22/10/2008 Dor Neuropática A Dor mais difícil do Câncer Dr Alberto Alonso Babarro Unidad de Cuidados Paliativos Dor Neuropática 9 Dor devido a disfunção do sistema nervoso central ou periférico 9 “Dor por desaferentação” Dor Neuropática = Dor Difícil 1 22/10/2008 Clínica Dor Neuropática • Sintomatología: • • • • Dor Lancinante Dor em queimação Irradiação Múltiplas possibilidades de “descrição” por parte do paciente • Sinais: • ALODINIA: Dor desencadeada por un estímulo normalmente não doloroso • HIPERALGESIA: Resposta exagerada a um estímulo doloroso. • DISESTESIA: Sensação anormal percibida como desagradável. • HIPERESTESIA: Percepção exagerada das sensações em respostas a estímulos leves. 2 22/10/2008 Síndromes Associadas a Dor Neuropática • Síndrome da Dor Regional Complexa • Dor Central • Neuralgias • • • • Neuralgia do Trigêmio Neuralgia do Glossofaríngeo Neuralgia Pós-herpética Dor Facial Atípica • Neuropatias • Polineuropatias – Associadas com Enfermidades Sistêmicas » Diabetes Mellitus, Mellitus Déficit vitamínico, vitamínico Hepatopatia crônica... crônica – Associadas com fármacos ou toxinas ambientais » Antineoplásicos (vincristina,cisplatino,paclitaxol), Nucleósidos (ddC,ddI.d4T), Isoniacida... – Hereditarias • Mononeropatías • Plexopatías • Dor do Membro Fantasma 3 22/10/2008 Síndrome da Dor Regional Complexa (I) • Dor neuropática regional pós-traumática que afeta um ou mais membros. • Causalgia. Distrofia Simpática Reflexa. Distrofia Pós-traumática. Atrofia de Sudek. Síndrome Ombro-Mão. • Critérios Diagnósticos: • Dor desenvolvida após um evento traumático (Tipo2) ou sem evento prévio (Tipo1) • Alodinia, Hiperalgesia ou Dor Espontânea. Afetam a vários nervos periféricos. • História de edemas, anormalidades do fluxo sanguíneo e alterações da sudorese na região da dor. • Ausência de outros processos intercorrentes que possam explicar a sintomatología. 4 22/10/2008 Síndrome da Dor Regional Complexa (II) • Diagnóstico Precoce • Descartar outras enfermidades • Ausência de testes específicos (Termografía, Teste de sudorese, Densitometría,Eletrodiagnóstico, Bloqueio Simpático) • Tratamento • Fisioterapia • Ttos Farmacológicos: ADT, GBP, Corticóides, Analgésicos Tópicos; ó i O i id Opioides... • Técnicas Anestésicas Locoregionais: Bloqueios Simpáticos ou Somáticos. • Neuromodulaçao: Estimulação Espinal, Analgesía Intratecal. Epidemiologia da Dor Neuropática • Afeta 1% da População Geral. Por volta de 25% dos ppacientes qque consultam uma Clínica de Dor. » Bowsher. British Medical Bulletin 1991;47:644-66. » Karlsten D, Gordh T. Drugs & Aging 1997;11:398-412. • A variedade das síndromes incluidas na dor neuropática e a baixa frequência relativa de cada uma delas torna difícil a realização de estudos com amostras de pacientes h homogêneas. ê A entidades As id d mais i estudadas, d d por sua maior i prevalência, são: a neuralgia pós-herpética, a neuropatia diabética e a neuralgia do trigêmio. 5 22/10/2008 Epidemiologia da Dor Neuropática de Origem Oncológica • Tipo de dor frequente entre pacientes com dor oncológica. Em um estudo de 1095 pacientes com dor oncológica severa, a dor neuropática aparecia em 40%. 40% Entretanto, Entretanto a porcentagem de enfermos que apresentavam exclusivamente dor neuropática era só de 7,7%. No resto dos casos se tratava de dor mista, associado com dor nociceptiva somática, por infiltração óssea e partes moles. » Caraceni A, Portenoy RK.. Pain 1999; 82:263-74. • Os pacientes oncológicos apresentam diversos mecanismos de dor neuropática. Em um estudo realizado com 213 pacientes oncológicos que apresentavam dor neuropática, 79% apresentavam dor por compressão nervosa, 16% por infiltração nervosa e 5% por estimulação simpática. simpática » Stute et al. JPSM 2003; 26:1123-31 • Os pacientes com dor oncológica de tipo neuropática recebem, com frequência, tratamento inadequado. Em um estudo de 967 pacientes com dor oncológica do tipo neuropático só 16% estava recebendo anticonvulsivantes e 14% antidepressivos. » Berger et al. Eur J Cancer Care2006; 15:138-45. Considerações Gerais do Tratamento da Dor Neuropática ¾ Não há evidência de que as diferentes síndromes ou as distintas manifestações clínicas requieram estratégias terapêuticas específicas. ¾ Ainda que pareça lógico o emprego de tratamentos específicos relacionados com o mecanismo implicado na dor em cada individuo particular, não dispomos de ferramentas na prática clínica para identificar o mecanismo responsável. 6 22/10/2008 Tratamentos Úteis na Dor Neuropática de Origem Oncológica Antidepressivos A i i Anticonvulsivantes Opióides • Antagonistas NMDA Ketamina • Corticóides • Anestésicos • Baclofeno • Capsaicina C i i • Tratamentos Invasivos: • Terapia Intraespinal • Bloqueios de Plexo • Ténicas de Neuroestimulação Antidepressivos (I) • Os Antidepressivos Tricíclicos são eficazes para reduzir a dor neuropática. Nivel de Evidencia Ia. – NNT: 3.6 (3 a 4.5) • • • • Neuropatia Diabética 1.3 (1.2 a 1.5) Neuralgia Pós-herpética 2.7 (2 a 4.1) Dor Facial Atípica 2.8 (2.0 a 4.7) Dor Central 1.7 (1.1 a 3.0) – NNH: • Efeitos adversos menores: 6 (4.2 a 10.7) • Efeitos adversos maiores: 28 (17.6 a 68.9) ¾McQuay et al. Pain 1996;68(2-3):217-27. ¾Saarto & Wiffen Wiffen. Cochrane Database Syst Rev 2007:CD005454. 2007:CD005454 • Seu mecanismo de ação baseia-se no aumento da norepinefrina ou da serotonina nas vias descendentes da medula. • Não existem estudos comparativos que comprovem a eficácia dos distintos Antidepressivos Tricíclicos. Todos parecem ter similar eficácia. 7 22/10/2008 Antidepressivos Tricíclicos Efeito Efeito Anticolinérgico Sedante Dose Início Dose Manutenção +++ +++ 10 mg/día 25-150 mg/día Imipramina (Tofranil) + ++ 12´5 mg/día 25-150 mg/día Nortriptilina (Norfenazin) + ++ 12´5 mg/día 25-150 mg/día Maprotilina (Ludiomil) ++ + 12´5 mg/día 25-150 mg/día Amitriptilina (Tryptizol) Antidepressivos (II) • Os Antidepressivos IRSS não parecem ser eficaces para o controle da dor neuropática. Nivel de Evidencia Ib. » McQuay et al. Pain 1996;68(2-3):217-27. • Venlafaxina ha demostrado claramente su eficacia en dolor neuropático. neuropático Nivel de Evidencia Ia. NNT 3.1 (2.6 a 5.1) NNH 16.2 y 9.6 Dosis Inicio: 37´5mg/12h. Dosis Efectiva: 150mg/día. ¾ Saarto & Wiffen. Cochrane Database Syst Rev 2007:CD005454 • A Duloxetina tem eficácia bem estabelecida na neuropatía diabética. Nivel de Evidencia Ib. Dosis Inicio: 30mg/día. Dosis Efectiva: 60 mg/día » Goldstein et al. al Pain 2005;116:109-118 2005;116:109 118 » Raskin et al. J Palliat Med 2006;9:29-40 » Wernicke et al. Neurology 2006;67:1411-20 • A pesar de que ser postulado a possível utilidade dos restos dos novos antidepressivos por seu mecanismo de ação (trazodona, nefazodona, mirtazapina), existem poucos estudos que avaliem sua eficácia. » Theobald DE et al. JPSM 2003; 23:442-7 8 22/10/2008 ¾ Sindrup et al. Basic Clin Pharmacol Toxicol 2005: 96: 399-409 Anticonvulsivantes (I) • Os anticonvulsivantes são úteis no tratamento da dor neuropática. Nivel de Evidencia Ia. – Neuralgia do Trigêmio: • Carbamazepina: NNT 2.6 (2.2-3.3) – Neuropatia Diabética: • Carbamazepina: NNT 2.3 (1.6-3.8), NNH 3.7 (2.4-7.8) • Gabapentina: NNT 3.8 (2.4-8.7), NNH 2.5 (2.0-3.2) • Fenitoína: NNT 22.1 1 (1 (1.5-3.6), 5-3 6) NNH 33.2 2 (2 (2.1-6.3) 1-6 3) – Neuralgia Pos-herpética: • Gabapentina: NNT 3.2 (2.4-5.0) »McQuay et al. BMJ 1995;311:1047-52. »Wiffen et al. Cochrane Database Syst Rev. 2005;CD001133. 9 22/10/2008 Anticonvulsivantes (II) • O mecanismo de ação geral desse grupo é o bloqueio dos canais de sódio e cálcio. Na CMZ parece também importante a diminuição da excitabilidade dos núcleos do trigêmeo. A GPT produz também um aumento da GABA, diminuição do glutamato, aumento da serotonina e inhibição dos receptores NMDA.Aliás se desconhece a importância dos distintos mecanismos de ação na atividade do fármaco. • O fármaco más estudado é a CMZ na dose de 300-600 mg/día. A GPT se uiliza na dose de 1200-3600 mg/día. • Não há evidências que demostrem que a GPT seja mais útil que a CMZ. Entretanto, na dor d neuropática ái d origen de i oncológica ló i parece mais i indicada a GPT por seu melhor perfil de efeitos adversos nestes pacientes. Nivel de Evidencia 1a. ¾Caraceni et al. JCO 2004;22:2909-17. ¾Bennett M, Simpson KH. Palliat Med 2004; 18: 5-11 10 22/10/2008 Anticonvulsivantes (III) • A Lamotrigina mostrou eficácia em diversos estudos sobre diferentes tipos de dor neuropática ainda que todos eles com poucos pacientes. Aliás, uma meta-análise recente não recomenda sua utilização. » Wiffen & Rees. Cochrane Database Syst Rev 2007 • O Topiramato mostrou eficácia em alguns estudos controlados. Nivel de Evidencia Ib. » Raskin et al. Neurology 2004; 63:865-73. Gabapentina • Dose inicial 300-400 mg /24h. Iniciar com dose noturna e posteriormente subir até alcançar efeito. Dose máxima 3600 mg/día. Efeito analgésico dose dose-dependente. dependente. • Efeitos secundários: sonolência (20%), tonteira (17%), ataxia (13%), cefaléia (<10%). Geralmente desaparecem em 1-2 semanas NNH 26.1 • Não se unem a proteínas plasmáticas • Não possuí metabolização hepática • Não interage i com fármacos fá ( (exceto cimetidina i idi e hidroxido hid id de d aluminio-magnesio) • Vida média prolongada em caso de IR e em idosos. ¾Caraceni et al. JCO 2004;22:2909-17. ¾Bennett M, Simpson KH. Palliat Med 2004; 18: 5-11 ¾Wiffen et al. Cochrane Database Syst Rev 2005; CD005452 11 22/10/2008 Pregabalina • Dose de inicio 50-75 mg noite. Posteriormente 75 mg , 150 mg y 300 mg cada 12h • Rápida absorçao • Início de ação em 48h . • Ausência de interaçoes medicamentosas • Mínimo metabolismo hepático • Não se une a proteinas plasmáticas • Efeitos secundários: tonteira (38%), sonolência (28%), ataxia (19,5%), edema periférico (10%) NNH 11.7 • Alto custo ¾ Guay et al. Am J Geriatr Pharmacother 2005; 3:274-87. ¾ Sills. Curr Opin^Pharmacol 2006; 6:108-13. Não existe estudos que comparem gabapentina e pregabalina ¾ Gajraj. Anesth Analg 2007; 105: 1805-15 Oxcarbamazepina • Melhor tolerabilidade que carbamazepina. carbamazepina Não precisa controles hematológicos. • Mostrou igual eficácia a carbamazepina na neuralgia de trigêmio. Entreanto, parece menos efetiva na neuropatia diabética. » Nasredine & Beydoun. Expert Opin Investig Drugs 2007; 16:1615-25. 12 22/10/2008 Opióides (I) • Múltiplos ECA estão analizando o papel dos opióides de terceiro escalão na dor neuropática de origem não oncológica. Uma recente meta-análise meta análise demonstrou a eficácia destes fármacos em todos os estudos realizados a médio prazo (mediana tratamento=28 días). Nos ECA se utilizaram os seguintes opióides: morfina, oxicodona, metadona e levorfán. Nivel de Evidencia Ia. » Eisenberg et al. JAMA 2005;293:3043-52. » Eisenberg et al. Cochrane Database Syst Rev. 2006:CD006146 • Vários ECA e uma meta-análise recente avalia também a eficácia do tramadol. Nivel de Evidencia Ia. » Hollingshead et al. Cochrane Database Syst Rev. 2006:CD003726. Opióides (II) • Em pacientes não oncológicos apresentam menor relação benefício/risco as doses baixas de opióides. » Rowbotham et al. al NEJM 2003;348:1223 2003;348:1223-32 32. • O tratamento combinado de morfina e gabapentina ou de morfina e antidepressivos tricíclicos controla melhor a dor neuropática que ambos fármacos por separado e permite uma redução das doses necessárias de ambos fármacos. » Gilron et al. NEJM 2005;352:1324-34 » Raja et al. Neurology 2002;59:1015-21 • Dispomos de estudos que avaliam o papel dos opióides na dor oncológica de origem neuropática. » McQuay. Eur J Pain 2002. » Schmidt & Schmidt. Pain Clinic 2002. 13 22/10/2008 Existe um Opióide de Eleição na Dor Neuropática? • A maioria dos trabalhos que demonstram o papel dos opióides na dor neuropática foram realizados com morfina (NNT 2´5, NNH 9). No caso de um opióide não ser eficaz, pode ser útil mudar a outros opióides. • Alguns Al t b lh trabalhos preconizan i a utilização tili ã d dextrometorfano de d f e, especialmente, de metadona por sua capacidade de atuar também sobre os receptores NMDA. Este último inibe ademais a recaptação de noradrenalina e serotonina. Entretanto não existem trabalhos que demonstrem o papel superior destes opióides na dor neuropática. ¾ Mercadante et al. JCO 2001; 19:2898-904. ¾ Nicholson AB Cochrane Database Syst Rev. 2007:CD003971 • Oxicodona demostrou ser uma boa alternativa a morfina quando com este fármaco não se pode controlar a dor ou os efeitos secundários que ocasiona são intoleráveis (NNT 2.6, NNH 9). ¾ Riley et al. Support Care Cancer 2006; 14:54-64. ¾ Reid et al. Arch Intern Med 2006; 166:837-43. • A buprenorfina poderia ter um papel na dor neuropática devido a sua distinta ação sobre receptores opióides e sua ação anti-hiperálgica. » Hans G. J Opioid Manag 2007; 3:195-206 Ketamina (I) • Anestésico geral de propiedades analgésicas à doses subanestésicas. Seu mecanismo de ação é através do bloqueio dos receptores NMDA. • Existem muitos estudos qque avaliam sua utilização ç em ppacientes oncológicos com dor neuropática refratária a tratamento, ainda que o baixo número de pacientes incluidos nestes trabalhos não permitiram ainda estabecer conclusões definitivas sobre seu uso. Nivel de evidencia Ic. » Bell et al. Cochrane Database Syst Rev 2003:CD003351 • Por vía parenteral se pode iniciar com dose de 1´5mg/kg/dia e posteriormente aumentar a dose em função da resposta ao tratamento. Alguns autores suspendem sua administração vários dias depois de alcançar a dose eficaz e referem persistência de efeito após várias semanas. » Losignol et al. Support Care Cancer 2005;13:188-93 » Mercadante et al. J Pain Symptom Manage 2000;20:246-252 » Jackson et al. J Pain Symptom Manage 2001;22:834-42 14 22/10/2008 Ketamina (II) • Apesar da biodisponibilidade oral de ketamina ser baixa, sua metabolização hepática traz um metabólito ativo como analgésico, l é i a norketamina,que k i permite i a utilização ili ã desta d via i de d administração. A bioequivalência entre a via parenteral e a oral é 1:1 » Kannan et al. J Pain Symptom Manage 2002;23:60-5 » Benítez del Rosario et al. J Pain Symptom Manage 2003;25:400-2 • Os efeitos secundários ocorrem até em 40% dos casos e parecem ser algo menos frequentes por via oral. Os principais são: ã euforia-disforia, f i di f i sensação ã de d irrealidade, i lid d alterações lt õ das d percepções e da imagen corporal, sonhos vividos desagradáveis, alucinações, delírio, insônia, sialorréia, fadiga, tonturas, hipertensão intracraneal e taquicardia. Corticóides • Úteis na dor neuropática associada a compressão de plexos, raízes, troncos nervosos ou canal espinhal. Nivel de evidencia Ia. • Alguns trabalhos postulam seu uso na dor neuropática associado ao câncer. Entretanto, os estudos realizados para comprovar sua eficácia não obtiveram resultados significativos. significativos ¾ Lussier et al. Oncologist 2004 ¾ Mercadante et al. Am J Hosp Palliat Care. 2007 . 15 22/10/2008 Baclofeno • Seu mecanismo de açao se baseia na ativação de receptores GABA. • Indicados na dor neuropática associado a espasticidade. Nivel de evidencia Ib. Alguns postularam sua utilidade na neuralgia do trigêmio. Nivel de evidencia III. » From GH. J Pain Symptom Manage 1994;9:500-9 » He et al. Cochrane Database Syst Rev. 2006:CD004029. • A ação analgésica se alcançaria com doses menores que as necessárias para corrigir espasticidade. espasticidade • Efeitos secundários frequentes: hipotensão, tremores, convulsões, tonturas, náuseas, vómitos, diarréia, cefaléia, disforia, alucinações, sedação. Anestésicos • A lidocaina intravenosa e a mexiletina oral reduzem a dor neuropática. Os estudos analizados são todos de pouca duração e incluem um baixo número de pacientes. O número de efeitos adversos encontrado foi muito elevado. Nivel de evidencia Ib. » Kalso et al. Eur J Pain. 1998;2:3-14 » Tremont-Lukats et al. Anesth Analg 2005;101:1738-49 » Challapalli et al. Cochrane Database Syst Rev. 2005:CD003345 • Posível papel futuro da flecainida. Nivel de evidencia III. » Von Gunten et alPalliat Med 2007; 21:667-72. • A lidocaína tópica mostrou sua utilidade em alguns ECA desenhados em pacientes com neuralgia pós-herpética. Entretanto, não podemos recomendar como terapia de primeira linha. Nivel de evidencia Ia. » Khaliq et al. Cochrane Database Syst Rev. 2007:CD004846. 16 22/10/2008 Capsaicina • A capsaicina tópica se associa a um alívio moderado da dor na neuropatia p diabética e neuralgia g p pósherpética. Pode ser útil em pacientes com áreas de dor pouco extensas que não respondem ou não toleram outros tratamentos. Nivel de Evidencia Ia. • Seu mecanismo de ação se baseia no bloqueio da substancia P. Se deve usar a uma concentração de 0 075%. 0´075% • Os efeitos adversos locais (irritabilidade) são muito frequentes mas diminui com o tempo de uso. » Mason et al. BMJ. 2004;328:991 Cannabis • Existem alguns ECA que utilizaram tratamentos baseados em agentes canabinóides em pacientes com dor neuropática como por exemplo, na esclerose múltipla. Uma recente meta-análise destes trabalhos confirmam sua eficácia, ainda que adverte o baixo número de estudos existentes e p pequeno q número de pacientes incluidos nesses ensaios. Nivel de evidencia Ic. » Iskedjian et al. Curr Med Res Opin. 2007 17 22/10/2008 Dor Neuropática de Origem Oncológica Níveis de Tratamento ¾ Opióides + Anticonvulsivantes:Gabapentina y/o Antidepressivos: Tricíclicos-Nortriptilina o Novos Antidepressivos-Venlafaxina o Duloxetina ¾Rotação Opióides: Oxicodona, Metadona ¾Anticonvulsivantes: Pregabalina?, Topiramato. ¾Corticóides ¾Antagonistas NMDA: Ketamina ¾Capsaicina/Parche Lidocaína 5% ¾Agonistas GABA: Baclofeno ¾Antiarrítmicos estabilizadores de membrana: Mexiletina, Lidocaína •Bloqueios de Plexo: Celíaco, Hipogástrico •Terapia Intraespinal •Técnicas de Neuroestimulação Tratamentos Invasivos Bloqueios de Plexo • Os bloqueios de plexo utilizados na atualidade são: • Plexo Celíaco no caso de carcinoma de pâncreas • Plexo Hipogástrico no caso de tumorações pélvicas. • Se realizam com álcool ou fenol. fenol Requerem um treinamento prévio e/ou guiado por TAC. 18 22/10/2008 Tratamentos Invasivos Neuroestimulação • Baseada no mesmo mecanismo de atuação que o TENS (mecanismo de dupla entrada) mas com efeitos mais duradouros. • Requer uma pequena intervenção cirúrgica para implantar os eletrodos e o gerador de forma subcutânea. • Útil Ú il em dores d neuropáticas ái relativamente l i localizados. • Não existem trabalhos que evaliem sua eficácia na dor neuropática de origem oncológica. Tratamentos Invasivos Terapia Intratecal Ziconotide • O Ziconotide é um péptido extraído do caracol marinho que bloqueia q seletivamente os canais de calcio tipo p N. • Só se pode administrá-lo intratecalmente. A utilização por outras vias não permite alcançar níveis terapêuticos, por apresentar rápido aclaramento e simpatólise. • Não produz tolerância. • Os principais efeitos secundários são dose dependentes (reversíveis após ajuste de dose): tonturas, nistagmos, confusão, sonolência, febre, hipotenção postural, retenção urinária, náuseas e vômitos. • Sempre é utilizado em combinação com opióides por seu sinergismo. • Sua eficácia foi avaliada tanto na dor não oncológica como oncológica. ¾Staats et al. JAMA 2004;291:63-70 ¾Turner et al. Clin J Pain 2007; 23:180-195 19 22/10/2008 Tratamentos Invasivos Terapia Intratecal Escala de Tratamento 1. 1 2. 3. 4. 5. Opióide O ióid (?) Opióide + Bupivacaina Opióide + Bupivacaína + Clonidina Opióide + Bupivacaína + Ziconotide Opióide Op ó de + Ketamina eta a (?) ¾Núñez Olarte JM, López Imedia E. Ed Panamericana 2007 ¾Turner et al. Clin J Pain 2007; 23:180-195 Agradecimento à Dra.Soler (HNSL Nova LimaMG Brasil) pela tradução Muito Obrigado 20