- 045 - Benozzo Gozzoli (1421-1497) Benozzo Gozzoli (1421 - 1497) foi um pintor italiano, da cidade de Florença, que fez parte do período definido como pré-Renascimento, também conhecido como Quatrocento. Seu trabalho mais conhecido é uma série de murais (afrescos) para o Palazzo Medici-Riccardi, em Florença, representando vibrantes procissões, com uma impressionante riqueza de detalhes, trazendo a marca indelével do gótico internacional. Gozzoli nasceu na piccola città de Sant'Ilario a Colombano e mudou-se para Florença em 1427, onde foi discípulo de Fra Angelico. Trabalhou de 1444 a 1447 com Lorenzo e Vittorio Ghiberti na execução da Porta do Paraíso, no Batistério de São João. Trabalhou, também, em Roma, com Ghiberti, na decoração de capelas no Palácio Apostólico do Vaticano, na Santa Maria sopra Minerva, na Santa Maria in Aracoeli e na Catedral de Orvieto, na Úmbria. Em 1449, deixou Angelico e mudou-se para a Úmbria e depois para Perugia. Em 1459, finalizava a série da afrescos para o Palazzo Medici-Riccardi na Capela Magi. Em 1464, Gozzoli partiu de Florença para a Toscana. Seu trabalho então começou a sofrer a influência de Filippo Lippi, junto com o já marcante traço de Fra Angelico. Nessa época, recebeu a cooperação de Giusto d'Andrea. - 046 Em 1467, começou, no Campo Santo (Cemitério) de Pisa, uma vasta série de pinturas murais. Havia 24 representações, com episódios do Velho Testamento, desde A Invenção do Vinho por Noé até a Visita da Rainha de Sabá. Benozzo Gozzoli, Vendemmia ed ebrezza di Noè, Camposanto, Pisa. © Opera della Primaziale Pisana( http://www.museobenozzogozzoli.it/ ) Ele recebeu a encomenda com o acordo de ganhar dez ducados para cada afresco pintado. A grande quantidade de detalhes nas obras fez com que o trabalho ocorresse vagarosamente, levando mais tempo que o estipulado. Nas representações, pintou retratos de personalidades da cidade, como Cosme de Médici, Lorenzo de Medici, Angelo Poliziano e até mesmo um autoretrato seu. Toda essa obra, provavelmente contou com a participação de Zanobi Macchiavelli, durou nada menos que 16 anos! Gozzoli morreu em Pistoia, em 1497, mas já em 1478, ainda em vida, ganhou um túmulo no Campo Santo como agradecimento da cidade por sua obra. (Wikipedia e outras fontes.) - 047 – Autoritratto (Opus Benotii) nella Cappella dei Magi, Palazzo Medici Riccardi, Firenze. Benozzo Gozzoli - AA.VV., Palazzo Medici Riccardi e la Cappella Benozzo Gozzoli, Biblioteca de "Lo Studiolo", Becocci/ Scala, Firenze 2000. - 048 – Cappella dei Magi, Firenze Benozzo Gozzoli - AA.VV., Palazzo Medici Riccardi e la Cappella Benozzo Gozzoli, Biblioteca de "Lo Studiolo", Becocci/ Scala, Firenze 2000. “Procession with Lorenzo de' Medici, Piero de' Medici and Giovanni de' Medici.” Fresco by Benozzo Gozzoli, in the "Cappella dei Magi", at Palazzo Medici Riccardi in Florence, Italy. - 049 – Bertoldo di Giovanni 1420-1491 Bertoldo di Giovanni (Florença , 1420 (circa) - Poggio a Caiano , 28 de de Dezembro de 1491 ) foi um escultor e medalhista italiano. Ele nasceu em Florença, tornando-se discípulo de Donatello, com quem trabalhou por muitos anos, até mesmo nas últimas obras do mestre, como os púlpitos da Basílica de San Lorenzo e o púlpito da Paixão e Ressurreição. Giovanni tinha um talento especial para produzir medalhas em bronze, mais que como escultor, e, por volta de 1469, realizou medalhas para o arcebispo de Pisa, Filippo de Medici, e para o imperador Frederico III, entre outros. - 050 Seu trabalho era muito apreciado, também, por Lorenzo, o Magnífico, que lhe dedicava amizade e a quem, muitas vezes, acompanhou em viagens pelo país. Para este dignitário, ele realizou várias obras, como alguns bronzes que foram doados para Ercole I d'Este por ocasião do casamento deste último, em 1473 . Em 1478 , após a conspiração Pazzi criou uma moeda de duas faces com efígies de Lorenzo e seu irmão Giuliano , morto por conspiradores. Em 1480 ele desenhou para o Magnífico uma medalha com a efígie de Mohammed II.. Em 1483, em Pádua, ele participou de um concurso para uma série de esculturas para a Basílica de Santo Antônio de Pádua, um encargo, até então, dado ao seu amigo Bartolomeo Bellano . Sendo um especialista em achados arqueológicos, em 1488 ele foi contratado para restaurar e preservar a coleção arqueológica que o Magnífico tinha ganho e realocado no Jardim de San Marco. Lorenzo de Medici, então, tomou uma medida de importância para a arte, qual seja, a de permitir que artistas florentinos jovens e principiantes, pudessem utilizar o Jardin de San Marco para praticar a arte, sob o olhar atento de Bertoldo (discípulo de Donatello). Foi assim nasceu a primeira Academia de Arte Europeia, frequentada por alguns emergentes que viriam a se tornar os maiores artistas da Renascença, como Leonardo da Vinci, Michelangelo Buonarroti, Jacopo Sansovino , Baccio da Montelupo, Giovanni Francesco Rustici, Francesco Granacci e Peter Torrigiano. (Origem: Wikipédia italiana e outras fontes) - 051 - Carlo Crivelli 1430?-1495 Carlo Crivelli (Veneza 1430 -? Ascoli Piceno 1495) foi um pintor italiano da pré-Renascença, período conhecido como Quatrocento tendo demonstrado grande sensibilidade para a pintura decorativa, com uma influência ainda presente da arte bizantina. Crivelli passou seus primeiros anos no Veneto , onde absorveu influências do Vivarini , Squarcione e Mantegna . Deixou o local por volta de 1458 e passou a quase que o restante de sua vida em Marca de Ancona, uma das quatro províncias instituídas pelo Papa Inocêncio III (1198-1216) no primeiro ano de seu pontificado, como uma divisão dos Estados Pontifícios. Em Ancona, criou e desenvolveu um estilo pessoal distinto da comunidade artística, que contrasta com o estilo de contemporânea Giovanni Bellini. Sua primeira obra datada é um altar na Igreja de San Silvestro em Massa, perto de Fermo. Trabalhou principalmente em Ancona e Ascoli. Há apenas duas obras em Veneza, na Igreja de San Sebastiano. Ele estudou com Jacobello del Fiore, quando era apenas um menino. Frequentou, depois, os estúdios dos Vivarini (Alvise, Antonio e Bartolomeo), em Veneza e, mais tarde, foi para Pádua, onde trabalhou com Francesco Squarcione. Depois, foi para Zara, na Dalmácia, uma região que hoje é parte da Croácia). A curiosidade, em seu trabalho, era que ele pintava apenas com têmpera, apesar de a pintura a óleo ter-se desenvolvido bastante e se tornado a preferida dos artistas. - 052 Ao contrário da tendência naturalista de Florença, o estilo de Crivelli lembrava a sensibilidade Bizantina. Usava frutas e flores como acessórios de suas obras, o que era característico da oficina de Francesco Squarcione, em Pádua. Seu trabalho é quase exclusivamente religioso, porque as encomendas vinham sobretudo de ordens religiosas. É possível que pertencesse à mesma família de outros pintores como Donato Crivelli e Vittorio Crivelli. Tinha, como colaborador, Pietro Alemanno. Sua obra sofreu um ”revival” durante a época dos Pré-Rafaelitas na Inglaterra. A irmandade pré-rafaelita colocava-se em oposição à arte académica inglesa que seguia os moldes dos artistas clássicos do Renascimento. Na contramão, os Pré-Rafaelitas buscavam trazer de volta à arte a sua pureza e honestidade anteriores, que consideram existir na arte medieval do Gótico final e Renascimento Então, “juntou-se, à fome, a vontade de comer”. Vários Pré-Raffaelitas, incluindo Edward Burne-Jones, eram admiradores de Crivelli e a pintura deste artista representa bem o estilo desenvolvido pelo movimento. (Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.) - 053 – “Madonna col Bambino in trono tra i santi Francesco e Sebastiano” Carlo Crivelli (Fonte: http://bode.diee.unica.it/~giua/SEBASTIAN/) - 054 – Madonna della Candeletta (Nossa Senhora da Vela) (detalhe) – pintado em 1490-92 – Óleo sobre madeira - Pinacoteca di Brera, Milan Madona dela Candeletta é uma pintura em têmpera e ouro sobre madeira de (218x75 cm), de Carlo Crivelli, atualmente no Pinacoteca di Brera , em Milão . É o painel central do Retábulo da Catedral de Camerino e é assinado como KAROLUS CHRIVELLUS Venetus eques [L] AUREATUS pinxit. - 055 - Cosimo Tura 1430?-1495 Cosimo Tura (c 1430-1495.), Também conhecido como Il Cosmè ou Cosmè Tura (pronúncia italiana: [kozmɛ Tura] ), foi um pintor italiano, considerado um dos fundadores da Escola de Ferrara que se insere no pré-Renascimento, período conhecido também como Quattrocento,. Nascido em Ferrara , ele foi aluno de Francesco Squarcione, de Pádua. Mais tarde, contou como apoio de Borso d’Este e Ercole I d’Este. Entre seus discípulos, se incluem Francesco del Cossa e Francesco Bianchi. Por outro lado, Cosimo Tura teria sido influenciado por Andrea Mantegna e Piero della Francesca, de cujo estilo se nota a presença em seus trabalhos. Em Ferrara, sua obra está bem representada por afrescos no Palazzo Schifanoia (1469-1471), que pertencera, outrora, à família d'Este e está localizado fora das muralhas da cidade medieval. Cosimo Tura – Alegoria de Agosto - Afresco, 400 m largura Hall da montanha, Palazzo Schifanoia, Ferrara - 056 Cosimo, juntamente com Francesco del Cossa , participou da produção de uma série alegórica complexa, inspirada nos meses do ano e nos símbolos do zodíaco. A série, muito bem elaborada, contém retratos de músicos contemporâneos, de operários, e a apresentação de carros alegóricos em desfiles idílicos. Ele também pintou, também, Anunciação (1469) para o Duomo, que foi uma das mais belas catedrais góticas do mundo, construída em 1386, onde antes existiam as igrejas de Santa Tecla e Santa Maria Maggiore. Depois, colaborou na pintura de uma série de "musas" para o Palácio Belfiore de Leonello d'Este em Ferrara, incluindo a figura alegórica da Calliope (detalhe abaixo), hoje na National Gallery An Allegorical Figure of Calliope, c. 1460 – Fonte: Commons - 057 Não se sabe exatamente a autoria de cada peça dessa série mas aceita-se que houve a participação, também, de Angelo di Pietro da Sienna , chamado Maccagnino ou Angelo Parrasio , e ainda de Michele Pannonio . (Wikipedia e outras fontes) – ABAIXO: “São Jerônimo”, 1430circa, Fonte http://allart.biz/ - 058 – Cosme Tura - Madonna Entronizada. 1474. Tempera sobre madeira. National Gallery, London, UK. - Fonte: http://www.abcgallery.com/ - 059 - Luca della Robbia 1400-1482 Luca della Robbia (Florença, 1400-1482) foi um dos mais importantes escultores e ceramistas da pré-Renascença italiana, período também conhecido como Quatrocento. Ele foi o fundador de uma dinastia de artistas que se especializaram na arte da cerâmica esmaltada e vitrificada, seguindo uma técnica que ele desenvolveu, a qual, ao mesmo tempo que era decorativa, também protegia o barro cozido contra o desgaste pelas intempéries, permitindo a instalação de peças cerâmicas em ambientes externos. Há poucos dados confiáveis sobre seus primeiros anos e sua formação. A primeira encomenda documentada foi a criação, entre 1431 e 1438, de uma Cantoria (tribuna elevada onde ficavam os cantores na igreja) para a Catedral de Florença, o que prova que já nesta época suas habilidades eram bastante apreciadas, antes mesmo de ser admitido na Guilda dos Escultores, o que só aconteceu em 1432. Esta Cantoria mostra uma série de 10 painéis em mármore com relevos de meninos cantores e dançarinos, com formas graciosas e fluentes. - 060 Nas duas décadas seguintes, Della Robbia trabalhou principalmente com o bronze e o mármore, recebendo importantes encomendas. Em 1437 executou relevos para o campanário da Catedral, e iniciou um ambicioso projeto de elaboração das portas de bronze para a sacristia do mesmo templo, que, no entanto, só foram completadas em 1469. Não se sabe ao certo quando iniciou suas pesquisas na cerâmica, mas em 1443 a técnica já havia sido desenvolvida o bastante para atrair a encomenda de grandes relevos ilustrando a Ressurreição e a Ascensão de Cristo, ambos para a Catedral, e uma série de medalhões com imagens dos Apóstolos para a Capela Pazzi. Lucca dela Robbia – Ressurreição – 1442 – 2,00 x 2,05m Duomo, Catedral de Florença – Terracota vitrificada Sobre a imagem modelada no barro, Della Robbia aplicava uma película de esmalte vítreo colorido, que resultava em superfícies brilhantes e resistentes contra a ação do tempo. Um dos mais belos exemplares de sua lavra nesta técnica, que exerceu até o fim da vida, é o forro da capela mortuária do Cardeal de Portugal na Igreja de São Miniato, em Florença. - 061 A originalidade e alto nível de suas criações fizeram com que ele fosse muito apreciado por seus contemporâneos, especialmente por Leon Battista Alberti, que o comparou a gênios do quilate de Donatello, Lorenzo Ghiberti, Filippo Brunelleschi e Masaccio. (Wikipedia e outras fontes) Luca della Robbia, “Madona e a Criança”, Terracota vitrificada (1464-1465) Madonna and Child – 1,80 x 1,80m – Terracota vitrificada Orsanmichele (Florence, Italy) - https://www.artrenewal.org - 062 – Luca della Robbia – “Encontro de Maria e Isabel” – 1450circa San Giovanni Fuorcivitas, Pistoia – Terracota vitrificada 1,53 x 1,53 m – Fonte: http://www.jssgallery.org/ Luca dela Robia – “Madona e o menino” (detalhe) National Gallery of Art, Washington Fonte: Wikimidia-Commons - 063 - Desiderio da Settignano 1430?-1464 Desiderio de Bartolomeo di Francesco, conhecido como Desiderio da Settignano (Settignano, era na época uma dependência de Florença), 1430circa - Florença, 16 de janeiro de 1464) foi um escultor da Itália. Era descendente de uma família de construtores. Pouco se sabe de sua educação, mas deve ter sido influenciado por Donatello. Desenvolveu um estilo de grande suavidade, refinamento e sensualidade sublimada, expressa em retratos de mulheres, demonstrando ainda uma grande capacidade de representar os sentimentos, que vão da melancolia à alegria. Seus baixos-relevos evidenciam o domínio da perspectiva e dos efeitos sutis de luz e sombra, e sua qualidade técnica e estética que não encontrou rivais em sua geração. Também se tornou hábil nos retratos de crianças e em peças devocionais, como da Madonna com o Menino Jesus (detalhe abaixo). - 064 – Deixou também grandes monumentos em Florença, tais como a Tumba de Carlo Marsuppini na Basílica da Santa Cruz (c. 1453–55) e o Tabernáculo do Sacramento na Basílica de São Lourenço (1461), ambos de especial importância para a evolução subsequente da escultura e de um novo estilo, com planos de perspectiva nos fundos dos relevos e uma modelagem de figuras que enfatiza os contornos, tratando os trajes com elegância e fluência, de modo a sugerir a anatomia e o movimento. - 065 O tratamento das superfícies, por sua vez, faz exibir um polimento acetinado que empresta uma aura de doçura aos personagens. Desiderio da Settignano - Monumeto funebre di Carlo Marsuppini (detalhe), Firenze, Santa Croce Desiderio da Settignano - Tabernacolo del Sacramento (detalhe) Firenze, San Lorenzo, 1461) - 066 – Desiderio da Settignano, “Santa Trinità” (Maddalena) Fonte: https://commons.wikimedia.org - 067 - Domenico di Bartolo 1400?–/1447? Domenico di Bartolo (1400/1404 – 1445/1447) foi um pintor italiano da escola sienesa. Nasceu em Asciano e, de acordo com o historiador de arte Giorgio Vasari, era neto de Taddeo di Bartolo . Ele foi contratado por Vecchietta para auxiliar no processamento de sua obra-prima, o afresco O cuidado dos doentes em Pellegrinaio dell ' Hospital de Santa Maria della Scala em Siena (1440) (imagm abaixo). Descreve doadores ricos que visitam o hospital, um monge que ouve uma confissão. No cuidado com os doentes, Domenico retrata a realidade dentro de um hospital, sem nenhuma idealização. - 068 Em 1434 , ele também pintou um afresco do painel Imperador Sigismund no trono, para a Catedral de Siena . Di Bartolo foi um dos precursores do Renascimento em Siena, mesmo antes de muitos florentinos, aplicando a perspectiva centrada linear desde os anos trinta do período Quatrocento. Suas obras podem ser encontradas na Galeria Nacional de Arte em Washington, na Pinacoteca Nazionale (Siena), Galleria Nazionale dell'Umbria e no Museu de Arte da Filadélfia. (Wikipedia e outras fontes). Domenico di Bartolo – Madona entronizada, com criança - 069 - Domenico Ghirlandaio (Domenico di Tomaso Bigordi) 1430-1516 Domenico Ghirlandaio (1449 – 11 de Janeiro de 1494, Florença, Itália) foi um pintor renascentista italiano do período denominado Quatrocento, contemporâneo de Sandro Botticelli e Filippino Lippi. Formou toda uma geração de excelentes artistas e consta que até Michelangelo foi um dos seus aprendizes. Ghirlandaio (fabricante de grinaldas) é o nome adotado por uma família de pintores florentinos, chamada originalmente Bigordi. A utilização desse nome se deu pela primeira vez com Tommaso Bigordi, um ourives do Século XV, famoso por sua habilidade em fazer coroas de flores em prata, para adornar penteados. O artista mais importante da família foi, sem dúvida, Domenico di Tommaso Bigordi Ghirlandaio, filho de Tommaso, nascido em Florença em 1449. Domenico estudou pintura e técnica do mosaico com o prestigiado pintor florentino Alesso Baldovinetti, mas seu estilo denota também a influência de outros renascentistas italianos como Giotto, Masaccio, Andrea del Castagno e Andrea del Verrochio. Com exceção do período em que trabalhou em Roma para o Papa Sixto IV, sempre viveu em Florença, onde se transformou em um dos principais mestres da escola florentina. Sua capacidade de observação, a solidez de sua pintura e seu estilo antiquado atraíram comerciantes florentinos mais conservadores, que passaram a ser clientes habituais. Não foi um inovador, mas levou o realismo à sua máxima expressão no período Quatrocento, transformando-o numa das características dominantes dessa escola. Realizou afrescos e quadros de temática religiosa, aos quais aproveitava para incluir cenários florentinos conhecidos, assim como retratos e personagens contemporâneos, vestidos com trajes da época. - 070 Tornou-se célebre sobretudo por seus afrescos, entre os quais se destacam A Vocação de São Pedro e Santo André (1481-1482), sua obra prima, História de São Francisco (1485), Lenda da Virgem (?) e História de São João Batista (1485-1490). “A Visitação” (detalhe) - afresco na Capela Tornabuoni da Igreja de Santa Maria Novella Também pintou retábulos, entre os quais se incluem A adoração dos pastores (1485) e A coroação da virgem (1490-circa). Dentre os quadros de cavalete, todos em têmpera, estão A adoração dos magos (1487) e Ancião com criança (1480). Um de seus principais discípulos foi o famoso artista do Renascimento italiano, Michelangelo Buonarroti. Domenico, frequentemente, trabalhou em conjunto com seus irmãos Benedetto e David. Seu filho Ridolfo Ghirlandaio, também pintor, foi discípulo do florentino Piero di Cosimo e de seus dois tios, tornando-se um excelente retratista. (Encarta em espanhol e outras fontes). - 071 – Ghirlandaio- “Cenacolo di Ognissanti” (1480) Cappella Tornabuoni, “Sposalizio della Vergine” - 072 – Ghirlandaio – “O Banquete de Herodes” (1486-1490) - Afresco Cappella Tornabuoni, Santa Maria Novella, Florence Fonte: Web Gallery of Art - http://www.wga.hu/ “O chamado dos Apóstolos” (1481) – Fonte: Commons - 073 - Domenico Veneziano 1410?-1461 Domenico Veneziano (Veneza, c.1410 — Florença, 15 de Maio de 1461) foi um pintor italiano da pré-Renascença, período conhecido como Quatrocento, que trabalhou principalmente em Perúgia e na Toscana. Influenciou Andrea Mantegna e foi mestre de Piero della Francesca. ”São João no Deserto” - Domenico Veneziano – Fonte: Commons - 074 Acredita-se que tenha nascido em Veneza, daí seu sobrenome. Mudou-se para Florença ainda menino e tornou-se aluno de Gentile da Fabriano. Trabalhou com Antonio Pisanello em Roma. Pode-se perceber a influência de Benozzo Gozzoli em sua obra. Seu trabalho se caracteriza pelo uso da perspectiva e da cor. A obra-prima é Madonna e o Menino com Santos (imagem abaixo), que estava originalmente na Santa Lucia dei Magnoli, em Florença, mas foi levada para a Galeria Uffizi. Nela, Domenico usa da perspectiva e dos conhecimentos de arquitetura da época. (Wikipedia e outras fontes) Domenico Veneziano – “Madona com menino e santos” –Têmpera – 2,09 x 2,16m – 1445 – Galleria degli Uffizi, Firenze - 075 Outro trabalho importante é a Adoração dos Magos, feita em um túmulo e, provavelmente, encomendada pela Família Médici. Domenico Veneziano – “A Adoração dos Magos” - óleo sobre madeira de álamo, 1439circa – Gemäldegalerie, Berlin, Alemanha, 84,0 x 84,0 cm - 076 – Domenico Veneziano,”Santi Giovanni Battista e Santi Francesco, dal coro distrutto della Basílica” - 077 - Donatello Donato di Betto Bardi ou Donato di Niccoló 1386-1466 Donato di Niccoló di Betto Bardi, chamado Donatello (Florença,1386- 13 de dezembro de 1466) foi um escultor pré-renascentista italiano, do período denominado Quatrocento. Trabalhou em Florença, Prato, Siena e Pádua, recorrendo a várias técnicas para a confecção de esculturas em baixo-relevo (tuttotondo, stiacciato) com o uso de materiais diversos (mármore, bronze, madeira...) Donatello – “Ascenção de Cristo” (baixo relevo) Voltado para a representação da figura humana, Donatello levou a escultura renascentista à máxima expressividade e plasmou em suas obras os ideais de beleza então em voga. Foi o mais importante escultor florentino do século XV e um dos grandes mestres do pré-Renascimento na Itália. - 078 Donatello começou como assistente do escultor Lorenzo Ghiberti nas portas de bronze do batistério de Florença (1404-1407), para cuja catedral fez diversas esculturas de mármore, entre as quais um "Davi" (imagem abaixo). “David” de Donatello, 1430-1432. Museo Nazionale del Bargello, Florença. - Fonte: Commons. - 079 Para o Or San Michele, a igreja das guildas florentinas, executou, também em mármore, um "São Marcos" e um "São Jorge", sendo este último notável pelo movimento e acompanhado de um rilievo schiacciato (relevo plano), tipo de baixo-relevo, feito com incisões pouco profundas. As formas modeladas em rilievo schiacciato mais pareciam uma pintura gravada na pedra, devido ao fraco ressalto dos sulcos. (Imagem abaixo) Entre 1425 e 1433, Donatello manteve um ateliê com o arquiteto Michelozzo, onde criou, também para o Or San Michele, a estátua de bronze de São Luís e o tabernáculo de mármore. Colaborou com Michelozzo di Bartolommeo no túmulo do antipapa João XXIII, no batistério de Florença, e do cardeal Rainaldo Brancacci, na igreja de Sant'Angelo a Nilo, em Nápoles. No princípio da década de 1430, uma viagem a Roma talvez lhe tenha inspirado a ideia de fazer o "Davi" de bronze, primeira estátua nua de grande porte do Renascimento. (O Daví de Michelangelo foi executado entre 1501 e 1504). Outras reminiscências clássicas são o "Coro", relevo de mármore na catedral de Florença, e a estátua eqüestre, em bronze, de Erasmo de Narmi, chamado popularmente Gattamelata (1447-1453), que se ergue na Piazza del Santo, em Pádua. Ainda em Pádua executou o crucifixo de bronze e o altar da igreja de San Antonio, relevos magistrais em que atingiu o equilíbrio entre realismo e idealismo - 080 A "Madalena" (detalhe abaixo) de madeira, no batistério de Florença, uma de suas últimas obras, é um espectro doloroso que lembra os grandes realistas espanhóis. Donatello morreu em Florença, em 13 de dezembro de 1466. Dedicou seus últimos anos aos dois relevos em bronze para o púlpito da igreja de São Lourenço. Esses relevos trazem cenas de Paixão de Cristo e são obras de fantástica profundidade espiritual, embora algumas partes tenham sido terminadas por artistas menos talentosos. (Enciclopédia Britânica e outras fontes). - 081 - Ercole de Roberti 1451-1496 Ercole de Roberti (1451-1496) foi um artista italiano pré-renascentisda, do período denominado Quatrocento e um dos protagonistas da Escola de Ferrara, razão pela qual também é conhecido como Ercole Ferrarese ou Ercole da Ferrara. Ele foi artista da corte da família D’Este, em Ferrara. As pinturas que chegaram até nós, assim como os dados biográficos são de pouca monta e, assim, pouco se sabe a respeito de sua vida e obra. Aos 17 anos, Ercole partiu de Ferrara e começou a trabalhar em Bolonha, no estúdio de Francesco del Cossa. Como artista da corte da Família D’Este, Ercole foi bem mais que um mero pintor, revelando uma proximidade pouco comum com os dignatários. Ressaltese que ele acompanhou Alfonso d'Este em uma viagem de visita ao papa em Roma e, em outra ocasião, serviu como assistente de guarda-roupa para o casamento de Isabella d'Este em Mântua. (Wikipedia e outras fontes) La Pala di Santa Maria in Porto di Ercole de Roberti - 082 –