MINI-GUIA DE ESTUDOS Reichstag Pedro Lauria-Diretor André Velozo Junior-Diretor Gustavo Viscente-Diretor Matheus Langanke-Diretor Matheus Bueno-Diretor Pedro Tricta-Diretor Fernanda Lamari-Diretora de Imprensa ÍNDICE Contexto Histórico Mundial (Eventos que mudaram o mundo) ................4 1.1) Tratado de Versalhes ......................................................................4 1.2) Revolução Russa.............................................................................4 1.3) Crash de 29’’....................................................................................5 1.4) Liga das Nações..............................................................................5 Contexto Histórico Alemão...........................................................7 2.1) O Império Alemão............................................................................7 2.2) A República de Weimar....................................................................9 3.1) A breve prosperidade antes do fim...................................................12 Bancadas e listas das representações........................................13 4.1) Bancada Social Democrata ............................................................13 4.2) Bancada Nazista .............................................................................14 4.3) Bancada Comunista .......................................................................15 4.4) Bancada Capitalista ........................................................................16 5) Guia de Imprensa ..........................................................................16 6) Application ....................................................................................18 6.1) O que é um application?.................................................................18 6.2) Como deve ser?...............................................................................18 6.3) Entrega ............................................................................................19 6.4) Seleção dos applications ................................................................19 6.5) Propostas de application para o comitê .........................................20 7) Bibliografia ......................................................................................21 Contexto Histórico Mundial Eventos que mudaram o mundo 1.1) Tratado de Versalhes Com a rendição incondicional da Alemanha e, consequentemente, o fim da 1ª Guerra Mundial, os países que combateram a Alemanha e se tornaram vencedores impõem um tratado de paz à Alemanha (Tratado de Versalhes) em 1919. Este tratado culpava a Alemanha pela guerra, cobrava desta uma indenização a todos os vencedores, obrigava a Alemanha a ceder suas colônias ultramarinas aos vencedores, todas as armas estratégicas alemãs que não foram destruídas durante a guerra são confiscadas, a Alemanha é proibida de ter armas estratégicas (canhões pesados, submarinos, aviões militares e etc.), o exercito alemão poderia ter no máximo 100 mil homens, a Alemanha teria de devolver a Alsácia-Lorena e ceder todos os direitos de exploração de carvão da região do rio Sarre à França e ceder parte do seu território, incluindo o porto de Dantzig, para a criação do Estado polonês. Além do tratado de paz com a Alemanha, os vencedores reconfiguram as fronteiras da Europa, criando novos países a partir da fragmentação do Império Austro-Húngaro e dos territórios do oeste do antigo Império Russo cedidos pelo novo governo de Lênin. 1.2) Revolução Russa Até 1917 o Império Russo era comandado por uma monarquia absolutista controlada por Czares e membros de familias de uma elite rural privilegiada que se aproveitava do grande restante da população russa, que pouco antes da Primeira Guerra Mundial tinha aproximadamente 90% de analfabetos, e grande parte dessa população vivia em condições de miséria, o que acarretou em uma maior aceitação dos ideais socialistas e liberais na grande massa de proletariados. Revolta de 1905: Sendo considerada por Lênin uma preparação para a revolução de 1917, foi dada após uma crise socio-economica de grande escala na Russia devido a uma Guerra contra o Japão em disputa pela Manchúria, causando descontentamento de operarios, camponeses e partidos de orientação liberal (Partido dos Cadetes por exemplo). Ocorreram greves de operarios e protestos por diverssas regiões da Russia. Vendo todas estas revoltas o Czar Nicolau II Promete reformas politicas, como o estabelecimento de um governo constitucional e eleições gerais para o congresso, acalmando os partidos liberais, que deixaram os protestos de lado, porém, após o fim da guerra contra o Japão, Nicolau II desloca suas tropas para conter as revoltas e abandona as promessas feitas. Crise e queda da monarquia absolutista russa: Após perder a Guerra contra o Japão, a Russia aumentou seus problemas socio-economicos ao entrar na Segunda Guerra Mundial, sofrendo grandes derrotas para a Alemanha e se envolvendo muito em uma guerra que não poderia pagar, causando assim crises de abastecimentos e, consequentemente greves e protestos. Em 15 de Março de 1917, partidos politicos liberais e socialistas (como o Partido dos Cadetes) depoem o czar Nicolau II, que foi executado logo após ser deposto. Revolução Branca ( Revolução de 23 Fevereiro): A revolução de Fevereiro ocorreu no no dia 8 de março no calendário Ocidental, na qual milhares de soldados rebelados, camponeses e operarios com trapos vermelhos invadiram o palácio de Tauride, sede da Duma (Assembléia Nacional) e formaram dois comitês provisórios, um formado por deputados da Duma, e outro comitê formado por Sovietes, vindo o primeiro se tornar o governo provisório. O governo provisório apoiava a continuidade da Russia na guerra enquanto os sovietes queriam um exercito com doutrinas voluntarias e o fim da guerra, o que era muito mais aceito pela população, ocasionando assim uma disputa por poder entre sovietes e governo provisório. Porém o governo provisório manteve a Russia, na guerra e a situação no país continuava caótica. Revolução Vermelha (Revolução de Outubro) No início da Revoluão Vermelha, bolcheviques cercaram São Petersburgo e prenderam muitos membros dos sovietes e do governo provisório, tendo os bolcheviques tomando o poder no mesmo dia. Foram adotadas vários medidas para aumentar a influencia do estado nas industrias e na economia e a autogestão de empresas com mais de 5 empregados. Os Bolcheviques fecharam a Assembleia contituinte, o que foi algo muito polêmico, gerando uma manifestação pacifica que foi controlada com extrema violência pelos bolcheviques, que queriam criar um governo só para o si, fazendo com que outros partidos operassem na ilegalidade. O Governo bolchevique tomou algumas medidas duranto a Revolução Vermelha, como o acordo de paz com a Alemanha, o confisco de propriedades privadas e a estatização da economia. 1.3) Crash de 29” Durante a 1ª Guerra a produção industrial europeia foi drasticamente reduzida. Sem a concorrência dos europeus, os EUA, que era o único país alem dos europeus que tinha grande potencial industrial, dominou o mercado internacional durante e depois da guerra, o crescimento econômico dos EUA foi enorme nessa época, porém descontrolado, o que gerou a maior crise da história no final da década de 20. O “crash de 29” foi gerado pela concentração da riqueza nas mãos de poucos indivíduos, gerada pelo crescimento da economia americana, o descompasso entre salários e aumento dos lucros, aumentando a desigualdade econômica e o retorno dos europeus ao mercado internacional a partir de 1925, diminuindo assim as exportações americanas, a crise agrícola gerada pelo aumento da produtividade agrícola, derrubando os preços dos produtos agrícolas no mercado americano e consequentemente endividando os produtores que tinham que fazer cada vez mais empréstimos. A especulação intensa nas bolsas de valores acabou valorizando as ações de empresas que não tinham produtividade compatível com o valor de suas ações e a falta de regras no comércio de ações na bolsa de valores gerou um número enorme de ações de empresas que não existiam. O descompasso entre circulação monetária e produção, combinado com estes outros fatores, gerou o “crash de 29”: a maior crise econômica da história mundial. Essa crise proporcionou impactos ao redor do mundo, na Europa o desemprego e a inflação geraram a recessão em quase todos os países e a Alemanha, devido, principalmente, as dividas da 1ª Guerra Mundial foi o país mais atingido da Europa, com 44% da força de trabalho desempregada e a maior inflação da história. Vale ressaltar a pressão Americana que vai ocorrer perante a Alemamnha graças ao crash de 29 para pagar as dívidas da Primeira Grande Guerra, já que quem arcou com as dividas alemãs foram os E.U.A através de empréstimos para a Republica Weimar. 1.5) Liga das Nações Liga das Nações ou Sociedade das Nações era o nome de uma organização internacional criada em 1919 e autodissolvida em 1946, e que tinha como objetivo reunir todas as nações da Terra e, através da mediação e arbitragem entre as mesmas em uma organização, manter a paz e a ordem no mundo inteiro, evitando assim conflitos desastrosos como o da guerra que recentemente devastara a Europa. Instalada em janeiro de 1919, pelo Tratado de Versalhes, o mesmo que colocava termo à Primeira Guerra, sua sede era Genebra, cidade suíça. A Liga das Nações era organizada de uma maneira bem semelhante à da atual ONU, sendo composta de um Secretariado, Assembleia Geral, e um Conselho Executivo (semelhante ao Conselho de Segurança atual da ONU). O Secretariado Permanente, era composto de um corpo de especialistas em diversos assuntos de relações internacionais e capitaneado por um Secretário Geral, como na ONU de hoje. Já a Assembleia Geral compreendia representantes de todos os países que integravam o sistema da Liga. O órgão reunia-se anualmente, e cada um tinha direito a um voto. No Conselho Executivo estavam as potências vitoriosas da Primeira Guerra Mundial, a saber: Grâ-Bretanha, França, Itália, Japão e mais tarde Alemanha e União Soviética. Assim como no sistema atual da ONU, membros não permanentes compunham o tal Conselho Executivo por determinado período, mediante voto, cedendo sua posição mais tarde a outro país escolhido, realizando assim um rodízio permanente. Os Estados Unidos não participaram da Liga das Nações durante toda a existência da organização, apesar do presidente norte-americano Woodrow Wilson (de 1913 a 1921) ter alimentado fortemente a ideia de sua criação. O Congresso norte-americano, por entender que os EUA, ao aderir à Liga das Nações estaria se desviando de sua política externa tradicional, e por isso, vetou a entrada de seu país na organização. Importante salientar que diferentemente da ONU, a Liga das Nações não dispunha de qualquer corpo militar (denominada “Força de Paz”) destinado a prover e sustentar situações de paz em áreas de conflito, por isso, sua ferramenta de coerção baseava-se em sanções econômicas e militares. Infelizmente, ante o fracasso em sua missão mais importante, a de impedir novo conflito mundial, a Liga das Nações acabou por ser dissolvida e reformada naquilo que hoje vemos como a ONU, com os princípios básicos mantidos, porém com o cuidado de evitar os equívocos que levaram à inefetividade da Liga. Ainda importante mencionar que o Brasil foi membro fundador da Liga, tendo porém deixado a instituição em situação embaraçosa, de péssima memória para os representantes do país no exterior. Ao pleitear, durante o governo do presidente Artur Bernardes, por uma vaga permanente no Conselho Executivo (assim como o país hoje pleiteia uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU), o Brasil forçou sua admissão por meio da recusa em aceitar a entrada permanente da Alemanha para o mesmo Conselho. Todos os outros países voltaram-se contra o Brasil, o país ficou isolado dentro da organização, e logo depois, acabou por abandonar a organização, em 1926. Contexto Histórico Alemão 2.1) Império Alemão (1871-1918) Otto von Bismarck, chanceler do Reino da Prússia, concebeu uma estratégia para unificar a Alemanha sob o controle prussiano que envolveu três vitórias militares: Aliar-se ao Império Austríaco para derrotar a Dinamarca na Segunda Guerra do Schleswig, em 1864, de modo a adquirir oSchleswig-Holstein; Aliar-se ao Reino de Itália e provocar a Guerra Austroprussiana de 1866 contra o Império Austríaco, de maneira a alijar esta última dos assuntos internos da Alemanha e a permitir a fundação – sem a interferência e participação austríacas – da Confederação da Alemanha do Norte, precursora direta do Império Alemão de 1871; e Provocar a Guerra Franco-prussiana de 1870 a 1871 contra a França, após a qual a confederação foi transformada no império alemão e o rei Guilherme da Prússia foi proclamado kaiser da Alemanha unificada, com o título de Guilherme I. O próprio Bismarck preparou o esboço da constituição da Confederação Alemã do Norte, de 1866, que se tornaria a constituição do Império Alemão, com alguns ajustes. A Alemanha recebeu algumas características democráticas, em especial oReichstag, que, diferentemente do parlamento do Reino da Prússia, era eleito por sufrágio direto e equitativo (masculino). Não obstante, o processo legislativo exigia a concorrência do Bundesrat, o conselho federal de deputados dos estados federados, no qual a Prússia exercia grande influência. Por trás de uma fachada constitucional, a Prússia era a influência predominante em ambos os órgãos legislativos. Ademais, o poder executivo era atribuído ao kaiser, que nomeava o chanceler da Alemanha(como Otto von Bismarck). O chanceler reportava-se e dependia exclusivamente doKaiser e, oficialmente, constituía um "gabinete de um homem só", responsável pela direção dos assuntos de Estado; na prática, os secretários de Estado atuavam de modo informal como ministros. O chanceler detinha a prerrogativa de propor as leis, que o Reichstag aprovava, emendava ou rejeitava. Com exceção dos períodos de1872 - 1873 e 1890 - 1894, o chanceler era concomitantemente o primeiro-ministroda Prússia. Embora os antigos estados territoriais alemães, tais como os reinos da Baviera e da Saxônia, mantivessem governo próprio, as forças militares passaram a ser coordenadas segundo os princípios prussianos e, em tempo de guerra, eram controladas pelo governo central. Embora autoritário em muitos aspectos, o império permitiu o desenvolvimento de partidos políticos. A evolução autoritária do Império Alemão encontra semelhanças com processos políticos na Itália e no Japão. Da mesma maneira que Bismarck, o Conde de Cavour lançou mão da diplomacia e da guerra para atingir a unificação da Itália sob a Casa de Saboia(aliança com a França contra a Áustria) em 1861. Também o Japão seguiu um curso de modernização conservadora após a queda do xogunato Tokugawa e a restauração Meiji até 1918; o Japão, bem impressionado com a Alemanha de Bismarck, promulgou uma constituição em 1889 que atribuía ao primeiro-ministro poderes semelhantes ao do chanceler alemão, com um gabinete responsável apenas perante o imperador. A unificação da Alemanha tornou nítido o problema de incorporar ao novo Estado-nação a população de origem polonesa da Prússia Oriental (75% de alemães, 19% de poloneses), da Prússia Ocidental (66% de alemães, 33% de poloneses) e da província de Posen(62% poloneses, 38% de alemães), que haviam pertencido à União Polaco-Lituana, bem como a Silésia (75% de alemães e 25% de poloneses). O maior crescimento demográfico do contingente de origem polonesa daquelas províncias, associado ao Ostflucht(migração de alemães do leste para o oeste industrializado da Alemanha), fez com que o leste do império adquirisse um caráter cada vez mais polonês. Bismarck e outros empreenderiam uma política de "germanização" das minorias polonesas no leste. A elite proprietária de terras – os Junkers – mantiveram, durante o Império Alemão, parcela substancial do poder político. 2.2) 1919–1933: A República de Weimar A República de Weimar, governo que sucedeu o Império Alemão, foi instaurada na Alemanha logo após a Primeira Guerra Mundial, tendo como sistema de governo o modelo parlamentarista democrático. O Presidente da República nomeava um chanceler que seria responsável pelo poder Executivo. Quanto ao poder Legislativo, era constituído por um parlamento (Reichstag). Este período tem este nome pois a República foi proclamada na cidade de Weimar. As circunstâncias em que foi criada a República de Weimar foram muito especiais. Prestes a perder a Primeira Guerra Mundial, a liderança militar alemã, altamente autocrática e conservadora, atirou o poder para as mãos dos democratas, em particular o SPD ( Partido Democrata Alemão), que acabou por ter de negociar a paz (ou seja, a derrota na Guerra). É necessário ressaltar que esse foi o período de maior humilhação na história da Alemanha. O Tratado de Versalhes foi assinado na sala dos espelhos do castelo de Versalhes, para que os alemães pudessem assistir ao seu fracasso por todos os ângulos. Com isso, ficava no ar o saudosismo de uma nação outrora poderosa, nos tempos do imperador, em comparação com a nova realidade democrática, cheia de derrotas e humilhações. Sebastian Haffner chamou-lhe uma "república sem republicanos". Kurt Tucholwski chamou-lhe: "o negativo de uma monarquia, que só não o é porque o monarca fugiu" (o imperador Wilhelm II viu-se obrigado a abdicar). Em relação a essa situação política, que alguns compararam a um presente envenenado à democracia, acabou por lançar os fundamentos que permitiram mais tarde a Adolf Hitler posicionar-se como o salvador de um regresso ao passado imperial e de humilhação da Alemanha e implantar o nazismo. 1933 é o ano terminal da República, já que, embora a constituição de 1919 não tenha sido revista até ao final da Segunda Guerra Mundial, as reformas levadas a cabo pelo partido nazista invalidaram-na muito antes. A continuidade entre o Império e a República de Weimar, do modo como ela surgiu com a queda da monarquia, em novembro de 1918, e da eleição da Assembléia Constituinte alemã, em janeiro de 1919, foi na realidade substancial. De certa maneira, até a instituição do monarca continuou existindo numa forma modificada: o cargo de Presidente do Reich, eleito pelo povo, era dotado de poderes tão fortes que até os contemporâneos já falavam de um “substituto do imperador” ou “imperador-substituto”. Também no aspecto moral, não houve um rompimento com o Império. Não houve um debate sério acerca da questão da culpa pela guerra, embora (ou porque) os documentos alemães falassem uma linguagem clara: o governo do Reich, após o assassinato do herdeiro do trono austro-húngaro em Sarajevo, em 28 de junho de 1914, tinha acirrado conscientemente a crise internacional e fora, por isso, o responsável principal pela eclosão da I Guerra Mundial. A conseqüência da falta de uma discussão acerca da culpa pela guerra foi o surgimento da lenda da inocência alemã. Juntamente com o mito da punhalada pelas costas (segundo o qual a traição da pátria levou a Alemanha à derrota), ela contribuiu para descreditar a legitimidade da primeira democracia alemã. O Tratado de Versalhes, que a Alemanha foi obrigada a assinar em 28 de junho de 1919, foi interpretado por quase todos os alemães como uma injustiça gritante. Os motivos foram a entrega de territórios a outras nações, sobretudo daqueles que foram entregues a recém-criada Polônia, os prejuízos materiais em forma de reparações, a perda das colônias e as restrições militares, que foram justificados com a culpa do Império e seus aliados pela guerra. Também foi considerada injusta a proibição da união da Alemanha com a Áustria. Depois de ter desaparecido o empecilho principal para a realização da grande solução alemã, com a derrocada da monarquia dos Habsburgos, os governos revolucionários em Viena e Berlim tinham se pronunciado pela união das duas repúblicas de língua alemã. Eles podiam estar seguros da popularidade dessa exigência nos dois países. A proibição dessa união nos Tratados de Paz de Versalhes e Saint Germain não conseguiu evitar o fortalecimento da idéia da grande Alemanha e conseqüente busca pelo espaço vital. Ela se juntou ao renascimento da antiga idéia do Reich: a Alemanha, exatamente por ter sido vencida militarmente e estar sofrendo as conseqüências da derrota, estava suscetível às seduções emanadas de um passado idealizado. O bloqueio econômico provocado pela Primeira Guerra Mundial levou os alemães a substituir matérias-primas importadas, a racionar produtos e a controlar preços. Terminada a Guerra, a Alemanha perdeu territórios na Europa e suas colônias, devendo ainda pagar elevadas reparações de guerra. Internamente, reforçaram-se as tendências nacionalistas de direita, em oposição ao radicalismo de esquerda. Em 1923, ocorreu na Alemanha uma hiperinflação: em janeiro, um dólar equivalia a 18 mil marcos; em 15 de novembro, a cotação era de um por 4,2 trilhões de marcos (Flamant, 1973, p. 32). Devido às dificuldades econômicas, percebeu-se que a Alemanha não poderia pagar tais reparações. 3.1) Breve prosperidade antes do fim Gustav Stresemann, chanceler por cem dias em 1923 e ministro das Relações Exteriores até a morte, em 1929. Entre 1924 e 1929 houve um breve período de reconstrução, graças à influência que adquiriu Gustav Stresemann, um nacionalista contra qualquer tipo de extremismo. Empréstimos externos foram empregados na modernização da indústria. Com a ajuda dos EUA, elaborou-se o Plano Dawes para possibilitar que o país arcasse com suas obrigações de guerra sem se arruinar completamente. A política externa de Stresemann recuperou para a Alemanha a igualdade de direitos através do Tratado de Locarno (1925) e do ingresso do país na Liga das Nações (1926). A arte e as ciências floresceram nos "dourados anos 20". Em 1924, o país recebeu um empréstimo externo para iniciar a recuperação industrial. A partir daí, aumentou o afluxo de capitais internacionais, sobretudo da Inglaterra e dos EUA, iniciando um período de rápido crescimento econômico (Niveau, 1969, p. 217). Após a morte do social-democrata Friedrich Ebert, primeiro presidente republicano, foi eleito chefe de Estado, em 1925, o ex-marechal Hindenburg. Candidato da direita, ele seguiu à risca a Constituição, embora não fosse partidário do Estado republicano. O declínio da República de Weimar começou com o colapso da bolsa de Nova York e a crise econômica mundial de 1929 – mesmo ano em que morreu Stresemann. A história dos anos seguintes foi marcada pela ascensão, nas eleições de 1930, dos ultranacionalistas (nacional-socialistas) e dos marxistas (comunistas). Em seu radicalismo, ambos aproveitaram-se do desemprego (que atingia 4,4 milhões de pessoas em 1930) e da miséria geral. Em 1931, a crise levou à quebra dos bancos e, em 1932, a situação se agravou ainda mais: os desempregados somavam 5,6 milhões e o marechal Hindenburg foi reeleito presidente, com Hitler em segundo lugar. Em 1931, para melhorar sua posição competitiva no exterior, o governo alemão aplicou um corte linear de preços e salários e impôs licenças de importação e restrições à saída de capitais e realizou acordos bilaterais. Essas medidas, no entanto, não foram suficientes para enfrentar a concorrência da Inglaterra, que havia desvalorizado sua moeda em 30%. BANCADAS DO REICHSTAG 4.1) Bancada Social-Democrata Integrantes: Eduard Bernstein Karl Kautsky Karl Korsh Friedrich Naumann Rudolf Hilferding Wilhelm Sollmann A bancada Social-democracia defende a liberdade em todos os sentidos, a igualdade, a justiça social e a solidariedade. Ou seja, o objetivo é tornar o capitalismo mais igualitário. As ideologias de esquerda são, em grande medida, influenciadas pelas proposições de Karl Marx e Friendrich Engels elaboradas no século XIX. Na maioria dos casos, os socialistas revolucionários almejavam introduzir o socialismo e a democracia nos países. Mas o movimento que caracteriza efetivamente a Socialdemocracia como a entendemos hoje é resultado de uma ruptura ocorrida no interior do movimento socialista no início do século XX. Tal ruptura fez a distinção entre os que acreditavam ser preciso haver uma revolução para implantação do socialismo e os que entendiam que o objetivo poderia ser alcançado através de um caminho natural. Não tratava-se de uma rejeição ao marxismo, porém não mais uma leitura ortodoxa. Os novos partidos e movimentos socialistas surgidos nesse momento continuavam se declarando marxista, só que o processo pretendido para chegar ao socialismo era a evolução da sociedade. Socialistas ortodoxos e revisionistas permaneceram unidos até a eclosão da Primeira Guerra Mundial, quando tiveram divergência de postura sobre o conflito. A Revolução Russa de 1917 foi outro evento que fragmentou os socialistas. A partir de então, os socialistas revisionistas passaram a ser chamados de sociais-democratas e os ortodoxos passaram a ser chamados de comunistas. Diferença que se solidificou na década de 1920 e em diante. 4.2) Bancada Nazista: Integrantes: Heinrich Himmler Joseph Goebbels Albert Speer Rudolf Hess Hermann Göring Martin Bormann Bancada nazista é conservadora e totalmente extremista. Questiona a rendição da Alemanha na 1ª Guerra e diz que os atuais governantes são culpados da vergonha e humilhação que o povo alemão es´ta sofrendo. A crise política é feroz no território gtermânico, e, os judeus, proprietários de grandes negócios e bancos deixaram de investir, para nao ter prejuízo. Todas as dificuldades que a Alemanha estava passando serviam como base para as suas generallizações e críticas autoritárias em relação ao governo, classes sociais, raça, religiões. Alegavam que para um país ser forte, era necessário um governo totalmente centralizado, ditatorial, formando uma forte união entre o Estado, o povo e o exército. 4.3) Bancada Comunista Integrantes: August Thalheimer Heinrich Brandler Paul Frölich Ernst Thälmann Wilhelm Pieck Ernst Togler A bancada Comunista segue como ideologia politica e socioeconômica de que é necessario uma sociedade mais igualitaria na republica de Weimar, questionam a entrada da Alemanha na 1ª Guerra mundial, pois afirmavam que a guerra não interessava a nenhum país, mas sim aos interesses burgueses e capitalistas. Após as eleições de 1930 a bancada comunista ocupava 77 lugares parlamento, construindo criticas contra a ideologia nazista e causando assim instabilidades politicas. A bancada tem como ideologia o comunismo, que defende, uma sociedade sem classes sociais, igualitária e apátrida, com base na propriedade comum, e no controle das propriedades e meios de produção. 4.4 Bancada Capitalista Integrantes: Gotthard Sachsenberg Heinrich Brüning Wilhelm Groener Kurt von Schleicher Franz von Papen Otto Karl Gessler (or Geßler) A bancada capitalista tem o principal objetivo de estabelecer o predomínio do livre comércio e desenvolvimento livre de impostos. Possui ajuda dos Estados Unidos da América, na questão política, a dúvida permanece em relação à democracia. para os capitalistas, o dinheiro e a estabilidade da economia são essencias para a retomada do crescimento e orgulho alemão, as duas vertentes: conservadorismo e Liberalismo divergem no nível de interferência e participação do governo e o estado na economia alemã 5) Guia de imprensa: Völkischer Beobachter era o jornal do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (NSDAP). Era distribuído semanalmente, em 8 de fevereiro de 1923 passou a ser diário. O "Jornal do combatente do movimento Nacional Socialista da Grande Alemanha" (Kampfblatt der nationalsozialistischen Bewegung Großdeutschlands), tem suas origens no Münchner Beobachter que em 1918 foi adquirido pela Sociedade Thule e em Agosto de 1919 tornou-se Völkischer Beobachter. O NSDAP comprou-o em 1920 a partir da iniciativa de Dietrich Eckart que tornou-se o primeiro editor. Inicialmente a tiragem do jornal era de 8.000 cópias, mas aumentou para 25.000 no outono de 1923 devido a um aumento da demanda durante a Ocupação do Ruhr. Nesse ano Alfred Rosenberg tornou-se editor. Com a proibição do NSDAP depois do Putsch da Cervejaria em 9 de Novembro de 1923, o jornal teve sua publicação encerrada e só foi reiniciada em 26 de fevereiro de 1925 durante a reestruturação do partido. A circulação do jornal crescia acompanhando o sucesso do movimento Nacional Socialista, vendeu cerca de 120.000 exemplares em 1923 e 1.7 milhões em 1944. No final de abril de 1945, alguns dias antes da capitulação alemã na Segunda Guerra o jornal teve sua publicação encerrada. O Vossische Zeitung (mais precisamente: "(Königlich Privilegierte) Berlinische Zeitung von Staats- und Gelehrten Sachen") foi o bem conhecido jornal liberal alemão que foi publicado em Berlim(1721–1934). Seu predecessor foi fundado em 1704. Entre os editores da "tia Voss" estavam Gotthold Ephraim Lessing, Willibald Alexis, Theodor Fontane e Kurt Tucholsky. Até o segundo ano do Terceiro Reich, foi geralmente lembrado como o jornal nacional alemão de registro, como o The Times e Le Monde. Foi então removido pelo partido governista e sucedido pelo órgão da NSDAP - Völkischer Beobachter. Esse, em troca, caiu junto a outros produtos do estado nacional socialista com o fim da Segunda Guerra Mundial e os jornais na Alemanha tem geralmente sido apenas locais desde então. O jornal alemão Die Rote Fahne ( “The Red Flag”) foi criado em 09 de novembro de 1918 por Karl Liebknecht e Rosa Luxemburgo em Berlim, primeiro como órgão do Spertakusbund, ala da esquerda revolucionária. Após a fundação do Partido Comunista da Alemanha (KPD) em 1 de janeiro de 1919, voltou sua publicação central para o partido, até 1945. Proibido depois do fim da República de Weimar e do incêndio do Reichstag, em 1933, fpoi distribuido ilegalmente durante a ditadura nazista por grupos aliados ao Partido Comunista até 1942. 6) Application 6.1. O que é o Application O Application é um texto de total autoria do candidato, que deve ser enviado para a diretoria do comitê para que tenha a chance de conseguir a representação que deseja. 6.2. Como deve ser a. Representações Padrões Antes da elaboração do texto, o candidato deve verificar a lista de representações e escolher cinco nomes como opções de representação, porém o texto deve ser feito com base em apenas uma representação, que deve ser a mais desejada pelo candidato. Os nomes devem estar em ordem de preferência, sendo o primeiro nome o da representação usada pra elaboração do texto, e os outros quatro, opções secundárias caso não consiga a representação inicial (o sistema de seleção de applications está explicado mais a frente). Após as escolhas, o candidato deverá redigir um texto que contenha a posição política de sua representação em vista das crises e revoltas presentes no miniguia. O application deve ser redigido com fonte Arial ou Times New Roman tamanho 12 com espaçamento e margens padrão, ocupando de 10 a 20 linhas. Para que o application tenha qualidade, é aconselhável que o candidato faça uma pesquisa acerca da representação escolhida além do mini-guia. O candidato que redigir um texto para ter uma representação padrão não pode optar secundariamente por uma representação na imprensa. b. Imprensa O candidato às vagas de imprensa tem como objetivo redigir um texto – dentro das mesmas especificações das representações gerais - expondo a posição do Jornal escolhido em relação ao assunto tratado pelo comitê, além da maneira como é escrito e sua possível influência nas decisões internas. A primeira e a segunda opção de jornal devem ser indicadas, mas o texto só deve ser feito para a primeira. A terceira opção será automaticamente o jornal não escolhido. Os padrões de escolha são os mesmos para as representações padrões. 6.3. A entrega Depois de terminado, seguindo todas as instruções citadas acima, o application deve ser enviado para o email: até o dia ________ [email protected] 6.4. Seleção dos Applications Os applications serão lidos pelos diretores e julgados pela sua qualidade. Se apenas um delegado fizer application para uma representação, este conseguirá a vaga - se o texto estiver dentro das normas explicadas anteriormente. Caso haja mais de um application para a mesma representação, os diretores do comitê irão comparar a qualidade dos dois e decidir qual dos delegados ficará com a representação em questão, sendo que o delegado que não conseguir ficar com a representação inicial ficará automaticamente sua segunda opção. Caso dois delegados não consigam a primeira opção e tenham suas segundas opções coincidindo, seus applications serão comparados, e o candidato que produziu o texto de maior qualidade ficará com a representação - mesmo que o texto não tenha ligação com a nova opção - e assim sucessivamente. Os delegados serão informados se conseguiram a representação que desejam por um e-mail de notificação enviado pela diretoria do comitê. 6.5 Propostas de Applications para o Comitê a. Padrão Os candidatos devem escolher o personagem e responder as Seguintes perguntas: A) Como o seu personagem iria resolver os problemas de pressão internacional que recaiem sobre a Alemanha? B) Que medidas deveram ser tomadas para resolver os problemas nacionais alemães apontados no mini-guia? C) Como a Alemanha deverá agir para conseguir prosperidade ecônomica, e um crescente desenvolvimento no cenario mundial? OBS: Deverá ser seguido a risca as ideologias da bancada e do personagem escolhido para responder as perguntas. B. Imprensa Para o texto deverá ser elaborado uma matéria no estilo jornalístico padrão, que varia dependendo da escolha do jornal, partindo da seguinte questão: “Em meio a uma crise politica, econômica, e social na republica de Weimar, quais as ideologias e atitudes tomadas pelas imprensas para reportar as decisões parlamentares?” 7. Bibliografia http://www.dw.de/dw/article/0,,407943,00.html http://www.infoescola.com/historia/liga-das-nacoes/ http://www.jstor.org/discover/10.2307/260179?uid=3737664&uid=2129&uid=2& uid=70&uid=4&sid=55855837383 http://www.theaerodrome.com/aces/germany/sachsenberg.php http://www.pourlemerite.org/ http://motherearthtravel.com/history/germany/history-12.htm http://www.infoescola.com/politica/social-democracia/ FILME: ARQUITETURA DA DIREÇÃO: Peter NARRAÇÃO: Bruno DESTRUIÇÃO Cohen Ganz Suécia 1992 - 121 minutos http://www.foils.org/sach.htm http://74.125.93.104/translate_c?hl=en&sl=nl&u=http://www.forumeerst ewereldoorlog.nl/wiki/index.php/Gotthard_Sachsenberg&prev=/search %3Fq%3D%2522gotthard%2Bsachsenberg%2522%26start%3D10%2 6hl%3Den%26safe%3Doff%26client%3Dfirefoxa%26channel%3Ds%26rls%3Dorg.mozilla:enUS:official%26hs%3DGAq%26sa%3DN&usg=ALkJrhgMSD_xlnMgVYjko-nwsyukjUJeA