VI Seminário Latino-Americano de Geografia Física II Seminário Ibero-Americano de Geografia Física Universidade de Coimbra, Maio de 2010 Expansão da Agricultura de Larga Escala nas Áreas de Preservação Permanente (APPs) no Corredor Ecológico Jalapão - Chapada das Mangabeiras, Brasil. Hércules Nunes¹, Cláusio Tavares Viana Teza¹, Gustavo Macedo de Mello Baptista², Edilson de Souza Bias¹ e Rodrigo Studart Corrêa² ¹Universidade Católica de Brasília; ² Universidade de Brasília [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected] RESUMO: Os Corredores Ecológicos foram criados com a intenção de conectar áreas entre florestas naturais, formando um mosaico de uso de terra com o objetivo de facilitar o fluxo gênico entre populações, sendo fundamentais para sobrevivência das comunidades animais em ambientes fragmentados. O presente trabalho teve como objetivo a mensuração da ocupação das Áreas de Preservação Permanente (APP) por lavouras de soja de larga escala dentro do Corredor Ecológico (CE) Jalapão - Chapada das Mangabeiras no Brasil. Para tal, realizou-se uma análise multitemporal da região por meio de imagens de satélite referentes aos períodos de 1975, 1985, 1995 e 2007, a fim de se identificar o avanço do desmatamento decorrente das atividades agrícolas e avaliar as tendências de ocupação das APPs. Toda a análise foi baseada na legislação ambiental brasileira, destacando-se as Resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA, nº. 302 e 303/2002, que consolidam o Código Florestal Brasileiro de 1965, e estabelecem parâmetros, definições e limites referentes às APPs. Em 1975, não existia atividade agrícola no CE Jalapão. A partir de 1985, a área do Corredor apresentava 10.016 hectares ocupados com lavouras o que representa aproximadamente 0,3% do CE. De 1985 a 1995, a área ocupada chegou a 64.800 hectares, o que representou um crescimento de 546% e ocupação de 2,1% da área total. De 1995 a 2007, as áreas agrícolas sofreram um incremento percentual de 219%, passando de 64.800 para 207.137 hectares, ou 6,7% da área total do CE Jalapão. O período estudado de ocupação, entre 1985 a2007, totalizou um aumento percentual de 1.968% no corredor. Dentro das perspectivas demonstradas ao longo da pesquisa, observou-se que no período analisado houve a supressão de APPs pelas atividades agrícolas, e caso a tendência de ocupação se mantenha no ritmo atual, toda a área 1 Tema 2 - Expansão e democratização das novas tecnologias em Geografia Física: aplicações emergentes agricultável disponível no corredor, estimada em 1.243.000 hectares, ou 40% da área, seria ocupada num período de setenta anos. Os resultados encontrados podem auxiliar órgãos ambientais competentes na fiscalização da região, além de contribuir para a sistematização do conhecimento a respeito do assunto, ampliando a conscientização da sociedade para a necessidade de preservar esse Corredor Ecológico. Ressalta-se ainda a importância do monitoramento e controle da expansão das lavouras no Corredor Ecológico Jalapão - Chapada das Mangabeiras, antes que o processo de ocupação promova uma devastação irreversível. Palavras-chave: Supressão de APP; Uso e ocupação da terra; Análise multitemporal. 1 INTRODUÇÃO O Cerrado, segundo maior bioma do país, é uma região peculiar. Corresponde a aproximadamente dois milhões de km² ou 23% do território brasileiro. Possui grande biodiversidade e uma aparência árida, principalmente, durante a estação seca que se alterna com outra chuvosa. Seus solos são pobres e ácidos devido ao tipo climático que possui chuvas concentradas no verão. O Cerrado compõe um importante bioma que se estende pelos estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Minas Gerais, Distrito Federal, São Paulo, Maranhão, Piauí, Paraná, Pará e Rondônia. Esta formação vegetal encontra-se ameaçada, em sua maior parte, e, sobretudo ao longo do Planalto Central Brasileiro (WWF, 2000). Registros históricos relatam que as atividades antrópicas no Cerrado datam do século XVIII, quando a mineração proporcionou um ciclo de exploração intensiva de ouro, diamantes e outras pedras semipreciosas. Com o declínio do extrativismo mineral, o Cerrado passou por um período de estagnação que durou até praticamente o início do século XX (WWF, 2000). A partir de meados do século XX, a intensa ocupação agropecuária e urbanização do Bioma Cerrado, vêm trazendo grandes prejuízos ecológicos, diretamente associados ao seu desmatamento. Como conseqüência, estima-se que o cerrado tenha somente 1/3 de sua cobertura original conservada, do qual apenas 5% estão protegidos em unidades de conservação (IBAMA, 2002). 2 VI Seminário Latino-Americano de Geografia Física II Seminário Ibero-Americano de Geografia Física Universidade de Coimbra, Maio de 2010 Um dos grandes entraves à expansão das atividades econômicas nos domínios do Cerrado estava, exatamente, na falta de uma estrutura logística adequada capaz de cobrir as grandes distâncias que separavam a região dos principais pólos industriais do país, bem como dos portos, por onde a produção agropecuária vem sendo escoada para os mercados externos (WWF, 2000). O presente trabalho visa analisar, de forma multitemporal, o avanço da agricultura de larga escala sobre as Áreas de Proteção Permanente na região do Corredor Ecológico Jalapão – Chapada das Mangabeiras (Figura 1). Figura 1 – Localização do Corredor Ecológico Jalapão – Chapada das Mangabeiras. 2 MATERIAL E MÉTODOS 2.1 Material A composição da base de dados foi formada a partir das cenas Landsat descritas na tabela 1 e localizadas na figura 2. 3 Tema 2 - Expansão e democratização das novas tecnologias em Geografia Física: aplicações emergentes Tabela 1: Cenas Landsat utilizadas no presente estudo. ANO Órbita/Ponto 1975 236/67, 236/68, 237/66, 237/67, 237/68 e 238/67. SENSOR Multispectral Scanner (MSS) PIXEL BANDAS 80 m 4 – 5 – 6 1985 220/67, 220/68, 221/66, 221/67, 221/68 e 222/67. Thematic Mapper (TM) 30 m 1 – 2 – 3 – 4–5–7 1995 220/67, 220/68, 221/66, 221/67, 221/68 e 222/67. Thematic Mapper (TM) 30 m 1 – 2 – 3 – 4–5–7 2007 220/67, 220/68, 221/66, 221/67, 221/68 e 222/67. Thematic Mapper (TM) 30 m 1 – 2 – 3 – 4–5–7 Figura 2: Corredor Ecológico Jalapão - Chapada das Mangabeiras - Cenas Landsat 2.1.1 Softwares a) ENVI 4.4 – (Licença adquirida pelo Laboratório de Geoprocessamento do curso de Engenharia Ambiental da UCB). ENVI (Environment Visualizng Images). A SulSoft é a distribuidora exclusiva no Brasil dos produtos da empresa ITT Visual Information Solutions (ITT VIS) de Boulder, Colorado. O programa alia ferramentas de altíssimo desempenho, facilidade de uso e 4 VI Seminário Latino-Americano de Geografia Física II Seminário Ibero-Americano de Geografia Física Universidade de Coimbra, Maio de 2010 velocidade de processamento, o ENVI é o software completo para visualização, exploração, análise e apresentação de dados na área de Sensoriamento Remoto/SIG (SULSOFT, 2004) b) ArcGIS 9.2 - (Licença adquirida pelo Laboratório de Geoprocessamento do curso de Engenharia Ambiental da UCB). ArcGIS 9.2. - Produzido pela ESRI (Economic and Social Research Institute) A empresa possui parcela dominante do mercado de software de SIG, havendo um uso do seu software por cerca de 80% dos profissionais da área. A linguagem de programação disponível para personalizar ou estender o software para as necessidades do usuário é uma grande vantagem. Na transição para o ArcGIS, a ESRI aumentou o suporte a aplicações específicas de linguagem de script (Arc Macro Language - AML) em favor das Visual Basic for Applications e acesso aberto aos componentes ArcGIS usando padrões Microsoft (ESRI, 1996). 2.2 Métodos Esta pesquisa consiste no estudo de um objeto de interesse na área de Planejamento e Gestão Ambiental. Envolve técnicas da apresentação de dados pesquisados em referenciais teóricos por meio de uma pesquisa exploratória descritiva, uma discussão qualitativa e quantitativa dos resultados. Uma pesquisa de campo “não permite o isolamento e o controle das variáveis supostamente relevantes, mas permite o estabelecimento de relações constantes entre determinadas condições” (RUIZ, 1995, p. 37). O método utilizado ocupa-se dos procedimentos aplicados à presente investigação da avaliação da influência de expansão da fronteira agrícola, por meio da agricultura de larga escala na entorno do Corredor Ecológico do Jalapão – Chapada das Mangabeiras – TO. Há diferentes maneiras de conceber e lidar com o mundo, o que gera formas distintas de interpretar significados do objeto pesquisado, portanto a escolha do método quantitativo e qualitativo, também reconhecido como “triangulação” é uma combinação que traz como benefícios possibilidades de completar um conjunto de fatos e causas associados à interpretação do objeto ou fenômeno. Combinar técnicas quantitativas e qualitativas torna a pesquisa mais forte e reduz os problemas de adoção exclusiva de um desses grupos; por outro lado, a omissão no emprego de métodos qualitativos, num estudo que se faz possível útil empregá-los, 5 Tema 2 - Expansão e democratização das novas tecnologias em Geografia Física: aplicações emergentes empobrece a visão do pesquisador quanto ao contexto em que ocorre o fenômeno. (DUFFY, 1987, p. 133). Os métodos qualitativos e quantitativos distinguem-se no enfoque, porém não guardam relação de oposição entre si. Eles diferem quanto à forma e a ênfase. Enquanto os métodos qualitativos trazem à pesquisa uma mistura de procedimentos de cunho racional e intuitivo, capazes de contribuir para melhor compreensão de um fenômeno, a quantitativa mensura os dados obtidos e procura seguir com rigor um plano previamente estabelecido. (DUFFY, 1987). A presente pesquisa tem como principal característica a informalidade, a flexibilidade e a criatividade. Com método exploratório, procura-se um melhor conhecimento sobre o objeto em estudo e a geração de hipóteses a serem confirmadas nos estudos descritivos. Destina-se a descrever as características da situação da influência de expansão da fronteira agrícola, por meio da agricultura de alta tecnologia na entorno do Corredor Ecológico do Jalapão – Chapada das Mangabeiras – TO, a partir de dados primários, obtidos originalmente por meio de referenciais bibliográfico e, posteriormente, visitas ao local. 3 RESULTADOS Após aplicação da metodologia empregada, foram obtidos resultados que evidenciam a expansão das atividades agrícolas dentro do Corredor Ecológico Jalapão – Chapada das Mangabeiras – TO. De acordo com a tabela 2 e com a figura 2 é possível observar que a região, na qual está demarcado o Corredor Ecológico Jalapão Chapada das Mangabeiras - TO, não apresentava atividade agrícola em 1975. Os dados apresentados mostram que a partir da década de 1980, é iniciado o processo de uso e ocupação agrícola da área em estudo. Tabela 2: Evolução das áreas ocupadas com atividade agrícola nos anos de 1975, 1985, 1995 e 2007. Ano 1975 1985 1995 2007 Áreas ocupadas com atividade agrícolas (ha) 0 10.016 64.800 207.137 Ocupação do Corredor Ecológico Jalapão – Chapada das Mangabeiras (%) 0 0,3 2,1 6,7 6 VI Seminário Latino-Americano de Geografia Física II Seminário Ibero-Americano de Geografia Física Universidade de Coimbra, Maio de 2010 Pode-se observar que no ano de 1975 (Figura 3), não havia atividade agrícola no Corredor. Figura 3: Ocupação agrícola no CE Jalapão – Chapada das Mangabeiras em 1975. A partir de 1985 a área do CE Jalapão apresentava 10.016 hectares ocupados com atividade agrícola, o que representava aproximadamente, 0,3% da região. De 1985 a 1995, a área ocupada saltou de 10.016 para 64.800 hectares, o que implicou num aumento percentual de 546%. Nesse período a área ocupada com atividade agrícola passou de 0,3% para 2,1% da região. Na década seguinte, 1995 a 2007, as áreas ocupadas com atividades agrícolas tiveram um crescimento percentual de 219%, passando de 64.800 para 207.137 hectares, ocupando então 6,7% da região do CE Jalapão (Figura 4). 7 Tema 2 - Expansão e democratização das novas tecnologias em Geografia Física: aplicações emergentes Figura 4: Ocupação agrícola no CE Jalapão – Chapada das Mangabeiras em 2007. Entre 1985 a 2007, totalizou-se um aumento percentual de 1968% de ocupação na região do corredor, conforme observado nas figuras 18, 19 e 20. Destaca-se como período de maior crescimento da atividade agrícola o período de 1985 a 1995, com taxa de ocupação de 546,9%. Supressão das Áreas de Preservação Permanente (APP’s) pela Agricultura De acordo com as Resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, nº. 302 e 303/2002 delimitaram-se as Áreas de Preservação Permanentes (APP’s) de nascentes, bordas de chapadas e cursos d’água, considerando os seguintes limites para preservação permanente: Nascentes » ainda que intermitentes, e nos chamados olhos d’água, qualquer que seja sua situação topográfica, num raio mínimo de 50 (cinqüenta) metros de largura; Bordas de Chapadas » nas escarpas e nas bordas dos tabuleiros e chapadas, a partir da linha de ruptura em faixa nunca inferior a 100 metros em projeção horizontal no sentido do reverso ao da escarpa; Cursos D’água » 30 metros de APP, para o curso d’água com menos de 10 metros de largura. Adotou-se esse limite para todas as APPs de drenagens. Com base no mosaico das cenas do satélite Landsat 220-67, 220-68, 221-66, 221-67, 221-68 e 222-67, digitalizaram-se as bordas de chapada, além das drenagens e das 8 VI Seminário Latino-Americano de Geografia Física II Seminário Ibero-Americano de Geografia Física Universidade de Coimbra, Maio de 2010 nascentes. Por meio do software ArcGIS, determinaram-se os buffers relativos à 30m para as drenagens, 50m para as nascentes, e 100m para as bordas de chapadas. Salienta-se que foram digitalizadas as feições apenas nas áreas que estão no vetor de crescimento da atividade agrícola, que ocorre na porção sul e sudeste. De posse dos dados referentes às áreas agrícolas e as APP’s, realizou-se a superposição dos dois planos de informação. Pode se perceber que, após o crescimento das atividades agrícolas na região do CE Jalapão- Chapada das Mangabeiras, essas categorias de APPs foram sendo invadidas. No ano de 1995, foi observado que 0,784ha de APP’s de nascentes foram ocupados com lavouras e em 2007 a ocupação foi calculada em 19,154ha, totalizando uma perda de 19,938ha. O incremento no período de 1995 a 2007 foi de 2343%. Observou-se que as APP’s de borda de chapada vêm sendo ocupadas desde a década de 1990, apresentando uma ocupação de mais de 150,62 ha em 1995. Percebeu-se que, mesmo após a entrada em vigor das Resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, nº. 302 e 303/2002, as ocupações das bordas de chapada aumentaram de forma significativa passando de 150,62 ha em 1995, para 1081,79 hectares em 2007, o que representa um aumento percentual de 618,22%. A supressão total de APP’s de borda de chapada verificada foi de 1232,41 ha de 1995 a 2007. No período de 1985 a 1995 o aumento da supressão de APP’s de cursos d’água partiu de 9,29 ha para 184,89 ha e chegou a 427,84 ha de supressão em 2007. Esses dados demonstram um aumento percentual de 1890%, de 1985 a 1995, e de 131,4%, no período de 1995 a 2007, acumulando em um período de 22 anos, um total percentual de 4605% de supressão das APP’s de cursos d’água por atividades agrícolas. A perda total observada no período foi 622,02 ha. Estimativa de Ocupação do Corredor Ecológico Cerca de 40% do CE Jalapão - Chapada das Mangabeiras (1.243.000 ha) apresentamse como áreas agricultáveis (Baptista, 2004). Pôde-se notar que o crescimento da área ocupada pela agricultura ocorre de forma exponencial (Figura 5). Para analisar a tendência de crescimento adotou-se o ajuste de uma função polinomial de 2ª ordem, calculando-se o tempo necessário para que toda a área agricultável fosse ocupada no Corredor Ecológico, caso se mantivesse o mesmo padrão de uso e ocupação. Pela função ajustada foi possível estimar que serão necessários cerca de setenta anos para que todas as área agricultáveis disponíveis no Corredor Ecológico estejam ocupadas, caso o padrão de ocupação se conserve como o atual. 9 Tema 2 - Expansão e democratização das novas tecnologias em Geografia Física: aplicações emergentes y = 265,05x 2 - 2104,2x + 2576,9 R 2 = 0,9997 250000 200000 150000 S érie2 100000 P olinômio (S érie2) 50000 2006 2004 2002 2000 1998 1996 1994 1992 1990 1988 1986 1984 1982 1980 1978 -50000 1976 0 Figura 5: Evolução da Atividade Agrícola no CE Jalapão - Chapada das Mangabeiras 1975/2007. 4 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES Após análise dos resultados apresentados na presente pesquisa sobre o crescimento da agricultura de Larga Escala em Áreas de Preservação Ambiental (APP’s), do Corredor Ecológico Jalapão - Chapada das Mangabeiras – TO. Observou-se que o aumento das atividades agrícolas tem se mostrado intenso nas últimas décadas. Esse crescimento é justificado pelos seguintes fatores: programas e políticas governamentais que desconsideraram o meio ambiente, os incentivos as exportações visando ao equilíbrio da balança comercial brasileira, o acelerado crescimento dos mercados externos com sua alta lucratividade, os aspectos naturais favoráveis à agricultura no Cerrado (clima, relevo, vegetação e hidrografia) e os problemas enfrentados pelos órgãos ambientais competentes responsáveis pela fiscalização, monitoramento e controle dessas áreas. No Corredor Ecológico Jalapão - Chapada das Mangabeiras, cerca de 40% da área é agricultável, totalizando 1.243.000 ha. Caso se mantenha a tendência de crescimento verificado de 1975 a 2007, os cálculos realizados a partir da função polinomial de segunda ordem estimaram que: a área agricultável disponível no CE Jalapão será totalmente ocupada em setenta anos. Os dados apresentados evidenciam que a expansão desses cultivos suprime APP’s e ainda são praticados em áreas sensíveis ao esgotamento de recursos naturais. A utilização acima de sua capacidade de renovação tem afetado os recursos naturais num 10 VI Seminário Latino-Americano de Geografia Física II Seminário Ibero-Americano de Geografia Física Universidade de Coimbra, Maio de 2010 ritmo crescente, não apenas na produção e consumo de insumos, mas principalmente, no papel de depositários de resíduos e dejetos destas atividades. As conseqüências diretas são apresentadas pelo desgaste dos recursos e a contaminação do ambiente, além dos efeitos negativos sobre sua capacidade de absorção e regeneração. REFERÊNCIAS BAPTISTA, G. M. M. Corredor Ecológico Jalapão - Chapada das Mangabeiras. Brasília: IBAMA 2004. (Mimeo). DUFFY, Mary E., Methodological triangulation: a vehicle for merging quantitative and qualitative research methods. Journal of Nursing Scholarship, v. 19, n.3, 1987, p. 130-133. ESRI. Environmental Systems Research Institute Inc. Manual do arc view gis, 1996. IBAMA. GeoBrasil 2002: perspectivas do meio ambiente no Brasil. Brasília: Instituto Nacional do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, IBAMA, 2002. RUIZ. João Álvaro. Metodologia científica: guia para eficiência nos estudos. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1995. SULSOFT. Guia do ENVI em Português. Versão atualizada: 09/2004. WWF-Brasil. Expansão agrícola e perda da diversidade no cerrado: origens históricas e o papel do comércio internacional. Brasília: WWF Brasil, 2000. 11