Alexandre Cardoso de Oliveira Bruno Gonzaga Rocha

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Alexandre Cardoso de Oliveira
Bruno Gonzaga Rocha
CORREÇÃO DO SORRISO GENGIVAL
Pindamonhangaba – SP
2015
Alexandre Cardoso de Oliveira
Bruno Gonzaga Rocha
CORREÇÃO DO SORRISO GENGIVAL
Monografia apresentada como parte dos
requisitos para obtenção do Diploma de
Bacharel em Odontologia pelo Curso de
Odontologia
da
Faculdade
de
Pindamonhangaba
Orientador: Profa. Dra. Juliana M S Lima
Alonso
Pindamonhangaba – SP
2015
Gonzaga-Rocha, Bruno ; Oliveira, Alexandre Cardoso
Correção do sorriso gengival / Gonzaga-Rocha, Bruno ;
Oliveira, Alexandre Cardoso / Pindamonhangaba-SP :
FAPI Faculdade de Pindamonhagaba, 2015. 21f.
Monografia (Graduação em Odontologia) FAPI-SP.
Orientador: Profa. Dra. Juliana M S Lima Alonso.
1 Gengivoplastia. 2 Sorriso. 3 Estética.
4 Gengivectomia. I Correção do sorriso gengival II Bruno
Gonzaga Rocha; Alexandre Cardoso Oliveira.
Alexandre Cardoso de Oliveira
Bruno Gonzaga Rocha
CORREÇÃO DO SORRISO GENGIVAL
Monografia apresentada como parte dos
requisitos para obtenção do Diploma de
Bacharel em Odontologia pelo Curso de
Odontologia
da
Faculdade
de
Pindamonhangaba
Orientador: Profa. Dra. Juliana M S Lima
Alonso
Data: ___________________
Resultado: _______________
BANCA EXAMINADORA
Prof .____________________________ Faculdade de Pindamonhangaba
Assinatura__________________________
Prof .____________________________ Faculdade de Pindamonhangaba
Assinatura__________________________
Prof .____________________________ .....................................................
Assinatura__________________________
Pindamonhangaba – SP
2015
RESUMO
O sorriso gengival é caracterizado pela desarmonia estética provocada pela exposição
excessiva da gengiva inserida ao sorrir ou falar, e é uma condição que acomete uma boa parte da
população. Se trata de uma alteração fisiológica que não oferece riscos à saúde bucal, entretanto,
há casos em que a estética é comprometida, gerando desconforto ou insatisfação por parte do
portador desta condição com sua harmonia facial. Como alternativa foram desenvolvidas técnicas
como a gengivectomia, retalho de aumento de coroa clínica e cirurgia de liberação do músculo
depressor do septo nasal. Existem ainda técnicas auxiliares para melhor prognostico do caso.
Dentre as técnicas auxiliares temos a técnica da toxina botulínica, que apresenta bons resultados
embora por tempo limitado, assim como o uso de laserterapia de baixa intensidade que tem
impacto positivo sobre a cicatrização e aspecto da mucosa. O uso de "mock-ups" também
favorecem a execução da técnica de gengivectomia e a satisfação pós-operatória do paciente com
os resultados, uma vez que ele permite uma pré-visualização da estética resultante após a cirurgia
ressectiva e um guia para realizar a mesma. Concluiu-se que o melhor plano de tratamento deve
ser feito em harmonia paciente-profissional para cada caso especifico.
ABSTRACT
The gummy smile is characterized by aesthetic disharmony caused by gum overexposure
inserted to smile or talk, and is a condition that affects a large part of the population. It is a
physiological change that does not present risks to oral health, however, there are cases where
aesthetics are compromised, causing discomfort or dissatisfaction by the carrier of this condition
with your facial harmony. Alternatively, techniques were developed as gingivectomy, retail
increased clinical crown surgery and the depressor releasing of the nasal septum. There are also
techniques for improved prognosis of the auxiliary case. Among the technical assistants have the
technique of botulinum toxin, which gives good results although for a limited time, as well as the
use of low-intensity laser therapy which has a positive impact on the healing and appearance of the
mucosa. The use of "Mock-ups" also favor implementation of gingivectomy technique and the
patient's postoperative satisfaction with the results, since it allows an aesthetic preview resulting
after Resective surgery and a guide to accomplish the same. It was concluded that the best
treatment plan should be done in patient-professional harmony for each specific case.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................
6
2 METODO...........................................................................................................................
7
3 REVISÃO DE LITERATURA.........................................................................................
8
3.1 Conceito e diagnóstico......................................................................................................
8
3.2 Técnicas para correção de sorriso gengival......................................................................
12
3.2.1 TÉCNICAS CIRÚRGICAS PERIODONTAIS.............................................................
12
3.2.2 LIBERAÇÃO DO MÚSCULO DEPRESSOR DO SEPTO NASAL...........................
15
3.3 Técnicas auxiliares e complementares..............................................................................
16
3.3.1 LASERTERAPIA DE BAIXAINTENSIDADE............................................................
16
3.3.2 MOCK-UP.....................................................................................................................
17
3.3.3TOXINA BOTULÍNICA................................................................................................
19
4 DISCUSSÃO....................................................................................................................... 21
5 CONCLUSÃO....................................................................................................................
23
REFERÊNCIAS....................................................................................................................
24
1 INTRODUÇÃO
Muitas pessoas subestimam a importância da boca no psicossocial do indivíduo, porém ela
desempenha papel importantíssimo na harmonia estética fácil e, sendo o ser humano um ser
sociável que precisa de um convívio e de uma aceitação pela sociedade, buscando se encaixar nos
padrões sociais predominantes da época, se não houver um equilíbrio estético bucal, não se
estabelece uma harmonia facial adequada, o que pode gerar frustrações, introversões, baixa
autoestima, dentre outras psicopatias1.
Portadores de sorriso gengival, ou seja, pessoas que ao sorrir exibem excessivamente a
gengiva inserida, gerando uma desarmonia facial, muitas vezes procuram consultórios
odontológicos para a correção da estética do sorriso. Diante da busca pela correção do sorriso,
existem vários pontos anatômicos que devem ser relevados ao se fazer o diagnóstico desta
condição e plano de tratamento, pois a estética não pode interferir na função, devendo os
profissionais dominar estas técnicas corretoras e fazer a escolha de técnica mais adequada levando
em consideração as limitações do paciente e quando necessário, optar por tratamento
interdisciplinar das áreas odontológicas para o melhor prognóstico do caso. O objetivo deste
trabalho foi revisar na literatura as técnicas disponíveis para se realizar a correção nos casos de
sorriso gengival.
2 MÉTODO
Para a realização deste trabalho, foram utilizados artigos de relatos de caso e revisão de
literatura que esclarecessem as definições de sorriso gengival e, propusessem técnicas de correção
para tal alteração. Foram utilizadas as páginas de pesquisa cientifica online Google acadêmico,
Pubmed e Scielo, com as palavras-chaves: gengivoplastia; sorriso; estética.
3 REVISÃO DE LITERATURA
3.1 Conceito e diagnóstico
A saúde não pode ser definida apenas como a ausência de doenças, ela compreende no
equilíbrio das funções fisiológicas de um organismo juntamente ao bem-estar físico, mental e
social e como profissionais da área da saúde os cirurgiões-dentistas devem tratar seus pacientes de
maneira integral, visando estabelecer não somente a harmonia funcional bucal, mas também a
harmonia estética, pois a mesma influencia no convívio social e psicológico, essenciais
componentes da saúde de um indivíduo. A estética é submissa a cultura de cada indivíduo, logo as
definições de beleza para o estabelecimento da harmonia do sorriso devem provir do próprio
paciente, tais como coloração, formato e disposição dos dentes, mas além dos dentes a gengiva
também exerce importante papel para a estética bucal1,2.
O sorriso gengival é a condição na qual a gengiva fica excessivamente visível durante o
sorriso ou fonação, o que gera um acometimento na harmonia facial e impacto na autoestima do
paciente que apresentam tais condições3.
Uma pesquisa feita por Dutra et al.3 (2011) coletou opiniões de ortodontistas, clínicos
gerais e não odontólogos, a respeito de dez fotos de duas pessoas de ambos dos gêneros, que
através de manipulação da imagem variavam a quantidade de exposição gengival entre -4mm, 2mm, 0mm, 2mm e 4mm para avaliar qual seria o considerado mais estético. Os autores
concluíram que o sorriso considerado mais estético era o que o lábio superior toca a margem
cervical dos incisivos superiores.
Seixas et al.4 (2011) também preconizaram a avaliação de alguns aspectos estéticos para se
fazer um correto diagnóstico e posterior tratamento para o sorriso gengival como mostrado na
figura 1, tais como a distância inter-labial em repouso, que é considerada normal quando de 1mm a
3mm. Esta apresenta importante papel no diagnóstico do sorriso gengival pois quando a distância
entre os lábios em repouso estiver normal, o sorriso gengival é considerado de origem
predominantemente muscular. A exposição dos incisivos superiores durante o repouso e a fala, que
normalmente é de 1mm a 3mm em homens e de 2mm a 4,5mm em mulheres. O arco do sorriso,
que é a curva formada pela borda incisal dos dentes antero-superiores é normalmente mais
acentuada em mulheres e em sorrisos mais joviais, devendo estar paralelo a borda superior do
lábio inferior. A proporção largura comprimento dos incisivos superiores, que pela proporção
estética "padrão-ouro" deve ser aproximadamente 80% do comprimento em incisivos centrais
superiores e aceita entre 65% e 85%, e em incisivos laterais em torno de 70%, o que é fundamental
para se determinar as dimensões adequadas do elemento (figura 2). Em relação as características
morfofuncionais do lábio superior, tais como, comprimento, que é determinado medindo o
comprimento dos filtros e das comissuras labiais na media de 24mm para homens e de 20mm para
mulheres, espessura do lábio superior e, inserção, direção e contração das fibras dos vários
músculos a eles relacionados4.
Fig.1 Aspectos estéticos. Seixas et al.4 (2011).
Fig.2 Incisivos centrais superiores A) estreitos e compridos; B) proporcionais; C) curtos e quadrangulares. Seixas et
al.4 (2011).
De acordo com Câmara5 (2006) há também várias formas de se avaliar a estética de um
sorriso, tais como o posicionamento simétrico dos dentes, o alinhamento dos eixos dentários, os
limite do contorno gengival, que devem ser proporcionais ao tamanho e formato do dente , sendo
que a situação onde a margem gengival do canino é um pouco mais alta, aproximadamente do
tamanho do incisivo central e maior que o incisivo lateral é considerado a mais estética, utilizando
deste parâmetros foi idealizado pelo mesmo um diagrama de referências estéticas dentarias (figura
3). O nível do ponto de contato deve ser descendente a partir do canino partindo para a linha media
como é representado na figura 4 também é um fator considerável assim como o aspectos das
bordas incisais dos dentes anteriores, as linhas do sorriso, as proporções dentarias que podem ser
estabelecidas pelas proporção áurea e percentagem áurea (figura 5)5.
Outro aspecto a ser observado para uma melhor adequação da estética do sorriso é o zênite
gengival, que corresponde a porção mais apical da margem gengival, sendo que pela inclinação
mesial dos dentes em relação a linha interincisiva e a linha media o zênite gengival na região
anterior é ligeiramente distalizado em relação ao longo eixo do dente, com exceção do incisivo
lateral superior por conta da diminuta largura de seu diâmetro cervical6.
Fig.3 Diagrama de referências estéticas dentarias. Câmara5 (2006).
Fig.4 Nível do contato interdentário. Câmara5 (2006).
Fig.5 Proporção áurea. Câmara5 (2006).
Entre as mais variadas etiologias do sorriso gengival a erupção passiva alterada se
apresenta como a mais comum entre os pacientes. O processo de erupção dentária é considerado
finalizado quando os dentes atingem o plano oclusal e entram em função. Os tecidos moles
acompanham esse movimento e, ao final, a gengiva marginal migra apicalmente, até que esteja
localizada próxima à junção cemento-esmalte (JCE), tambem conhecida como junção
amelocementaria (JAC). Todo esse processo é chamado de erupção passiva. Quando, por motivo
desconhecido, a gengiva não migra para a posição esperada, dá-se o nome de erupção passiva
alterada (figura 6). À sondagem periodontal, esses dentes apresentam valores aumentados de
profundidade de sulco gengival e tal situação representa indicação precisa para a atuação do
periodontista no tratamento do sorriso gengival. Apresentando uma diminuição do tamanho da
coroa clinica proporcionando um aspecto de um sorriso infantil, situação onde a uma insatisfação
estética por grande parte dos pacientes4,7.
Fig.6 Representação de sorriso gengival. Seixas et al.4 (2011).
Observando a dificuldade em se estabelecer um plano de tratamento mais adequado para o
sorriso gengival McGuire et al. (1998) citado por Castro et al.7 (2010) desenvolveram um
protocolo cirúrgico tendo como parâmetro a junção mucogengival (JMG) e a crista óssea com
intuito de padronização para um melhor diagnóstico e tratamento, consequentemente apresentando
um prognóstico favorável, este representado na figura 77.
Fig.7 Protocolo de McGuire et al. (1998). Castro et al. 7(2010).
3.2 Técnicas para correção de sorriso gengival
3.2.1 TECNICAS CIRURGICAS PERIODONTAIS
A utilização da plástica gengival ou gengivoplastia quando indicada de acordo com a tabela
apresentada na figura 7, cumpre a função de restituir as características anato-funcionais normais do
periodonto de proteção, com o objetivo de facilitar a realização dos procedimentos de higiene
bucal e melhorar a estética. A correção de sorriso gengival se dá pela remoção do colar de gengiva,
aumentando a coroa clínica dos dentes superiores para diminuir a altura da gengiva inserida,
fazendo com que a mesma fique menos evidente durante o sorriso, característica típica de
portadores de sorriso gengival8.
Após preparação do campo cirúrgico e antissepsia oral, realizar-se anestesia local
infiltrativa, e demarcar os pontos sangrantes, tanto por vestibular como por lingual. Para
determinar os pontos sangrantes e consequentemente a porção gengival a ser removida, é feita a
demarcação da profundidade da sondagem com uma sonda milimetrada com o auxílio de um
explorador. A sonda Krane Kaplan também pode ser utilizada9,11.
A união destes pontos é realizada com o gengivótomo de Kirkland, a literatura também
descreve o uso de uma lâmina 15c acoplada ao um cabo de bisturi e também com o uso de um
bisturi elétrico para a realização desta etapa, e para as áreas inter-proximais é empregado o
gengivótomo de Orban, e por vezes pode-se utilizar uma cureta McCall 13/14 para remover
tecidos gengivais remanescente, e realizar a raspagem dos dentes a fim de eliminar possíveis
cálculos dentais ou biofilme dental. Após a remoção do colar gengival é realizada a plastia
gengival com o uso de um gengivótomo de Kirkland e alicate de cutículas no sitio da cirurgia com
a finalidade de melhorar a estética favorecendo a reparação tecidual e reestabelecendo uma forma
anato funcional a gengiva, a região pode ser recoberta com cimento cirúrgico para proteção e
favorecimento da reparação tecidual (figura 8)9-13.
Fig.8 Passo a passo da gengivectomia. Silva et al.8(2010) .
Em casos onde a gengivectomia não for o suficiente, respeitando o protocolo préestabelecido faz-se a associação da técnica da osteotomia e osteoplastia em uma ação conjunta
para a correção do sorriso gengival, para restabelecer as distâncias necessárias para uma reinserção
de tecido conjuntivo garantindo o correto reposicionamento do espaço biológico, logo a crista
óssea deve ser reposicionada 2mm a apical da posição da margem gengival pretendida. Com o
auxilio de brocas esférica Carbide com corte na ponta, na osteotomia e osteoplastia com broca
esférica pequena posteriormente para remoção de pequenas espiculas ósseas durante o
transoperatório de acordo com a figura 9. A distância é medida através de sondas milímetradas
como guias para a osteotomia nas proporções adequadas. Obtendo dados conclusivos sobre as
distâncias corretas para o aumento de coroa a partir de exames complementares como a radiografia
periapical para localização da JAC e sua distância em relação à crista óssea. Quando o sorriso
gengival for do tipo 2 subtipo A é necessário a abertura de um retalho de espessura parcial, quando
for do tipo 2 subtipo B o retalho de espessura total será o mais indicado7,14.
Fig.9 avaliação intraoperatória da morfologia óssea e osteoplas-tia do osso vestibular usando uma broca esférica
pequena. Clozza et al.14(2014).
Há também os lasers de alta frequência como o laser de dióxido de carbono, que pode ser
utilizado no transoperatório para fazer a remoção do colar gengival, pois tem ondas de longo
comprimento, sendo melhor absorvidas por tecidos com grandes extensões de água, evaporando
mais facilmente e proporcionando a remoção da gengiva sem causar queimaduras profundas,
substituindo o uso dos bisturis convencionais. O lazer de dióxido de carbono estimula a
coagulação sanguínea em pequenos vasos sanguíneos, permitindo trabalhar em uma área
controlada, sendo indicado para áreas muito vascularizadas e em pacientes nos quais o controle da
infecção é crítico pois o laser tem a capacidade de transformar uma área contaminada ou infectada
em uma ferida estéril, também inibindo a formação de células anormais, pelo vedamento de vasos
linfáticos, além de pouca contração, pouca formação de cicatrizes, geralmente não necessita de
cimento cirúrgico nem sutura e a dor permanece por apenas alguns segundos após a cirurgia,
gerando pouco desconforto no pós-operatório permitindo que o paciente volte a suas atividades
normais17.
Em alguns casos também são necessários procedimentos complementares para o êxito na
correção do sorriso gengival através da frenectomia para a adequação da inserção do freio labial
após a modificação da altura da gengiva inserida9.
Restaurações dentárias também são um recurso a ser adotado visando a melhora estética
do sorriso após a gengivoplastia12.
O uso do microscópio para a realização de procedimentos odontológicos também se
mostrou um aliado do cirurgião-dentista, melhorando a ergonomia e ampliando visualmente o
campo operatório por meio da magnificação e iluminação, possibilitando um aumento de 3,5 a 20
vezes. A manipulação dos instrumentais durante um procedimento no qual se utiliza um
microscópio deve ser delicada, pois apenas a ponta dos instrumentais aparecera no campo
operatório, o que permite um refinamento da cirurgia, proporcionando no pós-operatório um
menor desconforto ao paciente diminuindo o sangramento transcirurgico e o tempo de
cicatrização, que ocorre por primeira intenção16.
3.2.2 LIBERAÇÃO DO MÚSCULO DEPRESSOR DO SEPTO NASAL
Quando o sorriso gengival for diagnosticado como causado pela hipermobilidade dos
músculos elevadores do lábio superior4, uma possibilidade é a liberação do músculo depressor do
septo nasal, que embora seja uma técnica médica, foi adaptada por cirurgiões-dentistas por
apresentar uma resolução do quadro de maneira satisfatória (figura 10). A liberação do músculo
depressor do septo nasal a fim de conter a elevação do lábio superior ao sorrir e diminuir a
exposição gengival é uma alternativa de tratamento para o sorriso gengival no qual, após bloqueio
do nervo infra orbital bilateralmente se realiza uma incisão em Z e identifica-se o músculo
depressor do septo nasal, abordando os feixes mediais e intermédios, seccionando a porção inferior
dos feixes mediais da inserção alveolar e seus ventres descolados por dissecção subperiostal e,
com o uso de fio absorvível, sutura-se os feixes mediais entre si para que não haja a reinserção dos
mesmos, sutura-se também os feixes intermédios entre si aproximando-os da porção mais mediana
e realiza-se o alongamento da mucosa através da transposição dos retalhos em Z, suturando com o
mesmo fio. Com uma fita compressiva em lábio superior mantida por 24h, o paciente recebe alta
no mesmo dia e mantem o uso de enxanguatório bucal com clorexidina 0,12% para controle de
placa até a retirada dos pontos17.
Fig.10 Antes e depois da liberação do músculo depressor do septo nasal. Freitas et al. 17(2006).
Em experimento feito por Freitas et al.17, vinte pacientes foram diagnosticados com sorriso
gengival. Observou-se de que houve uma melhora em todos os casos operados, resultando em
uma exposição gengival ao sorrir menor que 4mm, a correção não alterou as características
individuais de cada paciente preservando seus respectivos contornos labiais, dentre os resultados
obtidos observou-se alongamento do lábio superior na posição em repouso, uma redução
importante do seu encurtamento ao sorrir, elevação da ponta nasal ao repouso e aumento da
espessura do vermelhão labial durante o sorriso, alcançando um alto grau de satisfação,
manifestado pelos pacientes após a cirurgia, sendo que nenhum dos pacientes havia sido submetido
a nenhum tratamento anteriormente17.
3.3 Técnicas auxiliares e complementares
3.3.1 LASERTERAPIA DE BAIXA INTENSIDADE
Há também a laserterapia que pode ser utilizada coadjuvantemente à gengivoplastia, que
associado à gengivoplastia tem efeito benéfico no pós-operatório18. Foi proposto em um teste
realizado por Camelo18 com 24 pessoas com a necessidade cirúrgica gengival onde após a cirurgia
foi realizada aplicação do laser em uma hemi-arcada para ser utilizada como lado teste e a outra
hemi-arcada a ser utilizada como lado controle. Assim que se estabeleceu a hemostasia, foi
aplicado o laser com densidade de energia aplicada de 4 J/cm² em cada ponto, por 48 horas durante
uma semana. Analisando o resultado obtido entre a comparação das duas hemi-arcadas nos
quesitos cor, contorno e grau de reparação, relatou-se que de acordo com a metodologia
empregada com base nos resultados obtidos na presente pesquisa foi possível concluir que
clinicamente, o laser mostrou efeito benéfico sobre o processo cicatricial no período de 2° ao 15°
de pós-operatório da gengivoplastia¹8.
A laserterapia também se mostrou eficaz na melhora de casos de hipersensibilidade
dentária resultante da exposição radicular após a gengivoplastia. A aplicação do laser é feita na
cervical dos dentes, tanto por vestibular quanto por lingual como indicados na figura 11, com os
dentes mantidos secos sob isolamento relativo, realizando quatro sessões de aplicação, com
intervalos de sete dias. Tendo efetividade nos casos de hipersensibilidade dentaria20.
Fig.11 Demonstração do local das aplicações. Shintome et al. 20 (2007).
3.3.2 MOCK-UP
O mock-up é um recurso que pode ser utilizado que melhora a precisão do resultado final,
uma vez que é confeccionado sobre um modelo de estudo e pode ser apresentado ao paciente antes
de qualquer intervenção cirúrgica-periodontal ou protética para a aprovação do mesmo, facilitando
também no momento do delineamento da do trajeto de incisão para a remoção do colar gengival.13.
Em um artigo publicado por Decurcio et al.13 , foram apresentados dois casos clínicos em
que se fez o uso do mock-up, em ambos o mock-up foi confeccionado em um plano de cera através
de um modelo de estudo, estabelecendo as dimensões adequadas e um contorno gengival estético e
foi apresentado ao paciente para sua aprovação. Após o consentimento do paciente foi
confeccionado o mock-up definitivo, em um caso com resina bis-acryl e em outro com resina
composta para verificar as diferenças entre as mesmas (figura 12).
Fig.12 Passo a passo gengivectomia com mock-up. Decurcio et al.13(2012).
Avaliando os resultados o mock-up de resina bis-acryl apresentou vantagem sobre o mockup de resina composta nos seguintes quesitos: tempo entre a moldagem, enceramento e execução
do mock-up; etapa laboratorial; e custo. Já o mock-up de resina composta apresentou vantagem
sobre o mock-up de resina bis-acryl nos seguintes quesitos: etapa clínica para a execução do mockup; demarcação da linha de incisão inicial; ajuste de acabamento e polimento; manuseio durante o
procedimento cirúrgico; polimento e textura13.
Em outro caso relatado por Rocha et al.19 se observou uma melhora em relação à harmonia
do sorriso da paciente, com arquitetura gengival harmônica e favorável correção da agenesia do
dente 22 através do uso de mock-up no tratamento de paciente com insatisfação com seu sorriso.
Cabe ao profissional avaliar qual o material para confecção do mock-up mais adequado
para cada caso levando em conta as limitações do paciente.
O uso do mock-up para diagnóstico, planejamento e execução cirúrgico-reabilitadores
tornou-se fundamental, pois fornece previsibilidade, otimização da etapa periodontal, fidelidade,
harmonia e equilíbrio do resultado estético13.
3.3.3 TOXINA BOTULÍNICA
Uma alternativa para o tratamento do sorriso gengival, embora não definitivo, é o uso da
toxina botulínica, que age impedindo a liberação da acetilcolina reduzindo a força dos músculos
levantadores do lábio superior, impedindo a elevação excessiva do mesmo e estabeleça o sorriso
gengival. A aplicação da toxina botulínica pode ser realizada de maneira pouco evasiva em
relação as técnicas cirúrgicas mas exige posteriores manutenções para o que não ocorra o
recorrência do sorriso gengival, pois tem efeito por tempo limitado, em media de três à seis meses,
que corresponde ao tempo para se reestabelecer novos terminais axônicos retornando a função
neuromuscular, sendo adequada para casos onde o sorriso gengival é causado por hipermobilidade
dos músculos elevadores do lábio superior. As aplicações são realizadas lateralmente a asa do nariz
na região de sulco labial, onde é realizada a assepsia do local, posteriormente são marcados as
áreas de aplicação com lápis tinta e anestesiado com anestésico tópico, logo em seguida é aplicado
o produto manipulado conforme orientação do fabricante nas regiões pré-estabelecidas. O paciente
deve ser orientado a ficar com a cabeça elevada por quatro horas, não comprimir o local e não
realizar atividade física por pelo menos vinte e quatro horas21,22.
O uso da toxina botulínica, é usada de diversas formas na Odontologia e pode se apresentar
como uma alternativa para o tratamento de casos de sorriso gengival23,24.
A literatura faz relato de casos clínicos nos quais se fez uso desta substância, e descreveu
que na mesma consulta, após desinfecção com etanol da pele e aplicação de anestésico local para
proporcionar melhor conforto durante o procedimento, é aplicada 2U de toxina botulínica tipo A
diluída em 1,7 ml de solução salina lateralmente a cada narina, os pacientes são orientados a não
abaixar a cabeça e não realizar atividades físicas durante as primeiras 4 horas após o procedimento
e prescrição de analgésico no pós-operatório (figura 13)22,24.
Fig.13 Passo a passo da aplicação de toxina butolínica. Lima et al. 22 (2014).
Segundo o autor, após 21 dias foram observadas a reparação gengival satisfatória e a
deiscência uniforme do lábio superior e não houve nenhuma queixa ou efeito colateral relatado,
porém 6 meses depois foi necessária a repetição da aplicação da toxina botulínica, sendo esta uma
modalidade terapêutica com efeito transitório.24.
4 DISCUSSÃO
Segundo Segre1 e Possobon et al.2 a estética está atrelada as necessidades individuais, e de
acordo com a literatura revisada, um modo geral existe um padrão aceitável para um sorriso
harmônico, o qual deveria atender princípios como tais como: a distância inter-labial em repouso,
exposição dos incisivos superiores durante o repouso e a fala, arco do sorriso, proporção largura
comprimento dos incisivos superiores, características morfofuncionais do lábio superior,
posicionamento simétrico dos dentes, o alinhamento dos eixos dentários, os limite do contorno
gengival e zênite gengival, 4,5,6.
Segundo Dutra et al.3 (2001) as pessoas se incomodam quando há exposição acentuada da
gengiva ou pouca exposição dos dentes, preferindo imagens em que o lábio superior tocava a
margem cervical dos incisivos superiores. Assim, o sorriso gengival definido como a condição na
qual a gengiva fica excessivamente visível durante o sorriso ou fonação, gera uma desarmonia
facial e impacto na autoestima do paciente que apresentam tais condições3.
Embora a opinião do paciente seja fundamental, a avaliação das estruturas morfofuncionais
feita pelo profissional é de igual importância, pois caso a correção se torne inviável ou quando a
discrepância estética seja pequena e com probabilidade de recidiva, é dever do mesmo dialogar
com o paciente, optando até mesmo por um trabalho psicológico quando necessário.
A proposta de correção para o sorriso gengival varia entre técnicas cirúrgicas periodontais
com gengivectomia e gengivoplastia associada ou não aos lasers de alta frequência7-15 e técnicas
cirúrgicas periodontais com osteotomia e reposicionalmento coronário do retalho7,14. Outras
alternativas seriam a liberação do músculo depressor do septo nasal, que conforme a literatura
revisada está mais indicado quando o sorriso gengival for causado pela hipermobilidade dos
músculos elevadores dos lábios superiores4,8 e a utilização da toxina botulínica21-24. Considerando
a liberação do músculo depressor do septo nasal, segundo estudo de Freitas et al.17, em vinte
pacientes, observou-se melhora em todos os casos operados, sendo que algumas vezes é necessário
procedimentos complementares como a frenectomia. Já a toxina botulíca apresenta-se como
alternativa temporária,
por ser transitória24. Também de acordo com Mestrener et al.12
restaurações estéticas são importantes recursos auxiliares.
É possível ainda, associar aos procedimentos cirúrgicos o uso do microscópio e segundo
Menezes et al.16 (2011) a microscopia operatória embora possibilite melhor ergonomia e
cicatrização por primeira intenção, tem como inconvenientes o custo do equipamento e
instrumentais, a necessidade treinamento longo e um aumento do tempo cirúrgico. Todavia, essas
desvantagens se tornam irrelevantes com o tempo pois o profissional incorpora essas habilidades e
tecnologias à sua rotina através da pratica e treinamento constante.
O profissional pode lançar mão de outras técnicas para facilitar o transoperatório ou
melhorar o pós-operatório e o prognóstico, como o uso de mock-ups descrito por Decurcio et al.13.
que garante uma precisão por ser um guia cirúrgico e também permite que o paciente veja uma
estimativa do resultado final, tendo como desvantagem a elevação do custo, logo as duas situações
devem ser esclarecidas ao paciente para se chegar ao tratamento que melhor se adeque também ao
seu poder aquisitivo e laserterapia de baixa intensidade, relatada por Shintome et al. 20 como uma
boa estratégia contra a hipersensibilidade dental após a cirurgia ressectiva gengival, se mostrando
uma técnica de fácil execução com grande melhora no conforto do paciente. Camelo18 também
relatou melhora na cicatrização e no aspecto da mucosa quando o laser de baixa intensidade foi
utilizado em comparação aos casos nos quais apenas a gengivectomia foi executada.
O diagnostico correto e prognostico de cada caso devem considerados para o plano de
tratamento e esclarecimento do paciente. Em um artigo publicado em 2006 Serra et al.25 citaram
algumas alterações que devem ponderadas no diagnóstico de sorriso gengival, como a fibrose
gengival hereditária, por se tratar de um crescimento lento, progressivo, difuso e benigno dos
tecidos gengivais, a qual faz diagnóstico diferencial com o sorriso gengival. Os autores ressaltaram
que em ambos são necessárias intervenções cirúrgicas, porém na fibrose gengival hereditária a
recorrência é frequente. Outras condições que devem ser lembrados no diagnóstico são distúrbios
metabólicos que induzam aumento gengival e aumentos gengivais induzidos por medicamentos
como a fenitoina, ciclosporina-A, nifedipina e verapamil, devendo o profissional focar na higiene
oral e nas causas e associações do crescimento gengival a fim de não causar expectativa no
paciente.
5 CONCLUSÃO
O melhor tratamento para o sorriso gengival é aquele melhor se adequa as condições
morfológicas, funcionais e culturais de cada paciente.
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