Oficina vegetação - Departamento de Geografia

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
Departamento de Geografia
FLG 356 – BIOGEOGRAFIA
Profa Dra Sueli Angelo Furlan
Oficina de Vegetação – Treinamento de Campo 1 - 2016
Nome:
Período:
Data:
Objetivos
A finalidade do treinamento de campo é introduzir algumas técnicas utilizadas no estudo da espacialização da vegetação. A partir deste treinamento os alunos deverão
discutir em grupo quais procedimentos utilizarão para obter informações sobre a biota que estudarão em suas áreas de estudo e incluir este procedimento no projeto de
estudo de campo específico.
A aplicação de diferentes procedimentos de coleta de informações sobre o meio fornece-nos um conhecimento básico sobre o ecossistema, comunidade ou espécies
individuais. Esse conhecimento prévio possibilita muitas vezes a extrapolação da informação ou comparação entre diferentes tipos de ecossistemas.
A observação é o passo inicial para que o aluno possa conhecer melhor a área de estudo, antes de propor os procedimentos de campo para levantamento de informações
qualitativas e quantitativas. Para se ter o mínimo de resultados a respeito das condições ecológicas presentes num determinado momento do ambiente, é necessário observar
atentamente a vegetação presente, caracterizando-a quanto a sua fisionomia, estratificação, densidade, tipos mais frequentes nas camadas ou estratos, etc. É também
importante descrever o local onde se encontra a vegetação. Desenhos e esboços da vegetação e do relevo auxiliam posteriormente a confrontação bibliográfica e cartográfica
da área de estudo. A mesma atenção dada à vegetação deve ser dada a fauna local. Os animais são mais difíceis de observar, devido a seus ritmos biológicos. Além disso, a
própria presença humana no ambiente afugenta os animais. O observador deve, no entanto, procurar reconhecer os diferentes habitats existentes na área e os vestígios
deixados pelos animais.
Ao mesmo tempo em que observamos os seres vivos é importante analisar as condições do meio físico no momento da observação, pois as variações destes fatores são
limitantes da distribuição.
Procedimentos para sistematizar a observação
Neste primeiro exercício vamos organizar procedimentos de observação. Para que você não se perca durante o trabalho prático sugerimos a seguinte sequência de
observações:



Observações gerais do ambiente quanto à localização e descrição do relevo;
Observações do ambiente fora da área de estudo quanto ao relevo, solo, clima, fauna, etc. (escolher a escala 1:10.000 no caso da USP e procurar em bibliografia após
a observação de campo);
Observações da vegetação;
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As observações sensoriais devem ser feitas ao longo de todo o período de trabalho, por isso criar no caderno de campo um campo observações sensoriais gerais. É importante
que os alunos aprendam os procedimentos de tomada de dados de forma coerente e organizada. Utilize o registro fotográfico para enriquecer as atividades.
Todas as informações devem ser anotadas no caderno de oficina individualmente. Essas fichas serão analisadas pelo professor ao final da atividade para avaliação. A entrega
do Caderno de Oficina completo deverá ser feita na aula do dia: 11/10/2013.
Atividades Oficina 1:
1. Observação e descrição da vegetação.
2. Técnicas de coleta e herborização.
1. Observação e descrição
a) Descrição da área de estudo
Há muitas maneiras de descrever uma paisagem. Porém, é importante descrevê-la detalhadamente em seus diversos aspectos e características, para que tenha
elementos de análise no momento posterior ao trabalho de campo. Seguem abaixo dois exemplos de descrições:
“Na Serra do Cafundó – ouvi trovão de lá, e retrovão, o senhor tapa os ouvidos, pode ser até que chore, de medo mau em ilusão, como quando foi menino. O senhor vê
vaca parindo na tempestade...de em de, sempre, Urucúia acima, o Urucúia – tão a brabas vai. Tanta serra, esconde a lua. A serra ali corre torta. A serra faz ponta. Em um
lugar, na encosta, brota do chão um vapor de enxofre, com estúrdio barulhão, o gado foge de lá, por pavor. Semelha com as serras do estrondo e do roncador – donde
dão retumbos, vez em quando. Hem? O senhor? Olhe: o rio Carinhanha é preto, o Paracatu moreno; meu, em belo, é o Urucúia – paz das águas... É vida! (…) O senhor vá
lá, verá. Os lugares sempre estão aí em sí, para confirmar” (ROSA, 2001, p. 43).
“A ocupação do solo é bastante variada ao longo do trecho de rodovia que une Itaquá. Sucedem-se, a princípio, várzeas abandonadas, recobertas por brejos e capoeiras
raquíticas. Capoeiras ralas revestem os outeiros cristalinos. Logo, porém, acentuam-se os traços de ocupação dos solos, através do aparecimento de sítios, granjas com
aviários, floriculturas, olarias, vendas de beira de estrada e fazendolas. Entre Arujá e Itaquá contamos uma dezena de pequenas vendas, contando com prédios das mais
diferentes formas de construção. Notamos, ainda, a presença de meia-dúzia de olarias, agrupadas em certo trecho da várzea, marginando a estrada. Por outro lado, já se
fazem notar, na região, algumas casas de campo e sitiocas de recreio.
Por grandes trechos, as capoeiras dos outeiros cristalinos passam a dar lugar a bosques de eucaliptos. As próprias seções da várzea, ainda não inteiramente ocupadas por
atividades mais rendosas, sofreram a invasão dos eucaliptais, ali plantados, dominantemente, para a obtenção de lenha. À sombra dos pequenos bosques de eucaliptos,
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vêem-se habitações e pequenos sítios. Apesar da relativa ocupação dos solos regionais, é digno de nota o fato do povoamento se achar muito ligado à estrada. O pequeno
vale favorecido pela presença da rodovia é uma exceção no conjunto das paisagens regionais, porque, de resto, os outros vales, morros e encostas suaves permanecem
recobertos por capoeiras e vastos eucaliptais” (AB’SÁBER, 1948, p.?).
Veja também alguns exemplos de descrição da Mata Atlântica, feitas pelos viajantes naturalistas:
“Pouco a pouco, foi-se fechando a perspectiva cada vez mais; passávamos junto de profundos, pavorosos abismos, cobertos de densa vegetação, e vindo de campos
claros, nos vimos de repente de novo na escuridão do mato. Densas grinaldas de lianas, com cortinas de flores de todos os matizes, ligam árvores gigantescas umas
às outras, entre as quais se elevam fetos escamosos, formando majestosas alamedas verde-escuras e frescas, que trespassa o viajante, num enlevo solene,
interrompido apenas pelos gritos estridentes dos papagaios, o martelar do pica-pau ou os urros dos monos”. (SPIX; MARTIUS, 1823, p.218).
"Sublime, pitoresca, cores intensas, predomínio do tom azul, grandes plantações de cana-de-açúcar e café, véu natural de mimosas, florestas parecidas, porém mais
gloriosas que aquelas nas gravuras, raios de sol, plantas parasitas, bananas, grandes folhas, sol mormacento. Tudo quieto, exceto grandes e brilhantes borboletas.
Muita água (...), as margens cheias de árvores e lindas flores".
Charles Darwin (1809-1882), ao passar pelo Rio de Janeiro em 1832.
“As Bignonáceas de cinco folhas crescem ao lado de Caesalpinia, e as flores douradas de Cassia se espalham, ao cair, sobre os fetos arborescentes. Os ramos multidivididos
dos mirtos e Eugenia fazem ressaltar a simplicidade elegante das palmeiras, e, entre as Mimosáceas de folíolos pequenos, a Cecropia estende suas largas folhas e ramos
que se assemelham a imensos candelabros”. (SAINT-HILAIRE, 1975. p.20).
b) Vegetação da área de estudo
Algumas observações sobre a vegetação na área de estudo são importantes para uma boa descrição, veja se você consegue dissertar sobre as questões orientadoras:
a. Como é a vegetação quanto ao porte (herbácea, arbustiva, arbórea)?
b. Como são as copas das árvores quanto à difusão de luz (dossel fechado, dossel aberto)?
c. Como é a estratificação interna (presença de sub bosque? Há presença de cipós, trepadeiras e epífitas?
d. Observe as características fenológicas das plantas (floração, frutificação, folhagem). As características fenológicas são muito úteis para identificação botânica da
planta.
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e. Como é o grau de agregação da formação estudada (crescimento isolado, em tufos, agregados pequenos, agregados extensos)?
f.
Comente sobre a presença de fauna na área e como esta interage com a vegetação.
Veja alguns exemplos de estratificação da vegetação:
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DESCREVA A VEGETAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO (SE PRECISAR DE MAIS ESPAÇO UTILIZE UMA FOLHA A PARTE)
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DESENHO DE CROQUI
Tomando uma certa distância da área observável procure fazer um desenho livre da estrutura da vegetação (Observação lateral)
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2. Técnicas de Coleta e Herborização
Todo o trabalho seja de observação, confecção de herbário, parcelas ou quadrantes, deve ser seguido da identificação das espécies. Para identificação devem-se coletar
no mínimo cinco exemplares de ramos com folhas, flores e frutos. No caso de árvores coletar um ramo inteiro, no caso de herbáceas coletar até a raiz. Após a coleta do
material botânico, este deve ser secado em herbário e enviado para identificação. Na secagem muitas características fisionômicas podem ser perdidas, como cor,
disposição das folhas no ramo, etc. Por isso cada espécie coletada deve receber um número sequencial e no caderno de campo deve ser descrita suas características.
O que eu preciso para organizar um herbário?
Materiais
Tesoura de poda, podão, canivete ou faca, facão, pá, sacos plásticos, sacos
de papel ou pequenas caixas, prensa de madeira trançada e folhas de jornais
ou outro papel absorvente
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Equipamentos
GPS, altímetro, bússola, mapas, binóculos, lupa de bolso, luvas de couro
Outros acessórios importantes
Caderneta de campo, lápis ou caneta de tinta indelével, fita adesiva, folhas
de papelão e alumínio corrugado, além de roupas e sapatos apropriados
aos locais de coleta, Recipientes de vidro com álcool a 70% ou FAA (Formol
40% - 5 ml + Álcool 70% - 90ml +Ácido acético glacial – 5 ml), sacos
plásticos com algodão umedecido, sílica gel para materiais delicados
Aspectos importantes a serem considerados na observação e no registro do caderno de campo:

Cheiro característico de partes da planta (amassar a folha e sentir se exala aroma);
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
Verificar se o exemplar está com sementes, flores e frutos e anotar no caderno;

Verificar se produz látex e suas características (leitoso, hialino, etc);

Disposição de folhas no ramo;

Cor das flores, tronco, folhas, verificar a presença de espinhos;

Observar o ambiente de crescimento da planta (declividade, disponibilidade de luz, etc).
DESCRIÇÃO DA ESPÉCIE HERBORIZADA:
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HERBORIZAÇÃO
Apresentação final. Siga este padrão (organização da exsicata)
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ANEXO 1: IDENTIFICAÇÃO DE ESPÉCIES ARBÓREAS NA MATA ATLÂNTICA
Objetivo: conhecer a nomenclatura botânica utilizada na caracterização morfológica de espécies, facilitando a utilização de guias e manuais de identificação de
espécies, para um melhor conhecimento da flora estudada nos estudos de campo.
1– CASCA
Estriada
Apresenta faixas
longitudinais de
textura e/ou coloração
variáveis.
Fendilhada
Apresenta fendas
longitudinais e
transversais, dando a
impressão de formar
figuras geométricas
(quadrados ou
retângulos).
Fendida ou Sulcada
Apresenta sulcos
longitudinais de
largura e
profundidade
variáveis.
Suberosa
Apresenta ritidoma
espesso, macio e leve,
(consistência de
cortiça).
Rugosa
Apresenta
protuberâncias em
forma de rugas
transversais.
Lisa
Não apresenta
saliências ou
reentrâncias.
Tuberculosa
Apresenta
nódulos de
forma e
tamanhos
variáveis.
Ritidoma = conjunto de
tecidos mortos do caule.
2 – FOLHA
Uma folha típica compõe-se de um limbo, com uma rede de nervuras, e pecíolo (haste da folha). Podem ser simples, quando há somente um limbo, ou composta
quando o limbo é dividido em folíolos separados. São classificadas pelo formato do limbo ou folíolo, pelo ápice, base, margem, venação, textura, indumento e coloração.
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Principais componentes da folha
Principais componentes da folha:
Bainha: parte basal e achatada da folha, que a prende ao caule envolvendo-o total ou parcialmente.
Estípula: cada um dos apêndices, geralmente laminares e em número de dois, que em certas plantas se formam de cada lado da inserção da folha no ramo, pode ser
interpeciolar (quando se encontra entre os pecíolos) ou intra-peciolar (quando está entre o pecíolo e a gema na axila da folha).
Limbo: parte expandida da folha ou lâmina.
Nervura ou Vasos Condutores: conjunto de condutos, em geral bem visíveis, o mesmo que veias.
Pecíolo: parte da folha que prende o limbo ao caule, em formato de haste. A folha pode ter um pecíolo curto ou longo, quando não possui pecíolo é considerada uma
folha séssil.
2.1 - LIMBO
Simples: quando o limbo apresenta-se inteiro ou recortado, mas não subdividido.
Unilobar
Multilobada
Acicular
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Escamiforme
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Composta: quando o limbo é dividido em folíolos, sustentados pelos peciólulos (pecíolo dos folíolos).
Imparipinada
Paripinada
Trifoliada
Digitada
Terminada com
um folíolo.
Terminada com
um par de
folíolos.
Três folíolos
partindo do ápice
do pecíolo
principal.
Com três ou mais
folíolos saindo do
ápice do pecíolo
principal.
Palmiforme
palmada
Palmiforme
pinada
Bipinada
Presença de
folíolos
compostos, folhas
duplamente
compostas.
2.2 – NERVAÇÃO
Paralelinérvia
Com nervuras secundárias
paralelas à principal, quando esta
existir.
Palminérvia
Com nervuras que saem todas do
mesmo ponto, divergindo em
várias posições.
Peninérvia
Com nervuras secundárias ao longo
da principal.
2.3 – FORMA
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Curvinérvia
Com nervura secundária curvas em
relação à principal.
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Acicular
Forma de agulha longa,
fina, rígida e pontiaguda.
Assimétrica
Folha assimétrica, dividida
pela nervura principal em
duas partes de forma ou
tamanho desiguais.
Cordiforme
Forma de coração, base mais
larga, com lobos
arredondados, também
chamada de cordada.
Elíptica
Forma de elipse, mais larga
no meio.
Espatulada
Forma de espátula, longa e
ápice mais largo.
Falciforme
Formato de uma lança,
semelhante a uma foice.
Lanceolada
Forma de lança no meio ou
perto da base, estreita nas
extremidades.
Linear
Forma estreita e comprida,
bordos paralelos.
Lobada
Limbo inteiro, porém partido
em vários lobos.
Oblonga
Forma mais longa que larga,
bordos quase paralelos.
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Obovada
Forma ovada com a parte
mais larga no ápice, isto é,
ovada invertida.
Orbicular
Forma mais ou menos
circular.
Ovada
Forma de ovo, mais larga
perto da base.
Peltada
Forma de escudo, com o
pecíolo inserido no meio ou
próximo, na fase dorsal do
limbo.
Sagitada
Forma de seta, base
reentrante, com os lobos
pontiagudos voltados para
baixo.
2.4 BORDO DA FOLHA ( MARGEM)
Aculeado
Com pontas agudas e
rígidas na margem do
limbo.
Ciliado
Presença de tricomas ao
longo da borda.
Crenado
Com dentes obtusos
ou arredondados.
Dentado
Com dentes regulares não
inclinados.
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Inteiro
Liso, sem deformação
ou divisão.
Fendido
Recortes que chegam
próximo ou até a metade
do semilimbo ou limbo.
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Ondulado
Com ligeiras ondulações.
Revoluto
Margem virada para
baixo ou enrolada sobre
si mesma.
Serrado ou Serreado
Dentes como os da
serra, inclinados para o
ápice.
Serrilhado ou Serrulado
Serrado, porém com
dentes diminutos.
Lobado
Com limbo dividido
em lobos mais ou
menos arredondad
2.5 – ÁPICE
Acuminado
Limbo estreitando-se
gradualmente para o ápice e
terminando em ponta
aguda.
Agudo
Terminando em ângulo
agudo.
Arredondado
Margens formando um arco
regular através do ápice.
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Cuspidado
Terminando subitamente em
ponta fina.
Emarginado
Terminando com uma
reentrância pouco profunda.
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Mucronado
Terminando subitamente em
ponta curta, dura e isolada.
Obtuso
Terminando em ângulo
obtuso.
Retuso
Ápice truncado e ligeiramente
emarginado.
Truncado
Ápice aparecendo ter sido
cortado transversalmente.
2.6 – BASE
Arredondada ou orbicular
Quando a margem da base da
folha forma um arco.
Atenuada ou cuncada
Forma de cunha, base de bordos
retos e convergentes,
estreitando-se gradualmente.
Cordada
Base reentrante, com
lobos arredondados.
Hastada
Base reentrante, com os lobos
agudos e voltados para o ápice.
Oblíqua
Terminando por lados
desiguais e assimétricas.
Obtusa
Terminando em ângulo obtuso.
Sagitada
Base reentrante, com
lobos pontiagudos
voltados para baixo.
Truncada
Base parecendo ter sido
cortada em plano transversal.
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Decorrente no pecíolo
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Referências Bibliográficas:
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DINIZ, Amarildo. Fitogeografia do Parque Estadual de Campos do Jordão a luz das relações entre classificações de vegetação, fitossociologia, escalas e alterações sócioculturais. 1997. 141 f. TGI (Trabalho de Graduação Individual). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, São Paulo, 1997.
EMPERAIRE, Laurence. (ed) A floresta em jogo. O extrativismo na Amazônia central/ editora científica. São Paulo: Editora UNESP: Imprensa Ocifial do Estado. 2000, 233p.
PUIG, Henri. A floresta Tropical Úmida. Editora Imprensa Oficial. São Paulo. 2008, 496p.
ROSA, J. G. Grande Sertão Veredas. Cidade: Editora, 2001.
SAINT-HILAIRE, Auguste de. Viagem pelas províncias do Rio de Janeiro e Minas Gerais. Trad. Vivaldi Moreira. São Paulo: Edusp, 1975.
SPIX, Johann Baptiste von; MARTIUS, Karl Friedrick Philipp. Viagem pelo Brasil: 1817-1820. v.1, 1823.
TABARELLI, Marcelo; MANTOVANI, Waldir. A riqueza de espécies arbóreas na floresta atlântica de encosta no estado de São Paulo (Brasil). In: Revista Brasileira de Botânica.
Vol. 22, N° 2, São Paulo, 1999.
WHITMORE, T. C. & Prance, G. T. Biogeography and Quaternary History in Tropical. Oxford Monographs on Biogeography. America. Oxford Science Pub, 1987, 214p.
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