proteção ao voo - Publicações DECEA

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MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
PROTEÇÃO AO VOO
MCA 63-18
CONCEPÇÃO DE EMPREGO OPERACIONAL
DE RECURSOS DO DECEA PELA FORÇA
AÉREA BRASILEIRA
2016
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO
PROTEÇÃO AO VOO
MCA 63-18
CONCEPÇÃO DE EMPREGO OPERACIONAL
DE RECURSOS DO DECEA PELA FORÇA
AÉREA BRASILEIRA
2016
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO
PORTARIA DECEA No 243/DGCEA, DE 9 DE NOVEMBRO DE 2016.
Aprova a edição do Manual do Comando
da Aeronáutica que trata da “Concepção
de Emprego Operacional de Recursos do
DECEA pela Força Aérea Brasileira”.
O DIRETOR-GERAL DO DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO
ESPAÇO AÉREO, de conformidade com o previsto no art. 19, inciso I, da Estrutura
Regimental do Comando da Aeronáutica, aprovada pelo Decreto n o 6.834, de 30 de abril de
2009, e considerando o disposto no art.10, inciso IV, do Regulamento do DECEA, aprovado
pela Portaria n o 1.668/GC3, de 16 de setembro de 2013, resolve:
Art. 1 o Aprovar a edição da MCA 63-18 “Concepção de Emprego
Operacional de Recursos do DECEA pela Força Aérea Brasileira”, que com esta baixa.
Art. 2o Este Manual entra em vigor na data de sua publicação.
Ten Brig Ar CARLOS VUYK DE AQUINO
Diretor-Geral do DECEA
(Publicado no BCA nº203, de 29 de novembro de 2016)
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SUMÁRIO
1
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES ................................................................................................................. 9
1.1 FINALIDADE ..................................................................................................................................................... 9
1.2 ÂMBITO ........................................................................................................................................................... 9
2
ACRÔNIMOS E CONCEITUAÇÕES ......................................................................................................... 10
2.1 ACRÔNIMOS .................................................................................................................................................. 10
2.2 CONCEITUAÇÕES ........................................................................................................................................... 12
3
DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO (DECEA) ............................................................... 14
4
CAPACIDADE ATM............................................................................................................................... 15
4.2 ESTRUTURA DO ESPAÇO AÉREO .................................................................................................................... 15
4.3 ÓRGÃOS OPERACIONAIS DA CAG .................................................................................................................. 16
4.4 ESTAÇÃO DE TELECOMUNICAÇÕES AERONÁUTICAS..................................................................................... 16
4.5 TORRE DE CONTROLE DE AERÓDROMO (TWR) ............................................................................................. 16
4.6 CENTRO DE CONTROLE DE APROXIMAÇÃO (APP) ......................................................................................... 18
4.7 CENTRO DE CONTROLE DE ÁREA (ACC) ......................................................................................................... 18
4.8 CENTRO DE GERENCIAMENTO DA NAVEGAÇÃO AÉREA (CGNA) ................................................................... 19
5
CAPACIDADE DE OPERAÇÕES MILITARES ............................................................................................. 21
5.1 SEÇÃO DE CONTROLE DE OPERAÇÕES AÉREAS MILITARES (SCOAM) ............................................................ 21
5.2 ÓRGÃOS DE CONTROLE DE OPERAÇÕES AÉREAS MILITARES (OCOAM) ........................................................ 21
5.3 DIVISÃO DE OPERAÇOES CORRENTES (DIVOC) .............................................................................................. 22
6
CAPACIDADE DE BUSCA E DE SALVAMENTO (SAR) ............................................................................... 24
7
CAPACIDADE DO AIS ........................................................................................................................... 25
8
CAPACIDADE DA CARTOGRAFIA AERONÁUTICA................................................................................... 26
9
CAPACIDADE DE INSPEÇÃO EM VOO ................................................................................................... 27
9.1 GRUPO ESPECIAL DE INSPEÇÃO EM VOO (GEIV)............................................................................................ 27
10 RECURSOS TÉCNICOS .......................................................................................................................... 28
11 CAPACIDADE DE TELECOMUNICAÇÕES AERONÁUTICAS ....................................................................... 29
11.6 SERVIÇO MÓVEL AERONÁUTICO (SMA) ........................................................................................................ 29
11.7 SERVIÇO FIXO AERONÁUTICO (SFA) .............................................................................................................. 30
12 CAPACIDADE DO SISTEMA DE VIGILÂNCIA ........................................................................................... 32
12.3 SISTEMAS RADAR ......................................................................................................................... ................. 32
12.4 SISTEMA ADSͲB ............................................................................................................................. ................ 37
12.5 SISTEMA ADSͲC ............................................................................................................................................. 38
13 CAPACIDADE DE NAVEGAÇÃO AÉREA .................................................................................................. 39
13.3 NDB ............................................................................................................................................................... 39
13.4 VOR/DͲVOR ................................................................................................................................................... 40
13.5 DME............................................................................................................................................................... 40
13.6 ILS ........................................................................................................................... ....................................... 41
13.7 GPS ................................................................................................................................................................ 42
14 CAPACIDADE DE METEOROLOGIA ....................................................................................................... 43
14.5 REDE DE ESTAÇÕES METEOROLÓGICAS (REM).............................................................................................. 43
14.6 REDE DE CENTROS METEOROLÓGICOS ......................................................................................................... 44
14.7 BANCOS DE DADOS OPERACIONAIS (OPMET) E CLIMATOLÓGICO (BCA) ...................................................... 46
14.8 SISTEMA DE DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES METEOROLÓGICAS ............................................................... 46
15 CAPACIDADE DE INTEGRAÇÃO ............................................................................................................ 48
15.3 AMHS .......................................................................................................................... .................................. 48
15.4 SGTC .............................................................................................................................................................. 48
15.5 AMAN ............................................................................................................................................................ 48
15.6 TATIC ............................................................................................................................................................. 48
15.7 STVD XͲ4000 .......................................................................................................................... ........................ 49
15.8 STVD SAGITARIO............................................................................................................................................ 49
15.9 SIGMA ........................................................................................................................................................... 49
15.10 LINK BR1 ........................................................................................................................... .......................... 49
15.11 DACOM....................................................................................................................................................... 50
15.12 DACOM Ͳ RELACIONAMENTO OPERACIONAL E SISTÊMICO ........................................................................ 50
16 CONCLUSÃO ....................................................................................................................................... 52
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REFERÊNCIA........................................................................................................................................52
ÍNDICE...................................................................................................................................................53
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1
1.1
9/54
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
FINALIDADE
1.1.1 Este Manual tem a finalidade de apresentar a Concepção de Emprego Operacional de
Recursos do DECEA pela Força Aérea Brasileira, com ênfase no conhecimento da
infraestrutura implantada ou gerenciada por este Departamento, bem como das principais
atividades realizadas no âmbito do SISCEAB, para auxiliar às Autoridades nas decisões de
Comando e Controle durante as Operações Aéreas Militares, em conformidade com o que
estabelece a Concepção Estratégica Força Aérea 100 (DCA 11-45).
1.1.2 Em face da infraestrutura integrada, tem por finalidade adicional atender às demais
Forças Armadas, assim como a outros usuários envolvidos com a navegação aérea, de modo a
familiarizá-los com os principais recursos e serviços sob a responsabilidade do DECEA,
facilitando, assim, a utilização operacional e racional de recursos do SISCEAB.
1.2 ÂMBITO
1.2.1 As disposições constantes neste documento são de observância obrigatória das
Organizações do SISCEAB envolvidas nas atividades fim e de apoio ao controle de tráfego
aéreo e à defesa do espaço aéreo brasileiro, sendo opcional às demais Organizações.
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2 ACRÔNIMOS E CONCEITUAÇÕES
2.1 ACRÔNIMOS
ACC
Centro de Controle
ADS-B
Vigilância Dependente Automática por Radiodifusão
ADS-C
Vigilância Dependente Automática por Contrato
AFIS
AIP
Serviço de Informação de Voo de Aeródromo
Publicação de Informações Aeronáuticas
Centro de Coordenação de Salvamento Aeronáutico
Controle de Aproximação
ARCC
APP
ATC
Controle de Tráfego Aéreo
ATFM
Gerenciamento de Fluxo de Tráfego Aéreo
ATM
Gerenciamento de Tráfego Aéreo
ATN
Rede de Telecomunicações Aeronáuticas
ATS
Serviços de Tráfego Aéreo
BRMCC
Centro Brasileiro De Controle De Missão COSPAS-SARSAT (Brazilian
Mission Control Centre)
CAG
Circulação Aérea Geral
C-AIS
Centro de Informação Aeronáutica
CINDACTA
CMA
Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo
Centro Meteorológico de Aeródromo
CMV
Centro Meteorológico de Vigilância
CNS/ATM
Comunicações, Navegação, Vigilância/Gerenciamento de Tráfego Aéreo
COMDABRA
Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro
COSPAS
CPDLC
CTA
Sistema Espacial de Busca de Embarcações em Situação de Emergência
(Cosmicheskaya Sistyema Poiska Avariynich Sudov)
Comunicação Controlador-Piloto por Enlace de Dados
Área de Controle
CGNA
Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea
COMAER
Comando da Aeronáutica
CTR
Zona de Controle
DACOM
STVD para controle das atividades de Defesa Aérea e da Circulação
Operacional |Militar
DACTA
Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo
DATALINK
Enlace de Dados
DCL
DIVOC
DME
EMS
Autorização de Decolagens por Enlace de Dados
Divisão de Operações Correntes do COMDABRA
Equipamento Radiotelemétrico
Estações Meteorológicas de Superfície
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FAB
Força Aérea Brasileira
FIR
Região de Informação de Voo
FIS
Serviço de Informação de Voo
FL
Nível de Voo em centenas de pés (ft)
GCC
Grupo de Comunicações e Controle
GCI
Interceptação Controlada do Solo
GEIV
Grupo Especial de Inspeção ao Voo
GPS
Sistema Global de Posicionamento
HF
IFR
Alta Frequência
Regras de Voo por Instrumentos
ILS
Sistema de Pouso por Instrumentos
MGCA
Sistema Transportável para Controle de Aproximações do Solo
MSSR
Radar Secundário de Vigilância Monopulso
NDB
Radiofarol Não-direcional
OACI
Organização de Aviação Civil Internacional
OCOAM
Órgão de Controle de Operações Aéreas Militares
PSR
Radar Primário de Vigilância
RDA
Região de Defesa Aeroespacial
ROTAER
Publicação Auxiliar de Rotas Aéreas
SAGITARIO
Sistema Avançado de Gerenciamento de Informações de Tráfego Aéreo e
Relatórios de Interesse Operacional
SAR
Busca e Salvamento
SARSAT
SCOAM
Sistema de Busca e Salvamento com Auxílio de Satélites (Search and Rescue
Sattelite-Aided Tracking System)
Seção de Controle de Operações Aéreas Militares
SISCEAB
Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro
SISDABRA
Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro
SSR
Radar Secundário de Vigilância
STVD
Sistema de Tratamento e Visualização de Dados
TMA
Área de Controle Terminal
TWR
Torre de Controle de Aeródromo
UTA
Área Superior de Controle
VOR
Radiofarol Onidirecional em VHF
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2.2
CONCEITUAÇÕES
Para efeito do presente documento, os termos utilizados têm os seguintes
significados:
2.2.1 ENLACES
São recursos, físicos ou lógicos, que interligam equipamentos ou sistemas e
permitem a veiculação dos dados produzidos pelos recursos técnicos, possibilitando a entrega
de dados, de forma automática e dinâmica, em uma IHM adequada e acessível aos operadores.
2.2.2 CIRCULAÇÃO AÉREA GERAL (CAG)
Conjunto de aeronaves civis, em voo, em um determinado espaço aéreo, bem
como nas áreas de movimento de um aeródromo, em um período selecionado.
2.2.3 CIRCULAÇÃO OPERACIONAL MILITAR (COM)
Conjunto de aeronaves militares, em voo, em um determinado espaço aéreo,
bem como nas áreas de movimento de um aeródromo, em um período selecionado.
2.2.4 CIRCULAÇÃO AÉREA NACIONAL (CAN)
Conjunto de aeronaves envolvidas na CAG e na COM.
2.2.5 COBERTURA
Volume do espaço aéreo no qual um sistema é capaz de assegurar o nível de
desempenho requerido.
2.2.6 FFAA
Conjunto de recursos militares do Exército Brasileiro, da Marinha Brasileira e
da Aeronáutica que necessitam utilizar a infraestrutura de Navegação Aérea gerenciada pelo
DECEA, em especial, as aeronaves militares.
2.2.7 IHM
São dispositivos projetados de forma ergonômica, que permitem a visualização
dos dados produzidos pelos recursos do sistema, viabilizando a sua operação em favor dos
diversos usuários.
2.2.8 ÓRGÃOS OPERACIONAIS
São instalações do SISCEAB, com atribuições específicas e diversificadas,
encarregadas da prestação dos serviços ATS aos usuários do sistema.
2.2.9 RADOME
É um gabinete estrutural utilizado para proteção de antenas radar contra
intempéries.
2.2.10 RECURSOS TÉCNICOS
Conjunto de equipamentos, meios e sistemas que permitem o adequado
funcionamento dos Órgãos gerenciados pelo DECEA e que prestam serviços ATS à
Circulação Aérea Nacional.
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2.2.11 USUÁRIOS
São entidades diversas, pessoas físicas ou jurídicas, civis ou militares que de
algum modo podem ser beneficiadas com os recursos e serviços gerenciados pelo DECEA.
Destacam-se os usuários envolvidos com a atividade de Navegação Aérea, no contexto da
Circulação Aérea Nacional.
2.2.12 VIGILÂNCIA
Técnica para a detecção oportuna de alvos, a determinação de sua posição
(aquisição de informações complementares sobre os alvos, se for necessário) e a entrega
oportuna dessa informação aos controladores de tráfego aéreo, em suporte ao serviço de
controle e separação dos alvos dentro de uma área definida de interesse.
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3
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DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO (DECEA)
3.1
O DECEA é uma organização do Estado Brasileiro subordinada ao Ministério da
Defesa e ao Comando da Aeronáutica, responsável pelo controle estratégico e sistêmico do
espaço aéreo do País. Todos os serviços que demandam um alto grau de tecnologia, mão de
obra, pesquisa e planejamento especializados, relacionados à gestão e ao gerenciamento de
nosso espaço aéreo, são administrados pelo DECEA, mesmo aqueles prestados por
organizações civis.
3.2
A instituição DECEA, órgão central do SISCEAB, engloba atividades diversas, de alto
grau de especialização, sendo a única organização brasileira detentora do expertise e
tecnologia necessários à consecução integral dos complexos procedimentos relacionados ao
controle, à defesa e à manutenção permanente da soberania do espaço aéreo do País, inclusive
daqueles operados por outras organizações do COMAER.
3.3
Além da formação e aperfeiçoamento contínuos dos recursos humanos para guarnecer
as diversas Organizações subordinadas, o DECEA é responsável pela implantação e
manutenção da sua infraestrutura, com destaque, de seus centros operacionais que atuam, de
forma ininterrupta e diretamente, na execução das atividades-fim do Sistema de Controle do
Espaço Aéreo Brasileiro.
3.4
Considerando o propósito deste documento e objetivando facilitar o seu entendimento
pelos diversos usuários do espaço aéreo brasileiro, a capacidade de emprego de recursos do
DECEA pela Circulação Aérea Geral, em especial, para uso das aeronaves da FAB, está
resumida no Diagrama de Contexto a seguir.
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4 CAPACIDADE ATM
4.1
O DECEA tem a responsabilidade de conceber, planejar, administrar e gerenciar as
atividades que se desenvolvem no espaço aéreo territorial brasileiro, que corresponde à área
territorial de 8.511.965 Km², e, adicionalmente, no espaço aéreo sobrejacente à área oceânica,
que se estende até o meridiano 10ºW, perfazendo um total de 22 milhões de Km². Nesse
espaço aéreo existem diversos eventos acontecendo simultaneamente. A exemplo, citamos os
voos da Circulação Aérea Geral (CAG) ou da Circulação Operacional Militar (COM),
ensaios em voo, lançamentos de sondas e foguetes, voos de asa delta, salto de paraquedistas e
treinamento de tiros aéreos. Assim, o Gerenciamento do Tráfego Aéreo (ATM), concebido e
executado sob a responsabilidade do DECEA, tem como principal objetivo garantir aos
usuários do espaço aéreo brasileiro a realização de voos seguros, regulares e eficazes,
considerando as condições meteorológicas reinantes, bem como as limitações das aeronaves
envolvidas.
4.2
ESTRUTURA DO ESPAÇO AÉREO
4.2.1 O espaço aéreo brasileiro é subdividido em 5 (cinco) grandes porções, denominadas
internacionalmente por Regiões de Informação de Voo (FIR) de uso precípuo da Circulação
Aérea Geral (CAG). Essas regiões, sob o ponto de vista do controle das aeronaves envolvidas
com a Circulação Operacional Militar, são designadas por Regiões de Defesa Aeroespacial
(RDA), em número de 4 (quatro), cujos limites são coincidentes com as FIR, com exceção da
RDA 3, que engloba as FIR Recife e Atlântico.
REGIÕES DE INFORMAÇÃO DE VOO E DE DEFESA AEROESPACIAIS
(FIR/RDA)
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4.2.2 Existem, ainda, outras subdivisões da FIR designado por Área de Controle (CTA),
Área de Controle Terminal (TMA), Zonas de Controle (CTR) e Zona de Controle de
Aeródromo (ATZ), os quais estão sob a responsabilidade de órgãos operacionais gerenciados
pelo DECEA.
4.2.3 Para efeito de treinamento das aeronaves militares da FAB, ou demais Forças
Singulares, bem como para outras atividades específicas, existem espaços aéreos
condicionados na FIR, destinados para tais finalidades. Cabe ressaltar que as aeronaves da
FAB, em função da missão que lhes seja atribuída, podem realizar voos na FIR ou na RDA,
submetidas tanto às regras da Circulação Aérea Geral (CAG), quanto às regras da Circulação
Operacional Militar (COM), utilizando, respectivamente, Planos de Voo, tipo FPL ou
VOCOM.
4.2.4 Desse modo, a Capacidade ATM do DECEA é representada pelo conjunto de órgãos
operacionais responsáveis pela execução, gerenciamento dos recursos do SISCEAB colocados
à disposição dos seus diversos usuários, em especial, para contribuir com as tarefas de
comando e controle das operações aéreas que envolvem aeronaves militares, tanto nos voos
da COM quanto da CAG.
4.3
ÓRGÃOS OPERACIONAIS DA CAG
4.3.1 O primeiro contato dos usuários com os recursos do SISCEAB é, na sua maioria,
viabilizado por meio da comunicação direta, ou indireta, com os recursos humanos dos
Órgãos Operacionais e de Gerenciamento que estão, sistemicamente, sob o gerenciamento do
DECEA. Esses órgãos são múltiplos e suas atividades diversificadas, sendo que no presente
documento serão destacados aqueles ligados diretamente às tarefas de navegação aérea,
conforme descrito nos itens seguintes.
4.4
ESTAÇÃO DE TELECOMUNICAÇÕES AERONÁUTICAS
4.4.1 Usualmente, designada como RÁDIO, é um órgão de tráfego aéreo que proporciona o
Serviço de Informação de Voo de Aeródromo (AFIS), aos usuários do SISCEAB, numa
porção da FIR.
4.4.2 O Serviço de Informação de Voo de Aeródromo tem por finalidade proporcionar
informações que assegurem a condução eficiente do tráfego aéreo nos aeródromos
homologados ou registrados, que não disponham de órgão ATC. Atualmente, o SISCEAB
conta com 91 Estações de Telecomunicações Aeronáuticas.
4.5
TORRE DE CONTROLE DE AERÓDROMO (TWR)
4.5.1 Fornece os serviços de controle, informação e alerta às aeronaves evoluindo no
circuito de tráfego e na área de manobras de um aeródromo jurisdicionado. Todos os
aeródromos militares brasileiros, bem como os aeródromos civil/militar, controlados, são
dotados de TWR. Atualmente, existem 60 TWR instaladas nos aeródromos brasileiros.
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PERFIL DE UMA TWR
CABINE INTERNA DE UMA TWR
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4.6
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CENTRO DE CONTROLE DE APROXIMAÇÃO (APP)
4.6.1 Prove os serviços de controle, informação e alerta às aeronaves que estejam
executando procedimentos para chegar ou partir do aeródromo no espaço aéreo denominado
Área de Controle de Terminal (TMA) ou Zona de Controle (CTR). Atualmente há 48 APP
instalados no Brasil. O SISCEAB, atualmente, conta com 24 APP dotados de Sistema de
Vigilância e com 20 APP que prestam serviço convencional.
APP RADAR EM OPERAÇÃO
4.7
CENTRO DE CONTROLE DE ÁREA (ACC)
4.7.1 Fornece o Serviço de Controle de Área às aeronaves quando estão realizando voo em
rota, a fim de garantir a separação entre as mesmas com segurança. A área de jurisdição do
ACC é o espaço denominado Região de Informação de Voo (FIR). Essas regiões são
estabelecidas abrangendo diversas Áreas de Controle e rotas de voo, denominadas aerovias.
Atualmente, há 5 (cinco) ACC instalados no Brasil, sendo 1 (um) nos CINDACTA de
Brasília, Curitiba ou Manaus e 2 (dois) no CINDACTA de Recife, que, também abriga o ACC
Atlântico.
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ACC RADAR EM OPERAÇÃO
4.8
CENTRO DE GERENCIAMENTO DA NAVEGAÇÃO AÉREA (CGNA)
4.8.1 É o órgão operacional central do DECEA, com sede no Rio de Janeiro-RJ, responsável
por assegurar o balanceamento entre a capacidade de atendimento do Sistema de Controle do
Espaço Aéreo Brasileiro e a demanda dos movimentos aéreos do País, inclusive das aeronaves
da FAB, voando sob as regras da CAG, sob controle efetivo dos Órgãos ATC. O CGNA tem
como atribuição o gerenciamento do fluxo de tráfego aéreo, do espaço aéreo e demais
atividades relacionadas com a navegação aérea, proporcionando a gestão operacional das
ações correntes do Sistema de Controle do Espaço Aéreo. Atua estratégica e taticamente,
buscando minimizar impactos decorrentes da flutuação do equilíbrio entre capacidade e
demanda, a fim de garantir a segurança das operações, a regularidade e a pontualidade dos
voos.
4.8.2 Adicionalmente, em face de operações militares, o CGNA, em coordenação com a
Sala de Operacional do DIVOC, atua para que as aeronaves envolvidas na COM cumpram
seus perfis de voo, reduzindo os impactos negativos sobre a CAG, relacionados a atrasos no
solo ou em voo.
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CGNA EM OPERAÇÃO
21/54
5
5.1
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CAPACIDADE DE OPERAÇÕES MILITARES
SEÇÃO DE CONTROLE DE OPERAÇÕES AÉREAS MILITARES (SCOAM)
5.1.1 Subordinadas às Bases Aéreas, são o elo operacional entre as Unidades Aéreas sediadas,
os OCOAM e o DIVOC, de modo a coordenarem as missões com envolvimento de aeronaves
militares, sejam sob as regras de voo da CAG ou da COM, desde a etapa de elaboração dos
seus planos de voo, decolagem, cumprimento da missão, até o seu pouso nos aeródromos
envolvidos.
5.1.2 Usualmente, as SCOAM abrigam um COA Centro de Operações Aéreas da Base Aérea
sediada cujo OPO Oficial de Permanência Operacional é o responsável pela coordenação,
com os OCOAM, das atividades operacionais das Unidades Aéreas envolvidas na Circulação
Operacional Militar. No geral, as Salas AIS militares são instaladas nas SCOAM.
PÁTIO MILITAR DE BASE AÉREA, COM SCOAM AO FUNDO
5.2
ÓRGÃOS DE CONTROLE DE OPERAÇÕES AÉREAS MILITARES (OCOAM)
5.2.1 Os OCOAM são responsáveis pela vigilância do espaço aéreo brasileiro, pelo controle
efetivo das operações aéreas militares nas Regiões de Defesa Aeroespacial (RDA), pelas
atividades relacionadas com a segurança e defesa do espaço aéreo brasileiro e, ainda, pelo
recolhimento seguro das aeronaves da FAB e das demais FFAA aos aeródromos selecionados.
5.2.2 Num total de 8 (oito), os OCOAM são constituídos por 4 (quatro) COpM, com sede nos
CINDACTA, e, quando ativados, por mais 4 (quatro) Esquadrões, subordinados ao 1º GCC.
Os Esquadrões do GCC são todos transportáveis e sediados nas Bases Aéreas de Natal, Porto
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Velho, Canoas e Santa Maria, sendo os dois primeiros com capacidade de realizar missões
MGCA e os outros dois, missões GCI.
5.2.3 O Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (1º GCC) é a unidade, subordinada ao
Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) apta a instalar, operar e manter um
escalão avançado de operações aerotáticas em áreas onde a cobertura ordinária não for
suficiente, sendo capaz de operar a qualquer tempo.
5.2.4 Quando requisitados, esses Esquadrões instalam e operam escalões avançados, centros
de controle e bases operacionais em áreas muitas vezes de difícil acesso, fornecendo serviços
como: detecção radar para vigilância, defesa e controle de tráfego aéreo, além de, apoio à
navegação aérea; comunicações via satélite, estações VHF, UHF ou HF; RTCAER e telefonia
TF-1, TF-2, TF-3, TF-4 ou TF-5.
5.2.5 O 1º GCC é dotado, ainda, de um esquadrão de telecomunicações (1º/1º GCC), sediado
na Base Aérea de Santa Cruz, com atribuição de instalar, operar e manter as comunicações e
os auxílios à navegação aérea em locais desprovidos desses meios, com vistas a suprir as
necessidades da FAB, em um contexto aéreo do teatro de operações e, apoiar as Operações
Militares e os Grandes Comandos na montagem da infraestrutura de Comando e Controle e da
Tecnologia da Informação.
CONSOLE OPERACIONAL DO 1º GCC
5.3
DIVISÃO DE OPERAÇOES CORRENTES (DIVOC)
5.3.1 É o órgão operacional central do COMDABRA, ligado ao SISCEAB, responsável pelo
gerenciamento das atividades ininterruptas de Vigilância, bem como de Defesa Aeroespacial
executadas pelos OCOAM principais, e dos demais elos e meios alocados ao SISDABRA.
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5.3.2 A DIVOC é responsável ainda pelo gerenciamento das atividades executadas sob a
responsabilidade dos Esquadrões do 1º GCC, durante os exercícios ou em operações reais,
quando engajados em operações militares, em sede ou desdobrados nos Teatros de Operações,
tudo de acordo com o que estabelece as NOSDA do COMDABRA.
5.3.3 Desse modo, o DIVOC presta assessoramento direto às autoridades do COMDABRA,
do COMAER e às demais Autoridades de Defesa Aeroespacial, das FFAA ou no âmbito do
Governo, nas tarefas de Comando e Controle, de modo a melhor viabilizar suas decisões
durante a aplicação das medidas necessárias à manutenção da integridade do território
brasileiro.
DIVOC Sala Operacional
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6
24/54
CAPACIDADE DE BUSCA E DE SALVAMENTO (SAR)
6.1 O DECEA é o órgão central do Sistema de Busca e Salvamento Aeronáutico (SISSAR),
tendo sido organizado e estruturado para efetuar ações de Busca e Salvamento (SAR – Search
and Rescue) em toda a área de responsabilidade brasileira, para cumprimento dos
compromissos e normas nacionais e internacionais.
6.2 Suas principais atribuições são a localização e o socorro a ocupantes de aeronaves ou de
embarcações em perigo, o resgate e o retorno à segurança de tripulantes de aeronaves abatidas
ou sobreviventes de acidentes aeronáuticos e marítimos, e ainda o auxílio a ações
complementares da Força Aérea no que for pertinente.
6.3 Para cumprir essas atribuições, o Sistema de Busca e Salvamento Aeronáutico é
composto pelos Centros de Coordenação de Salvamento Aeronáutico (ARCC), conhecidos
como Salvaero, e pelo Centro de Controle de Missão Brasileiro (BRMCC) COSPASSARSAT. Esses órgãos estão em permanente estado de alerta, 24 horas por dia, sete dias por
semana,
nos
locais
abaixo:
LEGENDA:
BRMCC e ARCC-BS – CINDACTA I – Brasília
ARCC-CW – CINDACTA II – Curitiba
ARCC-RE e ARCC-AO – CINDACTA III – Recife
ARCC-AZ – CINDACTA IV – Manaus
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7
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CAPACIDADE DO AIS
7.1 O AIS é responsável por compilar e divulgar a informação ou dados aeronáuticos e,
ainda, receber, analisar e encaminhar todas as intenções de voo em todo o território brasileiro,
incluindo águas territoriais e jurisdicionais, bem como o espaço aéreo que tenha sido objeto
de acordo internacional de navegação aérea.
7.2 As Publicações de Informações Aeronáuticas são produzidas pelo Instituto de Cartografia
Aeronáutica (ICA) e reúnem coletâneas padronizadas pela OACI e DECEA destinadas a
orientar os profissionais da aviação civil e militar, tais como: AIP, SUPLEMENTO AIP,
ROTAER, NOTAM e AIC.
7.3 As publicações AIS são divulgadas, também, em formato que permite sua visualização
em meio digital e sua impressão em papel e estão disponíveis no AISWEB, conforme critérios
estabelecidos na ICA 53-7 “Disponibilização e Utilização da Informação Aeronáutica em
Formato Digital”.
7.4 A Sala AIS de Aeródromo tem por finalidade receber, analisar e encaminhar intenções de
voo, bem como disponibilizar Informação Aeronáutica, visando à autoinformação para os
aeronavegantes durante a fase de planejamento de seus voos, e, também, receber e processar
os informes posteriores aos voos, mensagens CONFAC, PRENOTAM e administrativas.
NOTA: o serviço prestado pelas Salas AIS está sendo absorvido pelos Centros AIS (C-AIS).
7.5 O C-AIS (Centro AIS) é o órgão operacional que tem por finalidade prestar o serviço de
recebimento, análise, processamento e encaminhamento de Mensagens ATS e CONFAC, bem
como a obtenção de informação aeronáutica de forma integrada. Atualmente existem seis
C-AIS no país, gerenciados pelo CGNA, a saber:
CͲAIS BS – CINDACTA 1;
CͲAIS CW – CINDACTA 2;
CͲAIS RE – CINDACTA 3;
CͲAIS AZ – CINDACTA 4;
CͲAIS GL – INFRAERO;
CͲAIS SP – SRPVͲSP.
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8
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CAPACIDADE DA CARTOGRAFIA AERONÁUTICA
8.1
As tarefas relacionadas à Cartografia Aeronáutica, no âmbito do DECEA, estão sob a
responsabilidade do ICA Instituto de Cartografia Aeronáutica que produz e disponibiliza suas
publicações para os usuários, em forma impressa ou digital, tendo como principais
atribuições:
x Assegurar o apoio e a assistência técnica aos órgãos do Comando da
Aeronáutica nos assuntos relacionados com a geodésia, aerolevantamento,
topografia, cartografia, fotogrametria, sensoriamento remoto e outros
produtos ligados ao universo cartográfico;
x Executar os planos específicos da Zona de Proteção de Aeródromos;
x Gerenciar e disponibilizar as informações aeronáuticas permanentes,
apresentadas nas publicações AIS, em consonância com calendários
preestabelecidos; e
x Representar o COMAER junto aos organismos nacionais e internacionais
nos assuntos relativos à cartografia aeronáutica e às informações
aeronáuticas, visando à assimilação de novas tecnologias.
8.2
Desse modo, o ICA possui uma estrutura técnica com recursos humanos
especializados, os quais atuam num campo de atividades bastante influenciado por
tecnologias modernas, que empregam técnicas e equipamentos cada vez mais sofisticados nos
processos de produção, coleta, análise e apresentação de dados informativos, facilitando sua
utilização pelos diversos usuários do SISCEAB.
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9
9.1
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CAPACIDADE DE INSPEÇÃO EM VOO
GRUPO ESPECIAL DE INSPEÇÃO EM VOO (GEIV)
9.1.1 O GEIV, com sede no Rio de Janeiro - RJ, é uma Unidade Aérea Operacional,
diretamente subordinada ao DECEA, habilitada para assegurar o perfeito funcionamento dos
recursos do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB), por meio da
execução regular, ou por demanda, da chamada “Inspeção em Voo de Equipamentos e de
Procedimentos Operacionais”.
AERONAVE DE INSPEÇÃO DO GEIV
9.1.2 A inspeção em voo de equipamentos e sistemas diversos que atendem à Navegação
Aérea é uma função complexa e dinâmica, tendo como principal desafio a adaptação
constante às novas tecnologias e o desenvolvimento de novos procedimentos e critérios
operacionais, a fim de atender às novas exigências aeronáuticas.
9.1.3 Essas inspeções têm como principal objetivo garantir a qualidade e a segurança dos
serviços prestados pelo DECEA, uma vez que mantém aferidos todos os sistemas de
vigilância, de meteorologia, os equipamentos de telecomunicações, bem como os auxílios à
navegação aérea, aproximação e pouso instalados no Brasil.
9.1.4 A atividade de Radiomonitoragem consiste na busca de fontes de emissão de energia
eletromagnética que afetem a operação dos sistemas relacionados com a navegação aérea.
9.1.5 Atualmente, além de um corpo técnico especializado para a tarefa, o GEIV conta com
aeronaves equipadas com Sistemas de Inspeção em Voo (SIV) e de RAMON, sendo 4
(quatro) IC-95, 4 (quatro) IU-93A e 1 (um) IU-50. Outras três aeronaves IU-50 encontram-se
encomendadas à Embraer, com previsão de entrega para os próximos 4 anos.
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RECURSOS TÉCNICOS
10.1
Para que os Órgãos Operacionais do SISCEAB possam desempenhar de forma
satisfatória suas tarefas e atender de forma eficaz e segura seus diversos usuários, o DECEA,
bem como outras Organizações que fazem parte desse Sistema, necessitam colocar à
disposição dos operadores uma vasta gama de recursos que são implantados, operados e
mantidos por outros técnicos do Sistema.
10.2
É imprescindível considerar que diante da diversidade técnica dos usuários do
SISCEAB, bem como da multiplicidade e complexidade dos recursos, equipamentos e
sistemas implantados e sob o gerenciamento do DECEA, torna-se necessário apresentar aqui,
apenas, os meios indispensáveis à compreensão geral do Sistema.
10.3 As definições e detalhamentos técnicos e operacionais aqui inseridos obedecerão a
uma linguagem o mais simples possível, sem esgotamento do assunto sobre os diversos
recursos, de modo a facilitar a compreensão geral de usuários diversos.
10.4 A configuração completa desses recursos, bem como o seu aprofundamento didático,
deverão ser localizados nos documentos citados na referência, assim como, na vasta
legislação do SISCEAB.
10.5 Enfim, podemos observar no diagrama de contexto que os recursos técnicos serão
apresentados, no presente trabalho, de forma integrada e simplificada, com o propósito de
mostrar, de maneira didática, a configuração e a capacidade dos meios do SISCEAB que estão
à disposição da FAB, bem como dos diversos aeronavegantes e dos usuários em geral.
10.6 Desse modo, por terem impactos mais diretos com as operações da COM,
selecionamos os seguintes recursos:
x
x
x
x
x
Telecomunicações Aeronáuticas;
Sistemas de Vigilância;
Auxílios à Radionavegação;
Meteorologia Aeronáutica; e
Enlaces, Interfaces Homem Máquina e outros dispositivos.
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CAPACIDADE DE TELECOMUNICAÇÕES AERONÁUTICAS
11.1 A prestação dos serviços de controle de tráfego aéreo é fortemente apoiada no uso de
comunicações. As comunicações entre os controladores de tráfego aéreo e os pilotos, por
exemplo, devem transcorrer de forma clara e objetiva, pelo uso de voz direta ou pelo
processamento de dados digitais.
11.2 Em geral, as comunicações entre os órgãos operacionais e as aeronaves são executadas
para conceder autorizações, realizar a vigilância aérea e fornecer informações de apoio ao
voo, tais como condições meteorológicas, condições dos aeródromos etc.
11.3 O território brasileiro é coberto pela Rede de Estações VHF e UHF, instaladas em
pontos selecionados para obtenção de cobertura satisfatória, de modo a oferecer aos usuários
um Serviço Móvel Aeronáutico amplo e confiável. Além das redes analógicas, está
estrategicamente implantada uma infraestrutura Data Link, a fim de suportar aplicações por
enlace de dados no espaço aéreo continental brasileiro a partir do FL 245. No espaço aéreo
oceânico sob jurisdição do Brasil, correspondente à FIR-AO, encontra-se disponível, desde
2009, a comunicação CPDLC, veiculada por meio de um enlace satelital.
11.4 A capacidade de telecomunicações aeronáuticas foi concebida e especificada pelo
DECEA para atender às aeronaves nos diversos espaços aéreos, ATZ, TMA e FIR, sendo
instaladas nas TWR, APP, ACC, OCOAM e Estações de Telecomunicações Rádio para
prestação do AFIS espalhadas em todo território nacional.
11.5 Por outro lado, a comunicação entre os órgãos de controle também é fundamental,
pois, quando uma aeronave cruza o espaço aéreo ela atravessa diferentes regiões de controle,
tornando as coordenações ATS indispensáveis à segurança das aeronaves durante todas as
fases de seu voo. É necessário, portanto, utilizar uma infraestrutura de comunicação capaz de
interligar essas formas de comunicação, a saber:
x
Serviço Móvel Aeronáutico SMA. Viabiliza as comunicações entre os
controladores de tráfego aéreo e os pilotos.
x
Serviço Fixo Aeronáutico SFA. Viabiliza as comunicações entre os
diferentes órgãos de controle.
x
Aeronautical Fixed Telecommunications Network AFTN. Rede
internacional para comunicação que viabiliza a integração do SFA nacional
e o internacional.
x
ATS Message Handling System AMHS (Serviço de Tratamento de
Mensagens ATS). Rede internacional para trâmite de mensagens ATS por
meio de uma infraestrutura compatível com a ATN.
11.6 SERVIÇO MÓVEL AERONÁUTICO (SMA)
Destinado às comunicações entre os órgãos de controle e as aeronaves, o SMA
é suportado por Estações V/UHF integradas, ou seja, com antenas e transceptores destinados
tanto à CAG quanto à COM, bem como alguns equipamentos isolados, espalhados por todo o
território nacional.
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11.6.1 As frequências utilizadas na CAG encontram-se descritas nas Cartas e Publicações
Aeronáuticas e as frequências utilizadas na COM encontram-se descritas nos Planos de
Comunicações das Unidades Aéreas, elaborados pelo COMDABRA.
11.6.2 Atualmente, as comunicações entre aeronaves e controladores também podem ser
realizadas por meio da troca de mensagens digitais, com os recursos CPDLC e DCL .Nesse
contexto, a infraestrutura do Serviço Móvel Aeronáutico vem sofrendo uma significativa
reformulação, com a transição da tecnologia analógica, hoje vigente, para a digital.
Considerando o elevado nível de confiabilidade requerido, esse serviço apoia-se em diversas
estações com múltiplas frequências e, atualmente, assegura cobertura total de comunicação no
FL 200.
11.6.3 As estações VHF e UHF, operadas pelos órgãos ATS, que atendem às FIR, RDA,
TMA, ATZ e demais espaços aéreos não controlados, instaladas em estações integradas ou
isoladas, estão assim compostas:
Estações VHF / UHF do DECEA
VHF
UHF
Estações
Frequências
Estações
Frequências
75
752
42
153
NOTA: O SMA conta, ainda com uma Rede de Telecomunicações em HF, com cobertura
nacional, cuja configuração e operação pelos ACC, ou pelos Esquadrões do 1º GCC,
estão descritas nas publicações CIRCEA 102-3/2013 e CIRTRAF 100-14/2007,
ambas do DECEA.
11.7 SERVIÇO FIXO AERONÁUTICO (SFA)
11.7.1 REDE E ENLACES TELEFÔNICOS
11.7.1.1 As comunicações entre os órgãos de controle de tráfego aéreo são executadas,
basicamente, por meio de redes de comunicação de telefonia autônomas implantadas pelo
DECEA. Os órgãos de controle possuem ramais telefônicos com enlaces diretos e
instantâneos, sem discagem, que permitem comunicações operacionais imediatas entre seus
operadores, designadas como TF-1. Essas redes se destinam, exclusivamente, à coordenação
entre órgãos de controle de tráfego aéreo civil e militar.
11.7.1.2 Outras duas redes autônomas de telefonia são aplicadas também para comunicação
de ordem operacional e técnico-administrativa, designadas, respectivamente, como TF-2 e
TF-3, necessárias para garantir e incrementar a disponibilidade dos sistemas de comunicações
operacionais.
11.7.1.3 A rede TF-2, de comutação automática, é empregada na coordenação e controle do
tráfego aéreo civil e militar, enquanto a rede TF-3 é estabelecida para comunicações técnicas
e administrativas. Em complemento às redes autônomas do DECEA, os órgãos operacionais
são dotados de Linhas Telefônicas Comerciais, de modo a ampliar sua capacidade e segurança
no adequado atendimento aos usuários.
11.7.1.4 O COMAER conta, ainda, com a Rede Telefônica de Comando da Aeronáutica
(RTCAER) implantada e mantida pelo DECEA, que atende aos Comandantes e Chefes de
Organizações, de acordo com o estabelecido pela ICA 102-3, do COMAER, de 4 de março de
2011.
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11.7.2 REDE INTERNACIONAL DE COMUNICAÇÕES AERONÁUTICAS (AFTN)
11.7.2.1 O DECEA dispõe, também, de redes internacionais que integram os órgãos de
controle de tráfego aéreo brasileiros aos dos países vizinhos, para a transferência de tráfego e
a troca de mensagens operacionais, a Rede de Telecomunicações Fixas Aeronáuticas (AFTN
Aeronautical Fixed Telecommunication Network) tem sido por muitos anos um elemento
fundamental para a troca de mensagens operacionais, tais como: condições meteorológicas,
condições de operação de aeródromos, coordenações de tráfego aéreo entre centros de
controle etc. Essa rede de vital importância é composta por uma malha extremamente
capilarizada, com acessos em várias regiões do mundo.
11.7.2.2 O SFA e a AFTN permitem que os órgãos de Comando e Controle, nos seus diversos
níveis, possam realizar coordenações, em sua maioria, imediatas ou num tempo de reação
adequado à fluidez da Circulação Aérea Nacional, bem como a manutenção da segurança e
integridade do espaço aéreo brasileiro.
11.7.3 SISTEMA DE TRATAMENTO DE MENSAGENS ATS (AMHS)
11.7.3.1 Para melhor atender à crescente demanda do espaço aéreo, aumentando a rapidez e a
confiabilidade do sistema, o DECEA implantou o AMHS, uma evolução da AFTN, com
maior capacidade de endereçamento e maior velocidade na transmissão da mensagem, dentre
outros.
11.7.3.2 O AMHS é um sistema com conexões internacionais que atende ao serviço de
mensagem preconizado no conceito CNS/ATM, conforme definido nas Normas e Práticas
Recomendadas pela OACI para a Rede de Telecomunicações Aeronáuticas (ATN).
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12 CAPACIDADE DO SISTEMA DE VIGILÂNCIA
12.1 Em face da grande quantidade de aeronaves que utilizam o espaço aéreo brasileiro,
constituindo um grande volume de tráfego aéreo a ser controlado em determinadas regiões, o
DECEA utiliza uma Rede de Sensores de Vigilância do Espaço Aéreo, de modo a incrementar
a fluidez e segurança dos voos, além de, viabilizar a vigilância, o controle efetivo e a
integridade do espaço aéreo brasileiro.
12.2 Esses Sensores de Vigilância, todos integrados ao STVD SAGITARIO nos órgãos de
controle e que poderão ser utilizados pelas aeronaves da FAB, são compostos de:
x
Sistemas Radar;
x
Sistema ADS-B;
x
Sistema ADS-C.
12.3 SISTEMAS RADAR
12.3.1 TIPOS DE RADARES
12.3.1.1 Radares Primários Bidimensionais
12.3.1.1.1 São sistemas cuja detecção de aeronaves permite sua representação num STVD e
funcionam com base no princípio da reflexão da onda eletromagnética (ECO), ou seja,
independe de cooperação de instrumentos a bordo das aeronaves. Fornecem a posição das
aeronaves em azimute e distância da Antena Radar.
12.3.1.2 Radares Secundários
12.3.1.2.1 São sistemas cuja detecção de aeronaves permitem a representação visual em
Azimute, Distância e Altitude em relação ao Nível do Mar em um STVD. Entretanto,
dependem de uma interrogação eletrônica do equipamento instalado no solo/água, ou seja, da
cooperação de instrumento respondedor a bordo das aeronaves.
12.3.1.3 Radares Primários Bidimensionais e Secundários Associados
12.3.1.3.1 É a junção, em um único conjunto rotativo, de radares primários e secundários,
sendo a mais utilizada no Brasil, pois atende tanto à COM quanto a CAG, obedecendo ao
conceito de uso integrado dos meios DACTA. Na figura a seguir, as antenas correspondentes
aos Radares Primários e Secundários estão apresentadas, respectivamente, na parte inferior e
superior do conjunto de antenas.
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12.3.1.4 Radares Primários Tridimensionais
12.3.1.4.1 Sistemas concebidos para atender às operações militares, em especial, às
atividades de Defesa Aeroespacial, pois fornecem informações autônomas de Azimute,
Distância e Altura das aeronaves, sem dependência do equipamento transponder a bordo das
aeronaves.
12.3.1.4.2 São sensores de aproximação de vigilância de precisão transportáveis, com
capacidade de detecção tridimensional primária, que permitem o recolhimento de aeronaves
numa pista selecionada, de modo independente das condições meteorológicas ou de outros
equipamentos de navegação aérea instalados a bordo dessas aeronaves.
12.3.1.5 Radar PAR-2000T
12.3.1.5.1 Esses sistemas, sediados nas Bases Aéreas de Anápolis, Canoas, Natal e Porto
Velho, são dotados de um sistema de vigilância bidimensional, com cobertura radar de 30 NM
de raio, que realiza o monitoramento de aeronaves, em especial, a vetoração das mesmas até a
área de cobertura dos sensores do sistema PAR, de modo a executar pousos seguros.
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12.3.1.6 Radares Aeroembarcados
12.3.1.6.1 São sensores radar instalados a bordo de Aeronaves E-99, cuja antena encontra-se
sobre a sua fuselagem, com capacidade de detecção AR-SOLO, em uma determinada área de
cobertura, que viabilizam o controle de missões a partir de um STVD, instalado a bordo da
própria aeronave que opera como um OCOAM.
AERONAVE DE VIGILÂNCIA E-99
12.3.1.7 Por meio de um enlace de dados especial – DATA LINK, esse sistema tem a
capacidade de trocar dados com outra aeronave similar ou com um OCOAM, no solo,
ampliando a área de detecção dos sistemas de vigilância fixos, bem como a capacidade de
controle desses órgãos.
12.3.2 CONFIGURAÇÃO DO SISTEMA RADAR
12.3.2.1 A quantidade dos diversos sistemas radar, fixos e transportáveis, tipo de cobertura e
aplicação operacional estão descritos na tabela a seguir:
Secundária
AZ+DIST+ALT (C)
Primária + Secundária
AZ + DIST + ALT (C)
Primária
AZ + DIST + ALT
-
33
-
21
23
10
MGCA
(PAR-2000)
-
-
04
GCI (3D)
-
-
06
-
-
02
TIPO DE COBERTURA
APLICAÇÃO
TMA
(Bidimensionais Fixos)
ROTA
(Bidimensionais Fixos)
TRANSPORTÁVEL
Aeroembarcado E-99
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12.3.3 COBERTURA RADAR
12.3.3.1 As coberturas nominais do sistema radar, primarias e secundárias, nos FL 100, FL
200 e FL 300, sobre o território brasileiro, estão representadas nas figuras a seguir.
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12.4 SISTEMA ADS-B
12.4.1 O ADS-B Vigilância Dependente Automática por Radiodifusão (Automatic
Dependent Surveillance – Broadcast) é o meio pelo qual aeronaves, veículos de aeródromos e
outros objetos podem automaticamente transmitir e receber dados como identificação, posição
e dados adicionais de interesse, em modo de difusão, via enlace de dados, entre si.
Atualmente, a ADS-B está instalada na bacia de Campos por meio de uma infraestrutura
terrestre composta por 4 (quatro) sensores ADS-B implantados em plataformas e 2 (dois)
sensores implantados no continente,1 (um) processador central na EPTA Macaé,
equipamentos de monitoração e controle e, ainda, uma rede de comunicação de dados, de
forma a proporcionar cobertura integral da TMA Macaé.
12.4.2 Esse sistema é dependente do TRANSPONDER, que por sua relativa simplicidade,
vasta área de cobertura e precisão, oferece aos usuários uma considerável segurança na
realização de seus voos, em especial, em áreas onde outros sistemas se mostrem de alto custo,
pouco eficazes ou com extrema dificuldade para implantação. No Brasil, os dados ADS-B
estão sendo integrados aos dados do sistema radar que atende a TMA Macaé, de modo a
permitir uma vigilância das aeronaves, desde 500 pés MSL até o FL 195, por meio do sistema
SAGITARIO, esse sistema está em fase de implantação em todo o Brasil pelo DECEA e, por
suas características, proporcionará melhorias determinantes no serviço de vigilância
aeronáutica e um incremento considerável na segurança do transporte aéreo nacional.
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12.5 SISTEMA ADS-C
12.5.1 O ADS-C Sistema de Vigilância Dependente Automática por Contrato é uma
aplicação por enlace de dados, via satélite, que permite o monitoramento de aeronaves em
áreas remotas dotadas, mediante negociação de uso com uma Empresa gestora desse recurso.
O DECEA utiliza a vigilância com o ADS-C no espaço aéreo sobrejacente ao Oceano
Atlântico, correspondente à FIR-Atlântico. Desse modo, por meio de uma Estação terrestre
(GES), o ACC Atlântico incrementa a capacidade de vigilância das aeronaves que cruzam
aquela FIR, com base na posição tridimensional e em outras informações das mesmas, assim,
o DECEA provê melhor serviço aos usuários do SISCEAB e maior segurança nas operações
aéreas naquela região.
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13 CAPACIDADE DE NAVEGAÇÃO AÉREA
13.1 O SISCEAB dispõe, ainda, de uma diversidade de equipamentos e sistemas que
permitem aos pilotos, com o apoio de Cartas e Publicações Aeronáuticas produzidas pelo
ICA, planejar e realizar suas missões de modo satisfatório e seguro, a partir da decolagem de
um aeródromo, da realização de subidas, da navegação em rota, das descidas e seu pouso no
aeródromo de destino. Essas atividades operacionais, a rigor, podem ser realizadas pelas
aeronaves de modo independente do Sistema de Vigilância, ou em operação conjunta com o
mesmo, em função do espaço aéreo utilizado, do volume do tráfego aéreo ou, ainda, do tipo
de procedimento requerido pelas aeronaves aos órgãos ATC, a utilização desses
equipamentos, normalmente instalados em Sítios fixos, depende de outros correspondentes,
instalados a bordo das aeronaves.
13.2 A seguir apresentaremos a quantidade e o emprego dos auxílios rádio implantados
pelo DECEA, sendo que os dados adicionais constam das publicações aeronáuticas.
AUXÍLIOS RÁDIO À NAVEGAÇÃO AÉREA EM OPERAÇÃO
NDB
VOR
DVOR
DME
ILS
39
08
35
60
37
Um breve comentário sobre seu emprego para a navegação aérea e aproximação para pouso
no território nacional.
13.3 NDB
13.3.1 Equipamento rádio, não direcional, que emite sinais rádio em 360 graus em relação à
sua antena e oferece ao usuário um sentido definido para a Estação NDB, que será indicado
pelo correspondente equipamento de bordo da aeronave ou outro veículo. O sinal radioelétrico
do NDB pode sofrer interferências, como atenuação ou desvio do seu sinal, relacionadas com
o “efeito noturno”, reflexão motivada por relevos em torno do sítio, bem como aquelas
provocadas por condições atmosféricas ou marítimas adversas. As localidades dotadas de
NDB e seus procedimentos constam das Cartas de Radio navegação e correspondentes
publicações aeronáuticas do DECEA.
ANTENA DE NDB
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13.4 VOR/D-VOR
13.4.1 Equipamento rádio que emite um sinal não direcional e outro direcional, rotativo,
alinhado ao Norte Magnético da Terra. O receptor instalado a bordo da aeronave mede a
diferença entre esses dois sinais e a converte em graus magnéticos identificados em 360
RADIAIS que indicam ao piloto sua localização radial, em relação ao sítio VOR. Os sinais de
um VOR/DVOR, na prática, não sofrem interferências geradas pelo meio ambiente, podendo
cobrir uma área com até 200 NM de raio, em função da altura da aeronave receptora. As
localidades dotadas de VOR/DVOR e seus procedimentos constam das Cartas de Rádio
navegação e correspondentes publicações aeronáuticas do DECEA.
EQUIPAMENTO DVOR/DME
13.5
DME
13.5.1 Equipamento que permite ao piloto em comando obter sua distância em relação ao seu
sitio de interesse pela diferença de fase entre os pares de pulso eletromagnético emitidos, cujo
tempo obtido é convertido em distância da aeronave a antena. Em geral, o DME é utilizado
em conjunto com o VOR/DVOR, fornecendo o azimute e a distância em relação ao sítio
considerado. As localidades dotadas de DVOR/DME e seus procedimentos constam das
Cartas de Rádio navegação e correspondentes publicações aeronáuticas do DECEA.
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13.6
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ILS
13.6.1 É um sistema para aproximação de aeronaves voando sob regras de voo por
instrumentos que dá ao piloto uma orientação precisa na fase de aproximação final para pouso
em uma pista. Baseado na transmissão de sinais de rádio, a utilização do ILS é dependente,
principalmente, dos equipamentos de bordo das aeronaves que, por meio do Localizador
(LOC) e do Glide Slope-GS, recebem guias de azimute, distância e ângulo, em relação ao
eixo e ao ponto de toque da pista, durante as aproximações IFR para o pouso. As localidades
dotadas de ILS, suas categorias operacionais e seus procedimentos constam das Cartas de
Radio navegação e correspondentes publicações aeronáuticas do DECEA.
ILS – GLIDE SLOPE
ILS – Localizer
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13.7 GPS
13.7.1 (Global positioning system) é um Sistema de Posicionamento Global, por satélite, que
fornece a um aparelho receptor móvel a sua posição, assim como informação horária, sob
quaisquer condições atmosféricas, a qualquer momento e em qualquer lugar na Terra, desde
que o receptor se encontre no campo de visão de três ou mais satélites, de modo a melhorar a
precisão dos dados obtidos.
13.7.2 O Brasil utiliza dois sistemas de posicionamento por satélite: o GPS americano e o
GLONASS russo, que fazem parte do Sistema Global de Navegação por Satélite (GNSS). O
sistema americano é operado pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos. Inicialmente
o seu uso era exclusivamente militar, estando atualmente disponível para uso civil gratuito.
No entanto, poucas garantias apontam para que, em tempo de guerra, o uso civil ou por outros
países seja mantido, o que resultaria num sério risco para a segurança interna e à navegação
CAG.
13.7.3 O GPS é empregado na aviação em geral, na navegação terrestre e marítima, com fins
institucionais ou comerciais, porém, atualmente é utilizado por diversas pessoas, de modo
privado, que querem saber sua posição na sua própria cidade e, principalmente, para viajar.
No Brasil, os procedimentos para navegação aérea, inclusive para pouso, elaborados com base
nas informações GPS, cuja fonte de referência são os sistemas satelitais, estão sendo
largamente utilizados, em especial pela aviação de pequeno porte.
13.7.4 As localidades dotadas de procedimentos que utilizam GPS, inclusive RNAV e RNP,
constam das Cartas de Rádio navegação e correspondentes publicações aeronáutica do
DECEA.
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14 CAPACIDADE DE METEOROLOGIA
14.1 No Brasil, a atividade de Meteorologia Aeronáutica é de competência do Comando da
Aeronáutica e desenvolvida pelo Sistema de Controle do Espaço Aéreo (SISCEAB), sob a
responsabilidade do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA). Para o Piloto, o
conhecimento das condições meteorológicas reinantes nos aeródromos de partida, destino e
alternativas são imprescindíveis para a realização ou não do voo. Além disso, é necessário
saber se essas condições sofrerão variações significativas quanto ao teto, à visibilidade, ao
tempo presente, ao vento, bem como o horário previsto para início dessas variações e período
previsto para sua duração.
14.2 Para um voo seguro, econômico e confortável, não bastam somente essas informações,
é necessário também conhecer as condições em rota. Dentre elas destacam-se a direção e
velocidade do vento ao longo da rota, condições de formação de gelo, turbulência, localização
de nuvens, tipo Cumulunimbus (CB), que possam acarretar desvios de rota e por consequência
maior consumo de combustível.
14.3 Para o emprego militar, a meteorologia destaca-se pelo apoio específico a diversos
tipos de operações. Para a aviação de caça, por exemplo, é também importante saber o nível
em que ocorre a trilha de condensação; nas operações de lançamento de carga e paraquedistas
é importante conhecer o vento nas camadas da atmosfera sobre a Zona Lançamento, bem
como, o ponto ideal para lançamento em grande altitude de paraquedistas que, planando com
velame aberto, visam alcançar um determinado alvo.
14.4 A redução dos mínimos meteorológicos para utilização de aeródromos e a busca da
eficiência operacional nas atividades aéreas têm acentuado a necessidade de se obter
informações precisas e atualizadas sobre as condições meteorológicas locais, nos aeródromos
e ao longo das rotas aéreas. Neste contexto, a atividade de Meteorologia Aeronáutica está
alicerçada na seguinte estrutura:
x
Rede de Estações Meteorológicas;
x
Rede de Centros Meteorológicos;
x
Bancos de Dados Operacionais (OPMET) e Climatológico (BCA); e
x
Sistema de divulgação de informações meteorológicas.
14.5 REDE DE ESTAÇÕES METEOROLÓGICAS (REM)
14.5.1 As estações meteorológicas que integram esta rede são classificadas conforme suas
características, sendo compostas de Estações Meteorológicas de Superfície (EMS) Classe I, II
e III, Estação Meteorológica de Superfície Automática (EMS-A) e de Estações
Meteorológicas de Altitude (EMA), apresentadas a seguir, e são distribuídas nos aeródromos
ou outros pontos de interesse do sistema.
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EMS
EMA
14.6 REDE DE CENTROS METEOROLÓGICOS
14.6.1 Esta rede opera incorporando todos os dados observacionais e prognosticados. É
responsável pela divulgação das informações meteorológicas à navegação aérea. A prestação
deste serviço está associada aos subsistemas de visualização, tratamento e difusão dos dados
meteorológicos.
14.6.2 Compõem esta rede o Centro Nacional de Meteorologia Aeronáutica (CNMA), os
Centros Meteorológicos de Vigilância (CMV), os Centros Meteorológicos de Aeródromos
(CMA) e os Centros Meteorológicos Militares (CMM). O CNMA, localizado no
CINDACTA I, em Brasília-DF, tem suas atribuições prioritariamente direcionadas a
fenômenos meteorológicos em escala sinótica. É de sua competência a manutenção e
operação do Banco OPMET e da REDEMET.
CNMA e CMV em BRASÍLIA
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14.6.3 Os Centros Meteorológicos de Vigilância (CMV), no total de quatro, operam
associados aos Centros de Controle de Área e são responsáveis pela vigilância das condições
meteorológicas que afetam as operações aéreas em Voo.
14.6.4 Os CMV mantêm a vigilância meteorológica, confeccionam e divulgam mensagens de
tempo significativo em rota (SIGMET e AIRMET), operam remotamente a Rede de Radares
Meteorológicos e prestam o Serviço VOLMET.
14.6.5 Nessa área de cobertura, o SISCEAB conta, ainda, com uma Rede de Radares
Meteorológicos, compostos de 23 sensores de longo alcance que auxiliam na elaboração de
prognósticos aos aeronavegantes e a outros usuários, distribuídos conforme figura a seguir.
REDE DE RADARES METEOROLÓGICOS
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14.6.6 Os CMA-1 estão localizados nos principais aeroportos internacionais, elaborando
prognósticos de aeródromos (TAF), previsões para pouso e decolagem, previsões de área
(GAMET), avisos de Cortante de Vento, Avisos de Aeródromos, mantendo contínua
vigilância meteorológica em seus aeródromos de responsabilidade. Os CMA fornecem
documentação de voo às tripulações e aos despachantes operacionais de voo, proporcionam
exposições orais e fornecem aos órgãos locais de Tráfego Aéreo informações meteorológicas,
observadas ou prognosticadas, que possam contribuir para a segurança do aeródromo e das
aeronaves estacionadas.
14.6.7 Os Centros Meteorológicos Militares (CMM), localizados nas Bases Aéreas, prestam
apoio específico à Aviação Militar. Para atender às operações militares em locais restritos, o
Comando da Aeronáutica ativa CMM Móveis, por meio do 1º GCC.
14.7 BANCOS DE DADOS OPERACIONAIS (OPMET) E CLIMATOLÓGICO (BCA)
14.7.1 O Serviço de Meteorologia Aeronáutica opera duas bases de dados:
a) O Banco de Dados Operacionais de Meteorologia (Banco OPMET) é um
órgão que visa atender, de forma integrada, às necessidades imediatas da
navegação aérea através do fornecimento de boletins meteorológicos
rotineiros (METAR, TAF, SPECI, SIGMET), nacionais e internacionais.
b) O Banco de Climatologia Aeronáutica (BCA) destina-se a prover os
sumários climatológicos dos diversos aeródromos do País e a manter uma
base estatística de dados climatológicos aplicáveis à aviação e ao
planejamento estratégico, técnico e operacional.
14.8 SISTEMA DE DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES METEOROLÓGICAS
14.8.1 As informações Meteorológicas são divulgadas pelo AMHS e pelo site de
Meteorologia Aeronáutica (REDEMET).
TELA PRINCIPAL DA REDEMET
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14.8.2 A REDEMET visa integrar os produtos meteorológicos voltados à aviação civil e
militar. É o meio oficial do Comando da Aeronáutica para divulgá-las, interligando os órgãos
de meteorologia do SISCEAB, por meio da INTRAER e INTERNET. Além disso, possibilita
a consulta de informações meteorológicas no Banco OPMET e disponibiliza produtos gerados
pela rede de Centros, Radares, Satélites meteorológicos e Sistema de Tempo Severo
Convectivo (STSC), pelos seguintes acessos:
x
http://www.redemet.aer.mil.br;
x
http://www.redemet;
x
https://www.redemet.aer.mil.br/;
x
http://www.redemet.intraer/stsc; e
x
http://clima.icea.gov.br/clima/.
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15 CAPACIDADE DE INTEGRAÇÃO
15.1 Todos os recursos implementados ou em operação sob a responsabilidade do DECEA
são, direta ou indiretamente, colocados à disposição dos operadores e usuários de modo
integrado, com a utilização de recursos diversos como Enlace de Dados, Interfaces HomemMáquina e outros dispositivos que viabilizam a adequada prestação de serviços pelos diversos
órgãos do SISCEAB. No caso, os operadores dos órgãos ATC necessitam receber os dados
relativos à posição das aeronaves, bem como à situação geral nas respectivas áreas onde são
realizados os voos, de modo integrado para transmitir aos pilotos e demais órgãos envolvidos,
as informações imprescindíveis à realização segura das missões, desse modo, por meio de
parcerias com seus fornecedores, o DECEA contratou e desenvolveu diversas interfaces, com
equipamentos e programas (software) específicos, designados Sistemas de Tratamento e de
Visualização de Dados STVD, os quais estão integrados a móveis consoles especiais e
ergonômicos.
15.2 Para efeito do presente manual, os recursos utilizados para a integração e apresentação
dos dados operacionais mais significativos são os seguintes:
15.3
AMHS
15.3.1 Conjunto de Hardware e software utilizados que constitui o Sistema Central de
Tratamento de Mensagens entre os órgãos ATS, inclusive dos Planos de Voo, em geral,
conforme descrito em item específico
15.4
SGTC
15.4.1 Sistema de Gerenciamento de Tráfego Aéreo que automatizou o processamento dos
Planos de Voo em uma TWR, eliminou o uso de Fichas de Papel, padronizou e aumentou a
confiança no uso dos correspondentes dados.
15.5
AMAN
15.5.1 (Approach Manager) Sistema de Gerenciamento de Chegadas em uma TMA, em
processo de implantação pelo DECEA, que está sendo integrado ao SAGITARIO nos APP,
objetivando auxiliar o Controlador na escolha da melhor sequência para os pousos das
aeronaves sob seu controle.
15.6
TATIC
15.6.1 Total Air Traffic Information Control – versão de IHM, evoluída do SGTC, contendo
uma geração de informações estruturadas dentro do segmento ATC/ATM, que possibilita a
formatação e o aproveitamento desses dados, de forma a prover subsídios para a tomada de
decisões estratégicas. Atualmente, o TATIC integrou a função DCL que permite, pela
interface piloto-controlador, viabilizar a autorização de decolagens de aeronaves por meio de
enlace de dados.
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15.7
49/54
STVD X-4000
15.7.1 Sistema de Controle de Tráfego Aéreo hospedado em Workstation, ainda em operação
em alguns APP.
15.8
STVD SAGITARIO
15.8.1 Sistema Avançado de Gerenciamento Integrado do Tráfego Aéreo e de Relatórios de
Interesse Operacional/STVD que está substituindo o Sistema X-4000, ainda, utilizado em
alguns APP Radar.
15.8.2 O sistema SAGITARIO, desenvolvido em conformidade com especificações
internacionais, atende aos modernos padrões de interface homem-máquina, nos ACC e APP,
com vigilância multissensorial (Radar, ADS-B e ADS-C), maior capacidade de fusão de
dados, gerenciamento de chegadas (Approach Manager – AMAN), entre outros.
15.8.3 Além de incluir recursos de alerta acionados automaticamente nas ocorrências que
exijam rápida interferência no plano de voo, o SAGITARIO garante agilidade por meio de um
menu de alternativas acessado na tela da situação aérea através de etiquetas inteligentes,
simbologia ou cores adotadas internacionalmente. Isso permite separar procedimentos
rotineiros das situações que exigem maior atenção dos Controladores.
15.9
SIGMA
15.9.1 Sistema Integrado de Gestão de Movimentos Aéreos utilizado pelo CGNA para
supervisionar o gerenciamento do fluxo de tráfego aéreo nos órgãos ATC do SISCEAB.
15.10 LINK BR1
15.10.1 É um sistema de comunicação de dados em operação coordenado pelo COMGAR,
composto de protocolos e equipamentos de radiocomunicação, dependentes de software
desenvolvido sob o conceito de plataforma, com ênfase em Estações DLRS, sendo
responsável pelo estabelecimento de comunicação de dados entre os diversos participantes da
Rede, conforme apresentado a seguir:
DIAGRAMA DO SISTEMA ATUAL DE ENLACE DE DADOS
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15.11 DACOM
15.11.1 STVD instalado nos OCOAM e no DIVOC, com software dedicado à Vigilância do
Espaço Aéreo, ao Controle de Operações Militares, às missões relacionadas à Defesa
Aeroespacial do território brasileiro, conforme contexto operacional descrito no Item 15.15,
desta CONOPS.
15.11.2 Esses recursos, apoiados pelos meios de comunicação, de informações aeronáuticas e
de meteorologia, permitem aos operadores dos diversos órgãos do DECEA e do
COMDABRA prestarem serviços ATS com maior nível de fluidez e precisão, garantindo
segurança aos diversos usuários do SISCEAB e do SISDABRA.
15.11.3 O DACOM, desenvolvido pelo COMAER, é utilizado para o controle das missões de
Defesa Aérea e de Controle da Circulação Operacional Militar. Seus recursos são operados
pelos COpM, Esquadrões do 1º GCC e COMDABRA, na Sala de Operações do seu EstadoMaior e na Sala de Operações do DIVOC.
15.11.4 É utilizado pelos OCOAM para assegurar a Vigilância do Espaço Aéreo Brasileiro,
permite conduzir as missões de Defesa Aeroespacial do nosso território e realizar o controle
das aeronaves envolvidas nos demais voos da Circulação Operacional Militar.
15.11.5 O DACOM permite aos controladores militares realizarem o controle efetivo das
aeronaves militares envolvidas em missões COM. Neste caso, destacam-se as missões de
interceptação nas quais o controlador, com ações discretas, rápidas e segura, controla a
Aeronave Interceptadora da sua Base de decolagem, a conduz até a aeronave a ser
Interceptada e, ao final da missão, usualmente, realiza o seu recolhimento em uma pista
selecionada.
15.11.6 Na DIVOC, o DACOM é utilizado na supervisão das tarefas operacionais dos
OCOAM e na Sala de Estado-Maior do COMDABRA, para auxiliar nas decisões das Altas
Autoridades de Defesa Aeroespacial.
15.12 DACOM - RELACIONAMENTO OPERACIONAL E SISTÊMICO
O relacionamento operacional e sistêmico do DACOM, envolvendo diversos elos e recursos
do SISCEAB, inclusive, do SISDABRA, pode ser identificado na Figura a seguir:
51/54
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DACOM - RELACIONAMENTO OPERACIONAL E SISTÊMICO
Voos da COM / CAG
Sistemas de Vigilância
E-99
ADS
ACC/APP
(SAGITARIO)
OCOAM
(DACOM)
ATS
COM
MET
ATS
COM
MET
CINDACTA
CGNA (SIGMA)
DIVOC (DACOM)
Coordenação
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16
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CONCLUSÃO
16.1 O presente Manual tratou de apresentar a concepção de emprego operacional dos
recursos implantados ou gerenciados pelo DECEA, colocados à disposição dos usuários da
navegação aérea, para pronta utilização, em especial, dos integrantes da FAB e demais aliados
das FFAA, com vistas a cooperar para a obtenção de sucesso no cumprimento de suas
missões. Desse modo, foram descritos resumidamente a estrutura do Espaço Aéreo Brasileiro
e os Órgãos Operacionais que prestam serviços às aeronaves militares, envolvidas em
missões, tanto na Circulação Operacional Militar quanto na Circulação Aérea Geral, com base
nos documentos citados na referência.
16.2 Adicionalmente, as principais capacidades do DECEA, constituídas pelos seus
variados recursos técnicos e operacionais, foram agrupadas e apresentadas funcionalmente,
representando a infraestrutura do SISCEAB que permite a adequada prestação dos serviços
aos usuários da FAB.
16.3 Finalmente, a presente Concepção objetiva suportar a CONCEPÇÃO ESTRATÉGICA
FORÇA AÉREA 100-DCA 1-1, agilizando a tomada de decisão nos seus diversos níveis,
quando envolvidos em missões militares com o emprego de recursos sob a responsabilidade
do DECEA.
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REFERÊNCIA
-
DCA 11-53 - Diretriz para a Reestruturação da Força Aérea Brasileira;
-
DCA 1-1 - Doutrina Básica da Força Aérea Brasileira;
-
MCA 55-32 - Manual de Emprego do 1º GCC;
-
Normas Operacionais do Sistema de Defesa Aeroespacial do COMDABRA; e
-
www.decea.gov.br.
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ÍNDICE
ÂMBITO, 7
CAPACIDADE, 32
CONCEITUAÇÃO, 8
CONCLUSÃO, 54
CONTROLE, 15
DE OPERAÇÕES, 20
DECEA, 12
ESTRUTURA, 14
FINALIDADE, 7
RECURSOS, 28
REDE, 45
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