Anais do XX Congresso Brasileiro de Automática Belo Horizonte, MG, 20 a 24 de Setembro de 2014 CONVERSOR BOOST DE ALTO GANHO BASEADO NA VERSÃO BIDIRECIONAL DA CÉLULA DE COMUTAÇÃO DE TRÊS ESTADOS Diego Bruno S. Alves, Paulo P. Praça, Demercil S. Oliveira, Luiz Henrique S. C. Barreto, Tobias Rafael F. Neto Grupo de Processamento de Energia e Controle (GPEC), Departamento de Engenharia Elétrica, Universidade Federal do Ceará (UFC). Centro de Tecnologia – Campus do Pici, Bl. 705 Caixa Postal 6001, 60455-750, Fortaleza, CE, BRASIL Emails: [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected] Abstract This paper presents a new high voltage gain boost converter topology, based on the bidirectional version of the three-state switching cell for battery charging using PV panels in a single conversion stage. The presented converter can generate a 200V DC bus using a battery bank or a PV panels array and, depending on insulation, charging the batteries in a single stage conversion. Another important feature of this converter is the soft switching ZVS mode for all switches. The operation principle, theoretical waveforms, static gain, simulation and experimental results of the 500W prototype are presented in order to support the proposed structure. Keywords DC-DC power conversion, High Voltage Gain, Photovoltaic Panels and Batteries. Resumo Este artigo apresenta uma nova topologia de um conversor boost de alto ganho baseado na versão bidirecional da célula de comutação de três estados. O presente conversor tem integrado um banco de baterias, um conjunto de painéis fotovoltaicos e um conversor boost de alto ganho, com capacidade para gerar um barramento CC de 200V em um único estágio de processamento. Outra importante característica desse conversor é a comutação suave em modo ZVS para todas as chaves. O conversor tem sua topologia, etapas de operação, formas de ondas teóricas, ganho estático, simulação e resultados experimentais apresentados. Palavras-chave Conversão DC-DC, Alto ganho de tensão, Painéis Fotovoltaicos e Baterias. 1 Introdução O desafio de gerar um barramento de saída de alta tensão CC, com valores entre 200V e 400V, geralmente para alimentar inversores, sistemas UPS, acionamento de motores, sistemas ininterruptos de energia, a partir de um baixo nível de tensão de entrada, normalmente entre 12V e 48V proveniente de baterias e painéis fotovoltaicos, vem sendo estudado há alguns anos, gerando diversas propostas que visam superar tal dificuldade (Barreto et al., 2014) e (Tseng et al., 2008). Para o desenvolvimento de sistemas capazes de aproveitar a energia fotovoltaica, fazendo uso de painéis fotovoltaicos e banco de baterias, pelo menos dois estágios de conversão ainda são necessários (Garcia et al., 2012). Todavia, as topologias de múltiplos estágios geralmente são mais complexas e possuem maior número de componentes que as topologias de único estágio. A redução do número de estágios de processamento de energia resulta em um aumento da eficiência do sistema fotovoltaico (Praça et al., 2013). Este trabalho tem por escopo apresentar uma família de conversores não isolados em alta frequência adequado à integração, em um único estágio de conversão, um banco de baterias, um conjunto de painéis fotovoltaicos e o link cc de um inversor. A topologia é baseada em um conversor boost de alto ganho com uma versão bidirecional (Praça et al., 2013) da célula de comutação de três estados (Grover V. T. B.), utilizandose o mesmo núcleo magnético para obtenção de um alto ganho de tensão. Na Figura 1 visualizam-se as principais arquiteturas convencionais para sistemas fotovoltaicos isolados (off-grid), nota-se a necessidade de no mínimo dois estágios de processamento de energia. 3045 BATERIAS BIDIRECIONAL ALTO GANHO PV UNIDIRECIONAL UNIDIRECIONAL BATERIAS ALTO GANHO PV Figura 1. Arquiteturas convencionais Anais do XX Congresso Brasileiro de Automática Belo Horizonte, MG, 20 a 24 de Setembro de 2014 A Figura 2 apresenta a arquitetura proposta de um único estágio. C3 D2 C2 D1 BATERIAS Ro Lp T3 ALTO GANHO S1 T1 Pv S3 Lin C1 T2 VBAT S2 PV Figura 4. Topologia proposta Figura 2. Arquitetura Proposta 2 Concepção da Topologia A topologia proposta é derivada do modelo inicialmente proposto por Praça (et al., 2013), o qual pode ser observado na Figura 3. D2 T4 T6 Tr1 Tr2 S1 Ro C3 S3 C2 T1 Lin PV T3 T5 T2 S2 A topologia apresentada é formada pelo indutor de entrada LIN, interruptores de potência controlados S1-S4, diodos retificadores D1 e D2, transformador com enrolamentos T1, T2 e T3, indutor de dispersão LP e capacitores de saída C1, C2 e C3. 3 Princípio de Operação O conversor apresentado neste artigo apresenta duas regiões de operação com seis etapas cada uma, trabalhando de forma semelhante. A razão cíclica é aplicada nas chaves inferiores de cada braço (S2 e S4), que por sua vez estão defasadas em 180°. O comportamento do conversor e a região de operação são definidos pela razão cíclica (D>50% e D<50%). A seguir serão apresentadas as etapas de operação para D>50%. C4 D1 VBAT S4 C1 S4 3.1 Primeiro Estágio [t0 – t1] Io D2 Figura 3. Topologia proposta por Praça (et al., 2013) C3 Lp T3 C2 D1 Devido a quantidade de elementos magnéticos e capacitores, o que implica em maiores perdas, volume, peso e um controle mais complexo, objetiva-se melhorar o rendimento dessa topologia, diminuindo a quantidade de componentes. A topologia resultante do boost com a célula de comutação de três estados é apresentada na Figura 4. O sistema é composto por painéis solares, banco de baterias e um conversor boost de alto ganho baseado na versão bidirecional da célula de três estados. A característica bidirecional da topologia permite carregar a bateria a partir dos painéis fotovoltaicos ou alimentar a carga de acordo com a incidência solar. It1 T1 S1 Ro Ipv S3 Pv Lin C1 Iin VBAT It2 T2 S2 S4 Figura 5. Primeiro estágio Essa etapa tem início com a abertura da chave S1, que provoca a circulação de uma corrente pelo diodo em antiparalelo da chave S2, permitindo o fechamento ZVS da mesma, conforme observado na Figura 5. Nesse 3046 Anais do XX Congresso Brasileiro de Automática Belo Horizonte, MG, 20 a 24 de Setembro de 2014 momento, o interruptor S3 já se encontrava bloqueado e S4 conduzindo. O indutor de entrada ܮ inverte sua polaridade a fim de manter a corrente constante, a qual passa a crescer linearmente. A corrente no enrolamento do transformador ்ܫଵ cresce linearmente ao passo que ்ܫଶ decresce linearmente. O diodo D1 ainda continua diretamente polarizado, carregando o capacitor C2, e o diodo D2 encontra-se reversamente polarizado. Essa etapa termina quando a corrente no secundário chega à zero. 3.2 Segundo Estágio [t1 – t2] Io D2 C3 Lp T3 Ro C2 D1 It1 S1 T1 3.4 Quarto Estágio [t3 – t4] Ipv S3 No instante t2, a chave S4 é bloqueada, ocorrendo a circulação de corrente pelo diodo em antiparalelo da chave S3, permitindo sua entrada em condução em modo ZVS, conforme observado na Figura 7. A chave S2 permanece conduzindo. O indutor de entrada ܮ inverte sua polaridade a fim de manter sua corrente constante fazendo-a decrescer linearmente. Com a comutação da chave S3, a corrente da chave cresce linearmente e inverte de sentido, o capacitor C1 é carregado. A corrente no enrolamento do transformador ்ܫଵ cresce linearmente e ்ܫଶ decresce linearmente durante toda a etapa de operação. A tensão no secundário polariza diretamente o diodo D2 carregando o capacitor C3. O diodo D1 está reversamente polarizado. Essa etapa termina quando a chave S3 é comandada a bloquear. Pv Io D2 Lin C1 C3 Lp T3 Ro Iin VBAT It2 T2 S2 C2 D1 S4 It1 Figura 6. Segundo e Quinto estágio S1 T1 Ipv S3 Pv Lin C1 Iin Essa etapa tem início quando a corrente no secundário T3 chega à zero. Nesse instante, as chaves S2 e S4 já se encontram conduzindo enquanto que S1 e S3 estão bloqueadas. A corrente que circula pelo indutor de entrada ܮ ainda se encontra crescendo linearmente e se divide igualmente entre os enrolamentos do transformador da célula de três estados T1 e T2, de forma a diminuir os esforços de corrente. A corrente no enrolamento do secundário T3 é nula durante toda essa etapa. Na Figura 6 é apresentado o esquemático desse estágio de operação. 3.3 Terceiro Estágio [t2 – t3] Io D2 C3 Lp T3 C2 D1 It1 T1 S1 Ro S3 Ipv Ic1 Lin C1 Iin VBAT It2 T2 S2 S4 Figura 7. Terceiro estágio Pv VBAT It2 T2 S2 S4 Figura 8. Quarto estágio Essa etapa tem início quando a chave S3 é comandada a bloquear, o que provoca a circulação de uma corrente pelo diodo em antiparalelo da chave S4, permitindo o fechamento ZVS da mesma. Nesse instante, a chave S2 ainda se encontra conduzindo e a corrente no indutor ܮ cresce linearmente. A corrente no enrolamento T1 decresce enquanto a corrente em T2 cresce linearmente. O diodo D2 continua polarizado diretamente e o diodo D1 polarizado reversamente. Essa etapa termina quando a corrente no secundário for igual à zero, nesse momento a corrente na chave S2 e S4 são iguais. Na Figura 8 é ilustrada essa etapa de operação. 3.5 Quinto Estágio [t4 – t5] Esta etapa é semelhante à segunda etapa de operação. Tem início quando a corrente no secundário chega a zero. Nesse instante, as chaves S2 e S4 já se encontram conduzindo, enquanto a corrente que circula pelo indutor de entrada ܮ continua crescendo 3047 Anais do XX Congresso Brasileiro de Automática Belo Horizonte, MG, 20 a 24 de Setembro de 2014 linearmente e se divide igualmente entre os enrolamentos da célula de comutação de três estados. A corrente no enrolamento do secundário T3 é nula durante toda essa etapa e os diodos D1 e D2 encontram-se polarizados reversamente. Essa etapa termina quando a chave S3 é bloqueada. O circuito equivalente é igual ao da segunda etapa, já apresentado na Figura 6. VG1 t VG2 t VG3 t VG4 t 3.6 Sexto Estágio [t5 – t6] VS1 – Is1 t Io VS2 – Is2 C3 D2 t Ro Lp T3 VS3 – Is3 It1 S1 T1 t C2 D1 S3 Ipv Ic1 VS4 – Is4 t Pv Lin C1 ILin Iin VBAT It2 t T2 S2 S4 Vlin t Figura 9. Sexto estágio IT1 t No instante ݐହ a chave S2 é bloqueada, o que provoca a circulação de uma corrente pelo diodo em antiparalelo da chave S1, o que permite o fechamento ZVS da mesma, conforme observado na Figura 9. Neste momento as chaves S3 e S3 já se encontravam bloqueadas e conduzindo, respectivamente. O indutor de entrada ܮ inverte sua polaridade, a corrente decresce linearmente. Com a comutação da chave S1, a corrente da chave cresce linearmente e inverte de sentido, o capacitor C1 é carregado. A corrente no enrolamento do transformador ்ܫଵ decresce linearmente e ்ܫଶ cresce linearmente durante toda a etapa de operação. A tensão no secundário polariza diretamente o diodo D1, fazendoo conduzir e carregando o capacitor C2. O diodo D2 encontra-se polarizado reversamente. Essa etapa termina com abertura da chave S1. IT2 t VAB t ILp t VCD t t0 t1 t2 t3 t4 t5 t6 Figura 10. Formas de onda teóricas 4 Ganho Estático A seguir são apresentadas as equações do ganho estático do conversor para as duas regiões de operação (D>50% e D<50%). 3.7 Formas de ondas A Figura 10 apresenta as formas de ondas teóricas para a operação normal do conversor, com D>50%. Conforme pode s1er observado, a corrente que circula pelo indutor de entrada tem o dobro da frequência de chaveamento, o que caracteriza o comportamento da célula de comutação, sendo então dividida igualmente entre os enrolamentos da célula. Essa divisão de corrente faz com que os esforços de corrente nas chaves sejam reduzidos. 3048 ª º 1 2n « (1 D) ¬ D (1 D) »¼ (1) ª 2 n D2 º 1 « 2 1» (1 D) ¬ D D (1 D) ¼ (2) G ! 50% G 50% D 2 LP IO Ts VBAT n (3) Anais do XX Congresso Brasileiro de Automática Belo Horizonte, MG, 20 a 24 de Setembro de 2014 O ganho estático (G) depende exclusivamente da razão cíclica (D), da relação de transformação (n), e da corrente parametrizada (Į). A corrente parametrizada (Į) depende da tensão da bateria (VBAT), corrente média de saída (IO), do período de chaveamento (TS), relação de transformação (n) e da indutância de dispersão (LP). Na figura 11 é ilustrada a curva relacionada ao ganho estático (G) com a razão cíclica (D) para diferentes valores de (n). 5 Resultados Experimentais e de Simulação Esta sessão detalha os resultados de simulação e experimentais obtidos do conversor operando na condição de potência nominal. A tabela 1 apresenta as especificações do projeto de simulação e protótipo. Tabela 1. Especificações do projeto. Frequência de chaveamento Fs = 50kHz n=1,8 Razão Cíclica Nominal Tensão de entrada Tensão de saída Potência de saída Indutância de entrada D = 0,61 VBAT = 24V VO = 200V PO = 500W LIN = 100uH n=1,4 Indutância de dispersão LP = 14uH n=1,2 Faixa de comutação ZVS 60-100% C2, C3 = 100uF C1 = 30uF ( 1 : 1,2 ) 36 D < 50% D > 50% Ganho Estático (G) 30 n=3 n=2,6 n=2,2 24 18 12 Capacitores de saída Boost Convencional 6 0.2 0.4 0.5 Relação de transformação 0.8 0.6 Razão Cíclica (D) Figura 11. Gráfico G x D para diferentes valores de n Na Figura 12 visualiza-se o gráfico relacionado ao ganho estático (G) com a corrente parametrizada (Į) para diferentes valores de (D). 20 D=0,8 Ganho estático (G) 16 O conversor foi submetido a três situações: o fluxo de energia da bateria (VBAT) para a carga (RO), do painel fotovoltaico (PV) para a carga (RO) e do painel (PV) para o banco de baterias (VBAT). Em relação à primeira situação, são apresentadas as formas de ondas, na sequência é feito um estudo comparativo da eficiência entre as três situações citadas com a topologia proposta por Praça (et al., 2013). A Figura 13 apresenta o circuito do conversor implementado no software de simulação PowerSim (PSIM). Convém ressaltar que na simulação os semicondutores são ideais, os componentes indutivos são lineares e ideais, a frequência de chaveamento é constante e o conversor opera em regime permanente. 12 D=0,7 5.1 Fluxo de energia da bateria para a carga D=0,6 8 D=0,4 D=0,3 D=0,2 4 0.2 Į 0.4 Į 0.6 Į 0.8 Į Į1 Corrente de carga parametrizada (Į) Figura 12: Gráfico G x ĮSDUDGLIHUHQWHVYDORUHVGH' A seguir serão apresentadas as formas de ondas para o fluxo de energia do banco de baterias (VBAT) para a carga (RO). A Figura 14 apresenta as formas de ondas da tensão de saída nos capacitores C1, C2 e C3 experimental e simulado respectivamente. A tensão no capacitor C1 (VC1) está destacada em escala de cinza, enquanto que a tensão no capacitor C2 (VC2) e C3 (VC3), por serem iguais, estão sobrepostas. A tensão de saída é a soma da tensão de cada capacitor em qualquer instante de tempo. 3049 Anais do XX Congresso Brasileiro de Automática Belo Horizonte, MG, 20 a 24 de Setembro de 2014 Figura 13. Circuito do conversor no PSIM a) a) b) Figura 14. Tensão nos capacitores de saída a) resultado experimental, b) simulação A Figura 15 apresenta o resultado experimental e simulado das tensões nas chaves S1 (VS1), S2 (VS2) e a corrente no seu respectivo braço (IL1). As tensões em S1 e S2 são complementares, as chaves S3 e S4 apresentam a mesma forma de onda, embora defasado de 180º. 3050 b) Figura 15. Tensão nas chaves S1 e S2 e acorrente no braço a) resultado experimental, b) simulação Anais do XX Congresso Brasileiro de Automática Belo Horizonte, MG, 20 a 24 de Setembro de 2014 A Figura 16 apresenta o detalhe da comutação na chave S2 (VS2), observa-se que no instante do acionamento da chave (VG2) a corrente está negativa (IL1), fazendo com que o diodo intrínseco da chave conduza garantido o fechamento em ZVS. A tensão de gatilho (VG2) na simulação foi suprimida, em razão de não proporcionar uma boa visualização. b) Figura 17. Corrente de entrada e no enrolamento do primário a) resultado experimental, b) simulação Na Figura 18 visualizam-se as formas de ondas experimentais e de simulação da tensão no diodo D1 (VD1) e D2 (VD2). a) b) Figura 16. Detalhe da comutação na chave S2 a) resultado experimental, b) simulação A Figura 17 apresenta o comportamento da corrente de entrada (IIN), com uma ondulação menor que 6%, e da célula de comutação (IL1 - IL2). Pode ser observado que os esforços de corrente são divididos entre os enrolamentos, assim, as perdas por condução também são reduzidas entre as chaves do conversor. a) b) Figura 18. Tensão no diodo D1 e D2 a) resultado experimental, b) simulação a) 3051 Anais do XX Congresso Brasileiro de Automática Belo Horizonte, MG, 20 a 24 de Setembro de 2014 5.2 Rendimentos dos conversores A Figura 19 apresenta o gráfico do rendimento para as três situações as quais o conversor foi submetido, sejam elas: fluxo de energia da bateria para a carga, do painel fotovoltaico para a carga e do painel para a bateria. A eficiência do conversor proposto por Praça (et al., 2013) também está inserida nesse gráfico. Os resultados experimentais comprovam o fluxo bidirecional existente entre as fontes de entrada (bateria e painel fotovoltaico). A curva de eficiência ilustra a melhoria da eficiência do conversor em razão da redução dos magnéticos, que pode ser melhorada pelo uso de componentes de melhor qualidade. Considerando a ótima eficiência obtida em todos os modos de operação tem-se que o uso de um conversor único de três portas é uma excelente opção para o uso extensivo em sistemas fotovoltaicos comerciais. Agradecimentos As instituições de fomento, FUNCAP e CNPQ pelo recurso financeiro que possibilitou a realização deste trabalho, ao Grupo de Processamento de Energia e Controle da Universidade Federal do Ceará pela disposição de seus laboratórios. Referências Bibliográficas Figura19. Eficiência dos conversores Através da análise das curvas de rendimento, pode ser constatado que o fluxo de energia do painel para a carga obteve o melhor rendimento, pois nesta configuração o conversor trabalha com elevada tensão de entrada e baixa corrente. Conforme esperado, todas as fontes de entradas do conversor obtiveram melhor rendimento em comparação à topologia proposta por Praça (et al., 2013), uma vez que a quantidade de componentes foi reduzida. 6 Conclusão Esta topologia faz uso da célula de comutação de três estados, permitindo que a corrente de entrada do conversor se divida pela metade através dos enrolamentos do transformador, além do fato de a mesma operar com o dobro da frequência de chaveamento, fazendo com que o peso e volume do elemento magnético sejam reduzidos. Todas as chaves operam com comutação suave em modo ZVS e todo o conversor possui somente um único estágio de processamento da energia, o que faz com que a sua eficiência seja aumentada. Barreto, L. H. S. C.; Praça, P. P.; Oliveira, D. S.; Silva, R. N. A. L (2014). "High Voltage Gain Boost Converter Based on Three-State Commutation Cell for Battery Charging Using PV Panels in a Single Conversion Stage”, IEEE Trans. Power Electron., Vol. 29, pp. 150-158. Tseng, K.C.; Liang, T.J.; , "Novel high-efficiency stepup converter". Electric Power Applications, IEE Proceedings, vol.151, no.2, pp. 182- 190, Mar 2004. Garcia, L.S.; de Freitas, L.C.; Buiatti, G.M.; Coelho, E.A.A.; Farias, V.J.; Freitas, L.C.G (2012); "Modeling and control of a single-stage current source inverter with amplified sinusoidal output voltage". Applied Power Electronics Conference and Exposition (APEC), pp. 2024-2031, Feb. Praça, P. P.; Henn, G. A. L.; Oliveira, D. S.; Barreto, L. H. S. C.; Silva, R. N. A. L (2013). "High Voltage Gain Single Stage DC-DC Converter Based on Three-State Commutation Cell". Applied Power Electronics Conference and Exposition (APEC), 2013, pp. 2882-2887, March. Grover, V. T. B.; Nova família de conversores CC-CC PWM não isolados utilizando célula de comutação de três estados. Florianópolis, Dezembro de 2001. Tese de Doutorado, Universidade de Santa Catarina. 3052