infovihtal #39 - gTt-VIH

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infovihtal #39
Problemas na pele
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Problemas na pele
As principais causas de problemas na pele nas pessoas com VIH são três: as interacções entre o sistema imunitário e o
VIH, as infecções e os efeitos secundários dos fármacos. Alguns problemas de pele relacionados com o VIH ou com os
efeitos secundários do tratamento podem ser graves e requerer cuidados médicos urgentes.
Sistema imunitário e VIH
Quando uma pessoa adquire o VIH pela primeira vez,
pode apresentar sintomas semelhantes aos de uma
gripe. A esta etapa da infecção chama-se seroconversão,
podendo, neste período, verificar-se uma erupção avermelhada sem prurido, por um período de 2 a 3 semanas.
Durante o decurso da infecção, o sistema imune alterase, podendo ocorrer uma irritação com prurido avermelhada na pele. Esta irritação trata-se com cremes corticóides ou anti-histamínicos. Os problemas na pele (em
especial o acne e a foliculite) podem também surgir
quando o sistema imunitário começa a recuperar-se, por
efeito dos fármacos anti-VIH, o que parece ser um bom
sintoma da reconstituição da capacidade imunitária.
Problemas na pele causados por infecções
As infecções dividem-se geralmente em três grandes
grupos, consoante o tipo de micoorganismos qua as
causam: bacteriana, fúngica (provocada por fungos) e
viral.
Um eczema (irritação e secura da pele) pode ter várias
causas e pode tratar-se com anti-histamínicos. Para aliviar os estados de pele seca, convém evitar banhos prolongados e o uso de sabões, géis e outras substâncias
potencialmente irritantes, e aumentar o uso de cremes
de base aquosa ou hidratantes.
A dermatite (inflamação da pele) reconhece-se pelo aparecimento de manchas avermelhadas na pele, e por uma
erupção escamosa. É frequentemente causada por infecções fúngicas ou eczemas. A dermatite seborreica (inflamação das glândulas oleosas da pele) aparece frequentemente localizada em partes do corpo com pêlo e tem
o aspecto de caspa amarelada. Esta situação, comum na
doença VIH sintomática, trata-se com cremes corticóides, cremes antifúngicos ou comprimidos. Quando
surge no couro cabeludo, pode ser resolvida com champôs antifúngicos ou anticaspa.
A tinha é uma infecção fúngica que provoca uma descamação avermelhada da pele e manchas brancas
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sobre tratamientos del VIH
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húmidas. Trata-se com cremes antifúngicos, ainda que
também possa ser eficaz o óleo diluido da árvore do chá.
Convém manter a pele seca e evitar agentes irritantes
como, por exemplo, os desodorizantes.
A foliculite (pequenos nódulos ou pústulas nos folículos
– a zona da raíz dos pêlos corporais) é uma infecção da
pele causada com toda a probabilidade por uma levedura, que se trata com antifúngicos.
O impétigo é uma infecção bacteriana da pele que se
manifesta através de lesões avermelhadas de crosta
amarelada. Os folículos da pele podem também infectarse, produzindo furúnculos ou abcessos que se tratam
com antibióticos.
Algumas infecções virais, como as provocadas pelo vírus
pox, o molusco contagioso, e algumas infecções fúngicas, como a criptococose, podem provocar pequenos
nódulos/erupções de côr pérola.
O molusco espalha-se com grande rapidez e requere um
tratamento adequado num centro especializado em VIH.
As verrugas, em particular as genitais e anais causadas
pelo vírus do papiloma humano (VPH), são observadas
com frequência em pessoas com VIH (veja-se o
InfoVIHtal #40 Verrugas genitais).
Efeitos secundários dos fármacos
As pessoas com VIH a fazer tratamento antirretroviral
(ARV) podem experimentar efeitos secundários relacionados com a pele, como, por exemplo, exantema ou
rash (veja-se o InfoVIHtal #48 Efeitos secundários).
Na sua maioria são moderados e não impedem a continuação do tratamento. Para minimizar a possibilidade de
vir a sofrer estes efeitos, pode iniciar-se a toma de
alguns fármacos - por exemplo, a nevirapina - com uma
dose baixa, e aumentá-la passadas duas semanas.
A redução da dose também pode ser eficaz, se bem que
é preferível fazê-lo com acompanhamento e assessoramento por um médico especialista em VIH.
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Nacional sobre el Sida
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Se o exantema é moderado, poderia reiniciar-se o fármaco numa data posterior. Se, pelo contrário, é grave, o
fármaco deve ser abandonado.
A nevirapina pode provocar exantema em cerca de 2030% das pessoas com VIH que o tomam. O efavirenze,
por seu lado, em cerca de 5%. Esta eupção é normalmente moderada, e desaparece quando o corpo se acostuma ao fármaco.
O rash também é um sintoma de reacção alérgica ao
abacavir. No caso desta reacção surgir, deve-se contactar
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imediatamente o médico. Se se interromper este fármaco por rash alérgico, aconselha-se a não voltar a tomálo, já que pode provocar efeitos secundários potencialmente mortais.
Outros fármacos que se usam habitualmente para tratar
infecções em pessoas com VIH podem também provocar
exantema ou reacções na pele. Entre estes fármacos
incluem-se os seguintes: cotrimoxazol, dapsona, pirimetamina, clindamicina, atovaquona, aminopenicilinas, tiacetazona e sulfadiazina.
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