Tomografia em 4D Pedro Mendes Ramos Colaboração: Anselmo Mancini Wellington F. Pimenta Neves Junior CT na Radioterapia Modalidade de imagem primária para radioterapia Integridade geométrica Definição da área tratada bem como dos órgãos em risco Pode ser associada a outras modalidades Número de Hounsfield (HU) CT na Radioterapia HU – quantificação da atenuação da radiação em um meio Cálculo de dose considerando a heterogeneidade dos tecidos água Número de Hounsfield 1000 água Artefatos na Imagem Produzidos por Movimento CT de esfera estática (r = 1.2 cm) CTs obtidas com objeto em movimento longitudinal periódico (A = 1 cm, T = 4.4 s). Escaneamentos iniciados em diferentes fases do movimento Rietzel et al. Med Phys 32 (4), pp. 874-889, 2005 Artefatos na Imagem Produzidos por Movimento Velocidade de escaneamento da CT << velocidade de movimento do tumor imagem do tumor borrada Velocidade de escaneamento da CT >> velocidade de movimento do tumor forma e posição do tumor capturadas em uma fase arbitrária Velocidade de escaneamento da CT ≈ velocidade de movimento do tumor forma do tumor bastante distorcida na imagem Artefatos Produzidos por Movimento Respiratório CT em Respiração Livre Gated CT em expiração AAPM TG 76 Levando em Conta Movimentação Interna - Estudo do Movimento com Múltiplas CTs: 3 CTs consecutivos com o paciente na posição de tratamento Respiração Normal Mantendo Inspiração Mantendo Expiracão Levando em Conta Movimentação Interna - Estudo do Movimento com Múltiplas CTs: Delineamento do Alvo nas 3 Tomografias Inspiração Expiração Normal Levando em Conta Movimentação Interna - Estudo do Movimento com Múltiplas CTs: Definindo Margem de Movimentação Interna e Setup Inspiração ITV Expiração Expiração Normal ITV = Norm+Ins+Exp Levando em Conta Movimentação Interna - Estudo do Movimento com Múltiplas CTs: Aspectos positivos Uso de CT convencional Simples de realizar Limitações Não há garantia que foi realizado corretamente Superestimação da amplitude de respiração Assume movimento retilíneo do tumor entre expiração e inspiração Não permite o uso de técnicas de tratamento mais avançadas como gating/tracking Movimento Respiratório Trajetórias de tumores de pulmão em 23 pacientes Extensão do movimento depende da localização Margem de planejamento individualizada Seppenwoolde et al. IJROBP 53 (4), pp. 822-834, 2002 4D CT - Funcionamento 1. Para cada posição de mesa, várias imagens são adquiridas; 2. Cada imagem é etiquetada com um sinal respiratório; 3. As imagens pertencentes a mesma fase respiratória são agrupadas, gerando multiplos conjuntos de imagem 3D, cada um correspondente a uma particular fase do ciclo respiratório; 4. As imagens 4D CT abragem o ciclo respiratório completo do paciente. Levando em Conta Movimentação Interna - Tomografia 4D (4D CT) Múltiplos conjuntos de imagens com mudanças anatômicas ao longo do ciclo respiratório Captura do Ciclo Respiratório Solução fornecida pela Siemens: Anzai Cinta Abdominal ANZAI AZ-733, ANZAI Co. Japan Captura do Ciclo Respiratório Varian RPM: Câmera que acompanha o movimento de um marcador refletivo externo colocado no abdome 4D CT Simulador - HSL CT Siemens Somaton Definition AS 20 Slices Varian RPM amplitude 4D CT – Funcionamento tempo Sinal Respiratório é considerado na aquisição das imagens 4D CT – Funcionamento amplitude período amplitude 100% (=0%) fase 0% (inspiração máx) fase 50% (expiração máx) 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% / 0% tempo Sinal Respiratório é considerado na aquisição das imagens Geralmente, o período é dividido em 10 fases 4D CT – Funcionamento (Cine Axial) Para uma mesma região anatômica, múltiplas imagens em diferentes fases do ciclo respiratório ON Raio-X OFF 1ª posição de mesa Sinal Respiratório fase 90% fase 50% 2ª posição de mesa 3ª posição de mesa 4D CT – Funcionamento (Helicoidal) ON Raio-X OFF Movimento contínuo da mesa – pitch ≈ 0.1 Sinal Respiratório fase 90% fase 50% Técnicas de Gerenciamento Respiratório CT-MIP: (ex.: CT-MIP100, CT-MIP3070) delineamento de tumores em pulmão (densidade do tumor > densidade do meio) CT-MinIP - útil em fígado (densidade do tumor < densidade do meio) CT-AVG: Planejamento (CT-AVG100, CTAVG3070) OBJETIVO: Resumir Informação 4D CT – Reconstrução CT Average (Média) Imagem onde o valor de cada pixel é igual à média dos pixeis correspondentes em cada uma das fases obtidas numa aquisição 4D. 0% 25% 50% 75% 100% Ave100 Bom modelo para cálculo de dose! (Van Herk et al. Astro 2008) 4D CT – Reconstrução Formato do borrão depende da razão entre o tempo em inspiração para o tempo em expiração – característico dos diferentes padrões respiratórios. Vergalasova I. et al. Med. Phys. 38 (8), 2011 4D CT – Reconstrução CT MaxIP ou MIP (Maximum Intensity Projection) Imagem onde o valor de cada pixel é igual ao valor máximo assumido pelo pixel correspondente, considerando todas as fases obtidas numa aquisição 4D. 0% 25% 50% 75% 100% MIP100 Ideal para casos de Pulmão! (Van Herk et al. Astro 2008) Levando em Conta Movimentação Interna - Tomografia 4D – Retrospectiva Múltiplos conjuntos de imagens com mudanças anatômicas ao longo do ciclo respiratório Reconstrução MaxIP: delineamento de tumores em pulmão (densidade do tumor > densidade do meio) 4D CT - Reconstrução Limitação do uso da CT MaxIP: Atenção: Tumor adjacente ao diafragma, há sobreposição das duas estruturas na reconstrução MaxIP Cortesia William Song - UCSD 4D CT – Reconstrução CT MinIP (Minimum Intensity Projection) Imagem onde o valor de cada pixel é igual ao valor mínimo assumido pelo pixel correspondente, considerando todas as fases obtidas numa aquisição 4D. 0% 25% Ave 50% 75% 100% MinIP100 Não serve para pulmão ! (tumor mais denso que o meio) Cortesia William Song - UCSD 4D CT – Reconstrução CT MinIP (Minimum Intensity Projection) Imagem onde o valor de cada pixel é igual ao valor mínimo assumido pelo pixel correspondente, considerando todas as fases obtidas numa aquisição 4D. 0% 25% 50% 75% 100% MinIP100 Ideal para alguns casos de fígado! Quando o tumor é menos denso que o meio 4D CT – Reconstrução CT MinIP (Minimum Intensity Projection) Imagem onde o valor de cada pixel é igual ao valor mínimo assumido pelo pixel correspondente, considerando todas as fases obtidas numa aquisição 4D. MaxIP Cortesia William Song - UCSD MinIP 4D CT – Planejando para Gating Reconstrução Parcial do Ciclo Respiratório Utilizando fases que representam a EXPIRAÇÃO (mais regular). Amplitude 0% 25% 50% Ave3070 t 75% MIP3070 100% 4D CT – Planejando para Gating Reconstrução Parcial do Ciclo Respiratório Utilizando fases que representam a EXPIRAÇÃO (mais regular). Cortesia William Song - UCSD Gerenciamento Respiratório Redução do ITV 100% Ciclo Resp. 100% Ciclo Resp. Compressor Adb. Gate 40-60% 4DCT não é perfeita ! Respiração Irregular: principal causa de artefatos na 4D CT Respiração Irregular Causa de artefatos na 4D CT Yamamoto et al. IJROBP 72 (4), pp. 1250-1258, 2008 Feedback Audiovisual - Objetivo: melhorar periodicidade e reproducibilidade do ciclo respiratório Sem Feedback Com Feedback Gerenciamento Respiratório: GATING MUITO CUIDADO AO EXECUTAR O TRATAMENTO EM FASE Considere a AMPLITUDE! Apesar da fase ser expiração, tumor pode estar fora da posição planejada ! AMPLITUDE DIFERENTE! Amplitude Tempo Conclusões - 4DCT se tornou a ferramenta padrão para o planejamento de tumores que se movem com a respiração - Em relação à técnicas convencionais de estudo de movimentação interna (múltiplas CTs, aquisição lenta etc) a 4DCT gera dados mais confiáveis para o planejamento: movimentação real do tumor; menos artefatos*; tem-se a informação de como o paciente respirou durante a aquisição; permite individualizar margens de forma mais precisa e segura. - Possibilita o uso de técnicas de Gating e Tracking e, assim, e reduzir agressivamente margens de tratamento