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Ciência e Tecnologia
PUCPR aposta em desenvolvimento de games
Fabiano Klostermann - [18/11/2007]
Foto: Ciciro Back
Uma iniciativa de professores da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) está tornando mais “suave” o
aprendizado de programação dos alunos do curso de Ciência da Computação. Além da apresentação do trabalho dos alunos,
em sua segunda edição, a Mostra de Jogos Eletrônicos contou também com palestras de membros da indústria de
entretenimento digital.
Organizado pelos professores Cláudio Carvilhe, Paulo Radtke e Luiz Pavão, o evento contou com projetos para plataformas
de estação de trabalho (PC, desenvolvidos em linguagem C) e celulares (desenvolvidos com a programação Java). “Um dos
nossos objetivos é ensinar os alunos do primeiro ano a programar de maneira eficiente e também, por que não, divertida.
Os estudantes abraçaram a idéia de tal maneira que tivemos uma adesão muito boa, superando a da primeira edição”,
afirmou Radtke.
Gabriel Dallagrama e seu game para
Para ele, a presença de algumas pessoas da indústria de jogos também serviu como estímulo aos estudantes. “O mercado
de games de pequeno porte, como para celulares, também faz a demanda por profissionais crescer”, contou. Segundo ele,
se divertindo?”.
esses jogos exigem investimentos menores e podem trazer um bom retorno ao investidor. “Um jogo desenvolvido
localmente tem o orçamento modesto, de 50 mil dólares. Já os desenvolvidos pelas gigantes do setor tem orçamentos comparáveis a filmes, em torno de 10 a
15 milhões de dólares”, disse.
celular: “Quem não gosta de aprender
Outro segmento que cresce, de acordo com o professor, é o de advergames, expressão que pode ser traduzida como “jogos embutidos de propaganda”. “Pra se
ter uma idéia, o jogo mais vendido no País hoje é um que acompanha um sanduíche vendido em redes de fast food e reforça os conceitos da marca”, explicou.
O aluno Gabriel Dallagrama aproveitou a oportunidade para aprender uma linguagem de programação que ainda não conhecia. Seu jogo, desenvolvido em Java
para celular, consiste em um helicóptero que tem de desviar alguns obstáculos. “A mecânica é bem simples até porque a plataforma tem limitações. Mas o
desenvolvimento foi importante pra aprender, colocar a teoria na prática, até porque conhecimento não cai do céu. Quem não gosta de aprender se divertindo
com os jogos?”, explicou.
Para a estudante Viviane Algarte o aspecto lúdico da experiência veio em boa hora. “O primeiro ano é muito difícil porque as matérias são muito teóricas, muita
gente acaba cansando. A iniciativa da mostra é muito boa até porque dá esse estímulo de ver o resultado do que se programa, evitando até as desistências”,
disse.
A opinião é compartilhada pelo professor Paulo Radtke. “Para nós, a mostra não é um fim, mas sim um meio de facilitar o aprendizado”, concluiu.
26/11/2007 13:19
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