Dados: = Fechamento em 16/09/2016. Tendência de alta/baixa/estabilidade em relação ao fechamento em 09/09/2016. SITUAÇÃO GLOBAL Eurogrupo avalia situação grega Em Bratislava, os Ministros das Finanças da zona do euro (ZE-19) discutiram, entre outros temas fiscais, o andamento do Programa de Ajuste Econômico da Grécia. Os Ministros das Finanças da UE discutiram o atraso na implementação de condicionalidades remanescentes da Primeira Revisão do Programa de Ajuste Econômico da Grécia, e conclamaram o país a acelerar o processo, de forma que permita a conclusão tempestiva da Segunda Revisão. O cumprimento de 15 "milestones" - entre as quais privatização, reforma do setor energético, governança dos bancos, criação de agência de receitas e resolução de moratórias domésticas - é condição para o desembolso ao Governo helênico de EUR 2,8 bilhões, parcela restante, válida até fim de outubro, da segunda "tranche" do Programa, totalizando EUR 10,3 bilhões (EUR 7,5 bilhões foram desembolsados em junho passado). Segundo relatos, o Ministro das Finanças grego comprometeu-se a satisfazer as condicionalidades pendentes antes do fim deste mês. Prevê-se, proximamente, visita a Atenas de representantes das instituições monitoras do Programa, como a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu (BCE), para verificar o cumprimento das medidas faltantes e preparar o início da Segunda Revisão. Estatísticas de exportação do agronegócio vietnamita Os resultados positivos alcançados poderiam ter sido ainda melhores, não fosse a situação climática e do meio ambiente do país no corrente ano, com seca, salinização de deltas e poluição marinha advinda da atividade de usina siderúrgica situada à beira mar. O Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural do Vietnam informou que o país alcançou superávit comercial de US$ 5,17 bilhões no setor de agronegócio – produtos florestais – pescado, nos primeiros oito meses do corrente ano, em comparação com os US$ 3,98 bilhões registrados em 2015. O total de negócios no setor foi de US$ 20,6 bilhões, 5,6% mais alto que no mesmo período em 2015. No caso do café, foram exportadas 1,27 milhões de toneladas do produto, no valor de US$ 2,25 bilhões, 39,9% a mais em quantidade e 20,7% em valor em comparação com o mesmo período no ano passado. No setor de pescados, foram feitas exportações no valor de US$ 4,3 bilhões, com majoração de 4,1% em comparação com os oito primeiros meses de 2016. Desempenho da economia peruana no primeiro semestre de 2016 Economia peruana cresce 4,1% no primeiro semestre de 2016, com base na expansão mineira. Para além dos setores tradicionais, reativação econômica permanece frágil, mas expectativas locais seguem positivas. Os números oficiais da atividade econômica no Peru no primeiro semestre de 2016, divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística e Informática (INEI) e pelo Banco Central de Reserva (BCRP), revelaram uma expansão de 4,1% no PIB do país em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse desempenho posiciona a economia peruana, uma vez mais, entre as de crescimento mais expressivo no contexto latino-americano, cumprindo expectativas do governo e dos mercados. O prognóstico do BCRP para o conjunto de 2016 segue em 4%. O índice de inflação medido em Lima metropolitana foi de 3,3% anualizado em junho de 2016. O índice está pouco acima do teto da meta do Governo (1 a 3%), mas representa diminuição em relação aos 4,4% medidos ao final de 2015. A diminuição da percepção de risco das economias emergentes e o aumento do preço internacional de alguns metais exportados pelo Peru foram fatores importantes para conter a desvalorização do câmbio. Com isso, e com a normalização dos preços de alguns alimentos básicos, boa parte da pressão inflacionária pôde ser contida nos meses recentes. PUBLICAÇÕES DE ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS Desemprego estável na OCDE e na zona do Euro A OCDE divulgou, em 12/09, que a taxa de desemprego nos membros da organização se estabilizou em 6,3% em julho passado, pelo segundo mês consecutivo, nível 1,8 % abaixo do pico registrado em janeiro de 2013. Em toda a zona da OCDE, 39,1 milhões de trabalhadores estavam desempregados em julho, 9,9 milhões menos do que no mês de pico, mas 6,4 milhões a mais do que em abril de 2008, antes da crise econômica. A taxa de desemprego também ficou estável na zona do Euro, em julho, no patamar de 10,1% pelo quarto mês consecutivo. Naquele mês, a taxa de desemprego caiu 0,1 % no Japão (para 3,0%) e permaneceu em 4,9% nos EUA. Analisando por grupos os números da OCDE, apurou-se que a taxa para homens (estável em 6,2%) resultou inferior à das mulheres (6,4%), enquanto a dos jovens entre 15 e 24 anos, de 13,1%, é mais do que o dobro da taxa da população em geral. <http://www.oecd.org/newsroom/harmonised-unemployment-rateshurs-oecd-updated-september2016.htm> Infraestrutura na América Latina: determinantes e tendências (FMI) A série de Working Papers do FMI oferece uma visão abrangente sobre os desafios da infraestrutura na América Latina e destaca as principais áreas que podem ser melhoradas. O aperfeiçoamento da infraestrutura na região depende do fortalecimento da gestão do investimento público, bem como do marco regulatório, visando assegurar combinação adequada de linhas de crédito e financiamento de projetos. A existência de uma infraestrutura inadequada tem sido apontada como a principal barreira ao desenvolvimento na América Latina e no Caribe. A política fiscal desempenha papel fundamental na ampliação do nível e composição do financiamento público. Preservar o apoio político e popular é de igual importância para fomentar o investimento privado. De acordo com o FMI, dado o histórico de fracassos passados em alguns países da América Latina e do Caribe, incentivar o investimento privado pode ser tarefa complexa. Ademais, o aprofundamento dos mercados financeiros e desenvolvimento de instrumentos alternativos para investidores de longo prazo é cada vez mais importante. <http://www.imf.org/external/pubs/ft/wp/2016/wp16185.pdf> Impactos da desaceleração econômica na insegurança alimentar (IFPRI) Estudo do IFPRI aponta os impactos da desaceleração do crescimento em países em desenvolvimento no aumento da taxa de pobreza e da insegurança alimentar. De acordo com as projeções atualizadas para 2030, a taxa de pobreza extrema será de 5,2%, em comparação com 4,8% prevista anteriormente pelo FMI em 2015. Mesmo países que não são diretamente afetados pela recente desaceleração global estão suscetíveis aos impactos no longo prazo. As maiores mudanças na projeção das taxas de pobreza estão nos países mais pobres, que deverão manter mais de 5% de sua população abaixo da linha de pobreza. No geral, a desaceleração econômica implicará 38 milhões a menos de pessoas que deixarão a pobreza extrema em relação às projeções anteriores. Famílias rurais enfrentam particular risco de empobrecimento nos países de renda média, com mais de 1,5% a mais da população agrícola potencialmente sob risco de retornar à faixa da pobreza extrema. Em 2030, a média de pobreza extrema em áreas rurais está estimada em cerca de 7,5%, ao invés de 7,1% previsto em 2015. <http://www.ifpri.org/publication/global-economic-slowdown-implications-rural-poor>