a distribuição espacial do tráfico de drogas em belo - Unifal-MG

Propaganda
A DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DO TRÁFICO DE DROGAS EM BELO
HORIZONTE E SUAS CORRELAÇÕES GEOGRÁFICAS
Nina Ferraz Tolentino1
E-mail: [email protected]
Graduanda em Licenciatura e Bacharelado em Geografia
Bolsista de Iniciação Científica – FAPEMIG
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC Minas
Lucimara de Castro Ferreira2
E-mail: [email protected]
Graduanda em Licenciatura e Bacharelado em Geografia
Bolsista de Iniciação Científica – CNPq
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC Minas
Alexandre Magno Alves Diniz3
E-mail: [email protected]
PhD em Geografia
Professor Adjunto III – PPGGTIE
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – PUC Minas
Resumo: A crescente ocorrência de crimes ao longo dos anos trouxe grande
apreensão a população nos últimos anos. Assim, tornou-se a criminalidade uma das
questões que acompanham o crescimento das metrópoles. Nesse contexto, o tráfico
de drogas tem se destacado por estar diretamente ligado a outros crimes (uso de
drogas, homicídios e roubos), possuindo lógica e distribuição passíveis de serem
identificadas. Tendo em vista os fatores expostos, o trabalho tem por objetivo mapear
os pontos de tráfico de drogas no município de Belo Horizonte, correlacionando-os
com formas de uso e ocupação do solo e equipamentos urbanos. Para tal, o estudo
se baseou em análises processadas a partir da utilização do SIG, que contou com
informações georreferenciadas das ocorrências criminais registradas pela Polícia
Militar mineira, entre 2007 e 2011. Com o auxílio do software “ArcGIS”, sobremaneira
da ferramenta “Point Density”, foi possível calcular a densidade do fenômeno no
espaço, identificando–se os locais com maior concentração das ocorrências e suas
correlações. Os resultados demonstram o crescimento gradativo do tráfico de drogas e
uma maior concentração em áreas circunvizinhas a algumas vilas e favelas. Com isso,
1
Autor(a)
2
Coautor(a)
3
Orientador
ISBN: 978-85-99907-05-4
I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014
867
o uso de ferramentas analíticas disponibilizadas pela ciência geográfica pode auxiliar
os gestores da segurança pública no planejamento de suas intervenções no espaço,
de modo a auxiliar na prevenção da atividade criminal.
Palavra-chave: Geografia do Crime; Crime; Violência; Tráfico de Drogas; SIG.
Abstract: The growing occurrence of crimes along the years brought great
apprehension in the last years. Thus, the criminality became a relevant question which
follows the urban growth in the metropolitan areas. In this context, the traffic of drugs
have been highlighted for being straight connected to other kinds of crime (e.g. use of
drugs, homicides and theft), it possesses logic distribution which are passive to be
identified. With this perspective, the exposure factors of this work have the objective of
mapping the drug traffic hotspots in the municipality of Belo Horizonte, with this
correlating the forms of land and use occupation and urban equipments. The basis of
the analyses was processed with the use of geographic information systems that
counted with georeferenced information of registered crime occurrences by the Militar
Police of Minas Gerais State. The years of analyses are from 2007 to 2011. The
support of the ArcGIS software was crucial, more precisely, the Point Density Tool was
used, therefore, was possible to calculate the density of the phenomenon in the space,
also identifying places with major concentration of occurrences and their correlations.
The results are showing a constant development of drug traffic and a bigger
concentration in the adjacent areas to some slums. With this, the use of analytical tools
available by geographical science can support managers of public security in the
planning of their interventions in the space in order to assist in the criminal activity
prevention.
keywords: crime geography; crime; violence; drug traffic; GIS.
Eixo: Geografia Urbana
Introdução
O aumento da violência nas últimas décadas fez com que o crime se tornasse
uma das principais causas de preocupação aos habitantes dos grandes centros
urbanos, especialmente em decorrência da falta de planejamento e estrutura de
políticas públicas específicas na atuação de controlar e prevenir a criminalidade, além
de combatê-la. Tal constatação sugere problemas na segurança pública, tornando-se
cada vez mais evidente que é necessário desenvolver estudos na prevenção do crime
e da violência urbana, assuntos primordiais no desenvolvimento da sociedade nos dias
de hoje (ADORNO, 1994; DINIZ, 2005).
Como o crime promove significativas interferências na constituição do espaço,
sofrendo, por sua vez, influências deste, é inegável que o crime seja um fenômeno de
interesse geográfico, tranformando paisagens e comportamentos, além de gerar
vítimas diretas e sentimentos de medo e insegurança na sociedade. (DINIZ, 2003;
BATELLA, DINIZ, 2010).
Dentre as várias modalidades de crime, o tráfico ilícito de drogas é uma das
mais influentes na modelagem do espaço. O tráfico de drogas territorializa grupos de
ISBN: 978-85-99907-05-4
I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014
868
indivíduos, estabelecendo uma sociabilidade extremamente violenta, uma vez que o
mesmo encontra-se, no mais das vezes, vinculado a outras formas de crime,
sobretudo as de natureza violenta, como o roubo, o homicídio, o latrocínio, entre
outros.
Essa pesquisa tem por objetivo espacializar os pontos das ocorrências de
tráfico de drogas no município de Belo Horizonte, localizado no estado de Minas
Gerais (MG), registradas nos Boletins de Ocorrência (BOs) da Polícia Militar de Minas
Gerais (PMMG). Com isso, pretende-se obter as áreas de maior concentração da
ocorrência do evento criminal e, a partir daí, correlacioná-las com as formas de uso e
ocupação do solo, investigando os possíveis fatores que interferem no processo e nas
causas da distribuição espacial desse tipo de criminalidade.
O crime possui lógica e distribuição passíveis de serem identificadas (DINIZ,
2003), como sua incidência não ocorre de maneira aleatória no espaço, possibilidades
estratégicas, por meio de análises espaciais e correlações, pois a partir da
espacialização, pode-se identificar a aglutinação da modalidade do crime em estudo,
analisar os possíveis fatores que se correlacionam com as áreas de sua incidência
para entender sua dinâmica e verificar sua evolução temporal no período de 2007 a
2011.
Geografia do Crime
Diferentes áreas do conhecimento desenvolvem estudos referentes a
criminalidade e suas articulações, mas em sua maioria se limitam a discussões sociais
da temática. Assim, a Geografia vem se dedicado a uma discussão que não é em sua
maioria, abordada pelas a demais, a espacialização da criminalidade. Tal abordagem
é feita baseada na Geografia do crime, no qual surgem diversas contribuições para as
pesquisas no que diz respeito à distribuição da criminalidade no espaço e seu
comportamento (RIBEIRO, 2008; COUTO, 2009). Baseando em Beato (1998 apud
DINIZ, 2005, p. 10) afirma que:
[...] o tratamento espacial da violência urbana diferencia-se das
abordagens sociológicas e psicológicas por deslocar a análise dos
criminosos para os delitos propriamente ditos, explorando o contexto
no qual a violência ocorre e identificando padrões espaciais e
temporais associados a modalidades de delito específicas.
E a esse respeito, Batella contribui acrescentando fatores importantes para que
a abordagem, que avalia e aumenta outras condicionantes, afirmando que:
A Geografia há algum tempo contribui para este debate, uma vez que
a violência guarda consigo um forte componente espacial, que se faz
notória por meio da identificação de padrões específicos em sua
distribuição espacial. [...] Em grande medida, as contribuições destes
ISBN: 978-85-99907-05-4
I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014
869
profissionais se materializam nos trabalhos empíricos, que tratam das
relações entre violência e seus condicionantes clássicos, sobretudo
àqueles ligados aos aspectos socioeconômicos, demográficos e
ambientais (BATELLA, 2010, p. 152).
Acerca de 40 anos atrás, a Geografia do crime surgia a partir do cuidado em
entender as estruturas sociais que ditavam os processos em sua organização
espacial, pois os geógrafos passaram a atentar para o espaço mais criticamente. Com
isso, essa ciência preocupou em estudar o fenômeno da criminalidade (FELIX, 1996;
RIBEIRO, 2008).
Entretanto, Felix (1996) expõem que somente através da espacialização do
crime não se consegue explicar totalmente a sua incidência, e que a “escola
geográfica do crime” está ciente desse fato.
Mas Diniz e Batella (2004), concluem que vários fundamentos estão inseridos
na manifestação criminal, porém excluir a análise a partir do espaço, menosprezando
que diversos locais obtêm elementos que contribuem para sua ocorrência, pois o
crime não acontece no vácuo.
Nesse caso, Felix (2002) também discute a ideia quando procura desvendar o
porquê de diferentes análises do crime no espaço através da falta de controle social
em várias áreas, trazendo uma visão que alguns fatores específicos de um local, como
ruas com pouca iluminação, podem possibilitar a incidência criminal (RIBEIRO, 2008).
Uma preocupação que a Geografia utiliza em suas análises espaciais está
ligada a perspectiva de escala4, no qual a definição desse conceito é crucial para seu
desenvolvimento. Como destacou Ribeiro (2008, p. 58), “o olhar geográfico sobre um
fenômeno pode ser feito em diferentes escalas, dependendo dos objetivos e das
características do estudo”. Além de termos discutidos anteriormente nas teorias outras
categorias geográficas como território e rede que são extremamente importantes.
Outro fator estudado pela ciência geográfica é a definição de região, pois a
regionalização do crime, áreas relativamente homogêneas, traz contribuições ao
utilizar o termo como análise de interações sociais e econômicas de sua distribuição,
portanto, entender os padrões espaciais de ocorrências criminais trata de fatores
casuais dessa distribuição (BEATO et al. 2004).
Nesse contexto mostra-se a importância da Geografia em estudos como desta
pesquisa. Contribuições diversas, demonstram seu crescimento e desenvolvimento ao
logo dos anos desde sua iniciação, demonstrando que diagnósticos pautados em
4
Escala é definida por Timbó (2001) como a relação que existe entre o tamanho ou distância
real de um objeto ou fenômeno, tal como diferentes níveis de observação estudados pela
Geografia.
ISBN: 978-85-99907-05-4
I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014
870
análises geográficas podem contribuir identificando padrões, além de auxiliar na
prevenção de crimes.
Metodologia
O município de Belo Horizonte foi escolhido como o recorte espacial desta
pesquisa, por está inserido no contexto de uma das maiores regiões metropolitanas
brasileiras, a Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), sendo o centro de
articulação do mesmo, além de ser a capital do estado de Minas Gerais (MG).
Abrange uma população com mais de 5 (cinco) milhões de habitantes, segundo o
Censo 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).
A cidade
encontra-se, também, localizada na porção Sudeste do país, que é considerada como
um grande centro polarizador, capaz de exercer influências sobre uma vasta
hinterlândia.
Figura 01: Mapa de localização da área de estudo.
A análise espacial é um conjunto de processos, cujo instrumento é funcional,
tornando-se um viés metodológico empírico através da junção teórico-metodológico,
que refaz a própria história da evolução do pensamento geográfico, podendo
identificar os problemas do fenômeno por meio de uma gama de modelos (dedutivo,
hipotético, dentre outros) que considerem as correlações espaciais existentes nesse
fenômeno. Em geral, o processo de modelagem dos dados acontece a partir da
análise exploratória, juntamente com a exibição visual dos atributos, sobremaneira de
ISBN: 978-85-99907-05-4
I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014
871
mapas e/ou gráficos que possibilitam a constatação de padrões da dependência
espacial no fenômeno em estudo (CAMARA et al. 2004).
Nesse sentido, Beato (1998: p.01) explica que: “A confecção de mapas de
criminalidade desloca a análise dos criminosos para o delito propriamente dito”.
Para materializar os objetivos da presente pesquisa, trabalhou-se, inicialmente,
com as ocorrências de tráfico ilícito de drogas no município de Belo Horizonte (MG),
registradas nos Boletins de Ocorrência (BOs) da Polícia Militar de Minas Gerais
(PMMG) entre janeiro de 2007 e dezembro de 2011. As ocorrências trazem o local, o
horário, a data, o endereço e as coordenadas geográficas dos delitos. Em função de
problemas na alimentação dos endereços georrefenciados no momento da ocorrência
criminal, menos de 5% dessas deixaram de compor a presente análise.
Uma vez filtradas essas informações, o banco de dados geográficos das
ocorrências foi empregado no processo de mapeamento em ambiente SIG, através da
técnica de densidade de pontos, utilizando-se da ferramenta “Point Density”, do
software “ArcGIS 10.0”, que calcula a concentração dos pontos do fenômeno no
espaço, identificando os locais de maior incidência. Essa ferramenta funciona de forma
a estabelecer um raio a partir do centroide das células raster e contabilizar no interior
deste o número de ocorrências ali encontradas. Ressalte-se que a técnica contabiliza
o número de ocorrências contidas nas circunferências dos raios e a divide pela área
total das mesmas, gerando uma razão que foi posteriormente mapeada.
Como um dos objetivos da análise é acompanhar a evolução anual do tráfico
ilícito de drogas para o período de 2007 a 2011, foi necessário estabelecer intervalos
de classe padrão que permitiram a comparação dos mapas específicos de cada ano.
Para tal, tomou-se como referência o ano que apresentar o maior número de
ocorrência no processo de composição das classes. Definiu-se que os intervalos de
classes seguirão o padrão de 5 (cinco) unidades, uma vez que este número
possibilitará uma melhor visualização da concentração dos pontos do fenômeno, pois
a variação do número de crimes é alta, e com isso, foi feito uma média para
representar de maneira objetiva a realidade encontrada no estudo.
De posse dos mapas anuais, procedeu-se a identificação dos fatores correlatos
a essa manifestação criminal. Portanto, foi-se sobreposto aos mapas gerados de crime
camadas de informação contendo a distribuição geográfica das formas predominantes
de uso e ocupação de solo (áreas verdes, vazios urbanos, vilas e favelas), bem como
equipamentos urbanos (vias de acesso, escolas e universidades, bares e restaurantes
e parques) a partir de bases da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH).
Para finalizar a pesquisa, visando obter informações acerca do crescimento
total do fenômeno no período em tela, utilizamos uma ferramenta de subtração de
ISBN: 978-85-99907-05-4
I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014
872
rasteres, denominada “Minus”, também do software “ArcGIS 10.0”, para subtrair o ano
de 2011 pelo o de 2007, o que possibilitou identificar as áreas que experimentaram as
mais intensas transformações.
Resultados e Discussões
Os resultados apresentam o crescimento gradativo do crime ao longo dos anos
estudados, demonstrando o aumento do tráfico ilícito de drogas no município de Belo
Horizonte. A maior concentração dos pontos mapeados está localizada em áreas
circunvizinhas a algumas vilas e favelas (Pedreira Prado Lopes, Sumaré, Alto Vera
Cruz, Ventosa, Papagaio, Barragem Santa Lúcia) e também identificou-se uma
aglomeração ao redor da rodoviária, no Centro da cidade, representada no mapa da
figura 2, que mostra a evolução temporal do crime no espaço e caracteriza machas de
acordo com sua incidência criminal.
Observou-se uma tendência de disseminação do fenômeno a partir do núcleo
central, e também, tal fato pode ser explicado pelo o entorno da rodoviária esta em
uma região de migração, não consolidada com relação ao seu espaço, devido ao
grande número de pessoas que circulam por essa região não possuírem uma ligação
com o lugar e também não possibilitando uma caracterização específica desse
espaço.
Já nas áreas onde se observou uma redução do crime, constatou-se que as
mesmas estão localizadas em grandes vazios urbanos, justificando assim, também
sua ausência. E mostrando que é necessário a circulação de pessoas para que essa
atividade criminal se desenvolva e se aproprie dos espaços destinados a ela.
ISBN: 978-85-99907-05-4
I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014
873
Figura 02: Mapa da evolução temporal do tráfico de drogas em Belo Horizonte.
Já o crescimento ao logo dos 5 (cinco) anos de estudo e que são apresentados
da figura 3 abaixo, representa a subtração do ano de 2011 pelo de 2007; identificou-se
áreas também circunvizinhas a outras vilas e favela (Aglomerado da Serra, Cabana do
Pai Tomás, Vila Vista Alegre, Vila dos Anjos, Independência). Portanto, esses lugares
apontados nesse segundo momento, mostraram que não obtiveram crescimento
significativo de um ano para outro, como demonstra o mapa temporal da figura 02,
mas apresentaram um grande aumento do crime na soma total de todos os anos.
874
Figura 03: Mapa de crescimento do crime em Belo Horizonte.
Considerações Finais
Vários fatores interferem na incidência da violência e da criminalidade, e este
estudo visou fazer correlações espaciais utilizando variáveis que podem ser
determinantes, podendo nos dizer o porquê das áreas de maior concentração e como
elas se dão.
O espaço é inventado, dividido, transformado e inovado a todo o momento,
dessa forma, o crime funciona como um importante agente transformador do mesmo,
tornando-se um fenômeno de interesse geográfico, na medida em que sua incidência
não ocorre de maneira aleatória, portanto, estas pesquisas são capazes de identificar,
ISBN: 978-85-99907-05-4
I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014
de uma forma extremamente eficaz, não só o locus das ocorrências, bem como seu
padrão de distribuição e os processos inseridos no fenômeno em estudo.
O estudo apresentado a partir da análise espacial e o uso de ferramentas do
SIG são extremamente eficientes, rápidos e precisos no que diz respeito à percepção
geográfica da criminalidade, devido à identificação de padrões que, muita das vezes, é
carente em dados, o que faz com que os trabalhos apontem circunstâncias
subliminares do fenômeno. E como o banco de dados disponibilizado obtém um
pequeno número de atributos com problema da falta de coordenadas, o estudo
apontou uma mínima taxa de erro a respeito do registro desse tipo de crime, o que fez
com que ele se tornasse assim, mais próximo da realidade vivida no município.
Assim, é importante ressaltar que desenvolver pesquisas que buscam
identificar como o crime se dá e como ele é articulado em um padrão espacial com
resultados empíricos, podem auxiliar os gestores da segurança pública na intervenção
dos processos e desenvolver políticas públicas específicas para auxiliar na prevenção
da atividade criminal.
Referências
ADORNO, S. . Cidadania e Administração da Justiça Criminal.In: Diniz, E. Lopes, J.;
Prandi, R (orgs). O Brasil no Rastro da Crise. São Paulo: Anpocs/Ipea/Husitec. P.
304-327. 1994.
BATELLA, W. B. Análise espacial dos condicionantes da criminalidade violenta
no Estado de Minas Gerais - 2005: contribuições da geografia do crime. 2008. 142 f.
Dissertação (Mestrado) - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Programa
de Pós-Graduação em Tratamento da Informação Espacial.
BATELLA, W. B. ; DINIZ, A. M. A.; TEIXEIRA, A. P. Explorando os determinantes da
geografia do crime nas cidades médias mineiras. Revista de Biologia e Ciências da
Terra, v. 8, n.1, 2008.
BATELLA, W. B.; DINIZ, A. M. A. Análise espacial dos condicionantes da criminalidade
violenta no estado de Minas Gerais. Sociedade & Natureza (UFU. Impresso), v. 22,
p. 151-163, 2010.
BEATO FILHO, C. C. Determinantes da Criminalidade em Minas Gerais. Revista
Brasileira de Ciências Sociais. São Paulo, 1998, vol.13, n.37, p. 74-87.
BEATO FILHO, C. C.; SILVA, B. F. A.; ASSUNÇÃO, F. M. Regionalização como
estratégia para a definição de políticas públicas de controle de homicídios. Cad.
Saúde Pública, Rio de Janeiro, 20(5):1269-1280, set-out, 2004.
CÂMARA, G. ; MONTEIRO, A. M. V. ; DRUCK, S. ; CARVALHO, Marília Sá . Análise
Espacial e Geoprocessamento. In: Suzana Druck; Marilia Sa Carvalho; Gilberto
Câmara; Antônio Miguel Vieira Monteiro. (Org.). Análise Espacial de Dados
Geográficos. Brasília: EMBRAPA, 2004, v. 1.
ISBN: 978-85-99907-05-4
I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014
875
Censo 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Disponível em:
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/tabelas_pdf/total_popula
cao_minas_gerais.pdf . Acessado em: 16 de outubro de 2013.
CERQUEIRA, D.; LOBÃO, W. Determinantes da Criminalidade: Uma resenha dos
modelos Teóricos e resultados Empíricos. Texto para Discussão, n. 956, IPEA. 2003.
CERQUEIRA, D.; LOBÃO, W. Determinantes da Criminalidade: Arcabouços Teóricos e
Resultados Empíricos. Dados – Revista de Ciências Sociais. Rio de Janeiro, vol.47,
n.2, 2004. p. 233 – 269.
COUTO, A. C. O. A geografia do crime na metrópole: da economia do narcotráfico à
territorialização perversa em uma área de baixada de Belém. Papers do NAEA
(UFPA), v. 1, p. 223, 2009.
DINIZ, A. M. A. A geografia do medo: Reflexões sobre o sentimento de insegurança
em Belo Horizonte. O Alferes, v.18, ed. especial, out. 2003. p. 119 – 133.
DINIZ, A. M. A.; BATELLA, W. B. . Criminalidade Violenta nas Regiões de
Planejamento de Minas Gerais: Uma Abordagem Quantitativa. Caderno de
Geografia. Belo Horizonte, v. 14, n. 23, 2. Sem. 2004. p.51 – 72.
DINIZ, A. M. A. Migração, desorganização social e violência urbana em Minas Gerais.
RA EGA (UFPR), Curitiba - Paraná, v. 9, p. 9-24, 2005.
DINIZ, A. M. A. ; CHAVES, P. G. S. ; COSTA, P. L. ; LOPES, S. ; BATELLA, W. B. ;
TEIXEIRA, A. P. ; RODRIGUES, B. D. . “O uso do geoprocessamento no estudo da
criminalidade violenta em Minas Gerais”. Revista Brasileira de Segurança Pública,
v. 1, p. 17-34, 2006.
FELIX, S. A. A Geografia do Crime Urbano: aspectos teóricos e o caso de Marília.
1996. 322f. Tese (Doutorado) – Universidade Estadual Paulista Júlio Mesquita,
Instituto de Geociências, Rio Claro.
FELIX, S. A. Geografia do Crime: Interdisciplinaridade e Relevância. Marília:
Unesp Marília Publicações, 2002.
RIBEIRO, J. G. P. Análise têmporo-espacial da criminalidade violenta em Belo
Horizonte (2005). 2008. 195 f. Dissertação (Mestrado) - Pontifícia Universidade
Católica de Minas Gerais, Programa Pós-Graduação em Tratamento da Informação
Espacial.
TIMBÓ, M. A. Elementos de Cartografia. Departamento de Cartografia UFMG, Belo
Horizonte, 2001.
ISBN: 978-85-99907-05-4
I Simpósio Mineiro de Geografia – Alfenas 26 a 30 de maio de 2014
876
Download