Reino Plantae I Algas Algas pluricelulares, vegetais sem órgãos

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Reino Plantae I
Algas
Algas pluricelulares, vegetais sem órgãos especializados
Alga é uma palavra que vem do latim e significa "planta marinha". Mas nem todas as espécies de algas são
plantas na atual classificação dos seres vivos e nem todas elas vivem no mar. Uma característica comum em
todas elas é a presença de clorofila em suas células.
Já vimos em capítulos anteriores, as cianofíceas (algas azuis), no reino das moneras, e também as algas
unicelulares eucariontes, no reino dos protistas. Aqui apresentamos as algas pluricelulares, classificadas dentro
do reino das plantas.
Características:
As algas não possuem tecidos e órgãos especializados. Sendo assim, não tem raiz, caule, folha e nem flor; seu
corpo é um talo, e, por isso, são chamadas de talófitas.
Existem algas pluricelulares de diferentes formas e tamanhos. Elas podem ter a forma de filamentos, lâminas
ou ramos. Muitas vezes, tem a forma de uma folha. Mas, se as examinarmos no microscópio, veremos que elas
não apresentam a estrutura das folhas verdadeiras.
Como vivem:
As algas são encontradas em muitos lugares: nos mares, nos rios, nas lagoas, sobre pedras, troncos de árvores
e outras superfícies muito úmidas.
Elas podem viver fixas, por exemplo, no fundo dos mares, dos rios e sobre rochas. Podem também flutuar na
água; neste caso, podem possuir bolinhas como bóias e não as deixam afundar.
As algas absorvem os sais minerais de que precisam através de toda a superfície de seu corpo.
Cor, fator de classificação:
A cor de uma alga é dada por pigmentos especiais. Entre eles, destacam-se os seguintes exemplos:
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clorofila - possui cor verde;
ficoeritrina - possui cor vermelha;
fucoxantina - possui cor marrom.
De acordo coma predominância de um certo tipo de pigmento nas suas células, as algas podem ter várias
cores. Assim, as algas pluricelulares compreendem as clorofíceas, rodofíceas e feofíceas.
Clorofíceas (algas verdes):
Por possuírem clorofila, como pigmento predominante em suas células, as clorofíceas são verdes. Este grupo
compreende muitas espécies, que são predominantemente aquáticas, podendo viver em água salgada e em
água doce.
Como exemplo, podemos citar as algas marinhas do gênero Ulva, que possuem representantes comestíveis e
chamados de alfaces-do-mar.
Rodofíceas (algas vermelhas):
As rodofíceas possuem bastante ficoeritrina, embora tenham também clorofila. São algas vermelhas e
geralmente macroscópicas e marinhas, mas existem formas que vivem na água doce. Entre as algas
vermelhas, existem formas comestíveis, como as algas do gênero Porphyra.
Feofíceas (algas pardas ou marrons):
As feofíceas possuem bastante fucoxantina e são geralmente macroscópicas e marinhas. São as algas pardas
ou marrons. Algumas espécies podem medir mais de 50 metros de comprimento.
A alga parda Laminaria é um exemplo de alga comestível; assim como os demais exemplos de algas
comestíveis, essa alga é bastante consumida como alimento, principalmente pelos povos orientais.
Reprodução das algas:
As algas podem se reproduzir de forma sexuada ou assexuada.
A reprodução assexuada se dá, principalmente, através de esporos. Outra forma de reprodução assexuada
ocorre com pedaços destacados da alga, que brotam originando novas algas.
A reprodução sexuada é feita através dos gametas, que são trocados pelas algas.
As algas e o meio ambiente:
As algas oferecem importantes contribuições ao meio ambiente.
Tanto as unicelulares quanto as pluricelulares realizam fotossíntese. Elas são responsáveis por mais de 70% do
gás oxigênio liberado diariamente na Terra, principalmente as unicelulares flutuantes, que fazem parte do
chamado fitoplâncton.
Assim, as algas são responsáveis, em grande parte, pela renovação do oxigênio do ar atmosférico e daquele
que se encontra misturado na água, necessário aos seres aquáticos aeróbicos.
As algas também constituem a fonte mais importante de alimento, direta ou indiretamente, para a grande
maioria dos seres vivos aquáticos.
Algas úteis:
Certas algas marinhas pluricelulares são excelentes fertilizantes. A Sargassum, uma feofíceas, é um exemplo de
alga que, depois de ressecada e moída, fornece um adubo muito rico em sais minerais diversos. Misturadas ao
solo, essas algas o enriquecem com as substâncias necessárias à vida das plantas.
Em certos países, como o Japão, algumas algas são muito usadas na alimentação humana. Nos restaurantes de
dieta macrobiótica é comum o consumo de algas.
As algas podem também ser empregadas na indústria como fontes de alginatos, muito importantes
especialmente na indústria de alimentos - como, por exemplo, dar consistência ao sorvete - e na fabricação de
cosméticos, como sabonetes e pastas de dente.
As algas vermelhas do gênero Gelidium fornecem uma substância chamada ágar, que é aproveitada como
matéria-prima para remédios, laxativos e gomas. O ágar é muito utilizado também em laboratórios e em
faculdades, como meio de cultura para desenvolvimento de microrganismos. O ágar foi usado, na Grécia
antiga, como produto rejuvenescedor e, hoje, vem sendo usado na cicatrização de queimaduras.
As algas e a morte de peixe:
Como você sabe, muitas espécies de algas vivem em água doce. São muito comuns em lagos, represas e
reservatórios. Às vezes, esses ambientes recebem grande quantidade de sais minerais usados como adubo na
agricultura e que são levados até eles pela água de chuvas. Outras vezes, descarregam-se nesses ambientes
lixo, esgoto doméstico e resíduos industriais, materiais geralmente ricos em substâncias orgânicas. Essas
substâncias são decompostas por microrganismos, que liberam sais minerais diversos na água.
Nessas condições, em presença de grande quantidade de sais minerais, certas algas superficiais podem se
reproduzir intensamente, formando um "tapete" sobre a água. Esse "tapete" de algas dificulta a penetração de
luz na água, o que afeta a atividade fotossintetizante de algas submersas. Assim, as algas submersas deixam
de fazer a fotossíntese e, portanto, deixam de liberar gás oxigênio. Isso provoca a morte de seres aeróbicos,
como os peixes, por asfixia. Além disso, as algas submersas morrem em grande quantidade e são
decompostas; a decomposição libera na água substâncias tóxicas e malcheirosas, tornando-a imprópria para o
consumo. Esse fenômeno tem ocorrido em diversos locais no Brasil, como na represa Guarapiranga, na cidade
de São Paulo, e na lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro.
O gás oxigênio produzido pelas algas do "tapete" superficial é liberado, praticamente em sua totalidade, para a
atmosfera.
Referências Bibliográficas em 29/11/2006
http://www.portalbrasil.eti.br/educacao_seresvivos_plantas_algas.htm
Briófitas
Divisão Bryphyta (Briófitas)
Compreendem esta divisão plantas herbáceas e pequenas, sem tecidos condutores (vasos) diferenciados. As
Briófitas (Bryophyta) são vegetais, na maioria terrestres, apresentando características que as separam das
algas e das plantas vasculares. Pertencem a esta divisão os musgos e líquens. Crescem em uma variedade de
substratos, naturais ou artificiais, sob diversas condições microclimáticas. Abrigam vasta comunidade biótica,
como pequenos animais, algas, fungos, mixomicetos, cianobactérias e protozoários. Propiciam condições, em
muitos ambientes, para o desenvolvimento de plantas vasculares devido à capacidade de reter umidade. Nas
briófitas não existem raízes apenas rizóides.
As briófitas possuem aspectos econômicos, pois podem ser utilizadas com indicadores ecológicos. Algumas são
boas indicadoras da qualidade do solo de florestas e das condições de pH e da água em turfeiras. Certos
musgos indicam a presença de cálcio na água, outros indicam a presença de alguns depósitos minerais no solo.
As briófitas também servem para monitorar a poluição por metais pesados, devido à sua grande capacidade de
concentrar esses elementos, e as concentrações de poluentes do ar, além dessas funções. Também podem ser
usadas com alimento para peixes, mamíferos e pássaros, como iscas em pescaria, para controlar a erosão do
solo, umidade e inundações , como ervas medicinais. Na biologia é aplicada em antibióticos, reguladores do
crescimento de plantas, ornamentais em floriculturas, na fabricação de Whisky e o gênero Sphagnum foi usado
na 2ª Guerra Mundial como algodão (anti-séptico).
Primeiros vegetais que se adaptaram à vida terrestre, apresentando tecidos verdadeiros, porém não possuem
tecidos de condução (são avasculares) ou flores. Seus órgãos reprodutores são os anterídios e os arquegônios,
que são protegidos pela epiderme.
As briófitas são consideradas criptógamas, e conseqüentemente, como plantas inferiores, pelo fato principal de
não possuírem estruturas complexas e mesmo sem sistema condutor de seivas. Formam extensos tapetes
verdes em lugares sombreados e úmidos. Com isso, impedem que a chuva penetre a fundo na terra,
protegendo o solo contra a erosão e reduzindo, nas encostas, os riscos de deslizamentos. São basicamente
plantas terrestres. Algumas espécies são de água doce, mas não se conhecem representantes marinhos. Há
ainda briófitas epífitas, que se desenvolvem nos troncos e galhos de árvores. Todo o grupo é destituído de
flores, frutos e sementes.
As briófitas dependem de água para a fecundação, uma vez que o gameta masculino (móvel) necessita de um
meio líquido para se deslocar até o gameta feminino (imóvel). Portanto, embora a maioria dessas plantas seja
terrestre, seus laços de dependência da água não foram totalmente rompidos.
A reprodução ocorre por alternância de gerações ou metagênese. Isso significa que o ciclo inclui uma fase
sexuada e outra assexuada. A fase sexuada (de gametófito) é produtora de gametas e a assexuada (de
esporófito), de esporos. A reprodução de um musgo dióico, ou seja, no qual os sexos estão separados em
plantas distintas, serve para ilustrar o processo. Ao atingirem a maturidade sexual, os gametófitos (a planta
permanente) produzem gametângios masculinos (anterídios) e femininos (arquegônios), em cujo interior se
formam os gametas masculinos (anterozóides) e femininos (oosferas). Os anterozóides podem alcançar os
oosferas por meio de gotas de orvalho ou pingos de chuva.
A união entre o anterozóide e a oosfera (fecundação), que ocorre no arquegônio, determina a formação do
zigoto. Este se desenvolve e dá origem ao esporófito, produtor de esporos, que cresce sob o gametófito
feminino e daí obtém seu alimento.
O esporófito é constituído de uma haste em cuja extremidade há uma cápsula que abriga os esporângios -urnas diminutas onde os esporos se formam por meiose, para serem a seguir expelidos para o meio ambiente.
Em condições adequadas, cada esporo germina e se transforma numa espécie de broto, o protonema, que por
sua vez dará origem a um novo musgo (gametófito), fechando o ciclo.
A Flora briofítica do Brasil conta com 3.125 espécies distribuídas em 450 gêneros e 110 famílias. Este grupo
vegetal é representada por três divisões: Anthocerotae (antóceros); Hepaticae (hepáticas) e Musci (musgos).
Classe Musci
A classe Musci é subdividida em sete subclasses , 700 gêneros e aproximadamente 10.000 espécies. Aqui são
incluídas todas as briófitas com o esporófito mais diferenciado que conhecemos.
Os musgos são vegetais que apresentam o corpo divido em três regiões específicas: rizoíde, caulóide, e filóide.
Reprodução:
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Assexuada: ocorre por fragmentação, quando a planta adulta cresce, divide-se em pedaços
irregulares chamados propágulos, e estes são levados pela ação do vento e da água da chuva até o
solo, germinando e formando uma nova planta.
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Sexuada: Ocorre alternância de gerações (Metagênese).
Gametângios: órgãos produtores de gametas
Planta masculina: Anterídeo - produz anterozóides.
Planta feminina: arquegônio - produz oosferas
Esta divisão possui o maior número de espécies de todas as briófitas, representam mais de 95% dos musgos.
São amplamente distribuídos, mas não toleram temperaturas extremamente elevadas.
Reconhecemos nesta classe 3 ordens, Andreaeales, Sphagnales e Bryales. As duas primeiras ordens são
constituídas cada uma por uma única família e estas, por sua vez, por dois gêneros na primeira e um único da
segunda. A última ordem compreende cerca de 700 gêneros e aproximadamente 14.000 espécies.
Classe Hepaticae
A classe Hepaticae são separadas em duas subclasses e seis ordens, com 330 gêneros e cerca de 8.000
espécies. Aqui são incluídas todas as briófitas com o esporófito mais simples que conhecemos.São hepáticas
folhosas e talosas. As hepáticas folhosas são mais comuns do que as talosas. Classificamos as Hepaticae em
três ordens Sphaerocarpales, Marchantiales e Jungermanniales.
Conceito - o termo hepática (hepato=fígado), deve-se a forma de fígado do gametófito, são briófitas, cujo
gametófito têm forma de fígado e são características de ambientes terrestres úmidos, sobreados. O gênero
mais conhecido é o Marchantia.
Reprodução:
Assexuada: os gametângios ficam localizados na ponta de estruturas denominadas gametóforos.
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Gametófitos masculinos -> anteridióforos -> anterídeos
Gametófitos femininos -> arquegonióforos -> arquegônios.
Nos arquegônios formam-se os zigotos que crescem e originam esporófitos fechando o ciclo com a
produção dos esporos.
Os vegetais desta divisão apresentam as ordens baseada na estrutura do gametófito, principalmente do
gametóforo (estrutura modificada onde se forma o gametângio).
Classe Anthocerotae
Aqui são classificadas as briófitas cujo esporófito é alongado, de crescimento indefinido, sem reta e nas quais
os órgãos de reprodução sexuada se situam dentro do talo do gametófito. São plantas pequenas, talo simples,
lobado, sem nervura central, sem escamas ventrais. Possuem estruturas de reprodução que estão imersas no
talo.
Esta classe consta de uma única ordem, Anthocerotales composta por uma só família Anthocerotaceae com 5
gêneros, dos quais Anthoceros é o maior e mais freqüente, sendo abundante em todo o Brasil, inclusive no
Nordeste, onde é encontrado nas serras. Os gêneros Megaceros e Dendroceros apresentam elatérios
verdadeiros e o gênero Phaeoceros apresenta esporos amarelos.
Conceito: Briófitas que crescem em locais úmidos e sobreados, seu gametófito é folhoso, arredondado, e
multilobado, mede cerca de 2 cm e preso ao substrato por rizóides.
Reprodução: Os gametâgios estão mergulhados nos tecidos dos gametófitos, podendo ser homotálicos ou
heterotálicos. Vários esporófitos são formados em uma mesma planta após a fecundação. Possuindo uma base
e um esporângio alongado, produtor de esporos.
Referências Bibliográficas em 29/11/2006
http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=./natural/index.html&conteudo=./natural/artigos/brio
fitas.html
Pteridófitas
Divisão Pteridophyta
Esta divisão engloba todas as criptógamas vasculares, com uma acentuada alternância de gerações. Aqui o
esporófito é a geração mais desenvolvida e apresenta maior diferenciação anatômica e morfológica. O
gametófito ou é uma lâmina verde que vive na superfície do solo, apresentando rizóides, ou subterrâneo e
incolor vivendo como saprófita; emcertos casos o prótalo é incolor e muito reduzido, nunca abandonando a
membrana do esporo que o originou. A fecundação sempre se processa por intermédio de anterozóides
flagelados.
As pteridófitas foram os primeiros vegetais a conquistarem definitivamente o ambiente terrestre. Entretanto
ainda dependem da água para a fecundação (quimiotactismo). São plantas criptogâmicas, vasculares,
cormófitas. Ou seja, são vegetais que não apresentam flores, possuem vasos condutores de seiva (xilema e
floema) e o aparelho vegetativo com raiz, caule e folhas bem desenvolvidas. Estas características permitiram
um maior crescimento da planta. Foram os primeiros vegetais cormófitos (raiz, caule e folha) e os primeiros
vegetais com heterosporia (produzem esporos diferentes por meiose).
Compreendem esta divisão 5 classes: Psilophytopsida, Lycopsida, Psilotopsida, Articulatae e Filices, sendo que
Rhyniophyta, Zosterophyllophyta, Trimerophytophyta foram extintas no fim do Devoniano.
1. Classe Psilophytopsida
2. Classe Lycopsida
3. Classe Psilotopsida
4. Classe Articulatae
5. Classe Filices
Classe Psilophytopsida
Os vegetais desta classe possuem caule vascularizado e fotossintetizante; ausência de raízes (presença de
rizóides unicelulares); ausência de folhas (presença de escamas).
A divisão compreende os vegetais vasculares mais simples, possuindo esporófito de tamanho relativamente
pequeno quando comparado às demais Pteridófitas, com caule cilíndrico fotossintetizante, cilindro vascular tipo
prostele pouco lignificado e sem folhas ou raízes, apresentando apenas escamas ou rizóides.
Encontra-se sempre em simbiose com fungos. Existem apenas dois gêneros atuais, Psilotum e Tmesipteris, o
primeiro característico de regiões tropicais e o segundo nativo da Nova Zelândia e Austrália.
Classe Lycopsida
Os vegetais desta classe possuem caule, raízes e folhas verdadeiras (vascularizadas). Essa divisão compreende
vegetais vasculares cujo esporófito possui caule, raiz e folhas verdadeiras, vascularizadas. As folhas dispõem-se
espiraladamente ao redor do caule e são do tipo micrófila (vascularizadas).
A classe apresenta apenas 5 gêneros atuais (entre elas, Lycopodium, Selaginella e Isoetes), amplamente
distribuídos em regiões tropicais e temperadas.
Classe Psilotopsida
Compreende esta classe uma só ordem Psilotales - com as características da classe.
Classe Articulatae (=Sphenopsida)
Os representantes desta classe são caracterizados primariamente pelo caule articulado, com folhas micrófilas
dispostas verticiladamente nos nós e por formarem densos estróbilos terminais. O único gênero vivo
isosporado, assim como a maioria dos representantes fósseis que eram heterosporados. Reconhecemos nesta
classe 5 ordens: Hyeniales, Pseudoborniales, Sphenophyllales, Calamitales e Equisetales. As quatro primeiras
são conhecidas como fósseis, e a última com muitos representantes fósseis e um único gênero vivo.
Classe Filices (=Pteropsida)
Os vegetais desta classe apresentam caule, raízes e folhas verdadeiras (vascularizadas); folhas macrófilas (com
exceções), vernação circinada e conseqüente presença do báculo.
Como exemplos de pteridófitas podemos citar as samambaias, avencas, xaxins, entre outros. As samambaias
apresentam importância ornamental, econômica e industrial. O xaxim (Dycksonia sellowiana) é visto como um
vaso orgânico - é um entrelaçado de raízes adventícias que saem do caule de certas samambaias que retém
umidade.
Ainda apresentam importância ecológica pois são base da cadeia alimentar, além de abrigarem muitas espécies
de epífitas (vivem em cima de outros vegetais sem prejudicar). O xaxim vem sendo explorado ilegalmente de
nossas florestas, sendo praticamente ameaçado de extinção, devido à intensa comercialização. Para tanto,
criaram uma Resolução do CONAMA, N° 278 de 24 de maio de 2001, que suspende as autorizações para corte
e exploração de espécies de xaxim (Dycksonia sellowiana) no bioma da Floresta Atlântica. Outra pteridófita
muito explorada é a Rumohra adiantiformis, suas frondes são brilhantes e de cor verde escura. São plantas
ornamentas geralmente utilizadas em arranjos florais. A longevidade na água pode atingir 14 dias.
Dentre as espécies de Pteridophyta, 29% ou 2.593 espécies são epífitas, representadas em 13 famílias com 92
gêneros, sendo Polypodiaceae a quarta família mais importante em número de espécies epifíticas vasculares.
Além de Polypodiaceae, as famílias Hymenophyllaceae, Grammitidaceae, Vittariaceae e Lycopodiaceae se
destacam por apresentarem muitas espécies epifíticas.
As pteridófitas epifíticas apresentam uma estratégia denominada poiquiloidria: podem dessecar a fronde e
subsistir com pequena fração de água tomada da atmosfera; saturam-se prontamente quando chove e
prosseguem em suas atividades vitais até novo dessecamento.
Reprodução e Fecundação
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Quimiotactismo: oosfera atraí o anterozóide através de substâncias químicas que se desloca pela água
Fase duradoura: Esporófito. A fecundação ocorre sempre com a participação da água. O protalo é uma
estrutura, geralmente, pequena, verde e em forma de lâmina vivendo acima do solo. Em alguns casos
ele pode ser saprófita e ser encontrado dentro do solo, sendo neste caso incolor. Não importando sua
forma ele tem um período de vida curto não ultrapassando algumas semanas (em situações especiais,
caso não haja a fecundação o protalo pode viver durante anos).
Evolução e Origem
Evoluíram a partir de algas semelhantes a clorofíceas com talos complexos, alternância de gerações e
meristemas apicais.
Com relação a origem das primeiras plantas vasculares encontramos explicações que diferem da simples
evolução direta a partir das algas verdes. A origem pode estar em simbioses de algas verdes e fungos
(liquens). A origem pode estar em um parasitismo por fungos que rapidamente se transformou em mutualismo
e terminou por uma aquisição por parte da planta hospedeira do genoma fungal. Assim as plantas vasculares
evoluíram com as várias contribuições do genoma fungal que levou a especialização de várias células. O corpo
do vegetal seria, então, um mosaico onde seriam encontradas várias células de algas e fungos adicionado de
várias formas intermediárias.
Localização e Morfologia
São encontradas desde ambientes desérticos até ambientes aquáticos, podendo ser, também, epífitas. Seu
tamanho pode variar bastante podendo ser pequenas como a aquática Salvinia até espécies arborescentes
como o samambaiaçu, Cyathea com mais de 5m.
Algumas pteridófitas apresentam diferenciação em suas folhas. Assim um tipo de folha se encarrega das
funções vegetativas, sendo neste caso chamada de trofófilo e um segundo tipo que se encarrega, além das
funções vegetativas das funções reprodutivas, sendo chamada esporófilo. A esse fenômeno dá-se o nome de
heterofilia.
A folha, o caule e a raiz são bem desenvolvidas sendo esta última protegida pela coifa. Todos com vasos
condutores. Seus representantes mais relevantes se encontram nas seguintes classes: Lycopsida (Lycopodium
e Selaginela), Equisetatae (composta apenas pelo gênero Equisetum), e Filicatae (fetos arborescentes, salvinia,
samambaias).
Referências Bibliográficas em 29/11/2006
http://www.ambientebrasil.com.br
Gimnospermas
As gimnospermas são as primeiras plantas que apresentam semente durante o processo de evolução biológica
dos vegetais. A origem do nome está relacionada com a presença destas sementes que estão desprotegidas de
frutos, isto é, sementes nuas.
Características Gerais
As gimnospermas marcam evolutivamente o aparecimento das sementes como conseqüência da heterosporia,
que é a produção de dois tipos de esporos, um masculino micrósporo, e outro feminino - megásporo. Os
elementos reprodutivos estão reunidos em estróbilos, que correspondem às flores das gimnospermas. São
plantas traqueófitas, pelo fato de possuírem vasos condutores do tipo xilema e floema, que apareceram, pela
primeira vez, durante a evolução das pteridófitas. A partir das gimnospermas ocorre a independência da água
para a reprodução, deixando de ser por oogamia, passando a ser por sifonogamia, com o desenvolvimento de
um tubo polínico, que carrega o gameta masculino até a oosfera.
O ciclo de vida é do tipo haplodiplobionte, com alternância de gerações das fases gametofítica e esporofítica,
sendo esta última predominante. E > GO crescimento da madeira
Por suas características, as gimnospermas se adaptaram muito bem à vida em terra firme, longe da água. Elas
possuem vasos lenhosos (xilema), cujas células são cobertas por lignina ou madeira, que oferecem rigidez ao
vegetal. À medida que a planta cresce e se torna mais grossa, vão surgindo novas camadas de células
endurecidas. Deste modo, a planta é capaz de manter-se erguida para melhor captar a luz solar, podendo
atingir alturas elevadas.
Gigantes e patriarcas As coníferas são as grandes árvores gimnospermas presentes nas regiões tropicais e
temperadas do planeta. São os vegetais capazes de viver mais tempo. Entre os pinheiros da Califórnia, há
exemplares com mais de 4.600 anos. No Hemisfério Norte, as coníferas formam extensos bosques em zonas de
clima rigoroso que não podem ser povoadas por outras árvores.
Hábitat
São plantas predominantemente de regiões temperadas, localizadas em grandes florestas nos Estados Unidos e
Europa. No Brasil estão localizadas principalmente na mata das Araucárias no sul do país (pinheiro-do-paraná)
e são muito utilizadas como plantas ornamentais em jardins de casas e em praças públicas. A floresta de
pinheiros (Araucaria sp) do sul do Brasil é uma das grandes formações vegetais ameaçadas de extinção. A
produção de pinho na região representa 75% da produção de madeira no Brasil. Só no Paraná, 5 milhões de
hectares foram devastados em 20 anos (dados de 1982: Mizuguchi, Y., Almeida J., Pereira L. Introdução à
Ecologia, 1ª ed.).
Não há possibilidade de recomposição, pois as áreas são utilizadas para pastoreio ou culturas economicamente
importantes. Da semente da Araucaria angustifolia (pinheiro-do-paraná ), obtém-se o pinhão. Os
representantes mais comuns das gimnospermas são os pinheiros, pinnus, cycas, tuias, sequóias entre outras.
Divisão das Gimnospermas
A divisão Gimnospermas está dividida em três subdivisões: Cycadicae, Pinicae e Gneticae.
Na primeira subdivisão, Cycadicae, encontramos gêneros como Cycas e Zamia, que são Gimnospermas
semelhantes a pequenas palmeiras ou samambaiaçus, com folhas largas e pinadas e caule não ramificado.
Caracterizam-se ainda pela ausência de canais resiníferos.
Na segunda subdivisão, Pinicae, encontramos Gimnospermas de folhas simples, em geral pequenas, cujo caule
é ramificado e apresenta vigoroso crescimento secundário. Fazem parte deste grupo as chamadas coníferas
(ordem Pinales), com gêneros como Pinus, Araucaria, as gigantescas Sequoia e Sequoiadendron, Cupressus,
Juniperus, Taxus, Podocarpus, e muitos outros. São de grande importância econômica, seja por sua abundante
produção de resina, seja pela qualidade de sua madeira, utilizada na fabricação de móveis e papel. A espécie
Gingko biloba é considerada um fóssil vivo. Permanece até hoje graças ao cultivo milenar realizado por monges
chineses.
A terceira subdivisão reúne três gêneros de relações filogenéticas duvidosas: Gnetum, Ephedra e Welwitschia.
Possuem em comum características especiais como a presença de elementos de vaso no lenho secundário,
estróbilos compostos, óvulos com dois envoltórios (tegumentos), ausência de canais resiníferos.
Reprodução de Gimnospermas
O ciclo do pinheiro é tomado como padrão de reprodução das gimnospermas, sendo um organismo dióico, isto
é, de sexos separados, que se diferenciam pelos tipos de estróbilos produzidos, sendo um masculino e outro
feminino. No ciclo vital das gimnospermas, alternam-se duas espécies de seres. Todas as plantas (esporófitos)
possuem esporângios agrupados em cones, onde são produzidos pequenos esporos masculinos (os grãos de
pólen) e esporos femininos, muito maiores. Os esporângios femininos localizam-se em órgãos de forma cônica,
chamados pinhas, freqüentemente recobertos por escamas endurecidas (carpelos). As escamas encaixam-se
perfeitamente umas nas outras e só se abrem depois da fecundação, para liberar a semente. As pinhas são as
flores femininas. Os esporângios masculinos encontram-se nos órgãos chamados cones masculinos, bastante
semelhantes às pinhas, mas com escamas menos duras e menores (estames). Trata-se de uma estrutura muito
mais frágil, que se abre para liberar os grãos de pólen. Os cones masculinos são as flores masculinas. Os
esporos femininos germinam no próprio esporângio e dão origem a uma pequena planta (gametófito feminino),
que produzirá uma oosfera. Os grãos de pólen desprendem-se do esporângio e são levados até o gametófito
feminino, onde geram um pequeníssimo gametófito masculino, que fecundará a oosfera. Após a fecundação,
uma semente formada se desprenderá, germinará e se transformará em uma nova planta, recomeçando o
ciclo.
Após a fecundação, ocorre a formação da semente que apresenta uma casca dura para proteção, um material
de reserva alimentar para o embrião chamado de endosperma primário e um embrião, que será o futuro
esporófito, geração predominante neste ciclo de vida. A formação das sementes foi um importante passo
evolutivo que os vegetais tiveram para a conquista do ambiente terrestre, pois além de proteger o embrião, as
sementes correspondem a um excelente mecanismo de dispersão geográfica para as espécies vegetais.
Referências Bibliográficas em 29/11/2006
http://gimnospermas.ubbihp.com.br/index.html
Angiospermas
Angiospermas, plantas que produzem frutos
Há aproximadamente 3,5 bilhões de anos, surgiam no planeta os primeiros seres vivos, unicelulares,
procariontes e heterotróficos. Mais tarde, alguns deles tornaram-se capazes de produzir clorofila e sintetizar
seu próprio alimento; eram os primeiros organismos autotróficos. Milhões de anos depois, surgiram os
primeiros seres unicelulares e eucariontes. Após este período o clima esquentou (500 milhões de anos atrás) e
houve períodos de seca e várias plantas ficaram expostas ao ambiente terrestre. Há 300 milhões de anos, é o
auge das pteridófitas, quando o clima da Terra era quente e úmido. Cerca de 50 milhões de anos depois o clima
esfriou um pouco e as gimnospermas, que já existiam, passaram a se dispersar e constituir a vegetação
dominante em ambientes terrestres diversos. Até hoje encontramos as gimnospermas em algumas regiões frias
do planeta.
O clima voltou a esquentar há aproximadamente 130 milhões de anos (*), quando houve grande explosão de
angiospermas. Elas contavam com uma grande vantagem: o fruto.
Além de ser o grupo de plantas que predomina sobre a maioria das comunidades da Terra, ocorrendo em
praticamente todos os biótopos, as angiospermas ou Magnoliophyta também apresentam grande importância
econômica: das 3.000 espécies que são utilizadas pelo homem, 12 são responsáveis por 70% da movimentação
comercial dentro do setor primário, como o milho, soja, trigo, borracha, açúcar e algodão.
A estrutura definitiva das angiospermas, que a caracteriza como grupo monofilético, é o desenvolvimento de
flores com carpelo. O nome, do grego angeion (urna), se refere ao carpelo. Dentro deste grupo podem ser
encontradas flores monóclinas (hermafroditas) ou díclinas (unissexuadas), bem como plantas monóicas (que
produzem flores masculinas e femininas ou hermafroditas) ou dióicas (que produzem flores masculinas ou
femininas). Outras características comuns a todas as plantas deste grupo são:





os tubos crivados do floema e suas células anexas se originam de uma só célula;
as flores andróginas sempre têm os estames externos aos carpelos;
os estames sempre possuem 2 grupos de sacos polínicos e endotécio;
os carpelos são tubulosos (megaesporófilo fechado);
o gametófito feminino possui apenas 8 células ou núcleos.
Isso exclui a possibilidade de ter havido convergência evolutiva para todos estes caracteres entre um número
tão grande de plantas.
A xenogamia (reprodução cruzada) dentro do grupo é assegurada por mecanismos como:




dioicia;
protandria / protoginia (amadurecimento dos órgãos masculinos e femininos em épocas diferentes);
separação espacial de tais órgãos (flores unissexuadas);
autoincompatibilidade genética.
Discussões sobre a origem das angiospermas
A predominância das plantas com "semente protegida" tem sido justificada por algumas
características, que, no entanto, são discutíveis:

proteção dos óvulos pelo carpelo (que não foi suficientemente provada como superior à proteção dada
por uma escama dos cones);

a existência de um endosperma triplóide resultante da fecundação dupla, aumentando a velocidade de
desenvolvimento do embrião (embora existam dentro do grupo endospermas diplóides);

vantagem sobre o desperdício de energia e de tempo típicos da reprodução de Gingko e das cicas, que
formam praticamente a semente inteira sem que haja a fecundação, o que pode sugerir que o
desenvolvimento acelerado do óvulo das angiospermas seja uma vantagem adaptativa derivada do
modelo cicadiano. O tempo levado para formar a semente nesse tipo de gimnospermas é
provavelmente uma das razões por que as gimnospermas são sempre lenhosas, enquanto as
angiospermas foram capazes de desenvolver hábitos herbáceos;

a fecundação relacionada a agentes de polinização, que supostamente evoluíram na mesma época e
houve adaptação, como os insetos (uma vez que uma planta que dependa do vento para a polinização
precisa formar populações de indivíduos preferencialmente próximos uns dos outros, o que pode
restringir sua distribuição). No entanto, esta adaptação não é uma economia de energia propriamente
dita, pois a energia que era gasta produzindo grandes quantidades de pólen nas anemófilas é
comparável ao gasto de energia para produção de atrativos para seres polinizadores, como néctar,
odor e cores;

a evolução de um sistema de condução mais complexo e eficiente, tanto no xilema quanto no floema.
Não há vantagens evidentes na organização do floema, mas o vaso condutor do xilema é,
provavelmente, a maior vantagem adaptativa que as angiospermas têm sobre as gimnospermas. Não
parece, no entanto, que as primeiras angiospermas tivessem tais vasos, tendo eles aparecido mais
tarde, e não só nas angiospermas, mas também em algumas plantas gneticóides. Esse sistema de
condução permite que as plantas não sejam tão xeromórficas quanto as gimnospermas, o que é uma
vantagem na maioria dos ambientes.

Sugeriu-se também que a potencialidade de especiação (formação de novas espécies por isolamento
genético) das angiospermas num período de tempo relativamente curto também é um fator que se
relaciona à predominância deste grupo e sua diversidade, permitindo que houvesse espécies em
praticamente todos os ambientes ecológicos.
As angiospermas apresentam registro fóssil (folhas, pólen, madeira) confirmado desde o Cretáceo Inferior.
Provavelmente se originaram em algum lugar em Gondwana e dali se espalharam para o Norte, mas não se é
capaz de apontar qual grupo ou qual tipo de fóssil se constitui num elo entre as plantas dos períodos anteriores
e as angiospermas.

A evolução inicial deve ter ocorrido longe das bacias sedimentares, em montanhas e planaltos
tropicais, razão pela qual os fósseis das mais primitivas são praticamente inexistentes. Existem
diversas hipóteses que tentam relacionar os grupos de gimnospermas com a provável ancestral (veja
adiante os caracteres considerados primitivos deste grupo, que deveriam estar presentes no
ancestral). Estas são algumas delas e a principal crítica feita à hipótese:

Cycadophytina (cicas) - os caules (madeira) e folhas das cicas são distantes dos das angiospermas, e
é improvável que um estróbilo unissexuado, tão desenvolvido quanto o das cicas fosse capaz de
"involuir" a ponto de formar uma estrutura semelhante a uma flor de Magnólia, que é bissexuada.

Bennettitales - as benetitas tinham estróbilos bissexuados, com as escamas masculinas abaixo das
femininas, e mesmo caules de madeira e ramificação compatível com a de um provável ancestral das
angiospermas. Mas, devido ao aspecto estrutural dos cones, uma modificação dos esporofilos teria
que ser muito grande para originar um estame e maior ainda para originar um carpelo.

Gnetophytina - apesar da semelhança de diversas estruturas, como as folhas e as sementes, a ponto
de uma planta de Gnetum poder ser confundida por alguns com um pé de café, é mais provável que
este grupo seja "irmão" das angiospermas do que seu ancestral. Não há registro fóssil de
Gnetophytina antes do registro de angiospermas, e as características de Gnetum que são semelhantes
às das angiospermas correspondem a um grupo de plantas "derivadas" (flores unissexuadas, com
brácteas/ escamas e estróbilo composto), e não "primitivas", sendo isso hoje em dia atribuído a uma
convergência evolutiva.

Pteridospermales - este grupo é antigo o suficiente para ter originado cicas, benetitas e angiospermas
e não pertence ao grupo das angiospermas, mas sim ao das samambaias. Características como
madeira, nervuras (algumas), câmbio e ausência de estróbilo correspondem ao que supostamente
seria um ancestral do grupo das angiospermas. No entanto, essas plantas ainda não haviam
desenvolvido vasos. Um grupo derivado delas parece ter ainda mais semelhanças, mesmo no aspecto
dos frutos.
(*) Essa data de 130 milhões de anos tornou-se discutível com a descoberta de fósseis de uma folha e de flores
que datam de 220 milhões de anos. A folha possui o padrão das nervuras das angiospermas. Portanto, para a
confirmação de uma data ou outra, ainda são necessários novos estudos e a descoberta de novos fósseis. No
cálculo da data de fósseis e outros objetos é utilizado principalmente o Carbono-14.
Referências Bibliográficas em 29/11/2006
http://www.portalbrasil.eti.br/educacao_seresvivos_plantas_angiospermas.htm
Raiz
A Raiz
Partes da raiz
A raiz é composta de várias partes: a coifa, a zona lisa (ou de crescimento), a zona polífera (dos pêlos
absorventes), a zona suberosa (ou de ramificação) e o colo (ou coleto).
1) Coifa - È uma espécie de capuz que protege a ponta da raiz. Nessa região, existem células pequenas e
relativamente delicadas que se multiplicam intensamente, promovendo o crescimento vertical da raiz. A coifa
envolve e protege essas células contra o atrito com as partículas do solo e contra o ataque de microrganismos
diversos.
2) Região lisa (ou de crescimento) - É a região onde ocorre o alongamento das células que foram produzidas na
ponta protegida pela coifa; o grande alongamento das células, nessa região, permite o crescimento da raiz.
Assim, para que uma raiz cresça bem, deve haver: multiplicação de células (na ponta) e alongamento celular
(na região lisa).
3) Região polífera (dos pêlos absorventes) - Nessa região existem pêlos absorventes, que retiram do solo água
e sais minerais, que vão formar a seiva bruta. É também chamada zona de absorção.
4) Região suberosa (ou de ramificação) - Região na qual a raiz se ramifica, originando as raízes secundárias,
que auxiliam a fixação da planta no solo e aumentam a superfície da absorção.
5) Colo (ou coleto) - Ponto de encontro da raiz com o caule.
Tipos básicos de raízes
Vimos que as angiospermas podem ser divididas em dois grandes grupos: monocotiledôneas e dicotiledôneas.
Nesses grupos, verificam-se dois tipos básicos de raízes: fasciculadas e pivotantes.
Raízes fasciculadas
As raízes fasciculadas compõem-se de um conjunto de raízes finas que têm origem em um único ponto. Não
existe nessas raízes uma ramificação mais desenvolvida que outra. Também chamadas de raízes em cabeleira,
as raízes fasciculadas ocorrem nas monocotiledôneas, como a grama, o milho, a cana, etc.
Raízes pivotantes
Nesse sistema de raízes, existe uma raiz principal, geralmente maior que as demais e que penetra
verticalmente no solo. Da raiz principal partem as raízes laterais, que também se ramificam. As raízes
pivotantes, também chamadas de raízes axiais, ocorrem nas dicotiledôneas, como o feijão, o café, a laranjeira,
o abacateiro, o ipê, etc.
Tipos especiais de raízes
As raízes têm função de absorção e de fixação. Mas algumas plantas possuem tipos especiais de raízes com
outras funções. Passaremos, então, a estudar os seus principais exemplos: tuberosas, escoras, tabulares,
sugadoras e respiratórias.
Raízes tuberosas
As raízes tuberosas contêm grande reserva de substâncias nutritivas e são muito utilizadas na nossa
alimentação. Como exemplos dessas raízes, podemos citar a mandioca, a cenoura, a beterraba, o cará, a
batata-doce e o nabo.
Raízes-escoras
Essas raízes, também chamadas de raízes-suportes, partem do caule e se fixam no solo, aumentando a
superfície de fixação da planta. Geralmente são encontradas nas plantas que se desenvolvem nos mangues,
ambientes de solos movediços; é o caso da planta chamada de mangue-vermelho, do gênero Rhizophora.
Raízes tabulares
As raízes tabulares são raízes achatadas como tábuas que encontramos em algumas árvores de grande porte.
Auxiliam a fixação da planta no solo e possuem poros que permitem a absorção de gás oxigênio da atmosfera.
A sumaúma, da Amazônia, apresenta raízes tabulares.
Raízes sugadoras
São raízes de plantas parasitas, como a erva-de-passarinho, que penetram no caule de uma planta hospedeira,
sugando-lhe a seiva.
Raízes respiratórias ou pneumatóforas
São raízes de algumas plantas que se desenvolvem em locais alagadiços. Nesses ambientes, como os mangues,
o solo é geralmente muito pobre em gás oxigênio. Essas raízes partem de outras existentes no solo e crescem
verticalmente, emergindo da água; possuem poros que permitem a absorção de oxigênio atmosférico.
Referências Bibliográficas em 29/11/2006
http://www.portalbrasil.eti.br/educacao_seresvivos_plantas_angiospermas_raiz.htm
Caule
O caule tem a função de sustentar folhas, flores e frutos, além de conduzir a seiva bruta e a seiva orgânica, ou
elaborada.
A condução das seivas é feita por um sistema de vasos especializados. A seiva bruta é transportada pelos vasos
lenhosos. O conjunto formado por esses vasos é chamado de lenho ou xilema. Já a seiva orgânica é conduzida
pelos vasos liberianos, cujo conjunto é chamado de líber ou floema. O lenho e o líber existem também no
interior de raízes, folhas, flores e frutos.
Partes do caule
O caule é composto de quatro partes: broto terminal, brotos laterais, nó e entrenó.
1) Broto terminal - Situa-se na ponta do caule. Também chamado gema apical, o broto terminal é formado por
milhares de células muito delicadas que podem se multiplicar intensamente, promovendo o crescimento do
caule em comprimento.
2) Brotos laterais - Situados ao longo do caule, esses brotos também são formados pelos mesmos tipos de
células do broto terminal. Quando essas células se multiplicam, originam ramos, folhas e flores.
3) Nó - É a região onde surgem os brotos laterais e as folhas.
4) Entrenó - Região entre dois nós.
Tipos de caule
Os caules, geralmente, crescem acima da superfície do solo. Mas existem caules que crescem embaixo da terra
ou dentro da água. Portanto eles podem ser aéreos, subterrâneos ou aquáticos.
Caules aéreos
Crescem acima da superfície do solo. Podem ser: eretos, rastejantes ou trepadores.
Caules eretos
Os caules eretos crescem em posição vertical em relação ao solo. Podem apresentar-se sob quatro formas:
tronco, estipe, colmo ou haste.
Tronco - É um caule resistente e ramificado, típico das plantas arbóreas, como a mangueira, o jacarandá, a
seringueira e o eucalipto.
Estipe - Caule que não apresenta ramificações. As folhas situam-se na extremidade superior. São exemplos de
estipe os caules das palmeiras e dos coqueiros.
Colmo - Caule apresenta nós e entrenós bem visíveis. Pode ser oco, como o bambu, ou cheio, como a cana-deaçúcar.
Haste - É um tipo de caule frágil, comum nas plantas pequenas, como nas hortaliças salsa, alface, agrião, etc.
Caules rastejantes
Os caules rastejantes desenvolvem-se horizontalmente em relação ao solo, isto é, estendem-se pelo chão.
Exemplos: caules de melancia, abóbora, melão e pepino.
Caules trepadores
Os caules trepadores crescem apoiando-se num suporte qualquer. Exemplos: caules de parreira, chuchu e
maracujazeiro.
Caules subterrâneos
Crescem embaixo do solo. Podem ser de três tipos: rizomas, tubérculos ou bulbos.
Rizomas
Prolongam-se horizontalmente sob o solo, embora produzam ramos aéreos. Exemplo: gengibre.
Tubérculos
Caules curtos e grossos, ricos em substâncias nutritivas. Exemplo: batatinha.
Bulbos
São geralmente globosos ou em forma de disco. Na parte inferior apresentam raízes e na superior, em algumas
plantas, possuem folhas modificadas. Nos bulbos tunicados, como a cebola, as folhas sobrepõem-se umas às
outras. Nos bulbos escamosos, como os da açucena, as folhas têm o aspecto de escamas e dispõem-se como
as telhas de um telhado.
Caules aquáticos
Crescem dentro da água. Geralmente são pouco desenvolvidos e tenros. Exemplo: aguapé.
Modificações do caule
Em algumas plantas, o caule se modifica, desenvolvendo ramificações especiais. Observe, por exemplo, a
parreira. Note que certos raminhos são enrolados em espiral, possibilitando a fixação da planta em um suporte.
Essas ramificações modificadas denominam-se gavinhas.
Outra modificação que alguns caules apresentam são os espinhos ramos curtos, resistentes e pontiagudos, que
funcionam como órgãos de defesa da planta. Veja, por exemplo, um tronco de laranjeira. Os espinhos, neste
caso, são prolongamentos do caule. As folhas de certas plantas também podem se transformar em espinhos,
como você verá no próximo capítulo.
Caules comestíveis
Existem caules que reservam substâncias nutritivas. Por isso podem ser utilizados na alimentação das pessoas
e dos animais. São bons exemplos a batatinha (ou batata-inglesa) e a cana-de-açúcar.
Referências Bibliográficas em 29/11/2006
http://www.portalbrasil.eti.br/educacao_seresvivos_plantas_angiospermas_caule.htm
Folha
A folha geralmente tem forma de lâmina e apresenta a cor verde, devido à presença de clorofila.
Funções da folha
A folha desempenha basicamente duas funções importantíssimas para a vida das plantas: fotossíntese e
transpiração.
Para que seja entendido como a folha realiza essas funções, vamos conhecer os estômatos.
Os estômatos são estruturas existentes na epiderme das folhas, constituídas de duas células especiais, as
células-guardas. Entre essas duas células, existe uma abertura que comunica o interior da folha com o
ambiente externo. Essa abertura é chamada ostíolo. Através dos ostíolos, as folhas fazem as trocas gasosas
entre a planta e o meio externo.
O controle de abertura e fechamento dos ostíolos é feito pelas células-guardas. Quando se enchem de água,
elas empurram a parede oposta ao ostíolo para as laterais e abrem o orifício. Quando falta água, elas murcham
e fecham o ostíolo.
Fotossíntese
A fotossíntese é uma das funções mais importantes da folha. É por meio dela que a planta produz o alimento de
que necessita para se manter viva. Para a ocorrência da fotossíntese, uma planta necessita de gás carbônico,
de água e de energia luminosa. Então, acontecem os seguintes eventos.





O vegetal absorve o gás carbônico do ar atmosférico através dos estômatos.
A água, que a raiz retira do solo, é conduzida até às folhas.
A clorofila, pigmento verde presente nas folhas, absorve a energia da luz solar.
Com o auxílio dessa energia, o gás carbônico e a água são transformados em glicose e oxigênio.
A glicose é utilizada como “combustível” pelas células fotossintetizantes ou é “exportada” para as
demais partes da planta através da seiva orgânica. O oxigênio é liberado para o meio ambiente,
contribuindo para a renovação do ar, e pode também ser utilizado na respiração da própria planta.
Transpiração
Nos dias quentes, principalmente, a maior parte da água absorvida do solo pela planta e que chega até às
células da folha se evapora. Então a água, em forma de vapor, é eliminada para a atmosfera. Esse processo
denomina-se transpiração e é realizado principalmente pelos estômatos.
O processo de evaporação da água retira calor da folha. A transpiração, então, “refresca” a folha, contribuindo
para manter a temperatura em níveis que permitam a atividade de suas células. Se a temperatura de uma
folha ficar muito alta, suas células podem morrer e a fotossíntese logicamente cessa.
A saída dos vapores de água, da folha para o meio externo, é “facilitada” quando a umidade relativa do ar é
baixa. Por isso, a transpiração é geralmente mais intensa nos dias quentes e com baixa umidade do ar.
Para repor a água evaporada e perdida para o meio ambiente na transpiração, as folhas exercem uma espécie
de força de sucção sobre os vasos lenhosos da planta, provocando a subida da seiva bruta.
As folhas respiram?
A respiração celular é um fenômeno que permite extrair a energia contida em substâncias orgânicas diversas,
como a glicose. Na respiração aeróbica, a “queima” da glicose ocorre com a participação do gás oxigênio
retirado do ambiente. No final do processo formam-se gás carbônico e água; a energia extraída é utilizada para
o desempenho das diversas atividades das células.
As plantas são seres aeróbicos. Assim, todas as células vivas de uma planta respiram, utilizando gás oxigênio.
Logo, as células vivas de uma folha respiram, como respiram também as células vivas da raiz, do caule, etc.
Acontece que, para as células respirarem, a planta precisa absorver oxigênio do ambiente, ao mesmo tempo
que elimina gás carbônico. Essas trocas gasosas entre a planta e o meio ambiente é que ocorrem
principalmente nas folhas, através dos estômatos. Mas uma raiz, por exemplo, também realiza essas trocas
gasosas necessárias para a respiração. É por isso que um solo fértil precisa conter, entre outras coisas, uma
quantidade razoável de ar atmosférico.
Sudação: a eliminação de água em gotas
A sudação ou gutação é a eliminação de água em forma de gotículas. Essas gotículas de água, que também
contêm alguns sais minerais dissolvidos, saem por aberturas especiais que se encontram principalmente nos
bordos e nas pontas das folhas.
A sudação ocorre quando o solo está bem suprido de água. Ao contrário da transpiração, é mais intensa à
noite, com grande umidade do ar. Através da sudação, uma planta elimina o excesso de água e de sais
minerais absorvidos do solo. Esse fenômeno representa mais uma função que se pode atribuir às folhas de uma
planta.
Partes da folha
A folha é composta de três partes principais: limbo, pecíolo e bainha.
Limbo
O limbo é a região mais larga da folha. Nele encontram-se os estômatos e as nervuras, que contêm pequenos
vasos por onde correm a seiva bruta e a seiva elaborada.
Pecíolo
É a haste que sustenta a folha prendendo-a ao caule.
Bainha
Dilatação do pecíolo, a bainha serve para prender a folha ao caule.
Classificação das folhas
Uma folha que tenha todas as partes (limbo, pecíolo e bainha) é uma folha completa. Mas nem todas as folhas
são assim. Repare as folhas do fumo e as do milho.
Folha séssil e folha invaginante
Na folha do fumo faltam o pecíolo e a bainha. O limbo prende-se diretamente no caule. Ela é uma folha séssil.
Na folha do milho falta o pecíolo. A bainha é bem desenvolvida e fica em volta do caule. Neste caso, a folha é
invaginante.
Folha reticulinérvea e paralelinérvea
Nas folhas de dicotiledôneas em geral (feijão, laranjeira, etc.), as nervuras se ramificam no limbo, formando
uma rede delas; a folha é, então, chamada de reticulinérvea. Já nas monocotiledôneas (milho, arroz, etc.) é
comum as nervuras do limbo se apresentarem paralelas umas às outras; neste caso, a folha é chamada de
paralelinérvea.
Modificações da folha
Algumas plantas apresentam folhas modificadas, isto é, adaptadas para desempenhar funções específicas.

Brácteas - São folhas geralmente coloridas e grandes que protegem as flores. A planta denominada
três-marias apresenta brácteas que protegem suas pequenas flores. No anúncio e no copo-de-leite
existe uma grande bráctea envolvendo o conjunto de flores miúdas.

Gavinhas - São folhas modificadas formando espirais que auxiliam a planta a se prender a um
suporte. As gavinhas do chuchu e do maracujazeiro são folhas modificadas.

Espinhos foliares - Neste caso, toda a folha ou uma parte dela se transforma em espinhos. Nos cactos,
os espinhos são folhas modificadas.
Folhas comestíveis
Muitas folhas são usadas em nossa alimentação diária. Durante as suas refeições, você deve comer alface,
couve, acelga, espinafre ou agrião, por exemplo. Outras folhas, como as da erva-cidreira, do mate, da
camomila, do capim-santo e da hortelã, são utilizadas para preparar chás. Para isso, elas podem ser cultivadas
em casa ou encontradas embaladas em saquinhos e em caixinhas nos supermercados. Podem ser cozidas
inteiras ou trituradas.
Referências Bibliográficas em 29/11/2006
http://www.portalbrasil.eti.br/educacao_seresvivos_plantas_angiospermas_folhas.htm
Flor
Você conhece muitas flores. Geralmente elas são bonitas, coloridas e perfumadas. Nas matas, nos jardins, nas
ruas e nas casas, contribuem para tornar o ambiente mais bonito e alegre. Flores como as do capim, do milho,
do arroz, entre outras, não têm atrativos, como perfume e coloração vistosa. Mas, bonitas ou não, as flores
têm a função de permitir a reprodução sexuada das plantas em que elas ocorrem.
A flor é o sistema reprodutor de uma planta (gimnospermas e angiospermas). É nela que ocorre a fecundação,
ou seja, a união de uma célula sexual masculina com uma feminina. Depois da fecundação, nas angiospermas,
formam-se frutos e sementes. A semente contém o embrião, que dará origem a uma nova planta, da mesma
espécie daquela da qual se originou.
Cálice
O cálice é formado por um conjunto de folhas modificadas, as sépalas, quase sempre verdes. Em algumas
flores, como o cravo, as sépalas são unidas, formando uma peça única. Em outras, como a rosa, elas são
separadas.
Corola
A corola é a parte geralmente mais bonita e colorida da flor. Constitui-se de folhas modificadas chamadas
pétalas. Como as sépalas, também as pétalas podem ser unidas (campânula) ou separadas (cravo e rosa).
O conjunto formado pelo cálice e pela corola é chamado perianto. Ele envolve e protege os órgãos reprodutores
da flor, o androceu e o gineceu.
Androceu
O androceu é o órgão masculino da flor. Compõe-se de uma ou várias pecinhas alongadas, os estames. Cada
estame é formado de antera, filete e conectivo.

Antera - Região dilatada que se situa na ponta do estame; é aí que se formam os grãos de pólen; o
pólen é o pozinho amarelo que você pode ver facilmente no miolo das flores e é uma estrutura
reprodutora masculina.


Filete - Haste que sustenta a antera.
Conectivo - Região onde se ligam o filete e a antera.
Gineceu
O gineceu é o órgão feminino da flor. Constitui-se de um ou mais carpelos. Os carpelos são folhas modificadas
e possuem estigma, estilete e ovário.

Estigma - Parte achatada do carpelo, situada na sua extremidade superior; possui um líquido
pegajoso que contribui para a fixação do grão de pólen.


Estilete - Tubo estreito que liga o estigma ao ovário.
Ovário - Parte dilatada do carpelo, geralmente oval, onde se formam os óvulos.
A flor que possui apenas o androceu é uma flor masculina. A flor feminina tem apenas o gineceu. Se os dois
órgãos reprodutores estiverem presentes na flor, ela é hermafrodita.
Como as flores se prendem no caule
As flores estão presas no caule ou nos ramos por uma haste denominada pedúnculo, que se dilata na parte
superior formando o receptáculo floral. No receptáculo prendem-se todos os verticilos florais.
As vezes, as flores estão sozinhas no caule. São flores solitárias, como as do mamão, da laranja, a violeta, a
rosa, o cravo, etc.
Outras vezes, várias flores estão presas no mesmo lugar do caule. Neste caso, elas formam uma inflorescência.
As inflorescências são diferentes umas das outras.
Fecundação na flor
As angiospermas produzem gametas: os gametas masculinos são chamados núcleos espermáticos; os gametas
femininos são as oosferas.
As células reprodutoras masculinas e femininas encontram-se, respectivamente, no tubo polínico e no óvulo.
A fusão dessas células sexuais é chamada fecundação. Para que a fecundação ocorra, é necessário que haja um
transporte dos grãos de pólen para o estigma, podendo isso acontecer numa mesma flor (hermafrodita) ou de
uma flor masculina para uma flor feminina.
O transporte dos grãos de pólen até o estigma é chamado polinização. Esse transporte é realizado por vários
agentes polinizadores, tais como o vento, a água, o homem, pássaros, insetos, morcegos, etc.
As flores polinizadas por animais, como as flores da laranjeira e da margarida, costumam ser dotadas de vários
atrativos: possuem pétalas vistosas, produzem perfume e um líquido açucarado chamado néctar. Já as flores
polinizadas pelo vento, como as flores do milho ou do trigo, não possuem esses atrativos.
O mecanismo da fecundação
Quando uma abelha pousa em uma flor em busca de néctar, muitos grãos de pólen colam-se em seu corpo. Ao
pousar em outra flor, o inseto leva os grãos de pólen, que caem sobre o estigma dessa flor e ficam colados
nele.
Depois de atingir o estigma transportado por uma abelha, por exemplo, o grão de pólen sofre modificações.
Emite um tubo, chamado tubo polínico, que penetra no estilete e atinge o ovário. O núcleo reprodutivo ou
gerador divide-se em dois, dando origem a gametas masculinos. Um dos gametas masculinos vai unir-se à
oosfera do óvulo. Dessa união origina-se o zigoto que, juntamente com as outras partes do óvulo, se
desenvolve formando a semente.
Depois da fecundação, a flor murcha. Então as sépalas, as pétalas, os estames e o estilete caem. O ovário
desenvolve-se formando o fruto, dentro do qual ficam as sementes (óvulos desenvolvidos depois da
fecundação).
Referências Bibliográficas em 29/11/2006
http://www.portalbrasil.eti.br/educacao_seresvivos_plantas_angiospermas_flor.htm
Fruto e Semente
Vamos aprender direito o que é fruto?
Você está acostumado a chamar de frutas a laranja, o mamão, a manga, o cajá, entre muitos outros exemplos.
Você também chama de legumes a abóbora, o chuchu, o quiabo, a berinjela, entre outros exemplos. E o
carrapicho, o melão-de-são-caetano e a mamona são frutos?
Você já sabe que o ovário da flor, desenvolvido depois da fecundação, dá origem ao fruto. Então, se a laranja,
o mamão, a manga, o cajá, a abóbora, o chuchu, o quiabo, a berinjela, o carrapicho, o melão-de-são-caetano e
a mamona são originados do ovário fecundado de uma flor, todos eles são frutos.
Você ainda tem dúvidas? O que acontece é que as pessoas usam o termo fruta para designar os órgãos
vegetais comestíveis e adocicados, de sabor agradável. Mas o termo fruto aplica-se a todos os órgãos vegetais
que se originam do desenvolvimento do ovário. Assim, a goiaba, o mamão e a laranja são frutas e também
frutos. A berinjela e o carrapicho não são frutas, mas são frutos.
De que é formado o fruto?
O fruto geralmente é formado de pericarpo e semente. O pericarpo origina-se do ovário da flor, que se
desenvolve depois da fecundação, e apresenta três partes: epicarpo, mesocarpo e endocarpo.
O epicarpo é a porção externa, a casca. O mesocarpo é a parte muitas vezes carnosa e comestível. O
endocarpo é a camada interna que envolve a semente. Às vezes, o endocarpo é bem duro, e forma um caroço,
como o da manga, do pêssego e da azeitona.
Frutos carnosos e frutos secos
Os frutos que apresentam o pericarpo relativamente macio e suculento são chamados frutos carnosos. Os
frutos que têm pericarpo seco são chamados frutos secos.
Frutos carnosos
Geralmente comestíveis, os frutos carnosos são ricos em substâncias nutritivas e classificam-se em bagas e
drupas.
Bagas – São frutos que têm uma ou várias sementes soltas, como é o caso do mamão, do tomate, da laranja,
da melancia e da goiaba, entre outros.
Drupas – Têm um endocarpo duro, dentro do qual há uma semente. É o caso da manga, do pêssego, do
abacate e da azeitona.
Frutos secos
Os frutos secos podem ser deiscentes ou indeiscentes.
Frutos deiscentes - São aqueles que, quando maduros, se abrem liberando as sementes. As vagens das
leguminosas (flamboyant, feijão, soja, ervilha, etc.) são um bom exemplo.
Frutos indeiscentes - São aqueles que não se abrem quando maduros. Os grãos de milho, arroz e trigo, a
avelã e a noz são exemplos de frutos indeiscentes.
Frutos falsos
Toda vez que a parte carnosa do fruto, geralmente comestível, for originada de outra parte da flor que não seja
o ovário, o fruto não é verdadeiro. É por isso que eles são chamados falsos frutos.
A maçã e o morango, por exemplo, são falsos frutos, porque a sua porção carnosa se origina do receptáculo da
flor. Na maçã, o verdadeiro fruto é a parte interna, uma espécie de “bolsa” que envolve as sementes. No
morango, os verdadeiros frutos são vistos como pequenos pontos escuros espalhados por toda a parte
vermelha. O caju também é um falso fruto, pois a parte carnosa resulta do desenvolvimento do pedúnculo
floral. Nele, o verdadeiro fruto, que representa ovário desenvolvido, é a castanha.
Topo
A semente
A semente é o óvulo da flor desenvolvido após a fecundação. É a semente que abriga o embrião, a futura
planta. O processo pelo qual o embrião da semente se desenvolve originando uma nova planta denomina-se
germinação.
O que é preciso para que uma semente germine?
Para uma semente poder germinar é necessário a contribuição de fatores internos (condições da própria
semente) e externos (condições do meio ambiente).
Condições da própria semente:
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Estar madura;
Estar inteira;
Não ser muita velha;
Possuir reservas de substâncias nutritivas.
Condições do meio ambiente:
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Oxigênio (o solo deve estar fofo para permitir a penetração do ar à semente);
Temperatura adequada;
Umidade (presença de água no solo).
A semente e a dormência
Muitas sementes não germinam, mesmo que as condições ambientais citadas sejam adequadas. Neste caso,
diz-se que elas se encontram em estado de dormência. Para germinar, precisam de outras condições, que
podem variar de uma espécie para outra. Sementes de certas variedades de alface, por exemplo, só germinam
em presença de luz. Já as sementes de certas variedades de melancia só germinam no escuro. Para quebrar a
dormência das sementes da leucena (uma leguminosa), elas devem ser colocadas em água quente durante
alguns minutos.
De que compõe a semente?
A semente é composta de tegumento e amêndoa. O tegumento é a camada externa da semente - a casca, que
cobre a amêndoa, parte principal da semente. A amêndoa apresenta duas partes:
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Embrião - Forma a nova planta quando a semente germina.
Albúmen - Contém as substâncias nutritivas que vão alimentar a plantinha nas primeiras fases de
desenvolvimento.
No embrião existe um órgão muito importante chamado cotilédone. É ele que absorve as substâncias nutritivas
do albúmen para alimentar a nova planta, enquanto ela não tiver raízes nem folhas.
Você verificou que os grupos de angiospermas se dividem em monocotiledôneas e dicotiledôneas. O que
significa isso? Algumas plantas, como o milho, o arroz e outras tantas enumeradas, têm apenas um cotilédone;
por isso denominam-se monocotiledôneas. Outras, como o feijão, o amendoim e a ervilha, apresentam dois
cotilédones; são as dicotiledôneas.
Nas monocotiledôneas, o albúmen é muito desenvolvido. Nas dicotiledôneas, ele geralmente é pouco
desenvolvido. Neste caso, as substâncias nutritivas ficam armazenadas nos próprios cotilédones.
Referências Bibliográficas em 29/11/2006
http://www.portalbrasil.eti.br/educacao_seresvivos_plantas_angiospermas_fruto.htm
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