Apostila de Geografia 14 – Geomorfologia 1.0 Introdução Ciência que estuda o relevo. Relevo – Corresponde às diversas configurações da crosta terrestre. 2.0 Agentes de Relevo 2.1 Agentes Endógenos ou Internos Criadores de relevo. 2.1.1 Tectonismo ou Diastrofismo Movimentos lentos ou prolongados que atuam na Litosfera. Movimento horizontal ou orogênese ou dobros: Ocorres em rochas plásticas. Áreas instáveis. Originam dobras. Movimento vertical ou epirogênese: Não catastrófico. Pode causar elevações e abaixamentos de grandes extensões continentais. Originam fraturas. . 2.1.1.1 Teoria do Rebote Elástico 1 - Bloco cristal em repouso. 2 - Deformação devida ao esforço. 3 - Instante da ruptura. 4 - Rebote elástico para nova posição de equilíbrio. 2.1.2 Vulcanismo Saída de magma. Círculo de Fogo do Pacífico e do Atlântico (50% dos vulcões). Materiais expelidos: Materiais piroclásticos (blocos). Magma (lava). Gases e cinzas (enxofre). Tipos: Cone ou edifício vulcânico – Montanha formada pelo acúmulo de materiais expelidos do interior da Terra. Cratera – Boca afunilada que se forma devido às explosões que ocorrem na fase inicial da atividade. Chaminé ou conduto – Abertura ou fenda através da qual os materiais são expulsos do interior para a superfície da Terra. Caldeira ou câmara magmática – bolsões profundos preenchidos pelo magma. Características das áreas vulcânicas: Orogeneticamente recentes. Fraturadas. Sísmicas. Proximidade do mar. Hot spots: Pontos quentes no manto (plumas do manto). Estacionários. Formam cordilheiras submarinas por atividade vulcânica. Usados para saber a velocidade da placa (datação radiométrica). 2.1.3 Abalos Sísmicos Movimentos rápidos e violentos na litosfera provocados por pressões internas. Hipocentro – Local no interior da Terra onde se origina o terremoto. Epicentro – Local da superfície terrestre que recebe os primeiros abalos. Grande intensidade – Macrossismo. Pequena intensidade – Microssismo. Causada por: Tectonismo – Geralmente. Vulcanismo. Desmoronamentos internos. Tsunamis e maremotos – Ondas gigantes ocasionadas por terremoto submarino ou outros distúrbios no oceano, que deslocam uma grande quantidade de água. A alta tecnologia na área da construção civil ameniza as catástrofes, mas não evita. Maior falha originada por abalo sísmico: Falha de Santo André, Califórnia. 2.2 Agentes Exógenos ou Externos Modificadores, destruidores ou modeladores de relevo. Intemperismo – Ação do tempo sobre as rochas: Químico – Água (área úmida). Biológico – Raízes e animais (área úmida). Físico – Temperatura e ventos (área seca). 2.2.1 Ação Fluvial Ação dos rios. Acumulação: Deposição de sedimentos, originando ilhas ou deltas. Intensa no curso médio e inferior do rio. Erosão: Destruição causa pelo rio – Leito. “Canyons” do rio Colorado no oeste americano. 2.2.2 Ação Glacial Acumulação glacial: Depósito de detritos que foram transportados pela língua da geleira. Forma, na base, morainas ou morenas. Erosão: Circo ou bacia coletora – Queda da neve origina uma concavidade na montanha aonde a geleira vai se formar. Língua de geleira – Derretimento da geleira no verão. Icebergs – Blocos de gelos transportados pelas correntes marítimas. 2.2.3 Ação Eólica Erosão – Destruição das rochas pela ação do vento: Deflação – O vento limpa a superfície das rochas. Corrosão – O vento atira fragmentos e areia sobre as rochas. Acumulação eólica – Trabalho de construção do vento: Dunas – Montanhas de areia formadas quando o vento encontra um obstáculo: Costeiras – Formadas nas praias (Nordeste). Continentais – Formadas nos desertos (Saara). São móveis e movimentam-se no sentido dos ventos. 2.2.4 Ação Marinha Erosão: Falésias – Costas abruptas, escarpadas, formadas pela abrasão marinha. Acumulação – Origina restingas ou cordões litorâneos. 2.2.5 Ação Antrópica Atuação do homem sobre o solo. 3.0 Relevo submarino 3.1 Plataforma continental Continuação do continente abaixo do nível do mar. Aparecem as ilhas continentais ou costeiras, de origens diversas vulcânica, tectônica ou biológica. Profundidades modestas. Há penetração de luz solar, criando condições propícias ao desenvolvimento da vegetação marinha. Importante para a pesca. 3.2 Talude É o fim do continente, onde há o encontro da crosta continental com a crosta oceânica, formando desníveis de profundidade variável, que chegam a atingir 3 mil metros. As fossas marinhas são depressões abissais que aparecem abaixo do talude, em zonas de encontro de placas tectônicas. 3.3 Região pelágica Relevo submarino propriamente dito. Depressões, montanhas tectônicas e vulcânicas, planícies, etc. 4.0 Relevo Brasileiro Principais modificadores de relevo: Clima. Rios. Chuva. Temperatura. Homem. Ponto máximo: Pico da Neblina – 3000 metros. Características: Antigo, desgastado e baixo. Sentido latitudinal (Norte-Sul). Predominam planaltos e bacias sedimentares. 4.1 Classificação 4.1.1 Planalto das Guianas Escudos cristalinos. Formas – Serras. Pico da Neblina. 4.1.2 Planalto Brasileiro 4.1.2.1 Planalto Central Formas: Serras dos Carajás-Pará – Vale. Chapadas: Parecis. Guimarães. Cerrado – Soja. Veadeiros. 4.1.2.2 Planalto Meridional Formas: Serras Gaúchas – Gramado e canela. Coxilhas: Relevo suave do extremo sul do Rio de Janeiro. Pecuária extensiva. Desertificação. Campanha gaúcha. Cuestas: Terra Roxa (arenito-basáltico). Café. 4.1.2.3 Planalto Atlântico Serras do Leste ou Sudeste – “Mares dos morros”. Planalto Nordestino: Formas: Chapadas: Araripe. Apodi. Diamantina. Isembergs ou morros testemunhos: Milagres. Itaberaba. Rui Barbosa. Serra de Borborema: Estende-se de Alagoas até o Rio Grande do Norte. Chuvas orográficas. Ajuda a criar o sertão nordestino. Escudo cristalino. 4.1.3 Planície Amazônica Planície sedimentar. Maior biodiversidade. Maior volume de água superficial. Maior rio do mundo. 4.1.4 Planície do Pantanal Maior planície alagado do mundo. Rico em ferro e manganês. 4.1.5 Planície Costeira ou Litorânea Mais extensa. Maior povoada e industrializada. Atração turística. 4.1.6 Planície Gaúcha Extremo sul do país. Restingas em quantidade. Lagoa dos Patos e Mirim.