XII Congresso Brasileiro de Ecotoxicologia 25 a 28 de setembro de 2012 Porto de Galinhas – PE EXPRESSÃO DO CYTOCROMO P450 AROMATASE NA ESPÉCIE DE PEIXE Rhamdia quelen Helena Cristina Silva de Assis1; Laia Navarro-Martin2; Ines da Silva Rabitto1; Izonete Cristina Guiloski1; Vance L. Trudeau2 1 [email protected] (Departamento de Farmacologia, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Paraná) [email protected] (Department of Biology, University of Ottawa, Ottawa, Canadá) 1 [email protected] (Departamento de Farmacologia, Universidade Federal do Paraná, Curitiba Paraná) 2 [email protected] (Departamento de Farmacologia, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Paraná) 2 [email protected] (Department of Biology, University of Ottawa, Ottawa, Canadá) 2 Jundiá (Rhamdia quelen) é um peixe neotropical com alto potencial para a aquacultura brasileira. O interesse comercial pela espécie está aumentando, o que também se deve ao sabor agradável de sua carne. Devido a estas características, e por ser uma espécie comum em rios e criadouros próximos a áreas de intensa agricultura, onde agrotóxicos são amplamente utilizados, o jundiá tem sido estudado em diversos aspectos, como sua fisiologia geral e reprodutiva. Deve-se dar mais atenção a genética molecular do jundiá para embasar estudos de melhoramento genético e ecotoxicológicos. A aromatização que é a conversäo dos androgênios em estrogênios é controlada pelo complexo enzimático cyp19 P-450, designado por aromatase. Nos peixes teleósteos são produzidas duas isoformas de aromatase codificadas por genes diferentes, uma localizada nas gonadas (cyp19a) e outra no cérebro (cyp19b). O objetivo deste trabalho foi caracterizar e estudar a expressão da aromatase cerebral (cyp19b). Primeiramente, a estratégia de clonagem por homologia foi usado para obter uma sequência parcial (1047 pb). Em termos de nucleotídeo apresentou 88% de identidade ao Ictalurus punctatus. A sequencia de aminoácidos prevista está entre 80 a 91 % semelhante a outros teleósteos. Posteriormente, um bioensaio foi realizado com jundiás machos e femeas adultos, sendo um grupo controle negativo e outro grupo com 17β-estradiol (10mg/kg). Após 15 dias os peixes foram anestesiados, mortos por secção medular e o cérebro dissecado. A reação em cadeia de polimerização em tempo real foi usada para analisar a expressão gênica da cyp19b em ambos os sexos. A cyp19b foi expressa no cerebelo, telencéfalo e hipotálamo dos animais controles. Estes resultados corroboram com estudos com outras espécies de peixe, nos quais a aromatase é sempre elevada no hipotálamo, na pituitária e normalmente também no telencéfalo. Nos grupos expostos ao estradiol houve um aumento significativo no telencéfalo e hipotálamo. Futuros trabalhos estão sendo realizados para a aromatase gonadal e análise de expressão genica em animais expostos a xenobióticos. Palavras-chave: jundia, aromatase, cérebro Sociedade Brasileira de Ecotoxicologia (SBE) Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) 243