Projetos sobre população de anfíbios é apresentado na III

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Projetos sobre população de anfíbios é apresentado na III Mostra Científica do Maranhão
Escrito por Venilson Gusmão
Sex, 19 de Outubro de 2012 09:18 - Última atualização Sex, 19 de Outubro de 2012 09:45
Imagine sua casa ou plantação agrícola cheia de insetos. Os efeitos atingiriam diretamente ao
homem. Mas isso pode ser contornado se não houver degradação ambiental. Por isso, o
laboratório de Herpetologia e Ecologia Aplicada à Conservação, da Universidade Federal do
Maranhão (UFMA) está com um stand na III Mostra Científica do Maranhão, evento integrante
da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, para fornecer informações importantes de
identificação das espécies de anfíbios e répteis em São Luís. O evento aberto ao público vai
até sábado (20), na área externa do São Luís Shopping.
O projeto recebeu apoio financeiro por meio do edital nº 037/2012 Programa de Apoio a
Popularização da Ciência e Tecnologia/Semana Nacional De Ciência E Tecnologia da
Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão
(FAPEMA). Segundo Antonio Fernando Costa da Silva, um dos alunos orientados no projeto
diversidade de répteis brasileiros, o trabalho consiste em fazer um levantamento das
populações de anfíbios e répteis, relacionando a base ecológica da nossa fauna com o grau de
impactos ecológicos que ocorrem com as derrubadas de matas nativas.
“Nesse levantamento, vamos a campo com uma lista de animais que podemos encontrar na
região e se encontrarmos uma espécie rara, pode-se indicar que se trata de uma área
conservada”, afirmou Antônio Silva. No entanto, o que tem sido observado é que não só em
São Luís, mas em todo o Maranhão, as áreas vêm sofrendo consequências da construção civil
pela falta de um planejamento sustentável.
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Projetos sobre população de anfíbios é apresentado na III Mostra Científica do Maranhão
Escrito por Venilson Gusmão
Sex, 19 de Outubro de 2012 09:18 - Última atualização Sex, 19 de Outubro de 2012 09:45
Durante a pesquisa, segundo Antônio Silva, em determinados períodos, pode ser observado o
desaparecimento ou não de determinadas espécies nessas áreas. “Temos uma espécie de
anfíbio pertencente às matas mais arejadas, ambientes mais úmidos como o sapo adelphobate
s
galactonot
us,
que,
agora, existe apenas em alguns locais de área protegida da capital maranhense. E a gente
utiliza esses tipos de espécie também para saber se a área pesquisada está ou não sofrendo
algum tipo de degradação ambiental”, complementou o orientando.
Para se ter uma idéia, cerca de um quarto das espécies de anfíbios está ameaçada de
extinção. “No mundo tem tido um declínio significativo dessa população, temos que agir
rapidamente ou as espécies vão desaparecer, resultando em consequências irreversíveis para
o ecossistema e a humanidade”, declarou a coordenadora do laboratório de Herpetologia e
Ecologia, Gilda Vasconcellos de Andrade.
Por considerar que a Semana é o momento ideal para levar esclarecimentos para população
sobre os estudos de conservação ambiental, a coordenadora do laboratório e professora
orientadora Gilda Vasconcellos ressaltou a importância de informar não só pesquisadores, mas
toda a população para que possa conhecer e preservar essas espécies de sapos. “Os anfíbios
se nutrem de insetos e fazem parte da cadeia alimentar de outros animais, que encontram no
sapo, nutrientes trazidos do ambiente aquático que não estão disponíveis no meio terrestre. A
nossa pretensão é que possamos catalogar essas espécies de anfíbios e fornecer informações
para as pessoas que não são especialistas controlem e façam o monitoramento nessas áreas
de reserva”.
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