Relatório das visitas às USBF 1 - DOMINGOS PETROLINI: Equipe

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Relatório das visitas às USBF
1 - DOMINGOS PETROLINI:
Equipe: Coordenadora – Angélica Chaves Carlos (enfermeira) mais 1 médico especialista em saúde da
família, 1 enfermeiro, 1 técnico em enfermagem e mais 1 para apoio sem cadastro na equipe, 3 agentes de
saúde (média de 120 famílias para cada).
- A micro-área do posto vai desde o final do Povo Novo até a Palma, inclui em torno de 600 famílias.
- A equipe tenta fazer cronogramas adequados, flexíveis aos pacientes, mas nunca consegue fazer grupos
pela distância que e dificuldade de acesso dos mesmos. Nas quartas à tarde o posto não abre, pois é dia de
capacitação e reuniões administrativas.
- Poucos pacientes, em torno de seis.
- O médico interagia muito com os pacientes, conversando na sala de espera, procura as fichas dos pacientes
e demonstra conhece-los pelo nome, porém as consultas são rápidas, 15 min no máximo. Conosco não foi
simpático, parecia que queria nos ver longe do lugar, dizendo que quem procurávamos já não trabalhava
mais ali.
- A burocrata Lucinha é bem atenciosa e bastante envolvida com os pacientes, os trata pelo nome, conhece
seus familiares e sua situação, procurando saber notícias de todos, com muita atenção e carinho.
- Ambiente é limpo e asseado, a sala de coleta do pré-câncer fica atrás do posto e tem equipamentos básicos.
- A enfermeira diz que há dias com tantos atendimentos em que não há lugar nem para sentar, o posto tornase pequeno diante da demanda, em 2009 deveria ter sido feita uma ampliação, porém ainda está na
promessa. Não tem coisas básicas no posto, como uma sala para grupos, caso seja necessário, as reuniões
são feitas no salão paroquial da igreja. A previsão da ampliação é para 2012.
- São dois turnos destinados para atendimento domiciliar durante a semana.
- Hipertensos e diabéticos são a maioria dos pacientes, também é feito prevenção através de pré-câncer,
puericultura (acompanhamento das crianças) e pré-natal. Não há maiores peculiaridades no atendimento, é
comum doenças infecciosas e acidentes ofídicos.
- Armário dos medicamentos é bem abastecido. Tal abastecimento de medicamentos é mensal, exceto os
controlados, que são fornecidos mediante receita, mas, às vezes, falta. Os medicamentos não padronizados
pelo SUS, bem como os exames são encaminhados para a Secretaria de Saúde.
- Mensalmente vem um ônibus com dentista, no restante do mês é encaminhado para PAM, com a reforma
será oferecido atendimento para saúde bucal.
- Depressão e ansiedade generalizada são os maiores casos, que são encaminhados para o NASF, onde há
uma equipe multidisciplinar (1 psiquiatra, 1 assistente social, 1 fisioterapeuta, 1 nutricionista, 1 educador
físico). Tal equipe visita as USBF duas vezes no mês, num dia para apoio aos grupos e outro dia para
discussão de casos. A maior demanda é saúde mental, mas só há apoio e não atendimento individual, nesses
casos encaminha-se para o CAPS.
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- Segundo a coordenadora, as pessoas não sabem utilizar o serviço e terminam abusando.
2 - POVO NOVO:
São duas equipes, divididas em função das micro-áreas, com aproximadamente 500 famílias cada equipe.:
Equipe 21: Equipe: Coordenadora – Angela Silva (enfermeira)
Equipe 23: Coordenadora – Rita de Cássia Oliveira (enfermeira)
- Ambas equipes estão sem médico, a 21 há dois anos e a 23 há nove meses, vindo de Marluz e Petroline
médicos para dar apoio. Cada uma contém 1 enfermeiro, 1 técnico em enfermagem e 3 agentes
comunitários para quatro áreas, sendo que uma delas (Capão Seco) está sem agente, porque é muito distante
e ninguém quer ir lá, tem em torno de 87 famílias.
- A micro-área do posto é rural e muito extensa, envolvendo Pesqueiro, Barra Falsa, Capão Seco e outras,
contemplando aproximadamente 1000 famílias, com 20 atendimentos diários por equipe fora procedimentos.
As visitas domiciliares são feitas duas vezes por semana. Há um bom vínculo dos pacientes com o posto.
- Os pacientes atendidos pelo posto são organizados familiar e financeiramente, sendo pequenos produtores
rurais.
- Idosos hipertensos e diabéticos são a maioria dos pacientes, alguns acamados recebem visita domiciliar,.
Há poucas crianças. Também é feito prevenção através de pré-câncer, puericultura (acompanhamento das
crianças) e pré-natal, exames laboratoriais, visita domiciliar, planejamento e grupos, mas apenas com
acompanhamento da enfermeira e do técnico em enfermagem, pois não há médico, tentando-se atender a
demanda da melhor forma, mas essa falta de profissional é grave. Além dos problemas crônicos já citados, a
maior demanda é de problemas respiratórios em crianças e idosos no inverno.
- Os grupos são de hipertensos, de planejamento familiar, de recreação (baile dos idosos, artesanato) e de
vida ativa (caminhadas e ginástica). Todos são acompanhados pela enfermeira e agente comunitário. As
quartas-feiras são destinadas à capacitação e esse dia também é aproveitado pelas equipes para fazerem
passeios e caminhadas e outras atividades grupais com os pacientes integrantes dos grupos.
- Usuários de medicação controlada (renovação de receita) e casos de depressão são encaminhados para o
NASF, onde há uma equipe multidisciplinar (1 psiquiatra, 1 assistente social, 1 fisioterapeuta, 1
nutricionista, 1 educador físico). Tal equipe visita as USBF uma vez no mês, apoio matricial mensal. A idéia
do grupo de artesanato é para tentar formar um grupo de saúde mental.
- A coordenadora pediu apoio da Clínica de Psicologia da FURG para encaminhar uma paciente Vanessa de
Barros, residente no Capão Seco, de 24 anos, mãe de dois filhos, muito depressiva, reclusa, com ambiente
familiar bem complicado, com uma mãe bem problemática que contribui para o agravamento de seu estado e
que já havia sido encaminhada ao NASF, mas não tem indicação de internação e sim de terapia. Deixou seu
e-mail para agilizarmos esse encaminhamento: [email protected]
- Um caso interessante que ocorreu, foi numa vista domiciliar, em que uma senhora de 48 anos estava
acamada, depressiva e o médico do apoio foi com a equipe visita-la e trocou toda a medicação,
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aproximadamente um mês depois a mesma senhora veio pessoalmente ao posto agradecer, o que comprova a
necessidade do médico para que o atendimento seja completo.
- Um dos projetos do posto é poder contar com a unidade móvel para as áreas rurais, pois ela não estava
vindo, mas após pedir muito, viria no outro dia para atender o Pesqueiro, que é uma área rural muito
distante.
3 – QUINTINHA:
Equipe: Coordenadora – Scheila Ribeiro de Mello (enfermeira), mais 1 médico especialista em saúde da
família, 1 enfermeiro, 2 técnicos em enfermagem e mais 6 agentes comunitários de saúde (média de 120
famílias para cada).
- A coordenadora inicialmente não se mostrou nada favorável à vista, mas depois, apesar de muito séria,
conversou conosco cordialmente e até confessou que em épocas de eleição já foi até agredida e ameaçada
por um político, que vinha fazer campanha com os pacientes do posto.
- A micro-área inclui em torno de 900 famílias e 2000 pessoas.
- No posto a rotatividade é sempre dos mesmos pacientes, a maior procura é para atendimento de doenças
respiratórias, hipertensos, diabéticos, câncer e drogadição, especialmente de adolescentes em síndrome de
abstinência de cocaína e crack, para tratamento eles buscam as comunidades terapêuticas.
- Os casos relativos à saúde mental são hiperatividade, esquizofrenia, muitos casos de depressão e uso de
medicamentos controlados e são encaminhados ao NASF.
- Pela manhã é feita a assistência 12 fichas diárias (nas segundas, quartas, quintas e sextas) e pela tarde a
prevenção, nas terças, pela manhã, é atendido um grupo preventivo e mais 6 pacientes e, à tarde, são feitas
as visitas domiciliares. São aproximadamente 10 acamados atendidos em casa por mês, com visitas
semanais.
- Os grupos são de 3 de puericultura, 5 grupos de diabéticos e hipertensos com 35 a 40 pacientes cada, 1 de
nutrição e exercício físico com 20 pacientes que havia iniciado no dia anterior e 1 de pré-natal. Os maridos
são muito machistas e não gostam e até nem permitem a participação das mulheres nos grupos.
- O governo federal estipula metas mensais para as USBF, em agosto foi trabalhar a família e em setembro é
o idoso e cada unidade vai se adequando e realizando atividades voltadas para o propósito.
- Um caso marcante foi de uma moça com HIV, contaminada pelo marido e com abcesso nos genitais,
mesmo com a orientação contrária do posto, engravidou e o a criança não era portadora até um ano de
idade.
- Um projeto do posto é a prevenção contra o crack, sob o título “Menos 1 nessa viagem”, incluindo
orientações na sala de espera, além de palestras nas escolas para prevenção na Quinta e Quintinha, onde o
índice de dependentes químicos de álcool e drogas é muito grande. Além disso, é uma rotina as mini
palestras sobre assuntos diversos aos pacientes, enquanto esperam na sala de espera do posto.
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