rastreamento do papiloma vírus humano (hpv) em

Propaganda
1043
RASTREAMENTO DO PAPILOMA VÍRUS HUMANO (HPV) EM MULHERES COM
MAIS DE 25 ANOS
HUMAN PAPILOMA VIRUS TRACKING IN WOMEN OLDER THAN TWENTY FIVE
(25) YEARS OLD
Lilian Luiza Passos das Chagas
Enfermeira. Graduada pelo Centro Universitário do Leste de Minas Gerais – Unileste.
[email protected]
Jussara Bôtto Neves
Enfermeira. Mestre em Meio Ambiente e Sustentabilidade. Especialista em Obstetrícia, Saúde
Pública, Administração Pública com Aprofundamento em Gestão Pública e em Formação Pedagógica
em Educação na Área de Saúde. Docente do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais–
Unileste. [email protected]
RESUMO
O Papiloma Vírus Humano (HPV) é um vírus transmitido por via sexual de maior incidência e
prevalencia do mundo, sendo ele o principal fator de risco para o desenvolvimento de câncer de colo
de útero. Sua detecção precoce é realizada por meio do exame de Papanicolaou que é preconizado a
toda mulher iniciou a vida sexual. Como forma de prevenção primária é recomendado utilizar o
preservativo em todas as relações sexuais e adesão para o uso da vacina contra o HPV que é
profilática contra infecção persistente de alguns sorotipos de HPV. Para conhecer a prevalência de
casos de HPV em mulheres com mais de 25 anos, foi realizada uma pesquisa documental,
quantitativa e descritiva no município de Coronel Fabriciano-MG. Foram identificados 5.454 exames
de Papanicolaou no ano de 2011, sendo destes 72 positivos para HPV. É fundamental que a equipe
de enfermagem oriente as mulheres, família e comunidade sobre a importância do esclarecimento
quanto à importância do exame Papanicolaou.
PALAVRAS-CHAVE: Esfregaço Vaginal. Enfermagem. Saúde da Mulher.
ABSTRACT
The Human Papillomavirus (HPV) is the most incident and prevalent virus that can be transmitted
sexually, and it is one of the mean risk factors for the development of cancer in the uterus. Its soon
detection happens among vaginal smears exam, that is recommended to all women who started her
sexual life. The first way of preventing is the use of preservatives during all the sexual acts, and the
second way is the vaccination against HPV. The vaccine is against some HPV serotypes. In order to
know about the prevalence of HPV in women with more than twenty-five (25) years old, it was made a
descriptive, quantitative and documentary research in the city Coronel Fabriciano-MG. Five thousands
four hundred fifty four (5,454) vaginal smears exams were identified in the year of 2011, from these,
seventy two (72) were positive for HPV. It is essential for nursing team the guidance of women, family
and community about the importance of preventive exam. It is also important fir nursing the
clarification of the importance of vaginal smears exam.
WORD KEYS: Vaginal Smears. Nursing. Women’s Health.
INTRODUÇÃO
Revista Enfermagem Integrada – Ipatinga: Unileste, V.6 - N.1 - Jul./Ago. 2013
1044
Após a epidemia da Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (AIDS), as
Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) adquiriram maior importância, porque
estudos comprovaram que as úlceras genitais aumentam em até 18 vezes
possibilidade da infecção pelo vírus do HIV (BRASIL, 2006a).
O Papiloma Vírus Humano (HPV) é considerado a DST de maior incidência e
prevalência no mundo. Ele é um vírus epiteliotrópico que pertence à família
papilomaviridae. Existem mais de 100 tipos de HPV que podem ser responsáveis
pela produção de neoplasias epiteliais benignas e malignas, mas são reconhecidos
atualmente 20 tipos que podem infectar o trato genital. Sua transmissão ocorre pelo
contato direto com a pele infectada pelo vírus (CASTRO; DUARTE, 2004).
Os tipos de HPV 6 e 11 são de baixo risco, sendo associados às infecções
benignas do trato genital. Estão presentes na maioria das infecções clinicamente
aparentes, são associados como agentes etiológicos dos condilomas. Já os tipos 16
e 18, são de alto risco, pois possuem uma alta correlação com as Lesões intraepiteliais de alto grau e carcinomas do colo uterino, da vulva, do ânus (BRASIL,
2006b).
As manifestações das infecções estariam associadas a pacientes jovens,
múltiplos parceiros, gravidez, o uso de anticoncepcionais orais e o tabagismo. Este
vírus caracteriza-se pelo aparecimento de verrugas e condilomas, comumente
chamado por “crista de galo” (ZAMPIROLO; MERLIN; MENEZES, 2007).
A infecção pelo HPV é um dos principais fatores de risco para o
desenvolvimento de câncer de colo de útero. Pesquisas relatam que é a única
neoplasia maligna relacionada à doença infecciosa. Todavia, muitas alterações
cervicais por HPV regridem espontaneamente, sendo em torno de 20,7%
(BEZERRA et al., 2005; MAGI et al., 2006).
O sexo feminino pode apresentar com mais freqüência, cinco vezes mais, as
lesões precursoras de câncer de colo uterino quando apresentam histórias de DST,
e este fator aumenta mais quando elas apresentam infecções por HPV, mostrando
maior probabilidade de serem mais propensas a desenvolver câncer do colo do
útero (BRASIL, 2006b).
A detecção precoce deste vírus é realizada através do exame Papanicolaou,
também denominado exame colpocitopatológico que tem como finalidade avaliar a
existência de alguma alteração no colo uterino, podendo detectá-lo em fase
incipiente e curável com medidas relativamente simples (MEIRA; GAMA; SILVA,
2010).
Este exame é de baixo custo, rápido e indolor, indicado para as mulheres que
já iniciaram a vida sexual, sendo preconizado principalmente para a faixa etária que
compreende 25 a 64 anos de idade. Ele consiste no esfregaço de células esfoliadas
do epitélio cervical e vaginal, sendo o meio mais utilizado na rede de Atenção
Primária de Saúde (APS), por profissionais treinados para sua realização,
preferencialmente médico ou enfermeiro. Compreende APS um local onde são
realizados procedimentos básicos de promoção da saúde da população (ANDRADE;
OLIVEIRA, SIMOES, 2008; BEZERRA et al., 2005; FERNANDES et al., 2009; INCA,
2011).
Novaes (2008) refere que como forma de prevenção deve-se fazer uso de
preservativo em todas as relações sexuais, e a adesão para o uso da vacina contra
o HPV que é profilática contra a infecção persistente de alguns sorotipos de HPV.
Revista Enfermagem Integrada – Ipatinga: Unileste, V.6 - N.1 - Jul./Ago. 2013
1045
Fedrizzi et al. (2008), relatam que as vacinas anti-HPV apresentam uma
proteção contra os HPV mais prevalentes, tanto para os de baixo risco oncogênico,
sendo eles 6 e 11, que são responsáveis por mais de 90% dos casos de verrugas
moleculares, em relação aos de alto risco. O tipo 16 e 18 são responsáveis por 70%
dos casos de câncer de colo de útero.
A vacina contra o HPV tem como principal função limitar a infecção provocada
pelo vírus e as doenças que ele provoca, sendo utilizada como método de
prevenção primária. É preparada de maneira estéril, administrada em três doses, por
via intramuscular (BORSATTO; ROCHA; VIDAL, 2011; FAUSTINO, 2010).
As medidas de prevenção secundária para o câncer genital são a colpocitologia
oncótica, genitoscopia, detecção do DNA HPV, tratamento das lesões précancerosas, dentre outras, porém as citadas são as mais utilizadas no mundo inteiro
(FEDRIZZI et al., 2008).
Como integrante da equipe de saúde, compete ao enfermeiro, orientar e
estimular as mulheres a realizarem o exame Papanicolaou anualmente, realizando a
atenção integral durante a coleta do exame, criando um clima de empatia e
confiança, o que certamente contribuirá para a qualidade do atendimento prestado à
mulher. Deve atuar também na orientação quanto a importância da prevenção e
educação relacionada à saúde reprodutiva e ao sexo seguro, a fim de induzir
mudanças no conhecimento, habilidades e atitudes, através de atividades
planejadas, tanto na prevenção primária, quanto na prevenção secundária (BRASIL,
2006b; FERREIRA; OLIVEIRA, 2006; FLORIANO; ARAÚJO; RIBEIRO, 2007).
Sendo a exposição ao HPV, um fator de risco de grande significância para o
câncer de colo do útero questionou-se se as usuárias dos serviços da APS de
Coronel Fabriciano-MG, na faixa etária de 25 a 64 anos que realizaram o exame
Papanicolaou de janeiro a dezembro de 2011, apresentaram HPV.
A pesquisa justifica-se por enfocar a importância do exame de Papanicolaou
para detecção do HPV em mulheres na faixa etária de 25 a 64 anos, sendo esta
faixa etária preconizada pelo Ministério da Saúde, e que estão mais expostas à
contaminação pelo HPV, quando já iniciada a vida sexual, portanto apresentam
riscos para o desenvolvimento do câncer de colo uterino. Espera-se que a pesquisa,
possa contribuir nas atividades diárias na unidade de saúde para os profissionais
enfermeiros no intuito de estimular a realização de ações que estimulem as
mulheres a aderirem ao exame Papanicolaou. Para a sociedade enfatiza a
importância de que as mulheres devem realizar o exame Papanicolaou anualmente,
pois o HPV pode se manifestar, e se detectado em um exame de rotina o custo do
tratamento será menor, e se não tratado pode levar ao câncer de colo de útero.
Como benefícios a pesquisa poderá servir de subsídio para ações a serem
realizadas pelos profissionais de saúde do município pesquisado, especialmente o
enfermeiro, com o objetivo de promover a saúde da mulher na população objeto
desta pesquisa.
Esta pesquisa realizou o levantamento da presença do HPV em mulheres na
faixa etária de 25 a 64 anos, usuárias dos serviços de APS de Coronel FabricianoMG que realizaram o exame Papanicolaou no período de janeiro a dezembro de
2011.
METODOLOGIA
Revista Enfermagem Integrada – Ipatinga: Unileste, V.6 - N.1 - Jul./Ago. 2013
1046
Tratou-se de uma pesquisa documental, quantitativa e descritiva, que buscou
levantar os dados dos exames de Papanicolaou, realizados em mulheres com mais
de 25 anos de idade, atendidas nas 12 Unidades de Atenção Primária a Saúde
(UAPS) de Coronel Fabriciano, que é um município integrante da região
metropolitana do Vale do Aço, situado no leste do estado de Minas Gerais.
Inicialmente o levantamento dos dados seria de mulheres na faixa etária de 25
a 64 anos de idade, porém, durante a coleta dos dados, foi verificado um número
significativo de exames positivos para HPV em mulheres de 18 a 25 anos. Por este
motivo os dados encontrados foram registrados e incluídos na pesquisa.
Os resultados destes exames ficam arquivados no Centro de Especialidades e
Programas de Saúde (CEPS) do município. A informação do número de exames
realizados no ano de 2011, foi fornecida pela Gerência de Atenção Básica da
Secretaria de Saúde de Coronel Fabriciano-MG.
A população da pesquisa foi de 5.454 exames de Papanicolaou coletados no
período de janeiro a dezembro de 2011, nos quais foi realizado o levantamento dos
dados. A amostra foi composta pelos 72 exames identificados como positivos para o
HPV. A coleta dos dados foi realizada pela pesquisadora, no período de junho a
agosto de 2012. Os laudos com diagnóstico de HPV foram destacados e colocados
em uma planilha do programa Excel 6.0 para posterior análise.
Por tratar-se de uma pesquisa realizada em banco de dados não existiu
contato direto com os sujeitos da pesquisa. Mesmo assim, houve o cuidado durante
toda a coleta dos dados de manter o sigilo das informações, tendo os resultados dos
exames sido manuseados em sala reservada para esta finalidade sem acesso a
outras pessoas durante este momento.
O tratamento dos dados foi realizado por estatística descritiva, sendo
analisados e interpretados em um contexto quantitativo, e apresentados por meio de
tabelas.
O projeto foi encaminhado ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do Centro
Universitário do Leste de Minas Gerais – Unileste, e foi aprovado com o protocolo n°.
54.298.12 em 22 de agosto de 2012. A todo tempo foi contemplada a Resolução do
Conselho Nacional de Saúde (CNS) nº. 196/96 de 10 de outubro de 1996 que
regulamenta pesquisas com seres humanos de forma indireta (BRASIL, 1996).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Segundo Ayres e Silva (2010), no Brasil acontece a cada ano 20 mil casos
novos de câncer de colo uterino, uma incidência estimada em 20/100 mil, tendo
como causa necessária a infecção pelo vírus do HPV, mas não suficiente para seu
desenvolvimento da neoplasia.
A prevalência do HPV encontrada na pesquisa foi de 1,32%, sendo
preconizada a prevalência em uma ampla porcentagem oscilando de 1,4% a 25,6%.
Estima-se que de 10 a 20% da população adulta sexualmente ativa tem a presença
do HPV, mas apenas 1% apresente o condiloma clássico e 2% apresentam doenças
subclínicas. Já os jovens fazem parte do grupo de com maior número de infectados,
chegando a taxas de 46% em mulheres de 20 a 30 anos. Estas taxas decrescem
com a idade, 10% em mulheres com 40 anos e 5% em mulheres acima de 55 anos
de idade. A faixa etária de maior acometimento situa-se entre 20 e 40 anos, com o
pico de incidência entre 20 e 24 anos (CARVALHO, 2012; RAMA, et al, 2008).
Revista Enfermagem Integrada – Ipatinga: Unileste, V.6 - N.1 - Jul./Ago. 2013
1047
Segundo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2010) o
município de Coronel Fabriciano-MG tem aproximadamente 103.797 habitantes,
sendo que no ano de 2010 sua população feminina era de 53.731, e na faixa etária
de 25 a 64 anos existiam 34.481 mulheres.
A TAB. 1 demonstra o número total de exames de Papanicolaou realizados em
mulheres de 25 a 64 anos de idade, no ano de 2011, pelas 12 UAPS no município
de Coronel Fabriciano-MG.
TABELA 1 – Total de exames de Papanicolaou realizados no ano de 2011 em Coronel
Fabriciano, MG. 2012.
Mês
Jan Fev Mar Abr Maio Jun Jun Ago
Nº de
379 403 419 427
497
507 426 754
exames
FONTE: Arquivo de exames de Papanicolaou no ano de 2011.
Set
Out
Nov
Dez TOTAL
459
401
404
378
5.454
Foram realizados no município pesquisado 5.454 exames de Papanicolaou no
ano de 2011. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cobertura mínima
de uma população-alvo, é de no mínimo 80% na faixa etária de 25 a 64 anos (INCA,
2006), portanto o município de Coronel Fabriciano-MG atingiu 15,81% da população
feminina em 2011, não atingiu a cobertura preconizada.
Este achado demonstra que uma parcela expressiva das mulheres em idade de
atividade sexual não está procurando a UAPS para realização da coleta do
Papanicolaou, ou estão realizando em outros estabelecimentos como hospitais e
clinicas.
A TAB. 2 mostra os resultados positivos para HPV no ano de 2011, sendo que
dos 5.454 exames identificados, houve 72 na faixa etária que compreende 25 a 64
anos de idade.
TABELA 2 – Mulheres que realizaram o exame de Papanicolaou em 2011 e obtiveram
resultados positivos de HPV, Coronel Fabriciano, MG. 2012.
Faixa Etária
Jan
(anos)
< 25
-
Fev
Mar
Abr
Maio
Jun
1
2
2
2
5
-
Set
Out
Nov
Dez
TOTAL
2
1
1
1
1
18
Jun Ago
25 – 34
2
1
3
4
1
-
1
1
3
2
4
2
24
35 – 44
-
-
4
4
1
1
1
1
2
2
4
-
20
45 – 54
2
1
2
-
-
2
1
-
-
-
-
-
08
55 – 64
-
-
-
-
-
-
-
-
-
1
1
-
02
TOTAL
04
03
11
10
04
08
03
04
06
06
10
03
72
FONTE: Arquivo de exames de Papanicolaou no ano de 2011.
Nos dados encontrados destaca-se na faixa etária de 25 a 34 anos um número
maior de casos de positividade para o HPV, em 24 exames, em relação às demais
faixas etárias. Na faixa etária de 35 a 44 anos houve a presença do HPV em 20
exames. Um problema existente é que quando jovens essas mulheres não procuram
as UAPS para realização do exame de papanicolaou. Somente após alguns anos
depois de iniciada a vida sexual, muitas vezes sem adesão do preservativo, uma
Revista Enfermagem Integrada – Ipatinga: Unileste, V.6 - N.1 - Jul./Ago. 2013
1048
variada troca de parceiros, o que aumenta o risco de adquirir o HPV, é que algumas
delas fazem o exame (FEDRIZZI et al., 2008; MOURA, et al., 2010).
Para Borsatto, Vidal, Rocha (2011), como forma de prevenção deve-se fazer o
uso da vacina contra o HPV, que é um método de prevenção primária. Existem dois
tipos disponíveis no mercado: a bivalente, Cervarix®, que cobre os sorotipos virais
16 e 18 e a quadrivalente, Gardasil®, que cobre os tipos 6, 11, 16 e 188. A
quadrivalente é recomendada a aplicação entre 11 e 12 anos de idade, mas foi
aprovada entre 9 e 26 anos, sendo ideal antes da primeira relação sexual.
Os resultados encontrados em mulheres na faixa etária de 18 a 25 anos de
idade realizados no ano de 2011 apontaram positividade num total de 18 exames.
Segundo Taquette, Vilhena e Paula (2004), a incidência de HPV em mulheres jovens
ocorre devido à atividade sexual cada vez mais precoce, número maior de parceiros,
baixo uso de preservativos e atividades sexuais não programadas.
Contudo, na faixa etária de 45 a 54 anos foram encontrados oito exames
positivos para HPV. Já a faixa etária de 55 a 64 anos foi significativamente menor
quando comparado aos demais grupos, obtendo apenas dois resultados positivos
para HPV. Para Fedrizzi et al. (2008), este fato pode ter relação com multiparidade,
onde estas mulheres são consideradas de risco para a infecção pelo HPV, a
explicação para tal resultado seria o fato de que o epitélio de transição da
ectocérvice é mantido por muitos anos, ficando mais exposto ao vírus.
CONCLUSÃO
Esta pesquisa demonstrou que o levantamento realizado nos laudos do exame
citopatológico das mulheres com mais de 25 anos, usuárias dos serviços de APS de
Coronel Fabriciano-MG no ano de 2011 apresentaram a presença do HPV em 72
exames. Os subtipos oncogênicos do HPV, 16 e 18, tem um importante papel no
desenvolvimento do câncer de colo do útero, e suas lesões precursoras estão
presentes em 90% dos casos.
A prevenção do HPV é de grande relevância à medida que a doença
compromete de forma intensa a vida das mulheres. A prevenção secundária é
relativamente barata e tem comprovadamente os mais altos potenciais de cura
quando o diagnóstico é realizado com precocidade deve ser realizada em toda
mulher que inicia a vida sexual.
Torna-se fundamental que os serviços de saúde capacitem seus profissionais
para orientarem as mulheres, família e a comunidade em geral sobre a importância
do exame Papanicolaou e o esclarecimento quanto às medidas de prevenção
primária e secundária e quais são os fatores de risco para o câncer de colo do útero,
e possam estruturar outras estratégias que possibilitem maior adesão ao exame,
como prática de cuidado no atendimento às mulheres.
REFERÊNCIAS
AYRES, A. R. G.; SILVA, G. A. Prevalência de infecção do colo do útero pelo HPV
no Brasil: revisão sistemática. Rev. Saúde Pública [online]. v.44, n.5, p. 963-974.
fev. 2010. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S003489102010000500023>. Acesso em 28 nov. 2012.
Revista Enfermagem Integrada – Ipatinga: Unileste, V.6 - N.1 - Jul./Ago. 2013
1049
BEZERRA S. J. S. et al. Perfil de mulheres portadoras de lesões cervicais por HPV
quanto aos fatores de risco para câncer de colo uterino. Dst – J bras Doenças Sex
Transm, Fortaleza, v. 17, n. 2, p. 143-148, jan. 2005. Disponível em:
<http://www.dst.uff.br//revista17-2-2005/10-perfil%20de%20mulheres.pdf>. Acesso
em: 19 out. 2011.
BORSATTO, A. Z.; VIDAL, M. L. B.; ROCHA, R. C. N. A Vacina contra o HPV e a
Prevenção do Câncer do Colo do Útero: Subsídios para a Prática. Revista Brasileira
de Cancerologia, Rio de Janeiro, v. 57, n. 1, p. 67-74, jan. 2011. Disponível em: <
http://www.inca.gov.br/rbc/n_57/v01/pdf/10_revisao_de_literatura_vacina_hpv_preve
ncao_cancer_colo_utero_subsidios.pdf>. Acesso em: 09 fev. 2012.
BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução n. 196 de 10
de outubro de 1996. Aprova as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa
envolvendo seres humanos. Diário Oficial da União. Brasília, 16 out. 1996.
BRASIL, Ministério da Saúde. Manual de Controle das Doenças Sexualmente
Transmissíveis DST. 4. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2006a.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de
Atenção Básica. Controle dos cânceres do colo do útero e da mama. Secretaria de
Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde,
2006b.
CASTRO, T. M. P. P. G.; DUARTE, M. L. Condiloma lingual: relato de caso
clínico. Rev. Bras. Otorrinolaringo, [S. I.], v. 70, n. 4, p. 565-568, jul./ago. 2004.
Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rboto/v70n4/a21v70n4.pdf >. Acesso em: 20
out. 2011.
CARVALHO, J.J.M. Atualização do HPV. Abordagem especifica e multidiciplinar.
Instituto Gamet. 2 ed. São Paulo, 2012. Disponível em:
<http://www.virushpv.com.br/novo/oquee.php>. Acesso em: 28 nov. 2012.
FAUSTINO, L. Residência X Resistência. Vacina contra HPV. Rev. MedAtual, São
Paulo. v. 1, n. 1, p. 02-03, jul. 2010. Acesso em: 16 fev. 2012.
FEDRIZZI, E. N. et al., Infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV) em mulheres de
Florianópolis, Santa Catarina. DST – J bras Doenças Sex Transm, Florianópolis, v.
20, n. 2, p. 73-79, out. 2008. Disponível em: http://www.hu.ufsc.br/projeto_hpv/INFE
CCAO%20PELO%20PAPILOMAVIRUS%20HUMANO%20(HPV).pdf. Acesso em:
20 set. 2012.
FERNANDES, J. V. et al. Conhecimentos, atitudes e prática do exame de
Papanicolaou por mulheres, Nordeste do Brasil. Rev Saúde Pública, Natal, v. 43, n.
5, p. 851-858, set. 2009. Disponível em: <www.scielo.br/pdf/rsp/2009nahead/355.pdf
>. Acesso em: 24 set. 2011.
Revista Enfermagem Integrada – Ipatinga: Unileste, V.6 - N.1 - Jul./Ago. 2013
1050
FERREIRA, M. L. M.; OLIVEIRA, C. Conhecimento e significado para funcionárias
de indústrias têxteis sobre prevenção do câncer do colo-uterino e detecção precoce
do câncer da mama. Revista Brasileira de Cancerologia, São Paulo, v. 52, n. 1, p.
05-15, jul./set. 2006. Disponível em:
<http://www.inca.gov.br/rbc/n_52/v01/pdf/artigo1.pdf>. Acesso em: 18 nov. 2011.
FLORIANO, M. I.; ARAÚJO, C. S. A.; RIBEIRO, M. A. Conhecimento sobre fatores
de risco associados ao câncer do colo uterino em idosas em Umuarama-PR. Arq.
Ciênc. Saúde Unipar, Umuarama, v. 11, n. 3, p. 199-203, set./dez. 2007. Disponível
em: <http://pesquisa.bvsalud.org/regional/resources/lil-526661>. Acesso em: 27 set.
2011.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Populações de Minas Gerais,
2010. Disponível em: <http://www.ibge.com.br/cidadesat/topwindow.htm?1>. Acesso
em: 08 ago. 2012.
INCA. Instituto Nacional De Câncer. Nomenclatura Brasileira para laudos cervicais e
condutas preconizadas. Recomendações para profissionais de saúde. Rio de
Janeiro: INCA, 2006. Disponível em: < http://www1.inca.gov.br/inca/Arquivos/Titulos/
Nomenclatura_colo_do_utero.pdf>. Acesso em: 13 ago. 2012.
INCA. Instituto Nacional do Câncer (Brasil). Coordenação Geral de Ações
Estratégicas. Divisão de Apoio à Rede de Atenção Oncológica. Diretrizes brasileiras
para o rastreamento do Câncer do Colo de Útero. Rio de Janeiro: INCA, 2011. 104p.
Disponível em:
<http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/acoes_programas/site/home/no
brasil/programa_nacional_controle_cancer_colo_utero/textos_referencia>. Acesso
em: 29 set. 2011.
MAGI, J. C. et al. Prevalência de Papilomavirus Humano (HPV) Anal, Genital e Oral,
em Ambulatório Geral de Coloproctologia. Rev bras Coloproct, São Paulo, v. 26, n.
3, p. 233-238, ago. 2006. Disponível em: <http://sbcp.org.br/revista/nbr263/P233
_238.htm>. Acesso em: 19 out. 2011.
MEIRA, K. C.; GAMA, S. G.; SILVA, C. M. Perfil de Mortalidade por Câncer do Colo
do Útero no Município do Rio de Janeiro no Período 1999-2006. Revista Brasileira
de Cancerologia, Rio de Janeiro, v. 57, n. 1, p. 07-14, dez. 2010. Disponível em:
< http://www.inca.gov.br/rbc/n_57/v01/pdf/03_artigo_perfil_mortalidade_cancer_utero
_rio_de_janeiro_1999.pdf>. Acesso em: 27 set. 2011.
MOURA, A. D. A. et al. Conhecimento e motivações das mulheres acerca do exame
de Papanicolaou: subsídios para a prática de enfermagem. Rev. Rene. Fortaleza, v.
11, n. 1, p. 94-104, jan./mar. 2010. Disponível em: <
http://www.repositorio.ufc.br:8080/ri/bitstream/123456789/4013/1/2010_art_adamour
a.pdf >. Acesso em: 01 dez. 2012.
Revista Enfermagem Integrada – Ipatinga: Unileste, V.6 - N.1 - Jul./Ago. 2013
1051
NOVAES, H. M. D. A vacina contra HPV e o câncer de colo de útero: desafios para a
sua incorporação em sistemas de saúde. Rev Bras Epidemiol., São Paulo, v. 11, n.
3, p. 505-525, 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbepid/v11n3/21
.pdf>. Acesso em: 09 fev. 2012.
OLIVEIRA, A. C.; SIMOES, R. F.; ANDRADE, M. V. A relação entre a Atenção
Primária à Saúde e as internações por condições sensíveis à atenção ambulatorial
nos municípios mineiros. Caxambu. [s. n.]. out. 2008. Disponível em:
<http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro2008/docspdf/ABEP2008_1092.pdf.>
Acesso em: 08 set. 2012.
RAMA, C. H. et al. Prevalência do HPV em mulheres rastreadas para o câncer
cervical. Rev. Saúde Pública [online]. 2008, v. 42, n. 1, p. 123-130. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S003489102008000100016&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 28 nov. 2012.
TAQUETTE, S. R.; VILHENA, M. M.; PAULA, M. C. Doenças sexualmente
transmissíveis e gênero: um estudo transversal com adolescentes no Rio de Janeiro.
Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 20, n.1, p. 282-290, jan./fev. 2004. Disponível
em: <http://www.scielo.br/pdf/%0D/csp/v20n1/46.pdf>. Acesso em: 11 ago. 2012.
ZAMPIROLO, J. A.; MERLIN J. C.; MENEZES M. E. Prevalência de HPV de baixo e
alto risco pela técnica de biologia molecular (Captura Hibrida II®) em Santa Catarina.
RBAC, Florianópolis, v. 39, n. 4, p. 265-268, maio, 2007. Disponível em:
<http://www.sbac.org.br/pt/pdfs/rbac/rbac_39_04/rbac_39_04_06.pdf>. Acesso em:
17 out. 2011.
Revista Enfermagem Integrada – Ipatinga: Unileste, V.6 - N.1 - Jul./Ago. 2013
Download