Integração de dados pedo-geomorfológicos como subsídio ao mapeamento geoambiental, através de SIG, no município de Carutapera – estado do Maranhão DOI: 10.17552/2358-7040/bag.n1v1p77-93 Franciney Carvalho da PONTE; Ana Maria Medeiros FURTADO ________________________________________________ INTEGRAÇÃO DE DADOS PEDO-GEOMORFOLÓGICOS COMO SUBSÍDIO AO MAPEAMENTO GEOAMBIENTAL, ATRAVÉS DE SIG, NO MUNICÍPIO DE CARUTAPERA – ESTADO DO MARANHÃO 77 1 Franciney Carvalho da PONTE Ana Maria Medeiros FURTADO2 Resumo O trabalho pretende contemplar a distribuição dos aspectos obtidos sobre o meio físico integrando a Geologia, Geomorfologia, Solos e Vegetação/uso através da ferramenta cartográfica. Envolve a análise e representação das unidades pedogeomorfológicas para a concepção de um estudo geoambiental, com metodologia adequada que inclui procedimentos do Sistema de Informações Geográficas (SIG), referendadas com trabalho de campo. A integração desses dados enseja a avaliação das potencialidades e limitações que foram detectadas na área do município de Carutapera, no que diz respeito a ocupação e uso do solo. Palavras-chave: Unidades geomorfológicas, solos, geotecnologias, mapeamento ambiental. DATA INTEGRATION PEDO-GEOMORPHOLOGICAL HOW ASSISTANCE TO MAPPING GEOENVIRONMENTAL, WITH THE USE OF GIS, IN THE CITY OF CARUTAPERA-MARANHÃO-BRAZIL Abstract The work intends to address the distribution of points obtained on the physical environment, integrating Geology, Geomorphology, Soils, Vegetation through the cartographycal tool. Involves the analysis and representation of the pedogeomorphologycals unities for the conception of a study geoenvironmental, with appropriate methodology that includes proceedings system geographic information (SIG), referring works in camp. The integration of these datas gives rise to the valuation of the potentialities and limitations that were detected in the area of the city Carutapera with regard to the occupation and use of the soil. Keywords: geomorphologicals unities, soils, geotechnology, environmental mapping. INTRODUÇÃO A necessidade do levantamento de questões relacionada ao meio físico, no que tange ao seu uso e ocupação, vem a merecer uma abordagem interdisciplinar integrada, que visa detectar possíveis problemas ambientais em vários municípios brasileiros. São áreas com 1 Profº. da Faculdade de Geografia e Cartografia. Laboratório de Análise da Informação Geográfica. email:[email protected] / [email protected] 2 Profª. da Faculdade de Geografia e Cartografia. Laboratório de Análise da Informação Geográfica. e-mail: [email protected] Boletim Amazônico de Geografia, Belém, n. 1, v. 01, p. 77-93, jan./jun. 2014. Integração de dados pedo-geomorfológicos como subsídio ao mapeamento geoambiental, através de SIG, no município de Carutapera – estado do Maranhão DOI: 10.17552/2358-7040/bag.n1v1p77-93 Franciney Carvalho da PONTE; Ana Maria Medeiros FURTADO ________________________________________________ limitações do seu potencial natural, resultando num aglomerado de aspectos que se tornaram inaproveitados, ora pela falta de um planejamento adequado ou ignorado, por desconsiderar onde as vocações do terreno não são respeitadas. Esse fato vem acorrendo em diversas áreas municipais, nas quais não existe uma preocupação com a preservação ou conservação do solo, daí a ocorrência de grandes extensões degradadas. Embora existam leis que previnem a recuperação de tais áreas, não é o que se aplica em vários municípios, notadamente os mais pobres. O trabalho em foco apresenta um estudo preliminar sobre impactos ambientais no município de Carutapera, na porção oeste do estado do Maranhão, na fronteira com o estado do Pará, tendo por limite oeste o rio Gurupi. Este rio em seu 800 Km de extensão, é o maior rio maranhense que nasce na Serra da desordem e termina no litoral atlântico. Serão analisados os principais aspectos ambientais, através de um mapeamento baseado em imagens de satélite, e trabalhos de campo, para a observação do quadro fisiográfico geral, incluindo, sobretudo os aspectos pedo-geomorfológicos. Ressalta-se que este trabalho foi motivado por atividades práticas contempladas na estrutura curricular do curso de Geografia da UFPA. O município de Carutapera está localizado na mesorregião do oeste maranhense e na microrregião do Gurupi cuja sede está situada entre a latitude 01° 19’ 50”S e longitude de 46° 00’ 02”W. A Figura 01 representa a localização do município. Este segundo dados oficiais do IBGE (Censo 2010) apresenta uma área territorial de 1.232, 074 Km2. É um município que apresenta uma das maiores extensões de mangue do estado do Maranhão, considerada a quarta maior área de manguezal do mundo banhada ao norte pelas águas da ria Arapiranga a qual possui cerca de 30 Km de extensão. O município faz ainda limites com o de Luis Domingues (à leste), com o de Amapá do Maranhão (à sudeste), com o de Boa Vista do Gurupi (à sudoeste) e Junco do Maranhão (ao sul). Embora possua várias ilhas providas de praia no oceano Atlântico, como as de São Pedro, Sardinha e Juncal (onde se encontrando o ponto extremo norte do estado do Maranhão), o trabalho se resume apenas a porção continental do município. A área possui características físicas da zona costeira a qual constitui uma continuidade da unidade de relevo conhecida como das reentrâncias paraenses-maranhenses (litoral de rias), cuja geologia local é representada por depósitos quaternários de pântanos e manguezais Boletim Amazônico de Geografia, Belém, n. 1, v. 01, p. 77-93, jan./jun. 2014. 78 Integração de dados pedo-geomorfológicos como subsídio ao mapeamento geoambiental, através de SIG, no município de Carutapera – estado do Maranhão DOI: 10.17552/2358-7040/bag.n1v1p77-93 Franciney Carvalho da PONTE; Ana Maria Medeiros FURTADO ________________________________________________ além de aluviões holocênicos as margens do rio Gurupi. Possui ainda sedimentos terciários do grupo Barreiras além de litologias correspondentes a suítes intrusivas do Pré-cambriano. Á área de mangue se insere nas planícies fluviomarinhas, as margens da qual se instalou o sítio urbano da cidade, desenvolvendo-se depois para o sul sobre os tabuleiros do grupo Barreiras e pelas áreas de dissecação colinosa de topos convexos que constituem os trechos mais elevados do município, os quais ascendem até 70 metros de altitude. Em relação aos solos, estão presentes as classes dos Gleissolos (sálico e tiomórfico), o Latossolo amarelo, os Plintossolos e os Argissolos vermelho-amarelo, estes em maior extensão na porção continental do município. Figura 01 – Mapa de localização do município de Carutapera, estado do Maranhão. A vegetação de mangue é expressiva na área costeira, embora já se manifeste o comprometimento desse ecossistema, onde se associam campos inundáveis e apicuns. Na porção mais continental são evidentes os mosaicos de pastagens, florestas abertas e vegetação degradada com babaçus e buritizais e alguma agricultura itinerante de pequeno porte. O clima tropical equatorial úmido apresenta temperatura média de 28°C e pluviosidade anual de 2000 mm. Boletim Amazônico de Geografia, Belém, n. 1, v. 01, p. 77-93, jan./jun. 2014. 79 Integração de dados pedo-geomorfológicos como subsídio ao mapeamento geoambiental, através de SIG, no município de Carutapera – estado do Maranhão DOI: 10.17552/2358-7040/bag.n1v1p77-93 Franciney Carvalho da PONTE; Ana Maria Medeiros FURTADO ________________________________________________ MATERIAIS E MÉTODOS A caracterização pedo-geomorfológica e o mapa geambiental foram elaborados através do cruzamento dos mapas temáticos geológico, geomorfológico, pedológico e de vegetação/uso, os quais apresentavam escala original de 1:250.000. Com intuito de melhorar o nível de detalhe de alguns temas, fez-se uso de produtos de sensoriamento remoto, como da imagem de satélite multespectral e do modelo numérico de elevação do terreno, o que possibilitou a redução da escala original para 1:100.000. A etapa inicial do trabalho consistiu no levantamento bibliográfico para provimento das informações físicas referentes às condições geológicas, geomorfológicas, pedológicas e vegetação/uso, com propósito de alimentar o banco de dados com informações inerentes aos aspectos físicos, bem como, aos aspectos das atuais atividades agropecuárias, que serviram de subsídios à caracterização da relação pedo-geomorfológica (relevo e solos) e ao mapeamento geoambiental. Os detalhes dos procedimentos adotados e suas respectivas etapas e produtos são descritos a seguir: Para se proceder a uma análise geoambiental, integrando os aspectos físicos e de uso potencial e atual, foi feito inicialmente um levantamento das características geomorfológicas da área do município (IBGE, 1999), cujas unidades de relevo foram detalhadas através da utilização do Modelo Digital de Elevação (SRTM), nas quais puderam ser inferidos os dados morfométricos da referida área. Estes foram: a amplitude altimétrica, a dimensão interfluvial e a declividade, que aliados ao tema pedologia tornaram possível à caracterização da relação pedo-geomorfológica, gerando subsídios que auxiliaram o mapeamento geoambiental, através do cruzamento com os demais temas de geologia, cobertura vegetal e as alterações antrópicas, no que tange a delimitação das unidades de mapeamento. A coleta de dados espaciais teve o intuito de se criar um banco de dados georreferenciado, como a carta planialtimétrica da Diretoria de Serviço Geográfico do Ministério do Exército - DSG, na escala de 1:100.000 e de nomenclatura SA23-V-B-I / MI388 (MMA, download em 05/2012), incluindo os dados temáticos de Geomorfologia, Geologia, Pedologia e Vegetção/uso (IBGE, 1999), além de produtos orbitais como o Modelo Digital de Elevação (SRTM) e a imagem do satélite Landsat. A escala adotada no referido Boletim Amazônico de Geografia, Belém, n. 1, v. 01, p. 77-93, jan./jun. 2014. 80 Integração de dados pedo-geomorfológicos como subsídio ao mapeamento geoambiental, através de SIG, no município de Carutapera – estado do Maranhão DOI: 10.17552/2358-7040/bag.n1v1p77-93 Franciney Carvalho da PONTE; Ana Maria Medeiros FURTADO ________________________________________________ trabalho foi de 1:100.000 e o sistema de referência baseou-se no datum SAD69 e na projeção Universal Transverse de Mercator – UTM. Após a construção da base cartográfica, constituída por elementos espaciais básicos, como curvas de nível (SRTM), hidrografia, malha rodoviária e limite administrativo, indispensáveis às análises dos vários objetos de estudo deste trabalho, procedeu-se a identificação e caracterização das unidades de relevo presentes na área. Para tanto, foram utilizados, basicamente, os dados de curvas de nível e hidrografia, extraídos a partir do DEM/SRTM e da carta planialtimétrica e os dados gerados, bem como, do layer temático geomorfologia (IBGE, 1999), onde deste extraiu-se as unidades geomorfológicas servindo assim de referência para as classes de relevo. Em virtude do layer de geomorfologia apresentar uma escala original de 1:250.000, e da dificuldade em adquirir curvas de nível na escala 1:100.000 da área em questão, optou-se pela utilização do Modelo Digital de Elevação – DEM, gerado pela NASA (National Aeronautics and Space Administration), com intuito de suprir tal problema. Em virtude do grande potencial e da importância representada por esse modelo de elevação, na geração e análise de dados de cunho ambiental, torna-se relevante uma descrição acerca do referido produto. Esse DEM foi produto de uma missão organizada e executada pela NASA, em parceria com a Alemanha e Itália, no ano de 2000, denominada SRTM (Shuttle Radar Topographic Mission), que resultou no recobrimento de 80% da superfície terrestre. O ônibus espacial utilizado nesta missão, levou acoplado em sua estrutura, um sensor de radar (SAR) com capacidade de detecção interferométrica, o qual gerou dados tridimensionais do terreno, com resoluções de 30 e 90 metros. (MEDEIROS, 2009). Apesar do DEM utilizado neste trabalho apresentar resolução espacial de 90 metros, o resultado alcançado, mostrou-se bastante satisfatório, após ter sido comparado com os elementos espaciais contidos na imagem e nos layers temáticos utilizados. Sua eficácia já fora testado em diversos trabalhos desta natureza, onde se buscava um maior detalhamento das informações geradas (PEREIRA, et al, 2004; SOUZA FILHO, 2003; CREPANI, 2004) As curvas de nível extraídas automaticamente do DEM/SRTM, passaram por um processo de análise e comparação com as feições hidrográficas presentes na imagem de satélite, com intuito de aferir sua qualidade, uma vez que se trata de um modelo de elevação, e não de altimetria do terreno, bem como em virtude da realização de reamostragem das Boletim Amazônico de Geografia, Belém, n. 1, v. 01, p. 77-93, jan./jun. 2014. 81 Integração de dados pedo-geomorfológicos como subsídio ao mapeamento geoambiental, através de SIG, no município de Carutapera – estado do Maranhão DOI: 10.17552/2358-7040/bag.n1v1p77-93 Franciney Carvalho da PONTE; Ana Maria Medeiros FURTADO ________________________________________________ referidas isoípsas, com intuito de adensar a componente altimétrica, onde se constatou uma precisão satisfatória. Para tanto, utilizou-se a metodologia proposta por CREPANI (2004), reamostrando o MDT/SRTM/NASA, que originalmente, se encontra disponível com resolução espacial de 90 metros, para 30 metros. A reamostragem foi realizada por meio de interpolações utilizando o método estatístico do vizinho mais próximo, atingindo-se com isso, novas classificações altimétricas e maior detalhamento. A partir das curvas de nível tornou-se possível gerar uma série de informações referentes à morfometria do relevo. Inicialmente elaborou-se um modelo tridimensional, através de uma grade triangular irregular do terreno (TIN), dando origem ao mapa hipsométrico da área de estudo. Com base no mapa de elevação, foi possível gerar dados referentes à amplitude altimétrica, dimensão interfluvial e declividade, que segundo CREPANI et al. (2006), constituem índices fundamentais na análise morfométrica do terreno. Através desses elementos tornou-se possível a identificação e delimitação de padrões de unidades do relevo, que aliado à descrição dos compartimentos topográficos apresentados pelo mapa geomorfológico, deu origem as unidades de relevo do município de Carutapera (Figura 02). Figura 02 – Mapa hipsométrico do município de Carutapera, estado do Maranhão. Boletim Amazônico de Geografia, Belém, n. 1, v. 01, p. 77-93, jan./jun. 2014. 82 Integração de dados pedo-geomorfológicos como subsídio ao mapeamento geoambiental, através de SIG, no município de Carutapera – estado do Maranhão DOI: 10.17552/2358-7040/bag.n1v1p77-93 Franciney Carvalho da PONTE; Ana Maria Medeiros FURTADO ________________________________________________ Ressalta-se que os dados morfométricos, que caracterizaram as várias compartimentações topográficas dentro das unidades geomorfológicas, foram realizadas através de operações automáticas, a partir do MDE, em ambiente computacional de SIG (Sistema de Informações Geográficas), em plataforma ArcInfo, versão 9.3/ArcGIS, utilizando ferramentas de análise espacial contidas na extensão Spatial Analyist Tools. Para a elaboração do mapa de uso do solo, considerou-se inicialmente as classes apresentadas no mapa temático de vegetação e uso da terra, confeccionado originalmente na escala de 1:250.000 (IBGE, 1999). Em virtude da escala de trabalho utilizada, ser consideravelmente menor fez-se necessário aumentar o nível de precisão das referidas unidades de mapeamento, onde se optou por manter a mesma denominação das classes. Por outro lado, obteve-se um ganho bastante significativo em relação ao refinamento exponencial no que tange a caracterização das classes de uso. Para tal refinamento, foi utilizada a imagem orbital do satélite Landsat 5, sensor TM, composição colorida, bandas 3R,4G e 5B, órbita ponto 222_061, com passagem em 2008.06.20, e procedida uma classificação não supervisionada, através do software ERDAS, versão 9.1, levando em consideração o comportamento espectral de cada feição sintética, o que possibilitou identificar e distinguir as várias unidades territoriais que compunham o arranjo espacial antrópico da área em estudo. Na correção geométrica utilizou-se como referência o mosaico de imagens do satélite Landsat denominado GEOCOVER/S-23-002000/UTM (NAZA, 2000). Ressalta-se que em virtude da resolução da referida imagem, realizou-se alguns ajustes dos limites de classes definidos na escala original, ganhando maior confiabilidade, e aproximação da realidade do uso atual do solo. Após a caracterização das unidades de relevo e a geração das classes de uso da terra, realizou-se o cruzamento dos mesmos com os dados de Geologia e Pedologia, possibilitando assim, a confecção dos produtos propostos por este trabalho. Inicialmente realizou-se a integração das unidades de relevo com as classes de pedologia, o que possibilitou gerar subsídios para a caracterização pedo-geomorfológica, levando em consideração a estrutura geológica do município, extraída do layer temático de geologia do IBGE (1999). Em seguida, procedeu-se a integração da temática pedo-geomorfológica aos dados de geologia, vegetação e uso da terra, que possibilitou a confecção do produto final deste trabalho, o mapa geoambiental. Boletim Amazônico de Geografia, Belém, n. 1, v. 01, p. 77-93, jan./jun. 2014. 83 Integração de dados pedo-geomorfológicos como subsídio ao mapeamento geoambiental, através de SIG, no município de Carutapera – estado do Maranhão DOI: 10.17552/2358-7040/bag.n1v1p77-93 Franciney Carvalho da PONTE; Ana Maria Medeiros FURTADO ________________________________________________ Para a definição das unidades geoambientais, utilizou-se como orientação a metodologia PUCE (Pattern, Unit, Component, Evolution) que se baseia em modelos de evolução de componentes unitários intrínsecos a cada zona ambiental e os trabalhos de Lollo (1996), a partir do enfoque da paisagem (landscape approach), onde este consiste na delimitação de diferentes feições do terreno, baseada num conjunto de observações fotointerpretativas e de campo, promovendo o zoneamento de áreas consideradas semelhantes ou que apresentam um grau de heterogeneidade mínimo. Para a execução desse procedimento, utilizou-se a extensão Spatial Analyst, presente no ArcInfo, onde inicialmente realizou-se a conversão dos mapas temáticos trabalhados (geologia, geomorfologia/relevo, pedologia, cobertura vegetal e uso da terra) para a estrutura raster, que em seguida foram reclassificados. Estabeleceu-se um valor numérico a cada classe individual dos referidos temas, possibilitando a integração dos mesmos, através de um processamento denominado Álgebra de Mapas (CÂMARA, 1995), o qual proporcionou a elaboração do zoneamento, através da definição individual de áreas com suas respectivas características paisagísticas, potencialidades e fragilidades, dando origem às classes do mapa geoambiental. RESULTADOS Conforme citado anteriormente, dos quatro temas trabalhados (geologia, geomorfologia, pedologia e vegetação/uso) somente dois receberam um refinamento no nível de detalhes de suas respectivas unidades de mapeamento, o que permitiu a redução da grandeza escalar de 1:250.000 para 1:100.000, que foram: os layers de Geomorfologia e Vegetação/uso. A figura 03 apresenta o mapa de geomorfologia original e o melhorado. Boletim Amazônico de Geografia, Belém, n. 1, v. 01, p. 77-93, jan./jun. 2014. 84 Integração de dados pedo-geomorfológicos como subsídio ao mapeamento geoambiental, através de SIG, no município de Carutapera – estado do Maranhão DOI: 10.17552/2358-7040/bag.n1v1p77-93 Franciney Carvalho da PONTE; Ana Maria Medeiros FURTADO ________________________________________________ 85 B A ) ) 03 – a) Mapa geomorfológico na escala de 1:250.000 e b) mapa de unidades de relevo. Figura Para o enriquecimento de detalhes e informação do mapa de geomorfologia, procedeuse a mensuração de elementos morfométricos como amplitude altimétrica, dimensão interfluvial e declividade (Tabela 01), os quais nortearam a definição das unidades de relevo. Tabela 01 – Unidades de relevo e seus respectivos elementos morfométricos. UNIDADES GEOMORFOLÓGICA UNIDADE RELEVO Planicies Fluviais e Áreas inundação Fluviomarinhas Planicie Fluviomarinha Planicie Terraço Fluvial Superfície do Baixo Gurupi Dissecação colinosa de topos convexos Pediplano conservado com residuais colinosos Pediplano retocado rebaixado Tabuleiro Aplanado Pediplano AMP ALTIMÉTRIC A DIMENSÃO INTERFLUVI O DECLIVI D (%) > 5000 m <2 40 – 70 m 500 – 2000 m 5 - 15 % 30 – 40 m 2000 - 3000 m 2-5% 20 – 30 m 3000 - 4000 m 2-5% 15 – 30 m 4000 – 5000 m <2% 0–5m 5 – 10 m Boletim Amazônico de Geografia, Belém, n. 1, v. 01, p. 77-93, jan./jun. 2014. Integração de dados pedo-geomorfológicos como subsídio ao mapeamento geoambiental, através de SIG, no município de Carutapera – estado do Maranhão DOI: 10.17552/2358-7040/bag.n1v1p77-93 Franciney Carvalho da PONTE; Ana Maria Medeiros FURTADO ________________________________________________ Caracterização Pedo-geomorfológica Considerando a importância da Geomorfologia como integradora dos demais aspectos fisiográficos, principalmente da sua relação com a pedologia, bem como, levando em consideração a estrutura litológica da referida área, foi possível mapear a distribuição dos demais tipos de solos e relacioná-los as compartimentações topográficas que complementaram a delimitação das unidades de relevo, norteando assim a definição das seguintes unidades pedo-geomorfológicas (Figura 04): Figura 04 – Mapa pedo-geomorfológico do município de Carutapera, estado do Maranhão. 1 – Planícies Fluviomarinhas: Corresponde aos sedimentos vasozos trazidos pelo mar que se associam aos sedimentos fluviais. Tratam-se de áreas que apresentam homogeneidades desde o litoral paraense, onde os rios se alargam próximos da costa e apresentam a foz em forma de trombetas e onde a amplitude de maré é superior a quatro metros. Correspondem a relevos planos com dimensão interfluvial superior a 5.000 metros, fazendo parte, segundo RADAMBRASIL (1973), do litoral de reentrâncias paraenses e maranhenses que correspondem a costa de rias ou segundo Lima et al (2001) integram as várzeas Boletim Amazônico de Geografia, Belém, n. 1, v. 01, p. 77-93, jan./jun. 2014. 86 Integração de dados pedo-geomorfológicos como subsídio ao mapeamento geoambiental, através de SIG, no município de Carutapera – estado do Maranhão DOI: 10.17552/2358-7040/bag.n1v1p77-93 Franciney Carvalho da PONTE; Ana Maria Medeiros FURTADO ________________________________________________ fluviomarinhas do nordeste paraense e da pré-amazônia maranhense. Tal unidade é amplamente colonizada por extensas zonas de manguezais consideradas planícies de marés, constituindo-se numa das áreas de maior extensão desse ecossistema. Na área ocorre a predominância de gleissolos sálicos. 2 – Planícies de Terraço: Esta unidade é encontrada acima da várzea fluvial do rio Gurupi com cotas altimetricas de 5 a 10 metros, constituindo-se em relevo plano. Apresentam sedimentos aluviais provenientes do Quaternário recente e antigo. Nestas planícies ocorre a presença dos gleissolos tiomórficos. 3 – Tabuleiros Aplanados: De acordo com a geologia local o substrato rochoso desta unidade é constituído por sedimentos terciários da formação Barreiras. Apresentam amplitude altimétrica de 15 a 30 metros, cujos materiais incluem areia, silte e argila. No que diz respeito aos solos são predominantes os Latossolos amarelo distrófico. O relevo é de topo plano com declividade não superior a 2%, e por sua localização na área pode ser considerado um tabuleiro costeiro. 4 – Áreas Inundáveis: Correspondem a trechos que se encontram sob diferentes regimes de inundação, ora localizado próximo aos rios a exemplo do Gurupi ou próximo a orla costeira. Ficam inundados na estação chuvosa e secos na estiagem. Correspondem aos chamados campos inundáveis de formação pioneira herbácea, constituído por material areno-argiloso, podendo ser associados aos solos Hidromórficos gleizados. São enquadrados na amplitude almetrica das planícies fluviais apresentando também relevo plano. 5 – Pediplanos: Constitui áreas aplanadas em rochas intrusivas, como também pouco entalhadas pela rede de drenagem, formando um relevo colinoso de baixa amplitude. Tais aplainamentos são contemporâneos a períodos relativamente longos e áridos do Pleistoceno, onde o clima atual quente/úmido tende a dissecar os aplainamentos previamente elaborados. Apresentam solos espessos, pobres, bem drenados com predominância dos Plintossolos, embora exista a ocorrência em menor escala dos Argissolos vermelho-amarelo e Latossolo amarelo. Apresentam relevo plano a suavemente ondulado com declidade entre 2 a 5%, que se distribuem em dois níveis de pediplanação: pediplanos conservados com residuais colinosos e pediplanos retocado rebaixado, ambos com amplitude altimétrica variando de 20 a 40 metros. 6 – Áreas de Dissecação Colinosa de Topos Convexos: São as áreas de maior altimetria existente no município, embora não ascendam aos 70 metros, apresentando áreas de rocha Boletim Amazônico de Geografia, Belém, n. 1, v. 01, p. 77-93, jan./jun. 2014. 87 Integração de dados pedo-geomorfológicos como subsídio ao mapeamento geoambiental, através de SIG, no município de Carutapera – estado do Maranhão DOI: 10.17552/2358-7040/bag.n1v1p77-93 Franciney Carvalho da PONTE; Ana Maria Medeiros FURTADO ________________________________________________ intrusiva. Predominam os solos Argissolos vermelho-amarelo por vezes em associação com os Plintossolos, este em menor ocorrência. Ocorrem em relevo suave ondulado a ondulado com declividades entre 5 a 15%. Mapeamento Geoambiental Antes de se proceder a integração dos devidos temas para a elaboração do mapa geoambiental, faz-se necessário à confecção do mapa temático de vegetação e uso da terra. A partir da interpretação da imagem Landsat, que ocorreu através de processamento semiautomatizado, pela necessidade da edição de algumas classes em resultante da limitação do algoritmo classificador, e aliada as classes apresentadas pelo layer temático do IBGE (escala original 1:250.000), foram definidas 05 unidades de vegetação e uso do solo, representadas pelas seguintes classes: a) fragmentos florestais; b) formações pioneira de mangue; c) formação pioneira herbácea; d) vegetação secundária (regeneração em vários estágios e agricultura) e e) pecuária (Figura 05). Figura 05 – Mapa de vegetação e uso do solo do município de Carutapera, estado do Maranhão. Boletim Amazônico de Geografia, Belém, n. 1, v. 01, p. 77-93, jan./jun. 2014. 88 Integração de dados pedo-geomorfológicos como subsídio ao mapeamento geoambiental, através de SIG, no município de Carutapera – estado do Maranhão DOI: 10.17552/2358-7040/bag.n1v1p77-93 Franciney Carvalho da PONTE; Ana Maria Medeiros FURTADO ________________________________________________ Considerando que o uso do solo e a cobertura vegetal têm relação direta com a história de ocupação da uma determinada área, o quadro ambiental do município de Carutapera mostra o desenvolvimento de poucas atividades, concentrando-as em particular na formação de pastagem, das quais muitas em situação de degradação, e a agricultura de pequeno porte, esta em proporções ínfimas. O mapa geoambiental apresentou como principal embasamento a compartimentação da paisagem natural de acordo com as suas características e intervenções antrópicas. O cruzamento de informações do uso e ocupação do solo com as unidades do relevo mostrou a individualização de áreas relativamente homogêneas que revelaram os diversos graus de caracterização da paisagem e comprometimento da mesma em função da utilização do solo. Pela integração dos dados obtidos e dos produtos da cartografia das unidades pedogeomorfológicas e de uso, procedeu-se a união dos temas através do cruzamento automático utilizando a extensão Spatial Analyst (ferramenta reclassif) do software ArcINFO, onde foi possível a definição de 08 classes de mapeamento que integram o mapa geoambiental (Figura 06), descritas a seguir. CLASSE I – Refere-se às Planícies Fluviomarinhas e Fluviais localizadas respectivamente na orla costeira e nas áreas mais interiorizadas margeantes aos rios, abrangendo uma área total aprox. de 38.795 ha. A paisagem é de topografia plana sendo recomendável a sua utilização como áreas de preservação (mangues), em face do seu elevado grau de vulnerabilidade. Esta unidade refere-se às áreas que ainda apresentam-se preservadas, que correspondem a uma área aprox. de 30.575 ha. CLASSE II – Corresponde as áreas antropizadas, formadas por pastagens e vegetação secundária (capoeira em vários estágios e agricultura de pequeno porte) que foram detectadas tanto nas planícies fluviais e terraços, como nas planícies fluviomarinhas, respectivamente. As áreas de pastagem e vegetação secundária perfazem um total de 6.080 ha. Além dessas classes, foram detectadas áreas de nuvem e sombra de nuvem, equivalente a 2.140 ha. CLASSE III – Apresenta ora influência de água doce ora de água salgada, estando sujeito aos regimes de inundação na época chuvosa, eventualmente formando lagos com vegetação flutuante. Na época seca apresentam pastagens verdejantes de pequeno porte. Esta unidade apresenta uma área aprox. de 624,00 há, distribuída entre áreas de pasto em regeneração com 260,00 ha e formações pioneiras (herbáceas) com cerca de 360,00 há. São áreas que Boletim Amazônico de Geografia, Belém, n. 1, v. 01, p. 77-93, jan./jun. 2014. 89 Integração de dados pedo-geomorfológicos como subsídio ao mapeamento geoambiental, através de SIG, no município de Carutapera – estado do Maranhão DOI: 10.17552/2358-7040/bag.n1v1p77-93 Franciney Carvalho da PONTE; Ana Maria Medeiros FURTADO ________________________________________________ apresentam um considerável grau de restrição, tendo em vista seu regime hídrico, bem como, seu caráter textural areno-argiloso, exigindo assim maiores tratos para o desenvolvimento de atividades agropecuárias. CLASSE IV – Esta classe refere-se às unidades de relevo em pediplano, com uma área total aprox. de 40.393 ha, distribuídos em dois níveis (rebaixado e conservado). Apresenta um relevo plano a suavemente ondulado, com declividade não superior a 5%, onde tal unidade caracteriza-se pela presença de fragmentos de floresta, perfazendo uma área de 14.790 ha. Esta classe por presentar uma topografia consideravelmente plana, com maior ocorrência dos Plintossolos, apresenta uma potencialidade para a pecuária em detrimento da atividade agrícola, em virtude do concrecionamento existente, o qual constitui fator limitante ao desenvolvimento da base radicular das diversas culturas. CLASSE V – Corresponde as áreas antropizadas localizadas nas unidades de relevo pediplanado. Apresenta uma área de pastagem de aprox. 14.540 ha, e uma vegetação secundária de aprox. 9.960 ha. Detectou-se também uma área de nuvem e sombra igual a 1.060 ha. Constatou-se que mais da metade desta unidade pedo-geomorfológica, aprox.. 60%, encontra-se em condições de caráter antrópico, com predominância da atividade pecuarista. CLASSE VI – Refere-se a áreas predominantemente planas, com ocorrência de solo exposto que inclui a área urbana de Carutapera. Esta unidade detém uma área total aprox. de 8.855 ha, onde a pecuária, em menor escala, se integra com as áreas se solo exposto, em decorrência da semelhança do comportamento espectral entre essas duas feições sintéticas, perfazendo uma área de 3.154 ha, enquanto que a vegetação secundária foi computada em 3.215 ha. Tal unidade apresenta-se intensamente antropizada, por estar inserida na área de expansão urbana, comportando uma área ínfima de vegetação primária, equivalente a aprox. 2.003 ha. CLASSE VII – Esta classe refere-se aos setores mais elevados do município, apresentando uma topografia suave ondulada a ondulada, de topos convexos, totalizando uma área de aprox. 23.670 ha, com elevações altimétricas não superiores a 70 metros. Esta unidade caracteriza-se pela presença de vegetação primária, com a ocorrência de poucos fragmentos de florestas, distribuídos dispersamente, equivalendo a uma área de 7.800 ha. CLASSE VIII – Esta classe também corresponde às áreas de dissecação colinosa (Classe VII), sendo representada por atividades de intenso antropismo. Enquadram-se na mesma, as classes Boletim Amazônico de Geografia, Belém, n. 1, v. 01, p. 77-93, jan./jun. 2014. 90 Integração de dados pedo-geomorfológicos como subsídio ao mapeamento geoambiental, através de SIG, no município de Carutapera – estado do Maranhão DOI: 10.17552/2358-7040/bag.n1v1p77-93 Franciney Carvalho da PONTE; Ana Maria Medeiros FURTADO ________________________________________________ de pecuária, com uma área de aprox. 9.150 ha e a de vegetação secundária, com área igual a 6.650 ha. Detectou-se também uma área de 602 há referente a nuvem e sombra de nuvem. 91 Figura 06 – Mapa geoambiental do município de Carutapera, estado do Maranhão. CONSIDERAÇÕES FINAIS O mapeamento permitiu detectar como se comportam as unidades ambientais em suas relações de geologia, relevo, solo e vegetação/uso. Os Gleissolos devem ser preservados apesar de que as áreas de mangue já começam a ser afetadas, o que vem sucedendo nas áreas Boletim Amazônico de Geografia, Belém, n. 1, v. 01, p. 77-93, jan./jun. 2014. Integração de dados pedo-geomorfológicos como subsídio ao mapeamento geoambiental, através de SIG, no município de Carutapera – estado do Maranhão DOI: 10.17552/2358-7040/bag.n1v1p77-93 Franciney Carvalho da PONTE; Ana Maria Medeiros FURTADO ________________________________________________ contiguas no litoral do Pará (oeste) e ilha do Maranhão (leste). Em relação aos plintossolos, estes sugerem uma menor utilização considerando suas limitações para atividades agrícolas, em razão da intensa presença de concreções e consequentemente pela sua má drenagem, sendo sua utilização recomendada, se consideradas as devidas restrições para a pecuária. Quanto aos Latossolos e Argissolos, estes apresentam um relativo potencial que pode ser aproveitado tanto para agricultura quanto para pecuária, desde que haja a implementação de técnicas adequadas, principalmente nas unidades que apresentem ocorrência de concreções e relevos com declividades relativamente acentuadas, a exemplo principalmente dos Argissolos, que ocorrem geralmente em relevo mais ondulado. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARBOSA, G. V. Geomorfologia. In. Brasil, Departamento Nacional da Produção Mineral. Projeto RADAM. Folha SA.23-São Luis. Rio de Janeiro. (Levantamento de Recursos Naturais, 5). 1973. BERRY, P.A.M., GARLICK, J.D., SMITH, R.G. Near-global validation of the SRTM DEM using satellite radar altimetry. Remote Sensing of Environment, v.106, p.17-27, 2007. CÂMARA, G. Modelos, Linguagens e Arquiteturas para Banco de Dados Geográficos. Tese de Doutorado em Computação Aplicada. São José dos Campos, INPE, 1995. Disponível em: < http://www.dpi.inpe.br/teses/gilberto >. 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