Resumo

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CONCEPTUALIZAÇÕES HIDROGEOLÓGICAS EM PEQUENOS
DOMÍNIOS INSULARES:
O EXEMPLO DA ILHA DAS FLORES, AÇORES
José Manuel M. AZEVEDO
Professor Auxiliar, Instituto de Investigação da Água – Secção de Hidrogeologia – FCT, Universidade de Coimbra, [email protected]
RESUMO
Os conhecimentos sobre a organização espacial dos vulcanitos e das estruturas vulcânicas que
compõem o edifício da ilha das Flores, adquiridos durante a elaboração da carta geológica 1:15.000,
permitiram traçar modelos conceptualizantes – um de carácter global e outros de natureza sectorial –
para a evolução hídrica nos domínios insulares subsuperficiais e profundos.
O modelo global expressa uma organização espacial do corpo insular em dois conjuntos de
sectores hidrogeológicos: três sectores transversais – patamares superior, intermédio e inferior – e três
sectores de natureza longitudinal e areal – compartimentos nucleares, intermédios e periféricos.
Esta organização hidrogeológica, espacialmente bidireccionada e com acentuado suporte nas
evidências geomorfológicas, climatológicas e da distribuição de exsurgências, possibilitou a
caracterização dos sistemas aquíferos insulares e da evolução hídrica no edifício vulcânico –
percolação (recarga), circulação e armazenamento.
Comparativamente com os modelos actualmente expressos para outras ilhas vulcânicas de
reduzida dimensão, nomeadamente para algumas ilhas dos Arquipélagos das Canárias e do Hawai,
este apresenta naturalmente aspectos convergentes, principalmente com os modelos “canarinos”. No
entanto, a especificidade das evoluções vulcano-tectónica e geomorfológica, bem como ao nível do
enquadramento geográfico-climatológico, proporcionaram o desenvolvimento de processos e
organizações hidrogeológicas particulares para a ilha das Flores.
PALAVRAS-CHAVE
Ilha, vulcanito, modelo hidrogeológico, sistema e unidade aquíferos
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