Geografia – População (Parte 1)

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Geografia – População (Parte 1)
1. População Mundial:
Define-se população mundial como o número total de humanos vivos no planeta num
dado momento. Em 31 de Outubro de 2011 a Organização das Nações Unidas
contabilizou mais de 7 bilhões de habitantes. O continente mais povoado é a Ásia,
seguido da África, América, Europa e Oceania. Confira na tabela os dados.
Continente
População
Porcentagem
Ásia
4 Bilhões
60%
África
840 Milhões
12,7%
Europa
710 Milhões
10,8%
América do Norte
514 Milhões
8%
América do Sul
371 Milhões
5,6%
Oceania
60 Milhões
0,9%
Concentração populacional no mundo
Com mais de 200 milhões de habitantes, o Brasil é o 5º país mais populoso do mundo,
após a China, Índia, Estados Unidos e Indonésia.
País
População
China
1.354.040.000
Índia
1.210.569.573
Estados Unidos
316.024.000
Indonésia
245.613.043
2. Distribuição da População:
É importante lembrar que, apesar de o Brasil ser um país populoso, possui baixa
densidade demográfica (aproximadamente 22 habitantes para cada km²), ou seja, é um
país pouco povoado. Evidencia-se ainda uma distribuição irregular da população pelo
território.
Densidade demográfica = (População Absoluta) / (Área)
Brasil = 200.000.000 / 8.547.403 = 23,3 hab/km²
De uma forma geral, as maiores concentrações populacionais estão próximas ao litoral,
numa faixa de aproximadamente 300 km², onde a densidade demográfica ultrapassa
100 hab./km² em algumas áreas, destacando-se o Rio de Janeiro, com
aproximadamente 348,7 hab./km². Toda essa faixa possui densidade acima de 10
hab./km².
Além desta faixa, a população torna-se paulatinamente mais escassa à medida que
avançamos para o interior, passando para uma densidade que seria a mediana no Brasil.
Esta região, com densidade de 2 a 10 hab./km² abrange desde o Maranhão e o Pará até o
Mato Grosso do Sul. Constitui exceção o Distrito Federal, que apresenta 441,74
hab./km². Em contrapartida, temos as áreas com densidades inferiores a 2 hab./km², por
exemplo, Amazonas e Roraima.
Densidade demográfica no Brasil
Densidade demográfica das regiões em Hab./km²
Região
Sudeste
Sul
Nordeste
Centro-Oeste
Norte

1995
71,6
40
28,8
6,3
2,8
1996
72,2
40,7
28,6
6,5
2,9
2000
78,2
43,54
30,69
7,23
3,35
2010
84,21
47,99
32
8,97
3,77
São exemplos de áreas densamente povoadas:
Zona da Mata Nordestina, Encosta da Borborema, no Agreste (PE, PB),
Recôncavo Baiano, Zona Cacaueira (BA), Sul de Minas Gerais e Zona da Mata
Mineira, Sul do Espírito Santo, grande parte do Rio de Janeiro, grande parte do
Estado de São Paulo, Zonas coloniais de Santa Catarina e zonas coloniais do Rio
Grande do Sul.
População brasileira por região (IBGE) – Comparativo 2000 - 2010
3. Crescimento Populacional:
O primeiro recenseamento oficial da população brasileira foi realizado em 1872. Antes
desta, só existiam estimativas, não muito precisas, a respeito da população.
Com a realização do primeiro censo oficial, tornou-se possível um melhor controle e
conhecimento a respeito da evolução do crescimento populacional no nosso país.
Percebemos que o crescimento da população brasileira foi muito grande no período
entre 1872 e 2000, passando de 10 milhões para 176 milhões de pessoas em pouco mais
de um século. Quanto ao ritmo de crescimento, podemos observar que houve ampliação
do quadro demográfico, mas a taxa de crescimento perdeu fôlego, já que houve
desaceleração.
A Taxa de crescimento da população perde fôlego (valores em %)
2,99
2,91
2,39
2,01
1,98
2,89
2,48
1,93
1,49
1,63
1872/1890 1890/1900 1900/1920 1920/1940 1940/1950 1950/1960 1960/1970 1970/1980 1980/1991 1991/2000
4. Crescimento da população Brasileira:
O Crescimento Vegetativo (ou Crescimento Natural) da população é a diferença
entre as taxas de natalidade e de mortalidade da população, ou seja:
CV = Natalidade – Mortalidade
A Taxa de Natalidade é calculada dividindo-se o número de nascimentos, em
determinado ano, pelo número de habitantes existentes no território e multiplicando-se o
resultado por cem.
A partir de 1972, percebe-se uma lenta redução da taxa de natalidade, provocada por
diversos fatores, tais como urbanização, elevação do padrão sócio-econômico da
população, casamentos tardios e maior adoção de métodos anticoncepcionais.
Regionalmente, observamos diferenças significativas no que diz respeito à natalidade:
enquanto as taxas mais elevadas são encontradas nas regiões Norte e Nordeste, as mais
baixas estão nas regiões Sul e Sudeste.
A Taxa de Mortalidade é calculada dividindo-se o número de óbitos, em determinado
ano, pela população absoluta do território e multiplicando-se o resultado por cem.
Embora a taxa de mortalidade tenha sido bastante elevada até a década de 1930, sofreu
forte redução a partir dos anos 40. A redução acentuada deste indicador deve-se a
fatores como o progresso da Medicina e Bioquímica (desenvolvimento de antibióticos e
vacinas), melhoria na assistência médico-hospitalar e nas condições higiênico-sanitárias,
além da urbanização.
Quanto às variações das taxas de mortalidade, verificamos que as mais elevadas são
encontradas nas regiões Nordeste e Norte, e as menores estão nas regiões Sul e Sudeste.
Este indicador mostra maiores valores nas zonas rurais que nas zonas urbanas, e a
mortalidade masculina é maior que a feminina.
A Mortalidade Infantil é calculada dividindo-se o número de crianças com menos de u
ano, que morreram em um determinado ano, pelo número de crianças nascidas no
mesmo ano (número de óbitos de crianças de zero a 1 ano de idade, em cada grupo de
1000 nesta faixa etária durante 1 ano).
A mortalidade infantil no Brasil: Indicador em queda. Em 2010 foram registrados 22
óbitos para cada 1000 nascimentos.
A Taxa de Fecundidade corresponde ao número médio de filhos por mulher. Este é um
importante indicador para se analisar a Transição Demográfica (a alteração no perfil de
idade dos habitantes, engloba proporções de crianças, jovens/adultos, idosos, homens e
mulheres).
Redução da taxa de fecundidade (1940 – 2010)
8
7
6,2
6,2
6,3
5,8
6
5
4,4
4
2,9
3
2,3
1,9
2
1
0
1940
1950
1960
1970
1980
1991
2000
Além da urbanização e do maior uso de métodos anticoncepcionais, os casamentos
tardios e a redução da taxa de fecundidade também são responsáveis pelo menor
número de filhos por mulher.
Com as alterações verificadas no quadro demográfico do Brasil, a estrutura etária
também mudou: o brasileiro vive mais e tem menos filhos.
A persistência de elevadas taxas de natalidade, aliada a uma redução acentuada da
mortalidade, explica o elevado crescimento da população brasileira até 1980, sendo, no
caso, o crescimento vegetativo o fator principal e, secundariamente, a imigração, cuja
maior contribuição ocorreu no período anterior à Segunda Guerra Mundial. A partir de
1970, a queda da taxa de natalidade foi mais acentuada do que a queda da taxa de
mortalidade. Com isso, a tendência atual é a de que haja uma redução da taxa de
crescimento vegetativo.
2010
A Expectativa de Vida é o número médio de anos que a população atinge. Atualmente,
a expectativa de vida do brasileiro tem aumentado (em torno de 70 anos), mas se
comparada a países desenvolvidos, ainda é baixa. A expectativa de vida não é a mesma
para todas as classes sociais: ela é maior quanto melhor a qualidade de vida.
Expectativa de vida ao nascer Brasil e Regiões (ambos os sexos)
Ano
1950
1960
1970
1980
1991
2000
2010
Brasil
43,33
48,04
52,66
60,10
66,03
70,44
73,4
Norte
43,16
48,17
54,63
64,45
65,49
69,53
72,43
Nordeste
35,92
39,99
43,33
52,39
62,71
67,15
70,76
Sudeste
48,08
53,07
57,41
64,28
67,61
71,99
74,88
Sul
52,66
57,48
60,02
67,06
68,79
72,74
75,47
Centro-Oeste
50,31
52,93
57,63
64,53
66,97
71,75
74,51
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