Fica em paz, sabendo que os anseios do teu coração são

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AMOR PURO
AUTOR: JASON EVERT
INTRODUÇÃO
Se o amor verdadeiro te escapou até hoje, ou se acreditas que encontraste a pessoa
certa, ou se as reprovações e a confusão à tua volta te fizeram pensar que talvez não exista o
amor com o qual sonhaste, então as páginas seguintes foram escritas para ti.
Se és como eu, já te disseram que o sexo é mau. Mas quando perguntas porquê, ouves
respostas como: “Simplesmente porque sim, por isso não o faças!”, ou “vais ficar contagiado
com uma doença, ou vais acabar grávida!”. Ainda que eu saiba que tu sabes que o sexo tem
consequências – e algumas podem ser lamentáveis – nem sempre razões como as apontadas
são convincentes, nem suficientes como resposta.
A nossa geração foi ensinada a evitar as doenças venéreas. Os meios de comunicação
ensinam “como seduzir em 15 minutos”, ou “como desfrutar ao máximo do prazer”, mas
aquilo que de verdade queremos saber é como encontrar um amor autêntico, como fortalecer
e manter uma relação de amor verdadeiro, um amor que cresce, nos torna feliz e preenche.
Em geral tem-se a ideia de que o sexo é um grande dom, e uma pessoa fica farta de ouvir falar
das doenças relacionadas com ele e das gravidezes não desejadas. Mas, se estás preparado
para outra perspectiva, se queres que o dom do sexo seja a grande maravilha para que foi
criado, então continua a ler.
Todos os meses, eu reúno-me com cerca de 15.000 jovens de colégios e
universidades… e dediquei a minha vida a falar deste “assunto”. Neste livro reuni algumas das
melhores perguntas que me fizeram. E ao procurar as melhores respostas, descobri que a
grande chave que parece abrir a porta do mistério da sexualidade é a reverencia, a pureza de
coração. À medida que vamos perdendo a reverencia perante o sexo e o seu significando,
vamo-nos tornando insensíveis e cegos a uma realidade capaz de deslumbrar e deixar o
mundo inteiro a suspirar pela maravilha que é.
Cristo disse-o: “Bem aventurados os puros de coração porque verão a Deus” (Mat.
5:8). Ao alcançar a pureza do coração um homem é realmente capaz de ver a imagem de Deus
numa mulher, e também uma mulher chega a ver a imagem de Deus no homem. Assim
redescobrimos como amar o outro: como Deus nos ama. Aceita o desafio! Se tenho o valor e a
força para ouvir Cristo mais do que à minha imaginação ou às justificações que me convêm,
será que Ele me pede que lhe dê algo que na verdade não quero dar-Lhe? Se não aceitamos o
desafio de ver com honestidade para dentro do nosso coração, se vivemos como se em nós
não houvesse nenhuma necessidade de melhoria, então estaríamos a enganar-nos. Se
realmente queres encontrar o amor e ser livre, escuta a boa nova: a verdade te libertará.
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Agora compete-nos a nós, os jovens, declarar uma nova revolução sexual. O plano de
Deus para o amor é TUDO o que o nosso coração anseia. E para o receber, devemos aprender
a dar o amor. Aqueles que liderarem o caminho da nossa geração no sentido desta vitória
serão aqueles que tiverem vencido a sua paixão egoísta e auto complacente, e que se
entreguem por inteiro a Cristo. Aceita este desafio com o entusiasmo, o valor e a força da tua
juventude.
Peço a Deus que todos aqueles que lerem este curto livro encontrem nele um guia
quando estiverem desorientados, um estímulo quando estiverem sem esperança, uma luz para
iluminar e sarar as feridas, e o enorme conforto e paz que nos enchem quando oferecemos a
Deus tudo o que somos e tudo o que fazemos.
Como encontro o amor?
Todos querem amor. Toda a gente deseja entregar-se a outra pessoa e ser amada por
esta. Todos nós fomos desenhados para o amor, e essa necessidade dentro de nós mesmos é
tão profunda que muita gente prefere arriscar uma gravidez ou doenças venéreas do que viver
sem amor. É possível que estejamos dispostos a correr esses riscos porque o mundo nos diz
que o sexo é igual ao amor. Mas por outro lado, vemos relações em que o sexo destruiu o
amor e fazemo-nos a pergunta: “o que é que aconteceu?” A única solução capaz de acabar
com essa dor, esse vazio e confusão interiores é a virtude conhecida como castidade.
O que é a castidade?
A castidade é uma virtude (tal como a coragem ou a honestidade) que se aplica à
sexualidade da pessoa. E Significa que reúnes todos os teus desejos sexuais e os ordenas de
acordo com as necessidades do amor verdadeiro. Por exemplo, quando amas uma pessoa
fazes qualquer coisa, qualquer sacrifício por ela, e fazes tudo aquilo que for necessário para
que ela não sofra. A castidade quer dizer que tomas essa decisão de amor e a aplicas ao sexo.
Há quem julgue que a castidade significa apenas “não ter relações sexuais”. Mas isso é
a abstinência, que significa dar a importância ao que não podes fazer ou ter. Ao invés, a
castidade é o que podes fazer ou ter, agora e aqui mesmo se quiseres: um estilo de vida que te
dá liberdade, respeito, paz e alegria e até romance sem reprovações, sem remorsos, sem
temores nem angústias. A castidade liberta os namorados (e também os casais, claro) da
atitude egoísta de se usarem um ao outro como objectos de satisfação de desejo, e dá-lhes a
liberdade de ter e gozar de um amor verdadeiro. Viver a virtude da castidade de forma positiva
vai purificando o teu coração em todos os domínios, fortalece a tua vontade e a tua relação
íntima com o Senhor.
Tanto para os casados como para os solteiros, a castidade significa reverencia, respeito
pelo dom do sexo e torna-nos capazes de dar e de receber o amor verdadeiro.
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Como sabes quando há amor?
Nunca podes valorizar uma relação pela intensidade dos teus sentimentos porque
estes vêm e vão, sobem e descem com enorme rapidez.
Estar apaixonado por alguém é emocionante, mas nunca se deve confundir a emoção
com o amor. Por exemplo, um rapaz pode ter sentimentos verdadeiros por uma rapariga, mas
não é garantido que a ame. A verdadeira medida do amor é fazer o bem a quem se ama. Claro
que isto não é fácil, por isso é que o amor verdadeiro é raro e isso ainda o torna mais bonito e
valioso.
O contrário de amar é usar. Por exemplo, com muita frequência os rapazes usam as
raparigas para a sua própria satisfação física e as raparigas usam os rapazes para a sua
satisfação social e emocional. Contudo, num caso e noutro, eles nunca estão satisfeitos. Com
efeito, falei sobre este assunto com milhares de alunas de colégios e de universidades, e nunca
encontrei uma rapariga que me dissesse que queria ter relações físicas em série. Mas
encontrei um infindável número de raparigas que procuram o amor dessa maneira. Talvez
estejam a confundir a atracção física com o amor, ou procurem confirmar o seu próprio valor,
coisas que os seus pais nunca lhes ensinaram. De qualquer modo, estas raparigas não
encontraram o que procuravam.
Do mesmo modo, encontrei dezenas de “sedutores” que dizem que desejam saber
como é amar uma mulher em vez de a magoar, que não tinham a intenção de ferir os
sentimentos das raparigas, mas ninguém lhes ensinou como lidar com as raparigas com
reverência. Já insatisfeitos com um modo de vida do género “dá-me miúda”, chegaram à
conclusão de que conquistar uma mulher sexualmente era perder a noção das razões que os
fazem ser homens. Só alguns, pela entrega de si mesmos num amor autêntico conseguiram
voltar a encontrar-se.
Se vives uma vida sexual activa e estás a tentar descobrir se é amor, então faz a prova
do amor. Deixa a parte sexual de lado na tua relação e vive a virtude da castidade. Quando se
tira a paixão sexual, podes saber se havia amor desde o princípio se o outro/a te ama a ti como
pessoa. Não tenhas medo de fazer isto porque é apenas quando o amor é posto à prova que se
pode ver o seu verdadeiro valor.
O que é que acontece se estamos
mesmo apaixonados?
Se se amam mesmo, então farão tudo para o bem da relação. Segundo dados de um
estudo feito entre adolescentes, em Washington, ano de 2003, sabe-se que 80% das relações
entre jovens não dura mais de 6 meses depois de iniciarem relações sexuais. Algumas duram
até 2 anos, outras 2 semanas, outras uma noite apenas; mas a maioria termina pelos 6 meses.
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Há namorados que pensam que estas estatísticas não têm nada a ver com a sua
relação porque ambos “gostam muito um do outro”. Mas se um rapaz for tendo relações
sexuais com uma rapariga que não seja sua mulher, em rigor, estará a fazer-lhe bem? Com o
sexo o corpo de um diz ao outro: “entrego-me completamente a ti. Não há nada de mim que
não te entregue.” Se não estão casados, então a linguagem do corpo está a dizer uma mentira:
“ Dou-te o meu corpo – mas eu próprio não me entrego completamente a ti-“, ou “sou todo
teu – até que seja todo de outra!”. Através das relações sexuais, incluindo o acto sexual, a
linguagem corporal de um faz uma promessa de eternidade ao outro, ainda que não seja dita
por palavras. O sexo pertence ao casamento porque só no casamento é que os corpos falam
com verdade quando dizem: “Entrego-me a ti por completo e para sempre”.
Quando o sexo entre numa relação, geralmente converte-se no centro dessa relação,
pondo de lado tudo o resto. Ambos os namorados se convertem em objectos para ser usados,
em vez de pessoas para serem amadas, ainda que raramente admitam que se vejam desta
maneira. Uma vez, uma universitária disse-me que pensara que o sexo a faria aproximar do
namorado, como um casal. Mas que, rapidamente se deu conta de que ele já não queria estar
tanto com ela, ele queria era estar com o corpo dela… e que isso a levou a perceber que, afinal,
ela também não estava apaixonada por ele, mas estava era a sentir-se realizada com o
sentimento e a emoção de se sentir querida por alguém.
O próprio corpo é um grande dom, que durante o acto sexual cada um entrega ao
outro em sinal de amor eterno. Reduzir este enorme presente a um serviço que se faz em
troca de algo, como um empréstimo, equivale a rebaixar o valor e o respeito que cada um
merece. Por isso, o oferecimento total do corpo e do coração é próprio de uma relação
permanente e fiel: o casamento. Julgamos que estamos mais apaixonados que algumas
pessoas casadas, mas o certo é que as emoções ajudam, mas não constroem um casamento,
nem podem ser o seu único sustento.
Para além disto, tu não te podes entregar de verdade enquanto não entenderes a
dimensão do teu valor e a magnitude do presente que estás a dar e a receber. O amor
verdadeiro diz:”És tudo para mim. Dou-me totalmente a ti para sempre.” Este é o
compromisso verdadeiro, que brota do coração da pessoa que de facto ama alguém. Exige
permanência, e não apenas uns encontros ocasionais. O verdadeiro amor não existe por sua
própria conta e interesse quando o desejo é forte, e é capaz de sacrificar os desejos do
momento por algo duradouro e permanente. Se não podes dizer não ao sexo então de que
vale o teu sim?
Como é que pode ser mau se
ninguém fica magoado?
Ainda que seja difícil perceber agora, o sexo fora do casamento prejudica e deixa
mágoas a ambos. Para além dos riscos de gravidezes não desejadas e de doenças veneras,
ficam as cicatrizes emocionais. Um conhecido meu, já casado, disse-me uma vez: “teria dado
tudo – tudo mesmo – para poder esquecer todas as experiências sexuais que tive antes de
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conhecer a minha mulher. As imagens de outras mulheres no meu passado passam pela minha
cabeça e aos poucos estão a matar a minha intimidade. A verdade é que estou casado com a
minha bela mulher há 8 anos e nunca estive “sozinho” com ela na cama.” Quando te casas com
alguém, as relações sexuais que possas ter tido antes com outras pessoas podem pesar no
coração da tua mulher. E é óbvio que isso não é saudável para um casamento feliz.
Ainda que um par de namorados acredite que nenhum deles sairá magoado, pode
muitas vezes suceder que ambos usem as relações sexuais para encobrir outros problemas e
não lhes dar solução, ou até mesmo, para os agravar. Sempre que isto acontece um médico
ginecologista diz: “muitos adolescentes pensam que há algo de errado com eles próprios.
Então procuram alivio tentando com mais intensidade que “resulte”/”funcione” o sexo,
esperando que pelo sexo consigam obter todas as coisas que eles esperam: amor, intimidade,
confiança, aceitação, segurança, apreço pela sua masculinidade ou feminilidade, alivio para a
saudade, etc, etc. E quando nada disso funciona, milhões de adolescentes interiorizam a sua
dor e o seu nojo, para em seguida cairem numa depressão. Depressa passam para o sexo,
drogas e álcool para encontrarem alguma coisas que os iluda constantemente.”
Por outro lado, é muito frequente ver-se que o sexo fora do casamento também
acarreta problemas com os pais porque em regra esse tipo de vida implica a mentira. Os
mexericos perseguem-te no colégio, na universidade ou no local de trabalho; amizades que
poderiam ser saudáveis e duradouras são sacrificadas por uma relação que termina. Uma
rapariga de liceu escreveu-me por e-mail, uma vez, dizendo: “Perdi os amigos, mas o pior de
tudo é que me perdi a mim mesma. Sinto que ninguém me pode amar, por isso o único amor
que posso receber é esse falso amor sexual. Quem quer que esteja ao meu lado pensa que sou
uma rapariga adolescente normal e feliz, mas se a minha vida estivesse bem eu não estaria a
chorar todas as noites.”
Mais profunda, e na raiz de tudo isto está ainda a mágoa espiritual, porque o pecado
nos separa de Deus. Então, faz sentido perguntar seriamente: Quem não sai magoado pelo
sexo antes do casamento? Agora pode ser difícil para ti ver tudo isto, porque é difícil ver para
lá do teu círculo de amigos e das paredes do teu liceu ou universidade. Mas o melhor é não
tomar decisões que podem mudar a tua vida baseando-te nas opiniões dos teus colegas e/ou
“amigos”, já que muito deles não voltarás a vê-los depois do liceu.
Mas por acaso não o faz toda a gente?
Não, e não te enganes nem te deixes enganar… Pelo contrário, muita gente jovem já
percebeu que lhes estavam a mentir a respeito do que é o amor e sobre o valor do sexo.
Muitos jovens estão fartos com o que vêm na televisão, com as telenovelas, as revistas, os
filmes vazios de conteúdo; já não querem, nem permitem que lhes roubem a oportunidade de
conseguir chegar ao amor que Deus tem preparado para eles. Para assombro do mundo, esses
jovens descobriram que não são animaizinhos e que sim, podem sacrificar as rápidas
satisfações do momento, que são superficiais, passageiras, para conseguirem chegar a um
amor autêntico. Isto passa-se, ainda que não convenha ser mostrado nos meios de
comunicação.
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Muitos jovens perceberam que há um tempo irrepetível para construir as bases de um
amor que preenche, que confia e perdura. E que o sexo prematuro destrói tudo isso, criando
uma falsa sensação de unidade, impedindo que haja um olhar honesto e despojado entre o
rapaz e a rapariga, e que ambos se possam conhecer verdadeiramente, nas virtudes e nos
defeitos de cada um. A relação rebaixa-se porque o prazer se considera mais valioso que a
capacidade de sacrifício e a paciência, que são motivados por um amor que não busca a
própria satisfação pessoal, mas o bem do outro. Quando as relações baseadas no sexo chegam
ao casamento, falham, produzem infelicidade, saudade e não resistem no tempo, morrem. As
provas disto não podiam ser mais claras: o sacrifício mútuo intensifica o amor ao passo que a
ilusão de que não há sacrifícios a fazer pelo outro afoga, mata o amor.
Existem muitíssimos e muitíssimas “virgens de armário”, mas os que são sexualmente
activos costumam ser os que mais falam. Isto é o que faz parecer que “todos o fazem”,
quando, na realidade, não é assim. De facto, a maioria da juventude adolescente é virgem e a
maioria dos que já tiveram relações sexuais preferiam ter sabido esperar. Devido à pressão do
ambiente, incluindo os que são virgens e os que anseiam por uma vida pura aparentam que
não o são, ou que não querem sê-lo. É isto que dá a falsa impressão de que “todos o fazem”,
ainda que a maioria não o faça ou queira que tudo seja diferente. Essa mesma pressão social e
dos meios de comunicação leva alguns jovens a olhar para a virgindade como algo vergonhoso,
que causa vergonha e embaraço, quando, pelo contrário, é um tesouro e um presente
maravilhoso. Mas, tu pensa: Se a tua futura mulher ou marido tivesse esperado por ti toda a
vida para te dar esse presente a ti e só a ti, o que é que sentirias? Vergonha ou uma imensa
alegria e gratidão?
Mas onde é que posso encontrar um
rapaz valioso? Todos os rapazes só se
interessam por uma coisa…
Todas as mulheres merecem um homem que tenha uma coisa clara na cabeça: fazer a
vontade de Deus. Tem paciência e espera o rapaz que possa e queira amar-te com pureza e te
aproxime de Deus. Não te conformes com menos. Podes até pensar “Ah… sim… claro, e onde é
eu vou encontrar um homem assim? É melhor esperar bem sentadinha.
Põe o assunto nas mãos de Deus, dá um tempo para dar-te a Deus, entregar-te e ajudar na
construção de Seu reino… e deixa que Ele se preocupe por construir o teu. Com demasiada
frequência as pessoas estão tão preocupadas por encontrar o homem ou a mulher dos seus
sonhos que perdem a oportunidade de servir a Deus no seu tempo de solteiros. A tua tarefa é
dar a Deus esse teu “estar disponível”, o ser solteiro. Mantém o teu olhar fixo Nele muito mais
que em quem poderá chegar num futuro próximo.
Creio e testemunhei que os casamentos mais fortes e felizes são aqueles em que tanto o
homem como a mulher aproveitaram o dom de ser solteiro antes de casarem. Muitas vezes,
não aceitamos este dom de ser solteiro porque estamos esperando ansiosamente o dom do
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matrimónio, ou o tentar manter uma relação que não tem futuro. Como disse São Paulo
“aprendi a contentar-me com o que tenho”. Se uma pessoa não aprende a contentar-se com o
que tem agora, então quando estiver casada, pode ser que deseje estar solteira ainda. Depois
de tudo, o matrimónio não te muda interiormente, continuas a ser a mesma pessoa.
Tudo isto porque se uma mulher é feliz interiormente, então também é mais atractiva. De
facto, a esposa ideal de que a Bíblia fala “reveste-se de força e dignidade e não se preocupa
com o amanhã”. Ela espera um futuro com gozo e esperança, confiando na bondade de Deus.
Antes de poder estar felizmente casado, devemos aprender a arte de estar felizmente
solteiro. De esta maneira, a nossa felicidade não depende de o que ocorre fora de nós mas do
que surge desde uma felicidade interior. Em palavras de Santa Teresa de Lisieux, “enquanto
mais contentes estiverem por ser conforme a Sua vontade, mais perfeitos serão”.
Uma vez perguntei a uma Missionária da Caridade se por acaso ela estava contente na
cidade em que a tinham colocado, a milhares de quilómetros da sua casa. Ela respondeu-me:
“em qualquer parte, seja onde for que Jesus me queira, é aí que eu vou estar feliz”. Este
testemunho também nos chega a nós; aprende a encontrar a tua alegria confiando em Deus. E
se chegas a casar, pode suceder que não voltes a ter a oportunidade de servir a Deus tão
inteiramente.
O melhor marido e o melhor pai é aquele que em rapaz que tem o coração feito de
uma só peça, inteiro, e por inteiro se dirige para Deus. Então sejam ambos, rapariga e rapaz,
do mesmo tipo de pessoa. Se queres encontrar um homem de Deus, sê tu própria uma mulher
de Deus. Porque, a final de contas, os homens virtuosos procuram as raparigas virtuosas.
Pensa bem em todas as características que procuras num marido – que seja fiel, amoroso,
apaixonado, considerado, respeitoso, inocente mas forte, etc. E agora faz a pergunta a ti
mesma: “Do modo como vivo e como me comporto, mereço um rapaz assim?”
Todos cometemos erros, mas também todos podemos ser capazes de corrigir os
nossos erros e viver uma vida cheia de virtudes.
Á medida que vais crescendo na virtude, isso terá um impacto enorme nos rapazes.
Muitas raparigas chegam a desesperar pelo género de rapazes que vão conhecendo durante a
sua adolescência e juventude e às vezes dão-se por vencidas e conformam-se com menos do
que desejariam. Mas deves saber que em grande medida está nas tuas mãos o carácter dos
homens que tu atrais. Com efeito, como já disse uma mulher: “Ele será tão perfeito quanto ela
o queira.” É um facto que os homens têm naturalmente o desejo de agradar às mulheres. E é
um facto que uma rapariga que tenha elevados padrões de moral irá atrair rapazes que
estejam dispostos a cumpri-los. Se um rapaz quer mesmo desfrutar da companhia de uma
rapariga não terá qualquer problema em comportar-se como um verdadeiro homem. Se uma
mulher disser que isto não é ser realista, então vai mesmo acontecer como ela disser, cumprese a sua própria profecia! E viverá frustrada com as suas relações e a conformar-se com muito
menos do que na realidade queria e poderia ter, se fosse mais exigente e coerente na atitude.
Que bom seria se as raparigas se apercebessem da importância que têm para ajudar os
rapazes a tornarem-se verdadeiros homens!
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Põe o teu padrão de exigência bem alto. Procura um rapaz que tome a iniciativa de dar
orientações sãs para a relação. Imagina como seria se todas as raparigas se decidissem a fazer
isto. Decerto que muitas não teriam com quem sair no fim de semana seguinte, mas os
rapazes não tardariam a captar a mensagem que as raparigas falam a sério quando dizem que
querem ser amadas de verdade. E os rapazes depressa ganhariam inspiração para chegar a
merecer uma verdadeira mulher.
Enquanto isso, reza pelo teu futuro marido, ou pela tua futura mulher e reza pelo são
discernimento da tua vocação. Certo dia li uma coisa a respeito de uma rapariga de 15 anos
que me tocou imenso: ela tinha tido um pressentimento de que precisava de rezar pelo seu
futuro marido, numa noite de Dezembro. Anos mais tarde, conheceu um rapaz por quem se
apaixonou, e ele por ela, e quando ela lhe contou que nessa noite de Dezembro ela tinha
rezado por ele, ainda sem o conhecer, o seu futuro marido combatia numa guerra cruel, e foi o
único sobrevivente de um tiroteio, de todo o seu pelotão. Deus escuta de verdade as nossas
orações.
Fica em paz, sabendo que os anseios do teu coração são ocupações de Deus quando
lhos entregas. O Deus que formou e mantém o universo, e que é nosso Pai, ocupa-se de cada
coisa, por mais pequena que seja, dos seus filhos.
E qual é o problema se estamos os
dois cómodos com isso?
Alguma vez ouviste uma rapariga dizer: “Estou a sair com o rapaz que a minha família e
amigos detestam. Dizem que é possessivo, mas isso é a sua maneira de me mostrar o quanto
gosta de mim. E comecei a ter relações sexuais com ele para lhe demonstrar o quanto o amo.
Porque é que os outros não conseguem ver o lado bom de tudo isto?”
Enquanto esta rapariga pensa que o problema é que os outros não apreciam o seu
namorado, o verdadeiro problema é que ela não consegue perceber o porquê dessa falta de
amizade. Quando o sexo entra numa relação é quase impossível para ambos serem objectivos
a respeito dela. Este é um efeito que o sexo tem sobre a mente: durante a excitação sexual o
corpo produz uma substância química chamada ocitocina. A ocitocina funciona como uma
super-cola humana porque cria uma enorme ligação emocional com o outro, faz aumentar a
confiança no outro e diminui a capacidade de ver o outro com objectividade.
Essa cegueira e esse apego ajuda os casais a perseverar no seu amor durante os
tempos difíceis. Mas fora do casamento pode ser perigoso. Por exemplo, pelo facto de a
ocitocina te condicionar a focalizares mais os aspectos positivos e as boas recordações da
outra pessoa, é mais fácil passar por cima dos altos riscos ou sinais negativos de uma relação
com essa pessoa. Um cientista disse que “a ocitocina pode afectar a precisão do que forem as
avaliações negativas, levando-nos a afirmar, coisas como “ah, afinal de contas ele/ela não é
tão mau assim.” As investigações também mostram que a vinculação intensa desactiva
circuitos cerebrais cuja função é ajudar-nos a avaliar objectivamente a outra pessoa. Isto
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permite-nos explicar porque é que há gente que continua a ter relações sem qualquer saída,
ainda que os seus amigos lhes digam que se separem. Uma vez que o estrogéneo aumenta a
formação da ocitocina, através do sexo as mulheres sentem uma ligação mais forte que os
homens e sofrem mais com uma ruptura numa relação. Quando uma relação termina,
especialmente se houve sexo, ambos podem sentir-se como se estivessem a viver um
verdadeiro divórcio emocional.
Mas se continuares com outras relações, incluindo sexo, de cada vez será mãos fácil
por fim à relação porque os níveis de ocitocina vão baixando, ou seja, vai-se produzindo menos
ocitocina, logo a ruptura torna-se cada vez mais fácil. Em termos práticos, partilhar o dom do
sexo é como pôr-se a si próprio uma fita adesiva no braço: Ao princípio a cola pega muito bem
e causará dor ao tirá-la. Mas depois colas essa fita a outro braço e já será mais fácil tirá-la. De
cada vez que tirares a fita adesiva de um novo braço a cola vai tornando-se cada vez mais fraca
devido aos restos de cola que ficam colados à fita. Ou seja, uma relação nova pode receber a
influência de relações sexuais anteriores, as quais interferem na força e no apego entre
homem e mulher. No entanto, se praticarmos e vivermos a pureza, ou se começarmos de novo
no caso de teres cometido erros no passado, vais-te preparando para um vínculo melhor e
mais forte com a tua futura esposa ou o teu futuro marido.
Estas ideias podem ser interessantes, mas a questão que de fundo é esta: O sexo fora
do casamento não é natural nem moral simplesmente porque as duas pessoas estão de acordo
em fazê-lo. Se fosse assim, então também a prostituição seria algo bom. Tal como não somos
nós que nos criamos a nós próprios, também não somos nós quem define o que é bom ou
mau; e não obstante sucede muitas vezes que queremos colocar-nos acima de Deus quando
Ele nos pede alguma coisa. O Papa João Paulo II explicou esta mentalidade: “Se me convém e é
útil para o que eu quero, está bem, mas se não for assim, recuso aceitá-lo e afasto-me…”
Infelizmente, devido ao nosso orgulho, muitas vezes nem nos apercebemos de que os Seus
Mandamentos existem para que a nossa alegria seja completa (João 15:11).
Se no futuro ficas com essa pessoa, então terás o resto da tua vida para partilhar com
ela o dom do sexo dentro do matrimónio. Mas se não faz parte do teu futuro ficar com essa
pessoa, então porque é que te vais manter agarrado/a a uma relação sexual e prejudicar a tua
capacidade para te ligares emocionalmente a outra pessoa, que é aquela que “é mesmo para
ti”??
Mas qual é o problema com o sexo
se a relação termina em casamento?
Se imitas o exemplo de outros ao teres relações sexuais antes do casamento, também
podes imitá-los depois no processo de divórcio. Mais ainda, pessoas que dormem juntas antes
de se casarem são três vezes mais propensas ao divórcio do que aqueles que esperam pela sua
noite de núpcias. Isto está provado em dados estatísticos e estudos de opinião feitos por
investigadores de comportamentos sociais. Pode haver várias razões para explicar porque é
que aqueles que se casam sendo virgens têm taxas mais baixas de divórcios. Talvez uma boa
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explicação seja porque muitos casais activamente sexuais tomam más decisões a espeito do
casamento porque a paixão sexual cria uma falsa sensação de unidade. A paixão tirou-lhes a
capacidade de se verem claramente um ao outro como possíveis esposos uma vez que a
tensão sexual pode esconder uma ausência de verdadeiro amor, o qual nunca chegou a
desenvolver-se. Alguns namorados não querem usar-se um ao outro, mas querem viver juntos
ou ter relações sexuais para se sentirem mais unidos. No entanto, casais que vivem juntos
antes do casamento têm uma taxa de divórcio de 80% superior aos do que se esperam por se
casarem para viver juntos, e são três vezes mais propensos a viver a dolorosa experiência da
infidelidade, atraiçoando-se um ao outro.
Pensa no que faz a felicidade e a permanência de um casamento: paciência, autocontrole e capacidade de sacrifício. Agora, pensa nas qualidades que um par de namorados
que vive a castidade tem de praticar: paciência, auto-controle e sacrifício. Quando se valora o
prazer mais do que estas qualidades, os namorados perdem a oportunidade de desenvolver e
fortalecer as virtudes que fazem com que perdure e seja feliz o casamento. Depois de tudo,
estar unido para toda a vida é melhor do que se sentir unido por umas quantas noites. A
verdade é que o sacrifício mútuo intensifica o amor e recusar este sacrifício destrói-o. Se de
verdade queres um amor para toda a vida, começa a construi-lo agora, preparando-te para ele.
Está certo fazer outras coisas
desde que não tenhamos sexo?
Conheço uma mulher a quem chamarei Kate. E cujos amigos estavam todos na onda
do sexo, mas ela pensou que desde que conseguisse manter a sua virgindade tudo iria bem. O
seu namorado respeitava o desejo dela em permanecer virgem e dizia-lhe “não quero
pressionar-te a fazer algo para o qual não te sintas preparada”. Isto fê-la pensar que ele era
um cavalheiro e que a amava mesmo. No entanto, ele fê-la sentir que precisava que ela lhe
fizesse outros favores sexuais, já que ela “estava protegida”. As suas amigas diziam-lhe que os
homens têm “necessidades” sexuais e que se ela queria mantê-lo teria de lhe “dar alguma
coisa”.
Pouco a pouco Kate foi dando tudo o que ele queria: tudo excepto a sua virgindade
física. E dizia a si própria que as suas amigas estavam a fazer coisas piores, mas ela sabia que
também estava a ser usada.
Anos mais tarde, casou-se com outra pessoa e arrependeu-se imenso por se ter
deixado levar pelo antigo namorado. De facto, ainda que tecnicamente não tivesse tido sexo
com ele, a relação estava presente na sua memória e também as recordações e a auto
reprovação pelo que fizera anteriormente.
Deves olhar para Cristo e ver como te medes a ti próprio segundo os standards Dele,
e não segundo as perspectivas dos que te rodeiam. Estes, ainda que se digam teus amigos e o
sejam mesmo, podem não ter a mesma exigência que tu queres ter. Faz do teu corpo um
tesouro valioso, que deves proteger e cuidar amorosamente, um tesouro que só deves
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entregar como presente no matrimónio, para ser um compromisso de amor verdadeiro e para
toda a vida, como é próprio do casamento.
Muitas vezes ouvimos isso de “experimentar” a nossa sexualidade, mas o facto é que
pura e simplesmente, ninguém “experimenta algo tão valioso. Podem fazer-se experiências
com rãs mortas. Ou com ratos, com coisas que se podem substituir. Mas quando
experimentamos com os nossos corações e com o dom dos nossos corpos, estamos a rebaixar
o seu maravilhoso valor.
Quem é que não quer ter relações
sexuais antes de se casar?
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Ricardo Izecson Santos Leite, conhecido por KáKá, a estrela brasileira do
futebol, chegou casto ao casamento. Nas suas próprias palavras: “A minha
mulher e eu decidimos chegar castos ao casamento. A Bíblia ensina que o
verdadeiro amor se alcança apenas com a boda … Se hoje a nossa vida é tão
belo. Creio que é porque soubemos esperar.” E acrescentou que o tempo de
abstinência “foi muito importante e pôs à prova o nosso amor.”
Cristina, no último ano do liceu disse o seguinte a propósito do que espera do
seu futuro marido: “A sua abstinência em relação ao sexo será uma maneira
de provar a sua capacidade de me ser fiel. Eu ficaria tão contente e honrada
por saber que o homem com quem me quero casar me respeitou o suficiente –
ainda antes de me conhecer! – para não ter relações sexuais com outra pessoa
que não seja eu!”
Miguel, de 23 anos diz:” Tenho tido várias ocasiões para perder a minha
virgindade, mas cada vez que isso acontecia pensava na minha futura mulher.
Alguns amigos gozavam com isso no liceu, mas hoje estou tão, tão feliz por ter
conseguido seguir o caminho que escolhi…Quando chegar à frente do Altar e
levantar o véu à minha mulher quem é que se rirá de mim, então?”
“Estive a ponto de perder a minha virgindade aos catorze anos, numa estranha
festa de futebol, com um rapaz que mal conhecia”, diz uma aluna da
universidade. “Não sei como aconteceu. Sempre tinha sido tão forte. E, de
repente, ali estou, quase a ponto de entregar a minha mais valiosa jóia. Dou
graças a Deus por ter tido a coragem de parar, e desde esse dia passei a usar
um anel para guardar o lugar onde um dia irá estar o meu anel de casamento,
para me recordar o presente que estou a guardar para o meu marido.”
Uma rapariga de 17 anos disse: ”Comprometi-me com Jesus depois de ter
visto a minha melhor amiga cortar relações com o namorado, com quem tinha
ido para a cama. Fiz uma promessa a Deus e fi-la a mim mesma: que não
perderia a minha pureza nem deixaria que ma tirassem, e que esperaria e me
prepararia até encontrar essa pessoa especial para mim e me casar com ela.”
Quanto mais inocência tiveres, maior que será a tua alegria em poder partilhá-la na tua
noite de núpcias. Há quem não esteja de acordo e diga que o sexo é simplesmente
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uma diversão, que “não passa nada”, mas então, porque é que os estudos feitos a mais
de 100.000 pessoas revelam que os casais que vão juntos à Igreja e especialmente
aqueles que se casam com pouca ou nenhuma experiencia sexual prévia têm as vidas
sexuais mais gratificantes? “Se pensas que ter “experiencia na cama” te prepara
melhor como amante, a evidência aponta o contrário. O que não é mesmo divertido é
chegares à tua lua-de-mel e não poderes descobrir algo novo com o teu marido ou
com a tua mulher. Enquanto o sexo antes do casamento te tira a possibilidade de na
tua noite de núpcias conheceres a emoção de uma experiencia nova e única, o facto de
guardares esse dom para o casamento intensifica a maravilha do amor. Se acreditas
que é por teres várias relações que te preparas para ser marido, estás enganado; todas
as provas dizem o contrário.
Uma vez uma jovem disse-me: “Pensei que estava preparada para o sexo
porque me sentia muito apaixonada. Tudo estava baseado em emoções e pensei que o
sexo seria a maneira de o agarrar. Mas a nossa relação terminou na mesma e, desde aí
o sexo nunca mais foi a mesma coisa para mim. Comecei a viver “o momento” e não vi,
ou não quis admitir, o mal que me estava a fazer a mim própria. Agora, anos depois,
estou quase a casar-me e o que mais aprecio foi o ter conseguido esperar pelo nosso
momento, o do dia do nosso casamento.”
A tua virgindade não foi feita para “a perderes” como se a tivesses esquecido
em algum sítio. Ela foi criada como um presente para quem a merece: o teu marido, a
tua mulher. E ainda que tenhas perdido a tua virgindade e penses que tudo isto já não
faz qualquer sentido para ti, não se aplica ao teu caso, continua a ler. Nunca é tarde
demais.
“E se já não sou virgem?”
Se p perder a virgindade tem tudo a ver com o passado, a castidade tem tudo a ver
com o presente e o futuro. Sem que tenha uma enorme importância o que tiver acontecido a
semana passada ou o ano passado, ainda és digna de que um homem espere por ti, ou ainda
és digno de que uma rapariga espere por ti. Talvez tenhas perdido a tua virgindade, ou talvez a
tenham arrancado ou roubado a ti. Mas continuas a ter ainda o dom de ti mesma para
controlar. A partir de hoje segue uma vida pura e começa a preparar o teu presente. Afinal,
não queres tu ter uma oportunidade de voltar a começar de novo?
Nunca é demasiada tarde para recuperares a tua pureza: vales o esforço e ainda que o
processo seja um desafio, podes vencê-lo. Às vezes é fácil terminar com uma relação má.
Infelizmente, muitos que já o deram todo perguntam-se, agora, se lhes resta ainda algo que
dar. E assim, em vez de voltar a começar, enterram e tapam um erro por baixo de outro, para
que as feridas originais não se vejam, não doam, ou não pareçam tão más. Cerrem de uma
relação física para outra julgando que o prazer, a emoção e a aventura preencherão a sua
necessidade de amor. Mas isto faz com que o processo de sanar o coração seja mais difícil.
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“Depois de perder a minha virgindade não me respeitei a mim própria como antes, e
uma relação vazia seguiu-se a outra. Desde pequena queria o amor perfeito, mas depois de
tudo o que fiz pensei que era a última pessoa do mundo a merecê-lo. Com o tempo, cheguei a
perceber que encontrar o homem cheio de qualidades não era uma questão de sorte. Voltei a
começar, elevei os meus padrões de exigência e fiz um compromisso de castidade. Agora, três
anos depois, feliz e comprometida, não me perguntei uma só vez se fiz mal em ter tomado e
mantido aquela decisão.”
Lembro-me de ter conhecido uma rapariga que tinha dormido com 15 rapazes em 3
meses. As suas amigas chamavam-lhe rameira. Quando lhe perguntei porque é que tinha feito
isso ela respondeu: “É que é divertido ir a festas e encontrar alguém para curtir.” Perguntei-lhe
se, de verdade, ela gostava disso e ela respondeu-me, com lágrimas nos olhos, que não, “na
realidade não é nada divertido, mas os meus pais estão num processo de divórcio e há tanta
dor e ódio em minha casa… e por isso, quando eles me abraçam, ainda que por um momento,
parece que me sinto como se houvesse amor. Eu sei que não é, mas ao menos sinto-me como
se alguém gostasse de mim.” Isto não é ser rameira. Isto é uma mulher com um coração igual
ao meu e ao teu, desejando o amor, e a necessitar de ajuda.
Como é que podes sair deste tipo de vida? E que conselho darias tu ao teu futuro
marido ou mulher, se nesse momento ele ou ela estivessem a dormir com alguém que nunca
conhecerás? Segue os conselhos que te dou em seguida e poderás sair.
No teu coração, perdoa àqueles que de feriram e perdoa-te a ti mesmo. Vivendo a
castidade contigo mesmo e em relações futuras, verás que viver com pureza cura o passado.
Entretanto, não penses que tens de ter sempre um/a namorado/a. A independência e a
maturidade são qualidades atractivas. Sê corajoso/a, vale a pena que te esperem, cuida da tua
futura família, respeita-a a partir de hoje e agora, a partir de hoje, faz-te respeitar!
Como lembrança do teu compromisso e da tua nova forma de viver, podes comprar
uma vela branca. Se algum dia decidires casar com alguém, podes deixar que o teu marido a
acenda na noite núpcias.
Deus pode perdoar-te se já tiveste
relações sexuais?
Na Bíblia, uma mulher foi surpreendida cometendo um pecado sexual e levaram-na
perante Jesus. Ele não a condenou. Ele perdoou-a e disse-lhe que não pecasse mais. (Jn 8: 111). A misericórdia de Deus é a mesma hoje do que nesse dia, por isso, procura o sacramento
da reconciliação e logo a seguir a Eucaristia. Na reconciliação encontrarás a misericórdia de
Deus e na Eucaristia Deus alimenta espiritualmente através do Seu corpo e do Seu sangue.
Dá a tua cara a Cristo e à Sua Mãe Imaculada com todo o teu coração, acolhe-te neles
e eles te darão parte da Sua pureza e da Sua força. Oferece a Deus o teu corpo e as tuas
memorias, deixando que Ele te cure. Por intermédio da misericórdia infinita de Deus e
sabendo que a pureza é um presente que Ele tem para ti. Nunca é demasiada tarde para
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mudar e seres a pessoa que Deus te chamou a ser. Cada manhã a Sua misericórdia se renova
(Lam.3:22-23).
Nas palavras de Madre Teresa de Calcutá: “O diabo pode tratar de usar as dores da
vida, às vezes os nossos próprios erros, para nos fazer pensar que é impossível que Jesus
realmente nos possa amar. Isto é perigoso para todos nós. E é tão triste porque é totalmente o
contrário daquilo que Jesus realmente deseja e quer dizer-te. Ele não só quer que tu saibas
que Ele te ama, como ainda mais, Ele deseja estar e permanecer contigo, amando-te sempre.
Ele tem saudades tuas quando não te aproximas d´Ele. Ele tem sede de ti. Ama-te sempre,
ainda que não te julgues digno, ou quando não és aceite pelos outros, nem por ti próprio. Ele é
aquele que te aceita sempre. Só tens de o receber e de acreditar que és valiosa/o para Ele.
Leva todos os teus sofrimentos aos Seus pés, presenteia-O com todas as tuas feridas, e basta
que Lhe abras o teu coração para que Ele te ame assim, tal como és. Verás como Ele fará o
resto.”
“Se não vamos ter relações sexuais,
até que ponto podemos chegar?”
Se te vais casar algum dia, talvez agora estejas a sair com a pessoa com quem te irás
casar. Para ele ou para ela, o que é que é “ir demasiado longe”? Pratica hoje a pureza que tu
esperas que a tua futura mulher pratique hoje, trata as tuas namoradas com o respeito com
que esperas que a tua futura mulher seja tratada. Ou, considera como é que queres que um
homem trate uma filha tua, um dia. Ouvindo a voz da tua consciência saberás até onde
poderás chegar. Quando ignoramos a voz do nosso coração que nos diz o que é o correcto e o
que não é e nos deixamos levar pela emoção, acabamos a sentir-nos vazios.
Então, o que é ir “demasiado longe”? é a pergunta enganadora. Se conduzisses,
atrever-te-ias a ir tão perto do carro em sentido contrário sem chocar com ele? Para que,
quando te apercebesses de que muito perto seria já demasiado perto e demasiado tarde para
não chocar? Da mesma forma, não devemos perguntar “quanto é que me posso aproximar do
pecado sem pecar”? Em vez disso, pergunta: “até onde posso aproximar-me da pureza, do
amor verdadeiro?”. A castidade não é nenhuma carga nem uma lista de regras. É uma
mudança de coração: do “dá-me isso” ao dar-se e receber-se todo. Como dizia o Papa João
Paulo II, ” … quanto maior for a responsabilidade que sentires pela pessoa que amas, mais
verdadeiro é o amor”.
A paixão sexual é algo muito bom. No entanto, acender a paixão sexual fora do
casamento é como tirar o fogo de uma chaminé e pô-lo no meio da sala. Uma coisa boa pode
chegar a ser destrutiva se não for usada correctamente. Depois de acesa a chama da paixão é
como um fogo que não se pode apagar até que tudo se tenha queimado pelo caminho. Os
graus de intimidade já vividos podem tornar-se insuficientes, aborrecidos e então as relações
são levadas cada vez mais longe para encontrarem mais emoção e aproximação. Assim o casal
pode chegar a depender do prazer para se sentir mais unido, e em breve, a única coisa que
lhes faltará fazer é ter sexo completo. A longo prazo, a impaciência de ambos para se unirem
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ou para viver emoções fortes tira-lhes a oportunidade de crescer no amor, de se conhecer, de
se aceitar, de desenvolver a amizade e as qualidades necessárias, e assim, de ter a experiência
do amor verdadeiro.
Um par de namorados pode ser puro, ainda que desejem ser “um só”. Mas devido a
que ambos têm elevados padrões de exigência e objectivos, optam por transformar esses
desejos poderosos em meios criativos de demonstrar o amor. Como resultado, vão
descobrindo como a sua admiração, a sua amizade, e a sua intimidade se tornam mais
profundas e a sua relação se fortalece.
Algumas pessoas dizem que “guardar a excitação do sexo para o casamento é
demasiado antiquado e pouco realista.” E que, para além disso, tens de te juntar com várias
pessoas antes de te casares para ter experiencia na sexualidade. Dessa maneira serás um
presente ainda maior para o teu par durante a noite de núpcias.” Mas isso é como pensar que
eu comerei a chiclete antes de ta dar, estarás mais impressionada com o presente porque eu já
tinha muita experiencia. Eu suponho que tu preferias alguém mais novo. Pois passa-se o
mesmo com a pureza: Gostas de ter um namorado que tenha tido relações com outras trinta
pessoas ou preferes um homem que guardou a sua primeira vez para ti? Se dás valor ao dom
da pureza então porque é que não começas a ver-te a ti mesmo como um presente também?
Então, podes concluir que a castidade não é só a ausência de sexo, mas que é a própria
expressão do amor. O que antes era “esperar” converte-se num tempo de cresceer, que te
ensina a amar e que vais desfrutando. Com a castidade, ainda que não estejas a sair com
alguém, podes na mesma preparar-te hoje mesmo para a tua futura mulher ou para o teu
futuro marido, praticando a fidelidade, e amando-a/o ainda antes de a/o conheceres.
“E qual é o problema se eu quiser ser
livre e fazer o que me apetece?”
Queres liberdade? O que é que te parece não teres de te preocupar com perguntas do
género: “Terei alguma doença?” “Os meus pais vão saber?”, “Ficarei grávida?”, “Estará a usarme?”, “Será que me ama de verdade?”, “Será que me vai deixar? Irei arrepender-me?” Se
fores livre destes problemas serás livre para amar – sem ansiedade nem angústia a respeito do
futuro, e sem remorsos sobre o passado. Esta é a verdadeira liberdade: a capacidade para
fazer o que é bom e agradável.
Tens razão ao quereres a liberdade, porque a liberdade torna o amor possível. Mas
nota que a castidade não é um tempo perdido para a liberdade; pelo contrário, é o que a
completa e a torna verdadeiramente possível. Uma pessoa que é controlada pelas suas
hormonas não é livre. Ele não se está a entregar a uma mulher e a amá-la, mas apenas a usá-la
como um calmante para as suas “necessidades” sexuais. A paixão sexual cega-nos e confunde
os nossos desejos, ao passo que a pureza nos liberta.
A fim e ao cabo, não és livre fazendo tudo o que tu quiseres. Tu libertas-te – e és capaz
de amar - quando conseguires chegar a ser o dono de ti mesmo. Até esse momento, seremos
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escravos dos anticoncepcionais e dos preservativos, já que nos falta a autêntica liberdade que
é o ser dono de si mesmo.
A emoção de sair juntos arruína a
castidade?”
Nem por sombras! Pelo contrário, a castidade retira todos esses jogos mentais que se
utilizam para levar o outro para a cama. Tristemente, muitas mulheres aceitam dar sexo aos
homens para sentir “amor”, enquanto que muitos homens aparentam dar “amor” para
receber sexo. O teu coração – e o dom do sexo – foram criados para algo melhor.
Depois de tudo, o deixar-se levar pelas hormonas não é nenhum romance, é luxúria; e
ainda que seja espontâneo e temporalmente emocionante, usar outra pessoa não é
romantismo. É um facto que muitas boas relações românticas foram arruinadas por isto.
Às vezes o comportamento de uma pessoa parece ser romântico porque é muito
imaginativa e carinhosa, mas pode ser apenas para manipular ou seduzir outra pessoa. Isto
não é romance porque o amor está ausente. Somente quando a pureza está presente é que
uma pessoa pode ver a diferença entre um romance de amor e uma sedução egoísta. Se tu
dizes abertamente ao teu namorado/a que não te deitas com ele/a, e essa pessoa se afasta,
então já sabes a razão pela qual te “amava”. Se estás à procura de emoção, o saber que te
amam de verdade é muito mais emocionante do que estares a perguntar-te se te estão a usar.
Portanto, a pureza não significa ser monge nem puritano. Quer dizer que tens a força
para conquistar o egoísmo e a luxúria, a inteligência para distinguir entre o amor e a paixão, a
dignidade para seres livre e, assim, poderes gostar de alguém pelas razões certas e
verdadeiras. A pureza não quer dizer que tens uma ideia negativa do sexo, pelo contrário.
Simplesmente, tu sabes o enorme valor dela e dás-te conta que se o vais dar grátis, estás a
dizer que não vale nada.
Nas palavras de uma mulher: “Quando vives a castidade, descobre uma vida mais
cheia de esperança, mais vibrante, mais real do que qualquer outra coisa que tenhas
experimentando tendo sexo fora do casamento … essa é a intensidade dos castos.”
Qual é o problema da
pornografia? Não estou a fazer mal a
ninguém.”
A pornografia treina os homens a avaliar uma mulher pela medida em que ela excite o
desejo sexual. Ele pode tratar isso por alto e dizer que não é um problema, mas o certo é que a
sua capacidade para amar uma mulher fica diminuída. Enquanto ele está ocupado nas suas
fantasias, diminui a sua masculinidade e aumenta o seu egocentrismo. Se uma mulher tem a
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pouca sorte de entrar na vida desse homem, ele estará a cometer o erro da sua vida ao
confundir o amor com a luxúria. O amor significa compromisso, entrega e sacrifício; a
pornografia ensina-te a reduzir os outros a objectos para satisfação sexual que se podem usar
e deitar fora quando já não houver novidade nem paixão.
Estamos feitos para o amor, mas não se pode amar uma fantasia e uma fantasia não te
pode amar a ti. Quando um homem ama de verdade uma mulher, ele ama-a tal como ela é.
Esse amor é impossível com a pornografia porque o homem só “ama” o que ela lhe dá. Ele não
tem ideia de quem é a mulher, nem lhe interessa realmente; vai-se cegando. Por isso é que o
Papa João Paulo II disse que o problema da pornografia não é que ensine demais, mas que
ensina muito pouco. Mostro muito pouco porque reduz a mulher às partes do seu corpo. Em
vez de te convidar à masculinidade, a pornografia treina-te a recusar a responsabilidade por
uma mulher. A referência a “material para adultos” na internet ou em revistas, ou a um cabaré
ou casa de alterne como “clube de cavalheiros” é um engano; e faz parte da grande mentira.
As mulheres sabem que os verdadeiros homens não se rebaixam a essas coisas e que cuidam
da sua masculinidade.
Há quem argumente que a pornografia não é tão grave e que tira as tentações. Mas a
pornografia não te tira a tentação mais do que a prostituição. Como cristãos, a nossa meta não
é tirar o desejo sexual, mas ser donos, por amor, dos nossos próprios desejos. Levá-los à
plenitude. A ideia de que a pornografia pode tirar a tentação é igual a dizer que a benzina é
boa para apagar um fogo. Claro que o apaga… depois de se ter queimado tudo!
Por último, a pornografia é a melhor maneira de deitar a perder o teu futuro
casamento: treina a mente a ser estimulada por fantasias sexuais egoístas e adúlteras. E, ainda
que apenas demore uns segundos a ver as fotos, demorarás anos a esquecer-te delas. Isto
pode causar muitos problemas no casamento, porque o casal é comparado com os modelos e
espera-se que tudo produza a mesma excitação. Quando isto não sucede, a união sofre e o
casal sente-se dorido e sem poder “alcançar” os níveis das fantasias. Quem quer por a sua
futura mulher/marido nesta situação? Ambos ficam frustrados. Além disso, aquele que se
habitua a ver pornografia está a treinar-se para ser infiel, até nas suas fantasias.
Nas palavras de um marido, a pornografia causa “essas distorções nos nossos desejos
sexuais contra as quais temos que lutar para poder descobrir o amor verdadeiro”. Por isso, se
tens pornografia, por amor ao teu futuro marido/mulher, por favor desfaz-te dela
imediatamente. Tu, homem, rapaz, pelo muito que amas as mulheres, defende a sua
dignidade e luta contra a pornografia.
E a masturbação?
Deus criou o amor para duas coisas: a união e os bebés. A masturbação não tem nada a ver
com nenhuma delas e em vez de comunicar amor e vida, na masturbação o objectivo do sexo
converte-se na satisfação do próprio desejo. Aprendes a ver-te a ti próprio como a única
satisfação dos teus desejos sexuais e o acto sexual fica centrado mais no “EU” do que no
“NÓS”. Incita a pensamentos egoístas e manipuladores porque não há comunicação pessoal e
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ensina-te que tu mereces - e que precisas - de uma “gratificação sexual sempre que sentes
desejos sexuais. No entanto, não acontece nada de mau ao corpo do homem ou da mulher se
não está sexualmente activo. O que verdadeiramente interessa e que tu precisas é de amor
sincero…
O egoísmo e a masturbação juntos conduzem a que te “ames” a ti mesmo, o que não é
amor verdadeiro.
Amor é dar-se um ao outro, mas não podes dar algo que não tens. Então, se não tens
auto-controlo, se não és dono de ti mesmo, realmente não te podes entregar como presente a
outra pessoa. Se uma pessoa não conseguir vencer o seu hábito egoísta de paixão sexual,
nunca poderá chegar a amar o outro. Em vez de usar as suas fantasias para a gratificação
sexual usará a sua mulher/marido e dará as mesmas desculpas e justificações.
Lembra-te disto: ainda que os pecados sexuais sejam muito tentadores, a graça de
Deus é mais forte. Como qualquer outro pecado, isto pode corrigir-se com paciência,
perseverança e amor – sem mencionar a oração e o jejum. Mantém os teus olhos postos em
Jesus , com confiança e convicção, e verás como Ele terminará bem o trabalho que começou
em ti (Fil 1:6).
A homossexualidade é pecado?
As causas da homossexualidade não têm sido totalmente explicadas e muitos dos que
têm estas tentações não as escolhem nem as querem. As pessoas com atracção para as do
mesmo sexo também são chamadas à castidade, tal como aos outros membros da Igreja que
com entusiasmo estão a lutar contra as suas próprias tentações. Se viverem na graça de Deus
eles podem e devem alcançar a perfeição cristã. Os outros não devem tratá-los como
marginais, mas sim com respeito e com compaixão porque, como disse Jesus, “Em verdade vos
digo que, quando o fizeram com algum do mais pequeno dos meus irmãos foi a mim que o
fizeram.” (Mt 25:40).
Os meios de comunicação dizem às pessoas que se têm uma atracção sobre uma
pessoa do mesmo sexo, então nasceram homossexuais e precisam de “sair” e de adoptar este
tipo de vida, e que se alguém não aprova o que façam então essas pessoas são intolerantes. A
verdade é que a evidência genética referente à homossexualidade está incompleta. Mas este
não é o assunto que importa. Não se devem identificar as pessoas pela sua atracção sexual,
como se fosse esta a sua identidade. São filhos e filhas de Deus, e essa é a sua identidade.
Ainda que não seja pecado ter tentações homossexuais, é sim pecado – um grave dano
para a pessoa e para os outros – entreter-se em pensamentos ou ter comportamentos
homossexuais. Isto pode ser difícil de entender hoje em dia porque a nossa sociedade nos diz
que não há amor sem sexo e que está bem separar o sexo da geração de vida. No entanto,
Deus desenhou o acto sexual com um propósito muito sagrado. Ele uniu o acto de fazer o
amor com o acto de dar a vida, e o que Deus uniu ninguém o deve separar. Quando
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percebemos o que é mesmo o sexo – um reflexo do amor vivo que nos dá Deus, vê-se mais
claramente que as relações entre pessoas do mesmo sexo não podem reflectir este amor.
Pessoas do mesmo sexo podem ser reflexos do amor fazendo o que é o melhor para o outro,
mas o acto sexual deve estar aberto à criação da vida.
Se tu lutas com este problema, pensa que não estás só e que a Igreja tem um caminho
de verdadeira compaixão e ajuda para ti.
E o sexo seguro?
Não existe tal coisa. Por definição, o sexo implica muito mais do que apenas o corpo e não há
um preservativo para o teu coração. Para exprimir quão grande é o acto de fazer o amor,
pensa que Deus o usa para trazer uma alma eterna ao mundo. Este acto pede aos gritos a
permanência. Com a sua existência, o bebé está a dizer “eu sou permanente, então vocês dois
também devem sê-lo!”
Com muita frequência, o casal sabe que não está preparado para entregar-se
totalmente um ao outro, nem ao compromisso que o seu acto está a declarar; e assim, negam
o processo natural do amor que dá vida. Lidam com a gravidez como uma doença contra a qual
devem proteger-se ou devem ser vacinados, em vez de a ver como um presente de Deus que
se recebe com alegria e gratidão.
Podes perguntar-te: “Se não posso usar um preservativo, então como é que me devo
proteger?” Em primeiro lugar, deves saber que não é amor se sentes que te deves proteger da
pessoa amada. Proteges-te dos inimigos; recebes ao ser amado sem reserva. Se não te casaste
e não estás preparado para receber essa pessoa completamente, então não é momento para
lhe entregares o teu corpo. Não fomos desenhados para ser entregues aos pedaços.
O “sexo seguro” é degradante. Rebaixa-nos à categoria de animais que devem ser
castrados ou esterilizados porque não têm autodomínio. E dá licença às pessoas para
utilizarem outras para desfrutar dos prazeres do sexo sem um compromisso permanente.
Animando as pessoas a “proteger-se” em vez de a respeitar-se, aqueles que apoiam o “sexo
seguro” são quem está a causar os problemas que pretendem solucionar. Por exemplo, aqui
tens algumas estatísticas que nunca te mostram:


O Virús do papiloma humano (VPH) é a doença de transmissão sexual mais frequente
no mundo. É o que causa 99%dos cancros cérvico-uterinos. Isto mata mais de 288,000
mulheres por ano! Então, quanto mais casais mudarem de parceiro sexual, incluindo a
mulher, mais probabilidades têm de contrair a doença. O teu corpo, tal como o teu
coração, não foram desenhados para ter múltiplos parceiros sexuais … foram feitos
para um amor exclusivo e duradouro.
Ainda que o uso do preservativo possa reduzir o risco de doenças relacionadas com o
VPH, não oferece muita protecção contra o mesmo VPH pois o vírus é transmitido
mediante contacto de pele com pelo em toda a área genital, incluindo a base do
abdómen e os músculos superiores. E qual é o problema? Os centros de controlo de
doenças informaram que a maioria das mulheres sexualmente activas foram
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







infectadas com um ou mais tipos do VPH genital. Boa sorte, se encontrares isso escrito
nos pacotes dos preservativos!
Se tens relações sexuais com uma pessoa, basicamente estás a ter relações sexuais
com todas as pessoas com quem ele/ela teve relações antes, sem falar nas outras
pessoas com quem estas, por seu turno, tiveram relações. Ao teres contacto sexual
com uma pessoa, estás a expor-te às doenças sexuais de centenas de pessoas que não
conheces. Isto é alarmante, tendo em conta que uma pessoa que tem o vírus do VIH
pode não mostrar sintomas até dez anos depois de ter contraído o vírus e 80%
daqueles que têm uma ETS não sabem que têm uma infecção.
O sexo oral pode transmitir praticamente todas as doenças sexuais – incluindo a sífilis e o contacto das mãos com os genitais também pode transmitir algumas. Então,
também aqueles que são tecnicamente virgens podem contrair doenças de
transmissão sexual, incluindo o cancro da boca, pelo VPH.
Se uma mulher apanha cladimilha e não for tratada a tempo, pode ficar estéril. E 75%
das mulheres e 50% dos homens não aparentam sintomas depois de contrair esta
doença. Por isso chama-se o “esterlizante silencioso”. Pensa tu, rapariga: “vale a pena
estar com este rapaz correndo o risco de perder a minha capacidade de ser mãe e ter
filhos?”
A maioria das doenças de transmissão sexual (DTS) pode ser levadas para o casamento
sem serem tratadas. Por exemplo, 90% das pessoas com herpes genital não sabem que
têm essa infecção. No caso do VPH, é frequente ele eliminar-se no próprio organismo.
Mas quando um marido está infectado com ele, a sua mulher tem 5 vezes mais
probabilidades de contrair um cancro cérvico-uterino.
Existem várias doenças de transmissão sexual que são incuráveis e muitas podem
transmitir-se de m
Ae para o filho. Isto pode causar danos cerebrais, cegueira, surdez, pneumonia,
doenças hepáticas e até a morte do recém-nascido. Vale a pena?
As pílulas anti-conceptivas interferem com o sistema imunitário da mulher, tornando-a
mais propensa a contrair certas ETS. De entre outros inumeráveis efeitos colaterais, a
pílula aumenta a probabilidade de cancro da mama, cancro de cerviz, cancro do fígado
e coágulos sanguíneos potencialmente fatais.
A injecção (Depo-Provera) e o penso (Ortho-Provera) têm riscos parecidos ou ainda
piores. E esta é a razão pela qual os fabricantes de pensos estão a enfrentar na
América mais de 1,000 julgamentos de pedidos de indemnização contra os fabricantes
por prejuízos relacionados com mortes e lesões graves. E entretanto, muitas mulheres
apresentaram pedidos semelhantes contra os fabricantes da injecção por 700 milhões
de dólares. Uma das razões é que a injecção anticonceptiva adelgaça os ossos da
mulher. E isto é especialmente preocupante para as mulheres jovens pois os anos de
juventude são essenciais para o saudável desenvolvimento dos ossos. Depois de anos a
receber injecções anticonceptivas desde a adolescência, uma jovem com 23 anos pode
ter os ossos de uma mulher de 60! Curiosamente, devido ao seu vínculo com o cancro
da mama, os veterinários deixaram de receitar Depro-Provera aos cães. Mas no
entanto, ainda se está receitando às mulheres e em certas ocasiões são injectadas a
delinquentes sexuais para controlar o seu comportamento.
20

Diz-se a muitas mulheres que o anticonceptivo com hormonas (a Pílula, a injecção ou o
penso) previne a gravidez. Ainda que às vezes isto seja verdade, estas drogas também
podem permitir que a gravidez ocorra e depois ocorra um aborto do ovo fertilizado
antes de que a mãe se aperceba. O mesmo se passa com a pílula do dia seguinte.
Quando os anticonceptivos falham, oferece-se a muitas mulheres o aborto como
solução e diz-se-lhes que a sua vida voltará à normalidade depois da operação. No
entanto, estas mulheres costumam sofrer de depressão e são 6 vezes mais propensas
ao suicídio que as mulheres que dão à luz o bebé.
Mostro-te estas estatísticas e estes dados com o objectivo, não de te causar medo, mas
para entenderes melhor as coisas. Quando perceberes como foi desenhado o teu corpo, então
verás que fomos criados para viver de uma certa maneira. Quando nos desviamos desse
desenho natural, fazemos mal a nós próprios e aos outros. Vivendo a castidade, a pessoa não
só protege o seu corpo como também protege o seu futuro marido/mulher e os filhos. Não
está no plano de Deus que os casais tornem estéril o acto de amor; isso não se enquadra com a
natureza, pelo contrário, interfere contra ela. Acresce que os casais que usam contraceptivo
dentro do casamento têm mais probabilidades de se divorciarem, enquanto os casais que
usam os Métodos Naturais de Planificação Familiar se divorciam menos 2%.
Para fazeres uma prova de doenças sexuais, podes contactar um centro de
planeamento familiar da tua paróquia ou pedir conselho a um padre, mas não deixes de
procurar apoio ajuda por vergonha. E se no centro de saúde te oferecem anticonceptivos
como a pílula ou o DIU, podes recusá-los, porque tu tens auto-controlo e o direito a decidir.
“A verdade é que não posso estar
sozinha…”
Claro que podes, podes esperar que Deus te apresente quem procuras e podes rezar
por ele, que também estará a procurar-te. Lê o testemunho de Cristal:
“Eu dizia-me: “já passámos por tanta coisa, temos vivido tantas coisas juntos e temos
chegado tão longe … não quero perdê-lo.” Tínhamos acabado mais vezes do que as que eu
podia recordar mas voltava sempre a cair novamente nessa relação. Permanecíamos na
indecisão e na confusão; era óbvio que nenhum dos dois era livre. Só uma pessoa livre pode
dar o presente do amor. Assim como alguns rapazes são escravos das suas hormonas, eu era
escrava do meu medo em ficar sozinha; sentia-me tão só quando estava com ele que não
queria nem sequer imaginar o quanto sozinha me sentiria sem ele. Mas aguentar quase tudo
para evitar enfrentar os meus próprios temores não é amor… e a minha vida foi-se
transformando em drama de telenovela. Quando estás sozinha é fácil acreditar na mentira de
que és a única nessa situação. Mas garanto-te que algumas das raparigas mais populares e
admiradas no teu colégio ou universidade também se sentem assim e muito mais do que
imaginas. Todos pensavam que eu e o meu grupo de amigas éramos o ideal, mas não
suspeitavam das desordens alimentares, das pílulas para os nervos, das pastilhas para não
engordar, dos problemas com o álcool e as drogas, as famílias destruídas, a falta de aceitação,
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os namorados infiéis… Se te sentes sozinha, acolhe-te em Deus e confia-Lhe todas as tuas
preocupações pois Ele preocupa-se por ti (1 Pet.5:7). Confia em Deus com todo o teu coração,
e com o teu corpo. É apenas quando estás satisfeita com o Seu amor que o amor humano que
por Ele tem planeado para ti realmente será como esperas.”
“Qual é o problema se sou activa
sexualmente?”
Deixa de fazer as coisas sexuais e considera se por acaso és melhor pessoa à conta do
teu estilo de vida ou por causa da relação em que estás. Pensa se por acaso te estás a
transformar numa pessoa que nunca quiseste ser. Não fiques dentro da relação para seres
uma heroína ou para resgatar o outro. Simplesmente, terminarias a fazer mal a ti própria.
Talvez necessites de romper a relação, mas ao menos, dá-te um tempo fora da relação. Se o
outro te ama, dar-te-á o tempo e o espaço que necessites. Se é um amor verdadeiro, então,
dar-se um tempo fora da relação não irá abalar nem prejudicar a relação.
Aproveita o tempo para rezar, conversa com o Senhor, e pergunta-te: “O que é que me
está a dizer o meu namorado?” “Não vou esperar por ti. Se de verdade me amas irias para a
cama comigo agora”, ou “ quero o melhor para ti, e sei que o nosso amor é bastante forte para
esperar para que nos entreguemos um ao outro totalmente no dia do nosso casamento.”
Se o teu namorado não é capaz ou não quer fazer o melhor para ti e para ambos antes do
casamento, não esperes que as coisas mudem depois do casamento. Não te perderás do amor
se saíres de uma relação sem futuro. A única maneira de perder o amor é esperando
cegamente que as coisas melhorem por magia.
Em vez disso, toma uma decisão firme, tal como fez esta rapariga de 16 anos: “ Sem
mais pesos na consciência, sem álcool, sem drogas, sem desculpas, sem pensamentos rápidos
e precipitações, somente por amor puro. Creio que é isso que sempre estive a procurar. Tenho
de deixar de fugir da pessoa que Deus quer que eu seja.” Então, toma esta decisão por ti
mesma, vai receber o sacramento da reconciliação e acredita que o Senhor tem em mente algo
melhor para ti …porque é verdade!
Como digo “não”?
Se queres amor, então a palavra mais importante que tens de aprender é NÃO.
Dizendo Não às piratarias que se disfarçam de amor, estás a dizer SIM ao verdadeiro amor.
Quando precises de fixar o limite, sê claro/a, decidido/a, seguro/a, e firme. Assegura-te de
dizer “NÃO” com palavras tuas, e também com o teu corpo. Se estás deitado/a com o/a
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teu/tua namorado/a no sofá e lhe dás um NÃO calado mas não muito firme, ele/ela não te vai
levar muito a sério, já que tu próprio/a não te levas muitos a sério.
Se o teu coração diz: “Talvez não deva estar a fazer isto”, escuta-o e ouve o que diz a
tua intuição, reza para teres fortaleza de coração e sai dessa situação. Como? Seja como for:
diz que não te sentes cómodo/a, e que precisas de voltar para casa, ou deita as culpas aos teus
pais. Ainda melhor, diz-lhe que a tua mulher/marido é o único que merece tanta aproximação
e isso somente quando estiverem casados. Além disso, gostarias de casar com alguém que dá
o seu corpo facilmente a outros, que não é capaz de te respeitar e de esperar por ti? Aí não há
respeito, porque se nota uma palidez de alma na pessoa que não pode estabelecer standards
nem tem o carácter para se fixar neles. Ao contrário, as pessoas felizes comprometem-se para
toda a vida com aqueles que se respeitam a si mesmos e ao seu par.
Se não queres ferir os sentimentos da outra pessoa diz-lhe muito o quanto gostas que
estejam juntos. Depois, explica-lhe como é que a pureza une um casal, mais do que a paixão.
Isso mostrará que não apenas não o/a estás a empurrar para longe de ti, mas que estás à
procura de um amor mais profundo, duradouro e verdadeiro. Mas tem em conta de que não
tens nenhuma obrigação de dar ao teu namorado/a uma explicação muito profunda sobre
porque é que a castidade é importante para ti. Se ele/ela te ama de verdade, então ele/ela não
te pressionará. Esta é a prova verdadeira para saber se realmente te amam ou te estão a usar.
O amor pode esperar para se entregar, mas a paixão sexual egoísta não pode esperar para
arrebatar o que quer.
Como posso evitar os erros no
futuro?
Mantém-te longe das situações em que ocorrem os erros, como estar a sós em casa,
num quarto durante uma festa, ou em cima de uma cama. A situação pode aparentar não ser
perigosa, mas pode desembocar em alguma coisa séria e que terias preferido evitar. Não uses
drogas ou álcool, os quais são a entrada para muitos erros. Estes podem influenciar-te a fazer
coisas que normalmente recusarias. Algumas pessoas usam-nos precisamente por esta razão;
assim, depois podem culpar o excesso de álcool ou as drogas e não o seu comportamento.
Uma coisa é evitar uma má situação, e outra é evitar uma má relação. Assim, com
respeito a namoro usa o tempo necessário para se conhecerem e estabelecerem uma ampla
amizade primeiro. Conhece e compromete-te com os teus padrões de exigência e assegura-te
de que o teu namorado/a também os conhece, respeita e aceita. Não persigas uma pessoa que
rebaixa os teus padrões e princípios e que te tirará fisicamente tudo o que aceitares dar-lhe.
Tu mereces uma história melhor do que essa. Outra coisa que podes fazer é sair apenas com
alguém que tu vejas que é bom na perspectiva do casamento. Se começas uma relação que no
fundo sabes que não terá continuidade, estás a treinar-te para o divórcio.
Faz a pergunta: “Quanto vale o meu corpo?” Está à venda pelo preço de um jantar e de
uma saída ao cinema?” Não importa o quanto pague o teu namorado para sair de carro, não
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estás obrigada a oferecer-lhe o teu corpo. Lembra-te de que alguém que rompe contigo
porque não te submetes aos seus desejos não valia a pena desde o princípio.
Agora, quero dizer uma palavra às jovens à procura do amor. Talvez não gostem de
escutar isto, mas prestem atenção que o digo como um rapaz na casa dos 20: Afasta-te dos
rapazes mais velhos durante a tua adolescência.
Há nisto uma razão: as mulheres crescem e atingem a maturidade mais rápido do que
os homens. (Provavelmente estás a pensar, AH! Que surpresa!... Mas tem paciência). Uma
mulher adolescente pode estar cansada do nível de imaturidade dos rapazes da sua idade. Os
homens mais velhos dão-se conta disto e têm técnicas sedutoras mais sofisticadas para
agradar às raparigas. Por exemplo, podem dar-lhes um anel de promessa (uma ilusão) para
que elas pensem que qualquer actividade sexual que tenham com ele é mais especial.
Distracções como estas acalmam a boa intuição de uma rapariga, que, no caso contrário já
teria terminado com a relação. Os rapazes mais velhos usam frases como “nunca senti nada
assim por uma mulher… mas está bem se não queres ter relações por enquanto.” Algumas
raparigas derretem-se ao ouvir isto porque acreditam que o rapaz realmente quer o que é
melhor para elas. Na realidade, ele poderá não ter suficientes habilidades sociais para sair com
uma rapariga da sua idade, e pensa que ao sair com uma mais inocente, ela não terá a
maturidade, nem a confiança em si mesma para o recusar. Não é que seja um trabalho da
rapariga ser polícia da sua castidade, mas o homem saberá comportar-se tanto melhor e mais
cavalheiro quanto o exija a mulher. Obviamente, nem todos os homens mais velhos (ou todos
os anéis de promessa) são maus, mas se ele é tão bom quanto tu acreditas, porque é que não
encontrou uma rapariga da sua idade?
Uma palavra para os homens: Não esperes que a rapariga “te ponha ao alto”. São
Paulo diz aos homens que devem imitar Cristo, que decididamente aceitou morrer para salvar
a sua noiva, a Igreja, do pecado (Ef. 5:25-26). O mesmo vale para um homem jovem à procura
de uma esposa. Um homem verdadeiro cuida da inocência da mulher em vez de procurar
maneiras de a destruir. Ele leva a alma da mulher aos braços de Deus, e não ao cativeiro do
pecado. Não é por acaso que a palavra VIRTUDE, que vem do latim, significa “força
masculina”. Quando um homem pratica a virtude da castidade, ele faz-se mais masculino, fazse verdadeiramente homem. De acordo com a opinião de uma universitária: “O poder ter sexo
não é o que converte um menino em homem. Qualquer um pode ter sexo. É a capacidade para
controlar-se, ser dono e senhor de si mesmo, o que separa os homens dos meninos.” Dá-te,
pois, conta de que a melhor mulher procura Jesus num homem, porque ele é o modelo de
amor sem ligaduras nem prisões. Os homens verdadeiros vivem e ama como Jesus, desejando
o céu para todas as mulheres, especialmente a sua.
“A maneira como me visto tem
alguma coisa a ver com a maneira
como me trata um rapaz?”
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Claro que sim! Os homens podem ver quanto e como se valora a si mesma uma mulher
através da maneira como esta se veste (e como dança). Se o seu valor sexual é a primeira
impressão que ela quer dar ao homem, ela está a convidar o tipo de homens que apenas
querem usar o seu corpo. Eles farão o que for preciso, ou dirão o que quiserem para ter acesso
ao seu corpo. Mas, depois de ela se entregar, normalmente perdem o respeito por ela, fartamse dela e afastam-se. Enquanto isso, ela fica a pensar: “Talvez se eu fosses mais magra, ou se
tivesse feito mais e melhores coisas sexuais com ele, ele tivesse gostado mais e tivesse ficado
comigo.” Não, não é assim, mas sim, pode suceder que ele a tivesse usado mais tempo…
A modéstia (assim se chama o não vestir-se nem comportar-se convidando ao sexo) é
uma mensagem forte sobre o que vales porque convida a que os homens pensem coisas mais
valiosas acerca de ti e te vejam como pessoa. Disse a um homem que te pode levar a sério
como mulher porque não precisas que os homens te vejam com desejo sexual para te sentires
segura e valiosa. Sei que há homens que procurarão uma rapariga que usa uma saia tão curta
que se pode confundir com um cinto largo. Mas ninguém a respeitará. Como mulher, queres
que te desejem, ou queres que te amem?
Se o teu coração está a dizer “Está muito curto?” ou “está muito apertado?” escuta
essa tua intuição porque já respondeu à tua pergunta. Pára em frente a um espelho e
pergunta: “A quem chamo a atenção com esta roupa?” Esta roupa está a dizer que o melhor
de mim é o meu corpo ou está a dizer que valho a pena que esperem para vê-lo?”
A modéstia não quer dizer que não te podes ver atractiva ou que tens de cobrir cada
centímetro do teu corpo como se fosse algo sujo. Como uma noiva usando um véu, a roupa
cobre o teu corpo como um convite ao respeito. Tu és exemplo do Espírito Santo, não uma
colecção de partes do corpo exibindo-se num ramo. Mas se tu não te dás conta disto nem o
vives, então como se dará conta um rapaz?
Um dos maiores mais belos mistérios de uma mulher é a sua feminilidade. Os homens
acham-na cativante e é algo que se deve proteger a qualquer custo. A modéstia cuida deste
mistério, já que nada adorna uma mulher com tanta beleza como a pureza. Como se disse, “A
beleza do exterior nunca entra na alma, mas sim, a beleza da alma reflecte-se no rosto.” Um
vestuário modesto sinaliza uma mulher pura, e este é a primeira linha de defesa da virtude
da castidade. Por isso toma nota de que a pureza é atractiva. Afinal, não estás a fazer-te
rogada, mas a dizer que de verdade, és difícil de conquistar.
Se um rapaz quer imaginar coisas,
isso não é um problema dele e não
meu?
Sim é um problema dele. Mas quando uma mulher se frustra porque os homens não a
respeitam, também se converte num problema dela. Por isso a modéstia é a guardiã do amor.
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Quando um homem conhece uma mulher que se respeita a si mesma, ele sabe que se quer
gozar da sua companhia necessitará de a respeitar e ser cavalheiro com ela.
Por outro lado, se queres conhecer um homem de carácter tem em conta que esses não estão
à procura de uma rapariga que se vista para provocar. Lamentavelmente, os meios de
comunicação dizem às mulheres que os seus corpos não são suficientemente perfeitos, e que
se elas querem amor têm de vestir-se como as “modelos” anorécticas e super maquilhadas das
revistas. Com tanta preocupação superficial, as mulheres não vêm que foram feitas à imagem
de Deus, e que não precisam de se ver como fantasias eróticas para que o seu corpo seja
valioso perante o olhar de Deus. Quando uma rapariga põe a sua atenção toda no aspecto
físico, pode acontecer que não veja as qualidades que um homem com virtude esteja a tentar
encontrar nela: a fé, a honestidade, a generosidade, a confiança, a fidelidade, o carinho, a
bondade, o respeito.
Talvez estejas a pensar “Isso soa bem mas onde se escondem esses homens ideais?”
Olha, eu conheci muitos jovens que se perguntam o mesmo a respeito das mulheres puras. É
como se estivéssemos tão preocupados e concentrados no que os outros dizem, fazem ou
pensam que temos medo de ser nós próprios.
A maioria das mulheres não se veste para induzir nos homens pensamentos impuros.
Mais, apenas querem ver-se atractivas e receber amor. No entanto, uma rapariga dispara um
tiro contra si própria quando se veste sem modéstia. Pode pensar que a sua roupa é linda, mas
ele não lhe está vendo a roupa. De facto, o que ele está a passar é que o impulso sexual o está
a cegar face a tudo o resto e está a afastá-lo de Jesus. Que mulher quer afastar os homens do
modelo de um amor incondicional? Ainda que os rapazes normalmente não gostem de pedir
ajuda, quando se trata de ter uma mente pura e um coração limpo e forte, necessitam da
ajuda das suas irmãs em Cristo. Como disse o Papa João Paulo II: “Aos homens tem de se lhes
ensinar a amar e a amar com nobreza; devem ser educados na profundidade desta verdade,
quer dizer, no facto de que uma mulher é uma pessoa e não um simples objecto.”
Os homens devem respeitar as mulheres sem tomar em linha de conta o modo como
se vestem, mas algumas mulheres estão tão ocupadas em fazer com que os rapazes reparem
nelas que não percebem que também têm o poder de dar a volta aos corações desses rapazes.
Isto pode parecer impossível, mas de facto não é. Com uma devoção verdadeira à Virgem
Maria, os homens e as mulheres podem obter a pureza que se requer para o verdadeiro amor.
Raparigas: não subestimem a vossa capacidade de mudar o modo como o mundo vê o sexo e a
dignidade da mulher.
Como posso permanecer pura?
Em primeiro lugar, não deixes que o medo à rejeição controle as tuas relações. Muitas
mulheres têm medo de ofender ou de perder o seu namorado ou amigo se não cederem às
suas exigências sexuais. Uma mulher disse: “ Com frequência as raparigas pensam que “tenho
de fazê-lo porque que esteja contente, mas logo a seguir sentem-se super mal, mais ainda
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quando ele a troca por outra.” Tens que saber ultrapassar estas inseguranças se alguma vez te
amarem como mereces. Em vez de te preocupares se ele te vai deixar se não lhe dás o que ele
quer em termos sexuais, deixa que ele se preocupe com que és tu quem o vai deixar se ele não
te respeita!
Do mesmo modo, muitos jovens têm medo que as raparigas pensem menos deles se
eles recusam os avanços sexuais. Mas se uma rapariga te está a pressionar pode ser que talvez
ela também tenha medo de que a rejeites se não te oferece algo sexual.
Da mesma forma que proteges o teu corpo, tens de proteger também o teu coração e
a tua mente. Como disse São Paulo, “Quanto ao resto, irmãos, tudo quanto há de verdadeiro,
de nobre, de justo, de puro, de amável, de honroso, tudo quanto seja virtude ou valor, tende-o
em conta.” (Fil. 4:8). Por isso não prejudiques a tua mente com programas de televisão
sensuais, sítios na rede, revistas, anedotas, ou música que rebaixam a dignidade do sexo sem
nenhuma razão. Há pessoas que justificam a sua diversão com estas coisas dizendo que isso
não as afecta. Isto é como saltar por um campo depois de uma chuvada vestida de branco e
pensar que não te vais sujar. Se de verdade queres encontrar o amor e descobrir a sua força
põe estas coisas de lado. Pergunta-te: “Estou suficientemente empenhado/a em controlar a
minha paixão sexual? O que é que posso melhorar?”
Sendo um rapaz, é impossível ter
uma mente pura?
Ter desejos sexuais não é mau. É normal e são. Mas devemos governar a nossa
imaginação, limpar as nossas conversas e deixar de olhar as raparigas como um objecto. Jesus
disse: “Mas eu lhes digo: Todo aquele que olha uma mulher desejando-a, já cometeu adultério
com ela no seu coração.” (Mat. 5:28). E recordemos, o Papa João Paulo II dizia que não
devemos ter medo destas palavras mas sim ter plena confiança no Seu poder para nos tornar
mais sãos e ajudar-nos naquilo que nos falta. Há uma batalha entre o amor e a paixão egoísta
(luxúria) em todos nós. Mas, ao ser homens de oração, podemos vencer a tentação e aprender
a amar as mulheres em vez de as usar.
Se alguma vez lutaste ou praticaste artes marciais, sabes que quando controlas e
diriges o movimento da cabeça do teu adversário, o seu corpo o seguirá. O mesmo sucede com
a tua mente. Faz-te dono dos teus pensamentos sexuais e encontrarás a disciplina e o domínio
do teu corpo. Quando uma tentação sexual chegar à tua mente, pára, detém-te e reza pedindo
pureza e a seguir reza pela pessoa que te está a tentar. Quanto mais praticares a castidade,
mais fácil será para ti e estarás mais bem preparado para o amor. Por exemplo, quando os
homens são puros, aprendem como demonstrar o amor verdadeiro e o carinho. Um homem
torna-se um melhor amante já que aprendeu a amar a mulher integramente, e não apenas o
seu corpo. Então, uma coisa muito boa sobre a castidade é que não tem por objectivo a
27
ausência e repressão da tentação senão da vitória do amor sobre ela… leva-nos à plenitude da
sexualidade.
Por isso é que a virtude da castidade não desaparece quando te casas. A castidade é a
capacidade de amar o outro e ter a reverência pelo dom da sexualidade sem importar em
que etapa da vida estejas: casado, solteiro ou em vida consagrada. Na realidade, ainda que a
abstinência termine para os que se casam, a castidade une-nos a todos. Se estás farto de
divórcios e rupturas familiares e esperas que, se chegares a casar-te, esse casamento perdure
e sejas feliz, então começa hoje a viver a virtude da castidade.
Como é possível a pureza?
A pureza é um dom de Jesus Cristo, e Ele no-la dará se a pedirmos com humildade e
perseverança. Sem Ele, é impossível. Mas nas palavras do Papa João Paulo II, “o amor é
vitorioso porque reza.” Ou, segundo São Paulo, “tudo posso com aquele que me dá forças” (Fil.
4:13).
Deus está sempre presente para te dar parte da Sua graça, ou para ser testemunha
quando diriges o teu olhar para Ele. Mas não acredites que Deus é um estraga-festas divino,
constantemente a olhar sobre o teu ombro para se assegurar de que não te divertes nem
sabes como aproveitar o tempo. Ele ama-te mais do que jamais possas imaginar, e quer o
melhor para ti. Ele deseja ver-te verdadeiramente vivo e feliz, e por isso o pecado não cabe
neste esquema.
Para ser puro, segue os conselhos do Beato Pier Giorgio Frassati: “Com toda a força da
minha alma peço aos jovens que se aproximem da mesa da Comunhão tantas vezes quantas
possam. Comam deste pão dos anjos, de onde retirarão a energia necessária para lutar nas
batalhas internas. Porque a felicidade verdadeira, queridos amigos, não consiste nos prazeres
do mundo ou nas coisas materiais deste mundo, mas na paz da consciência, que somente
obtemos se somos puros de coração e de mente.”
Posto isto, se querem graça, passem o tempo com Jesus em oração, vão à Missa e à
Confissão, rezem o terço diariamente, leiam a Bíblia, peçam a São José e aos santos e ao vosso
anjo da guarda que roguem por vocês, rezem a Via-sacra, estejam na adoração do Santíssimo
Sacramento e encontrem um amigo ou um sacerdote santo com quem possam falar.
Se não juntamos todas estas armas e nos queixamos de que a pureza é muito difícil, é
como se nos sentássemos num grande tanque de guerra com uma bandeira branca e
rendermo-nos. Não estamos sem ajuda. Ou deixamos de rezar, ou perseveramos e a oração
vence o pecado. Os dois não podem estar juntos, por isso persevera na oração.
Especialmente com uma sincera devoção à Santíssima Virgem Maria, qualquer um pode
chegar a obter a pureza que se requerer para amar de verdade. Continua a lutar pela boa luta.
A coroa do Céu e a tua futura mulher/marido valem isso!
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O que diz Deus?
Deus nunca dilui a verdade mas fala-nos sempre com amor. Desta maneira, não temos
que nos preocupar nada se nos mentem sobre o “amor”. Em baixo estão as suas perguntas e
as repostas de Deus:
P: O que é o amor verdadeiro?
R: “O amor verdadeiro é paciente e mostra compreensao. O amor nao tem ciúmes, nao se
exibe nem se incha. Nao actua com baixesa nem busca o seu próprio interesse, nao se deixa
levar pela ira e esqece o mau. Nao se alegra com a injustiça, mas aelgra-se com a verdade.
Perdura a pesar de tudo, crê em tudo, espera tudo, e tudo suporta.” (1 Co 13-4-7).
P: A impureza estraga mesmo a minha relaçao com Deus?
R: “Felizes os puros de coraçao porque verao a Deus” (Mt 5:8) “Quem ama um coraçao limpo e
uns labios afáveis è amigo do rei” (Pro 22:11).
P: O que é que há de mal com o impuro?
R: “Nao se enganem: nem os impuros, nem os que têm relaçoes sexuais proibidas .... nem os
adúlteros ... nem os bêbados...herdarao o reino de Deus...Ao contrário, a pessoa nao é para a
prostituiçao, mas para o Senhor, e o Senhor é para a pessoa... Fujam dass relaaçoes sexuais
proibidas. Qualquer outro pecado que alguém cometa fica fora do seu corpo, mas o que tem
essas relaçoes sexuais peca contra o seu próprio corpo. Nao sabem que o vosso corpo é
templo do Espírito Santo que receberam de Deus e que permanece em vós? Já nao se
pertencem a vós mesmos. Vocês foram comprados a um preço muito alto, entao, que os
vossos corpos sirvam a glória de Deus.” (1 Co 6:9-20).
P: Mas Deus pode perdoar-me?
R: “Quanto se erguem os céus sobre a terra, tao alto é o Seu amor com os que o temem. Como
o oriente está longe do ocidente, assim se afasta de nós as nossas culpas.” (Sal 1103:11-12).
P: O que é que Deus deseja para mim?
R: “A vontade de Deus é que se façam santos e que deixem a fornicaçao. Que cada um se
comporte com a sua esposa com santidade e respeito, e nao se deixe levar por pura paixao,
como fazem os que nao conhecem a Deus. Deus nao nos chamou a viver na impureza, mas na
santidade. Assim, pois, o que despreza isto, nao despreza um homem, mas a Deus, que vos dá
o seu Espírito Santo” (1 Tes 4:3-8). “Porque eu sei muito bem o que farei por vocês: quero darlhes a paz e nao desgraças e um futuro cheio de esperança. Quanto me invocarem e vierem a
suplicar-me, eu os escutarei; e quando me buscarem encontrar-me-ao, sempre que me
implorem com todo o coraçao. Entao farei com que me encontrem; voltarao os seus
desterrados, que eu reunirei do todos os paises e de todos os lugares donde os expulsei. E
depois os farei voltar de onde vieram desterrados, palavra de Yavéh (Jer 29:11-14 e ver
também Rom 12:2 e Tim 4:12).
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“Que faço agora?”
Nao sejas passivo, pelo contrário, prepara-te para o amor verdadeiro. Chega-te aos
que partilham os teus ideais e que apoiam o teu estilo de vida em vez de a enfraquecer. Nas
tuas relaçoes estabelece elevados padroes de exigencia porque obterás o que pedires e
chegarás onde quizeres. Se tiveres que baixar os teus padroes para saires com alguém, entao
algo está mal. Por isso, escreve os requisitos que esperas que o/a teu/tua futuro/a
namorada/o cumpra. Depois de escreveres a lista, lê-a e faz a pergunta: “Da maneira que vivo
hoje, mereço esta pessoa?” Se a resposta for nao, começa a mudar para te converteres nesse
alguém que a mereça. Se a resposta for “sim”, entao nao mudes nada e continua no teu
caminho.
Se sentes o chamamento para o casmento, reza pelo teu futuro marido/mulher, para
que ele/ela seja protegido do engano do pecado, e tem em conta que o Senhor os unirá da
maneira que Ele sabe melhor. Enquanto uns sao chamados à vida do matrimónio e da família,
há outros que sao chamados a entregar-se completamente ao sacerdócio ou à vida religiosa.
“Qual é o teu chamamento?” Bom, como a sensualidade obnubila o nosso pensamento, a
pureza ajuda-nos a ver as nossas relaçoes, as pessoas e até a nossa vocaçao com grande
claridade.
Considera assinar a “Promessa do Amor Verdadeiro” como um sinal do teu firme
compromisso com a castidade. Se te casares, poderás oferecer à tua mulher/marido esse
presente. Mas, ainda que consideres nao casar, também podes fazer esta promessa a Deus e
nao lamentarás essa decisao de respeitar-te a ti mesmo e de O honrar a Ele.
Já te terás dado conta de que algumas das melhores coisas da vida se obtêm por meio
das provaçoes e do sacrifício. Como nos recordou o Papa Joao Paulo II, “O amor entre o
homem e a mulher nao pode construir-se sem sacrificios e abnegaçao”. Mas nao tenhas medo
quando fores confrontado/a com as exigências do amor verdadeiro, porque esse é o amor
para o qual fomos criados, e nao poderás ficar satisfeito, nem ser feliz com nada que seja
menos que isso. Se queres que o amor para ti seja tao bom quanto pode ser, tens de
preserverar. Nao tens nada a perder, tens tudo para ganhar e nao sentirás mais desaprovaçoes
nem lamentos. A pureza nao conhece a desaprovaçao nem o lamento. O diabo oferece-te
muito, mas nao te dá nada. Deus convida-te a um caminho difícil, mas dar-te-á muito mais do
que tu imaginas.
Hoje em dia, quando as pessoas querem satisfaçao instantânea, a castidade é um
desafio de sacrificio e de paciência. É uma batalha. Mas Deus nunca te chamaria a este estilo
de vida sem te dar a Graça para poder vivê-la. Tem em conta que a pureza da mente, do
coraçao e do corpo é possivel. Digo-vos isto como virgem de 27 anos comprometido com
Cristal, a mulher cujas palavras já lestes nas páginas deste livro, e que sabe que SIM, é possível
– e que vale mesmo a pena!
30
A PROMESSA DE AMOR VERDADEIRO
Creio que o sexo é sagrado, e prometo a Deus que guardarei o
dom da minha sexualidade desde este momento até ao meu
casamento. Escolho dar glória a Deus com o meu corpo e seguir
uma vida de pureza, confiando em que o Senhor nunca é
superado em generosidade.
Assina:_______________________________________________
Data:________________________________________________
31
ORAÇAO DIÁRIA A MARIA
Maria, filha amada de Deus Pai, entrego a minha alma e o meu
coraçao ao teu cuidado. Protege a vida de Deus na minha alma.
Nao me deixes perdê-Lo por meio do pecado. Protege a minha
mente e a minha vontade, para que todos os meus
pensamentos e desejos sejam agradáveis a Deus.
Avé Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco, Bendita
sois Vós entre as mulheres e bendito é o fruto do Vosso ventre,
Jesus. Santa Maria, Mae de Deus, rogai por nós pecadores,
agora e na hora da nossa morte, Amén.
Maria, Mae de Deus teu filho, entrego a minha alma e o meu
coraçao ao teu cuidado. Deixa que te ame com todo o meu
coraçao. Permite que eu procure sempre amar o próximo.
Ajuda-me a evitar amizades que me possam afastar de Jesus e
levar-me a uma vida de pecado e de dor.
Avé Maria, cheia de graça ...
Maria, amada esposa do Espírito Santo, entrego o meu corpo
ao teu cuidado. Ajuda-me a recordar sempre que o meu corpo é
a casa onde vive o Espírito Santo. Nao me deixes pecar contra
Ele com pensamentos ou acçoes impuras, sózinho ou com
outros; acompanha-me a conquistar a virtude da pureza.
Avé Maria, cheia de graça ...
Sao José, rogai por nós.
Sao Rafael, rogai por nós.
Santa Maria Goretti, rogai por nós.
Amén.
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