Referendo no Saara Ocidental (MINURSO), após várias tentativas frustradas de acordo entre a Frente Polisário e o Marrocos. O objetivo era tomar uma decisão política, ou seja, o povo que vive nessa região do Saara Ocidental deveriam votar se desejavam ser integrados ao reino do Marrocos ou se desejavam o reconhecimento e independência de um novo país. A questão é que até hoje o referendo não aconteceu, pois não foram criadas condições para tal, além de um longo e infinito discurso sobre quem deve ou não votar. O Marrocos, por sua vez, incentivou vários obstáculos para que o referendo nunca acontecesse, incluindo a “Marcha Verde” (estímulo à imigração), na tentativa de alterar os dados demográficos da população saaráui, segundo Penna Filho (2010), [...]além de ampliar o grau de exigências até o ponto de não admitir mais que na eventualidade da realização do referendo neste constasse a possibilidade de independência do território (o máximo admitido pelo monarca marroquino passou a ser uma relativa autonomia no âmbito do Reino). Apesar de o Marrocos ser acusado de violar os Direitos Humanos, segue aliado aos Estados Unidos e a França, países que são membros permanentes do conselho da ONU. Dessa forma o conflito continua sem que a ONU se “desgaste” para resolução do problema, tornando-se uma guerra esquecida no contexto internacional, inclusive pela mídia que é tão tendencioso e pouco crítico. Ao passo que o Marrocos continua com a soberania sob o Saara Ocidental. O Capital no Conflito Geopolítico Africano Destaca-se as políticas de poder, sobretudo as inspiradas pelos interesses estratégicos e geopolíticos das fortes potências mundiais, que possuem uma relativa condicionalidade neste processo histórico. A região em estudo não apresenta, segundo alguns analistas, grande variedade de recursos naturais. Sabe-se da existência de depósitos de fosfato, alguns minérios de ferro e pescaria, além da provável existência de gás e petróleo, visto que o país vizinho, a Argélia, possui grandes reservatórios desses recursos. Segundo Penna Filho (2010), “Caso se confirmem essas reservas o panorama econômico do território pode mudar substancialmente”. Apesar dessa aparente pouca diversidade de recursos, a China tem apresentado interesse sobre os minérios de ferro, para abastecer suas necessidades de expansão de economia e domínio de mercado internacional. O Marrocos, por sua vez, exerce através de uma estatal marroquina exploração da maior jazida de fosfato do mundo, na região Bucraa, produzindo em torno de 30 milhões de toneladas anualmente e 1,5 milhões de euros ao Marrocos tendo os Estados Unidos como principal importador, o que deixa subentendido o motivo dessa relação passiva dos EUA para com a questão da independência do enclave. Para Duarte (2016), o território possui grande importância devido a pesca, além de ser rico em ferro, urânio, cobre e zinco, sendo também farto em fosfato. A mina de fosfato de Bu Craa, situada ao norte do território, é considerada uma das maiores e de melhor qualidade do mundo. Figura 3 - Exploração de Fosfato em Bu craa, cidade do Saara Ocidental Fonte: https://geobancodedados.wordpress.com/2014/05/29/fosfato/. Acesso em 24 jan, 2017. Considerações Finais O território do Saara Ocidental representa uma questão difícil de solucionar, pois as acusações contra o governo marroquino de violação dos direitos humanos, invasão de território, etc., não afeta suas relações com as grandes potências mundiais França e EUA, mesmo com a existência de refugiados existente desde a década de 1980, com mais de 150.000 pessoas, vivendo em situação precária, em território argelino, nos limites daquele país com o Marrocos, Mauritânia e o próprio Saara Ocidental. Ao elencar as potencialidades deste território, a pesquisa evidenciou que o território possui além das reservas de ferro (que estão valorizadas pela demanda chinesa), há a viabilidade da existência de campo de gás e petróleo off-shore ( a vizinha Argélia possui grandes reservas), apesar de alguns analistas considerarem que o Saara Ocidental não possui diversidade de recursos. Os dados apontaram que a principal razão de conflitos na região é o interesse econômico, sendo que esta afirmativa é reforçada pelo monopólio da produção de fosfato na região de Bucraa, a maior jazida do mundo, explorada por uma estatal marroquina, com produção anual em torno de 30 milhões de toneladas com rendimento anual de 1,5 milhões de euros. Como os Estados Unidos é o principal importador, este país possui uma posição passiva em relação à independência do impasse, e a permanente falta de solução para a questão. Referências BARATA, M. J. R.C. Identidade, autodeterminação e relações internacionais: o caso do Saara Ocidental. Tese. Universidade de Coimbra, 2012, 348 f. BARBOSA, M.S. A África por ela mesma: a perspectiva africana na História Geral da áfrica (UNESCO). Tese. Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012, 208f. DUARTE, G.R. O papel da ONU no conflito do Saara Ocidental Rev. Conj. Aust. | Porto Alegre | v.7, n.33-34 | p.04-15 | dez. 2015/mar. 2016. 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