A ATUAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM NO CUIDADO COM FERIDAS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Luziane dos Santos¹ Mayana Cristina Amaral Freire Souza¹ Renata Oliveira Lourenço¹ Moisés Teixeira Torres² Patrícia Figueiredo Marques³ Ubiane Oiticica Porto Reis4 RESUMO O presente trabalho apresenta sob forma de relato de experiência, o cuidado com feridas na unidade de clínica médica de um Hospital Público de grande porte do Recôncavo da Bahia, durante o período de 5 meses. O mesmo trata a respeito da importância do conhecimento sobre os tipos de feridas, tipos de curativo, e também do material de melhor adequação para cada tipo de ferida. De modo geral, relata a importância do conhecimento do tema e de uma assistência de Enfermagem eficaz para o tratamento de feridas, bem como a importância da educação continuada nos serviços de saúde. Palavras-chave: Assistência de Enfermagem, Clínica Médica, Feridas, Educação continuada. ¹ Enfermeirandas do último ano do curso de enfermagem da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. ² Enfermeiro. Especialista em Saúde da Família. Docente Substituta do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. ³ Enfermeira e Pedagoga. Mestre em Enfermagem. Docente assistente do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. 4 Enfermeira especialista em UTI. Docente Substituta do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. ABSTRACT This work presents the form of reporting experience , discusses wound care in a medical unit of a large public hospital in the Reconcavo of Bahia , during the period of five months . The same is about the importance of knowledge about the types of injuries , types of dressing , as well as the material better suited for every type of wound. In general , reports the importance of knowledge of the subject and a nursing care effective for treating wounds , as well as the importance of continuing education in health services. Keywords : Nursing Care , Medical Clinic , Wounds , Continuing Education. RESUMEN Este trabajo presenta la forma de experiencia de la presentación de informes , discute cuidado de heridas en una unidad médica de un hospital público grande en el Reconcavo de Bahía , durante el período de cinco meses. Lo mismo es acerca de la importancia de los conocimientos acerca de los tipos de lesiones, tipos de vestidor , así como el material más adecuado para cada tipo de herida. En general , los informes de la importancia del conocimiento de la materia y una atención de enfermería eficaz para el tratamiento de heridas , así como la importancia de la educación continua en los servicios de salud. Palabras clave : Cuidados de Enfermería , Clínica Médica , Heridas , Educación Continua. INTRODUÇÃO O presente estudo refere-se a um relato de experiência desenvolvido a partir de uma atividade de Educação Continuada implementada no setor de Clínica médica de um hospital de grande porte do recôncavo da Bahia. Essa atividade foi desenvolvida a partir da necessidade de discutir o cuidado com feridas e por se tratar de afecções recorrentes nesta unidade. No contexto hospitalar é frequente o cuidado com feridas, porém, percebe-se um déficit de conhecimento ou atualização desse tema pelas equipes de enfermagem. A assistência por parte destes, muitas vezes é realizada de forma meramente técnica para o cumprimento de tarefas, sendo negligenciado um exame físico minucioso com um olhar investigativo voltado para a integridade da pele, bem como para a necessidade da mudança de decúbito e a mensuração da ferida instalada, observando o tamanho, comprimento, largura e profundidade, sua regressão e/ou evolução e também as características dos tecidos presentes no leito e na margem da ferida, para posterior utilização dos produtos tópicos mais adequados. Segundo POCORBO et al (2007) e MIYAZAKI et al (2010), nacionalmente e internacionalmente, vários estudos têm investigado o nível de conhecimento e a situação da prática clínica de profissionais de enfermagem. No Brasil, as feridas acometem a população de forma geral, independente de sexo, idade ou etnia, determinando um alto índice de pessoas com alterações na integridade da pele, constituindo assim, um sério problema de saúde pública. Nesse contexto a equipe de enfermagem se destaca por estar diretamente relacionada ao tratamento de feridas, seja em serviços de atenção primária, secundária ou terciária (MORAIS, et al 2008). Para Cunha (2006), as feridas são definidas como modificações da pele ocasionadas por: traumas, processos inflamatórios, degenerativos, circulatórios, por distúrbios do metabolismo ou por defeito de formação. Sendo o rompimento da estrutura e do funcionamento da estrutura anatômica normal, resultante de um processo patológico que se iniciou interna ou externamente no(s) órgão(s) envolvido(s). De acordo com Peruzzo, et al (2005), o objetivo do tratamento de uma ferida é a cicatrização sem complicações, com a restauração das funções e prevenção das sequelas. Dessa forma, o tratamento de feridas deve levar em conta a busca de uma cicatrização funcional e estética do paciente facilitando a cura fisiológica e a prevenção ou eliminação de fatores locais sistêmicos ou externos que interfiram no processo de recuperação. Os meios terapêuticos deverão ser aplicados por uma equipe multidisciplinar que por sua vez utilizar-se-á de procedimentos e materiais com base científica. Assim, o adequado tratamento de feridas objetiva evitar ou diminuir riscos de complicações decorrentes, bem como facilitar o processo de cicatrização mediante a aplicação de medicamentos e manipulações, considerando o bem estar físico e mental do paciente durante todo o processo de tratamento. Ademais, Ferreira et al (2008), traz que para prestar um excelente cuidado a clientes portadores de feridas é necessária uma assistência interdisciplinar haja vista a diversidade de variáveis que envolve o cuidado de feridas, mas, sem dúvida, essa é uma atribuição desenvolvida pela enfermagem em sua prática diária, fazendo do enfermeiro o profissional mais indicado para a prevenção, a avaliação e o tratamento de feridas. Diante do exposto elencou-se trabalhar sobre o cuidado com feridas, uma vez que o mesmo constitui-se como algo complexo, dependente de avaliações sistematizadas de acordo com cada momento da evolução no processo de cicatrização. Além disso, a equipe de enfermagem é considerada como um elemento crucial para a efetivação desse cuidado, por possuir maior contato com os pacientes e poder assim acompanhar, orientar e executar o curativo. Por conseguinte, o estudo apresenta como objetivo geral orientar a equipe de enfermagem acerca da prevenção e cuidado com feridas. A fim de alcançar esse propósito, foram traçados os seguintes objetivos específicos: Avaliar o conhecimento prévio da equipe; Discutir tipos de feridas e curativos; Estimular a padronização das técnicas de realização dos curativos; Sensibilizar a equipe para a importância de realizar curativo com uma técnica asséptica e segura; Possibilitar a identificação dos produtos mais utilizados na unidade, suas indicações, contra-indicações e efeitos sobre a ferida. Desse modo, a realização da referida atividade foi pautada na necessidade de compreender quais são os reais aspectos considerados na avaliação das feridas, bem como, a forma como é implementado do cuidado/tratamento por parte da equipe de enfermagem na unidade de Clínica Médica, propondo ao final da intervenção medidas para o alcance de melhores resultados no processo de prevenção, cuidado, tratamento e cicatrização das feridas. MÉTODOS Trata-se de um estudo descritivo, na modalidade de relato de experiência, vivenciado por enfermeirandas de uma Universidade Pública, com as equipes de enfermagem do setor de Clínica Médica de um Hospital Público de grande porte do Recôncavo Baiano, no período de Maio a Setembro de 2014. O referido Hospital é uma instituição estadual, construída e equipada pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (SESAB) que atende a uma população correspondente a 800 mil habitantes distribuídos em 32 municípios. A instituição é classificada como um Hospital de grande porte o qual possui atendimento de média e alta complexidade, com disponibilidade de 150 leitos dos quais 31 leitos estão distribuídos na Clínica Médica. Com relação à prevenção e tratamento de feridas o Hospital conta com o Serviço de Atendimento a Feridas (SAF), o qual é responsável pela avaliação da pele antes da ruptura e também da ferida já instalada, para posterior prescrição dos produtos tópicos mais adequados a cada caso, quer seja para prevenção ou para o tratamento. (IFF, 2014). Para que o tratamento das feridas crônicas se torne efetivo, ou seja, proporcione a cicatrização total das úlceras e previna as recidivas, é necessário que o serviço de atenção aos pacientes com feridas seja estruturado. Dessa forma, possibilitar a realização do diagnóstico e da intervenção de enfermagem adequadamente, considerando as características socioeconômicas do paciente, suas condições clínicas, a etiologia da lesão e as diferentes formas de tratamento (DEALEY, 2008; TELLES, 2011; ABBADE, LASTÓRIA, 2006). Este estudo emergiu da realização de um projeto de intervenção através da educação continuada realizado como requisito parcial da disciplina do curso de enfermagem, Estágio Supervisionado II. Assim para a identificação do problema foi feita uma observação em campo durante a fase inicial do estágio, e após foi realizado uma enquete com todos os profissionais da Clínica para a escolha do tema. Com base nas observações percebeu-se que os profissionais adotavam padrões empíricos baseados no senso comum, destoando do padrão adequado para realização da técnica correta do cuidado com feridas. Baseado nas observações e também no resultado da enquete o tema selecionado para a intervenção foi “O cuidado com feridas“. A atividade foi implementada nos dias 20 e 28 de Agosto de 2014; 01 e 03 de Setembro de 2014. No início da atividade, foi aplicado um pré-teste, contendo as seguintes perguntas de múltipla escolha “Qual o tipo de ferida?”, “Qual o tipo de curativo?” “Qual material utilizar?”. Sendo que as mesmas perguntas seriam respondidas novamente ao final da intervenção, no pós-teste, com o objetivo de avaliar os resultados. Para responder o pré-teste foram apresentadas ao público alvo 4 imagens de diferentes tipos de feridas, as quais foram analisadas e por meio de alternativas de múltipla escolha sobre a realização dos cuidados específico para cada caso, foi então respondido. Após essa etapa iniciou-se a discussão sobre o tema proposto, abordando o conceito de feridas e úlceras, classificação da lesão, grau de contaminação, tipos de tecidos, tipos de cicatrização e as complicações que pode vir ocorrer nesta fase, principais tipos de úlceras no setor, tipos de curativos e os produtos que devem ser usados para cada caso específico. Para a explanação do tema, utilizamos recursos materiais do tipo cartazes e figuras em formato digital, com o objetivo de facilitar o entendimento. Depois da discussão foi aplicado o pós-teste com proposições e alternativas iguais as do pré-teste, para que fossem novamente analisadas com base no conhecimento teórico atualizado, visando assim, uma auto avaliação do aprendizado por parte dos próprios profissionais. Ao final dessa etapa foram apresentados e distribuídos os manuais de bolso que foram confeccionados como instrumentos para aprofundamento do tema. O conteúdo do manual foi todo assunto abordado durante a intervenção, em uma linguagem simples, porém apropriada para profissionais de saúde. RESULTADOS E DISCUSSÃO Na unidade de Clínica Médica durante o decorrer do estágio foi possível observar os tipos de feridas mais prevalentes. Entre elas destacaram-se: Pé diabético, úlceras por pressão e úlceras vasculares ou úlceras de perna, sendo as mais comuns as úlceras por pressão, das quais estavam sendo tratadas com o uso de produtos tópicos definidos pelo SAF. Porém, percebe-se que o cuidado prestado a estas feridas é inadequado, principalmente quanto ao tipo de produto a ser utilizado e sua quantidade, além da técnica de realização dos curativos. A prevalência e incidência destas úlceras preveníveis no setor, denuncia a negligência da prevenção no processo de trabalho da equipe de enfermagem dentro de todo o contexto hospitalar. Segundo estudo realizado em um hospital no Distrito Federal em 2007, em um dia foram selecionados 19 pacientes internados no centro de terapia intensiva, dentre estes 11 apresentavam úlcera por pressão, o que nos remete a uma prevalência de 57,89%, representando a maioria dos pacientes (MATOS et al, 2010). O senso comum entre os autores também diz que a prevenção da úlcera por pressão é mais importante que as propostas de tratamento, visto que, na prevenção o custo é reduzido, o risco para o paciente é nulo e sua permanência no hospital é abreviada, já que uma úlcera por pressão aumenta o risco de o paciente adquirir uma infecção concomitante, aumentando assim, seu tempo de hospitalização (CALIRI; RUSTICI; MARCHRY, 1997; SILVA; FIGUEIREDO; MEIRELES, 2007). Uma medida para a prevenção de úlceras por pressão é a mudança de decúbito rigorosamente a cada duas horas para que não haja pressão, tração, fricção ou cisalhamento na pele. Em contraponto, é preciso considerar que o quantitativo de profissionais responsáveis pela clínica médica dificulta a execução deste manejo de prevenção, pois são 3 ou 4 técnicos de enfermagem e um enfermeiro responsáveis por um total de 20 pacientes, o que torna o processo de trabalho da equipe ineficaz devido a sobrecarga de trabalho da mesma principalmente no período da manhã, que segundo a resolução do COFEN n°189/96 o quantitativo de profissionais de enfermagem recomendado para a assistência hospitalar intermediária na qual encaixa-se a clínica médica é de dois profissionais de nível superior mais cinco de nível médio no período da manhã, e um profissional de nível superior no período da tarde mais três de nível médio no mesmo período, o que comprova uma moderada sobrecarga de trabalho para os profissionais da clínica referida. Nos últimos anos, o pé diabético vem sendo discutido por muitas organizações e instituições no mundo inteiro, com atenção especial para alterações na abordagem e tratamento, a fim de diminuir significativamente o número de amputações. Diante da preocupação com a redução das altas taxas de amputações em pacientes diabéticos e devido à complexidade das condições que influenciam esse desfecho, são necessários estudos para a orientação na utilização de diferentes estratégias preventivas e terapêuticas (GOULART, et al). Em estudo realizado no estado de Sergipe em 2004 sobre fatores predisponentes para amputação de membros inferiores de pacientes internados com ulcerações, foi traçado como meta a implantação de estratégias para prevenção e tratamento desses doentes, e, consequentemente, tentar diminuir a incidência de procedimentos que poderiam ser, em parte, evitados; foi identificado, que além das indicações para orientação à estruturação do atendimento desses doentes em todos os níveis de atenção à saúde, percebe-se uma necessidade de acompanhar não só as internações das pessoas com pés diabéticos, mas também os que são atendidos na atenção básica de saúde e nos ambulatórios especializados (NUNES et al, 2006). Nas úlceras de perna (arteriais e venosas) ocorre ausência de cicatrização em até 60% dos casos, frequentemente com evolução arrastada por meses e até anos e geralmente associada a lesões maiores. A taxa de recorrência é variável nos diversos estudos, de 25 a 97%, dependendo do tamanho da úlceras e, possivelmente, dos cuidados locais administrados. A recorrência geralmente ocorre cerca de 6 a 8 meses após a cicatrização inicial (CANÇADO, JESUS, 2007; PALADINO, 2007). Por isso são indispensáveis medidas educativas no sentido de prevenir úlceras de perna em todos os pacientes. Assim, a prevenção de traumas através da utilização de sapatos e meias de algodão, usar repelentes para prevenir picadas de insetos, e hidratantes para evitar esfoliação e escarificação da pele, não utilizar as veias dos pés como acesso venoso e pronto tratamento de pequenos traumas, são medidas úteis que devem ser lembradas em todas as consultas, principalmente para aqueles pacientes com história prévia de úlceras (MARTINS, 2012). Após observação do setor de Clínica Médica e levantamento bibliográfico, percebe-se a necessidade de implantação de educação continuada a fim de garantir melhoria no tratamento a estas feridas. Segundo SARAH 2003, a educação continuada deve ser entendida como conjunto de práticas educacionais planejadas no sentido de promover oportunidades de desenvolvimento do funcionário, com a finalidade de ajudá-lo a atuar mais efetivamente e eficazmente na sua vida institucional. Em pesquisa de campo realizada em um hospital do estado de São Paulo em 2007 sobre o levantamento das necessidades da equipe de enfermagem a cerca da educação continuada foi identificado que muitos profissionais das instituições de saúde, inclusive o enfermeiro, desconhecem sua finalidade e poucos profissionais entendem qual é a real função do Serviço de Educação Continuada na instituição (SILVA, et al, 2007). Acredita-se que esse “desconhecimento” é resultado das poucas discussões acerca desse tema durante a graduação, como também da não informação nos cursos de nível médio; em consequência a esse fato, observou-se que alguns, transferiram toda a responsabilidade para a instituição. No entanto, acredita-se que o treinamento não pode ser apenas um meio para o funcionário capacitar-se para o trabalho; deve ser um instrumento que auxilie o profissional a refletir sobre a importância do seu trabalho e quanto ele pode ser rico no seu dia-a-dia, devendo sempre motivá-lo à busca de enriquecimento profissional (SILVA, et al, 2007). Durante o período em que se implementou a educação continuada, dos 25 profissionais que trabalham na Clínica Médica, 52% participaram efetivamente da intervenção, 28% participaram parcialmente, alguns não concluindo o pré e pós-teste, ou necessitando ausentar-se da parte teórica e 20% não participaram da intervenção. Este método de avaliação tornou-se extenso devido a quantidade de imagens a serem analisadas pelos participantes, o que demandou um tempo além da disponibilidade da equipe devido a dinâmica do serviço. Sendo assim, não foi possível contar com a participação ativa dos profissionais. De acordo com as imagens e as interpretações feitas a respeito das mesmas, é notório o maior número de acertos relacionados a Feridas limpas e quanto ao tipo de curativo. A medida que o grau de complexidade aumenta, aumentam também as dúvidas quanto aos produtos que se deve utilizar. Outro ponto observado é a repetição de utilização apenas de produtos que são de uso da clínica, ficando os produtos desconhecidos ou não utilizados sem respostas. A maior parte de alternativas respondidas diferentes entre pré e pós-testes relacionavam-se aos os produtos utilizados, observando um maior número de acerto no pós-teste. O que resulta consequentemente no alcance parcial do objetivo geral deste estudo. Dos 52% dos profissionais participantes, apenas 4 profissionais obtiveram 100% de acertos referente a uma das imagens. Nenhum profissional obteve 100% de acertos quando se tratava das 4 imagens, que configuravam todo o pré-teste e pós-teste. Pôde-se também observar grande interesse e dúvidas quanto aos tipos de produtos utilizados e os seus métodos de utilização. O que denota, a necessidade de uma educação em serviço, de maior prazo e abrangência. CONSIDERAÇÕES FINAIS Acredita-se que, ao oferecer uma atividade de intervenção à equipe de enfermagem, é possível contribuir para a conscientização da relevância do cuidado com feridas, das técnicas corretas de realização do curativo e do conhecimento a respeito dos materiais que devem ser utilizados para cada caso específico, refletindo assim, numa melhor qualidade da assistência. Vale salientar que é necessário que as equipes tenham capacitações, atualizações e acompanhamento, através da educação continuada no decorrer da sua rotina de trabalho para que suas dificuldades, limitações e potencialidades sejam reconhecidas e que os conhecimentos anteriormente adquiridos não sejam esquecidos. Visto que no decorrer das discussões observou-se que houve um diálogo interpessoal de troca de conhecimentos e experiências antes vivenciadas, despertando a motivação dos profissionais para o tema abordado. A experiência da intervenção com a equipe de enfermagem foi extremamente rica, tanto a nível pessoal quanto profissional, nos mostrando a importância da implementação de uma assistência de saúde adequada, integral e humanizada, visando minimizar os agravos a saúde dos pacientes, a diminuição do sofrimento e do comprometimento da auto-estima, principalmente quando em se tratando de feridas, que a depender do seu grau de evolução torna-se algo estigmatizante ao portador. 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