Capítulo VII- Vírus Os Vírus (vírions) Características Gerais: Acelulares; Parasitos intracelulares obrigatórios; Apresentam um único tipo de material genético (DNA ou RNA);* Têm capacidade de cristalizar em condições adversas. Sub-microscópico (somente visualizado em microscópio eletrônico) * O Citomegalovírus é o único vírus conhecido que apresenta tanto DNA quanto RNA. Estrutura Básica de um vírus Vírus tipicamente consistem de uma cápsula de proteína chamada capsídeo, que armazena e protege o material genético viral Exemplos de vírus Reprodução viral Os vírus são incapazes de auto-reproduzir e, portanto, necessitam parasitar células para proliferarem. Quanto ao tipo de reprodução os vírus podem apresentar dois tipos de ciclos: o lítico e o lisogênico. Esses dois tipos de reprodução são mais bem estudados em bacteriófagos, sendo por isso o tipo viral escolhido para nosso estudo sobre proliferação. Ciclo lítico: No ciclo lítico, o vírus insere o seu material genético na bactéria, onde as funções normais desta são interrompidas pela presença de ácido nucléico do vírus (DNA ou RNA). Esse, ao mesmo tempo em que é replicado, comanda a síntese das proteínas que comporão o capsídeo. Os capsídeos organizam-se e envolvem as moléculas de ácido nucléico ocorrendo a formação de novos vírus. O grande número de vírus promove a lise, ou seja, a célula infectada rompe-se e os novos bacteriófagos são liberados. Sintomas causados por um vírus que se reproduz através desta maneira, em um organismo multicelular aparecem imediatamente. Ciclo lisogênico No ciclo lisogênico, o vírus insere seu material genético na bactéria ou na célula hospedeira,onde o DNA viral incorpora-se ao DNA da célula infectada. Isto é, o DNA viral torna-se parte do DNA da célula infectada. Uma vez infectada, a célula continua suas operações normais, como reprodução e ciclo celular. Durante o processo de divisão celular, o material genético da célula, juntamente com o material genético do vírus que foi incorporado, sofrem duplicação e em seguida são divididos equitativamente entre as células-filhas. Assim, uma vez infectada, uma célula começará a transmitir o vírus sempre que passar por mitose e todas as células estarão infectadas também. Sintomas causados por um vírus que se reproduz dessa forma, em um organismo multicelular podem demorar a aparecer. Doenças causadas por vírus lisogênico tendem a ser incuráveis. Alguns exemplos incluem a AIDS e herpes.Vale lembrar que a doença incorporada na celula pode se "despertar" por algum motivo como Radiação,quimioterapia, estresse, etc. Retrovírus Alguns vírus possuem uma enzima especial chamada transcriptase reversa. Essa enzima é responsável pelo processo de transcrição reversa (formação de DNA a partir do RNA viral). Esse processo de se formar DNA a partir de RNA viral é denominado retrotranscrição, o que deu o nome retrovírus aos vírus que realizam esse processo. Os outros vírus que possuem DNA fazem o processo de transcrição (passagem da linguagem de DNA para RNA) e só depois a tradução. Estes últimos vírus são designados de adenovírus. Como exemplo de retrovírus podem ser citados o HIV e o vírus causador da gripe suína. Gripe suína A gripe suína é causada pelo vírus influenza A H1N1. Os sinais e sintomas da gripe suína são semelhantes aos da gripe comum, tais como febre, tosse, dor de cabeça, dores musculares, dor na garganta e fraqueza. A contaminação ocorre de maneira semelhante a gripe comum: por via aérea, contato direto com o infectado, ou indireto (através das mãos) com objetos contaminados. Não há contaminação pelo consumo de carne ou produtos suínos. Desde que as mortes em decorrência da gripe suína foram identificadas, alguns grupos de risco foram observados. São eles: Idosos (maiores de 65 anos) - neste grupo existe uma situação especial pois os idosos tem sistema imunológico baixo; Crianças (menores de 2 anos); doentes crônicos; asmáticos e imunossuprimidos. AIDS A síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA, normalmente em Portugal, ou AIDS, mais comum no Brasil) é o conjunto de sintomas e infecções em seres humanos resultantes da queda imunológica ocasionada pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH, ou HIV segundo a terminologia anglo-saxónica). Esses vírus destroem células de defesa chamadas linfócitos T CD4+, fundamentais para a coordenação das defesas do organismo. A queda do número destes linfócitos abre caminho para doenças oportunistas e tumores que podem matar o doente. Existem tratamentos para a SIDA/AIDS e o HIV que diminuem a progressão viral, mas não há nenhuma cura conhecida. Fármacos usados no tratamento da infecção por HIV interferem com funções da biologia do vírus que são suficientemente diferentes de funções de células humanas. Um desses fármacos atua inibindo a enzima transcriptase reversa que o vírus usa para se reproduzir e que não existem nas células humanas. Ciclo do HIV Doenças Virais DOENÇA CONTÁGIO CARACTERÍSTICAS AIDS Sangue, relação sexual, drogas injetáveis, placenta. Causa destruição do sistema imunológico Catapora (varicela) Contato direto, saliva e objetos contaminados. Sintomas: febre, anorexia (falta de apetite), náusea, exantema (pintinhas vermelhas). Caxumba (parotidite) Contato direto, saliva e objetos contaminados. Sintomas: cefaléia (dor de cabeça), calafrios, anorexia, mal-estar, febre, intumescimento das glândulas parótidas. Dengue Picada de mosquitos do gênero Aedes. Sintomas: febre, moleza, dores musculares, cefaléia, náusea, vômito, diarréia. Febre Amarela Picada do mosquito do gênero Aedes Sintomas: febre, infecções, cefaléia, vômitos, hemorragia. Gripe Gotículas de secreção expelidas pelas vias respiratórias. Sintomas: problemas respiratórios, febre, dores no corpo, cefaléia, anorexia, náusea, vômito. Hepatite A Gotículas de muco, saliva e Sintomas: mal-estar, fraqueza, anorexia, náusea, contaminação fecal de água e objetos. dores abdominais, urina escura, pele amarelada. Herpes Tipo 1 por contato direto e tipo 2 por contato sexual. Causa infecções e lesões na pele e infecções internas. Poliomielite transmissão fecaloral,objetos contaminados por fezes. Provoca paralisia muscular nos casos mais graves. Raiva (hidrofobia) Saliva de animais infectados. Ataca primeiro o sistema nervoso periférico e progride ata atingir o sistema nervoso central; não há cura. Rubéola Contato direto e saliva Sintomas: exantema, febre, mal-estar, conjuntivite. Sarampo Contato direto e objetos contaminados. Sintomas: febre tosse seca, conjuntivite, fotofobia, exantema. Varíola Contato direto e objetos contaminados. Sintomas: exantema, febre alta e pápulas com pus Dengue Picada pelo mosquito Aedes aegypti Virose que provoca febres, dores musculares e hemorragias generalizas podendo ser fatal Hepatite B e C Sangue e relação sexual Inflamação do fígado, icterícia, febre e fadiga. Diarréia Causada pela ingestão de água e alimentos contaminados com o Rotavírus Diarréia e desidratação Capítulo VIII- Reino Monera, Protista e Fungi Reino Monera Características Gerais Unicelulares; Procariontes; Visíveis ao microscópio óptico; Isoladas ou coloniais; Heterótrofas ou autótrofas; Aeróbicas e anaeróbicas; Parasitas e de vida livre. Não apresentam organelas membranosas (apenas ribossomos). Divisão do Reino Monera Esse reino é dividido atualmente em três grandes grupos: Arqueobactérias: São bactérias primitivas encontradas em ambientes extremos (alta acidez, alta temperatura, salinidade elevada). Eubactérias: São consideradas as bactérias verdadeiras. Apresentam diversas funções. Cianobactérias: antigamente chamadas erroneamente de algas azuis ou cianofíceas. São fotossintetizantes, porém, sua clorofila encontra-se espalhada no citoplasma (não apresenta cloroplasto). Estrutura básica Apesar de sua menor complexidade em relação aos eucariotos, uma variedade de estruturas bacterianas podem ser caracterizadas. Lembrando que nem todas as bactérias possuem todos esses componentes. Plasmídios Estes são compostos por DNA extra-cromossômico, usualmente presentes em múltiplas cópias e freqüentemente codificam fatores de virulência e fatores de resistência a antibióticos. Algumas formas estão envolvidas na replicação bacteriana. Flagelos Algumas espécies bacterianas são móveis e possuem organelas de locomoção flagelos. Os flagelos consistem de várias proteínas, dentre elas a flagelina. Eles movem a célula por meio de um movimento rotatório semelhante ao de uma hélice. Pili (sinônimo: fímbrias) Os tipos de pili (caso sejam produzidos) variam entre as espécies e dentro de uma mesma espécie. Os pili são filamentos de proteína que se projetam da célula. Alguns tipos estão envolvidos na conjugação bacteriana e outros tipos permitem a adesão às superfícies de células epiteliais do hospedeiro durante uma infecção. Parede celular Constituída de peptidioglicano (mistura de proteína e carboidrato). É utilizada para classificar as bactérias em Gram-positiva (na presença do corante gram coram-se de violeta) ou em Gram-negativa (coram-se de rosa avermelhado). Geralmente, as bactérias gramnegativas são mais resistentes a antibióticos. Mesossomo É uma invaginação da membrana plasmática envolvida com a respiração e divisão celular. Nucleóide É a região do citoplasma onde localiza-se o único DNA circular. Morfologia bacteriana Respiração As bactérias podem ser divididas em: Aeróbicas: vivem apenas na presença de oxigênio. Aeróbicas facultativas: vivem na presença ou ausência do oxigênio. Anaeróbicas: vivem na ausência de oxigênio. Podem ser encontradas na forma de esporos resistentes em ambientes oxigenados. Ex.: Clostridium tetani. Diversidade Metabólica As bactérias podem ser tanto autótrofas (produzem seu próprio alimento) ou heterótrofas (retiram seus alimentos do meio). ◦ Autótrofas: Fotossintetizantes: produzem seu alimento a partir da energia luminosa. Apresentam como pigmento a “bacterioclorofila” ◦ Quimiossintetizantes: produzem seu alimento a partir da energia liberada de reações químicas inorgânicas. Heterótrofas: ◦ Saprófitas: Alimentam de matéria orgânica em decomposição ◦ Simbiontes: relação mutuamente vantajosa entre a bactéria e outros organismos vivos. ◦ bactérias se beneficiam dos restos da outra espécie anfitriã no entanto sem prejudicar este seu anfitrião. Comensais: algumas Reprodução bacteriana A reprodução bacteriana pode ser de maneira sexuada (ocorre troca de material genético) ou assexuada (não ocorre troca de material genético). Assexuada: É o principal tipo de reprodução das bactérias. Destaca-se a reprodução por divisão binária ou bipartição ou cissiparidade, na qual uma célula-mãe origina duas células-filhas idênticas. Baseando-se na Escherichia coli o tempo dessa reprodução é aproximadamente 20 minutos. OBS.: As bactérias podem reproduzir por esporogonia formando, assim, esporos resistentes capazes de suportar condições adversas. Sexuada: Conjugação: Ocorre troca de material genético por meio de uma ponte citoplasmática (pili sexual). Transformação: Quando uma bactéria incorpora material genético presente no meio. Pode ser de forma natural ou artificial (técnicas de DNA recombinante). Transdução: Quando um vírus infecta uma bactéria, durante sua reprodução ele pode “embalar” erroneamente o material genético da bactéria parasitada (doadora). Esse vírus pode, então, transferir esse material genético para outra bactéria (receptora). Importância das bactérias Industrial Existem várias espécies de bactérias usadas na preparação de comidas ou bebidas fermentadas, incluindo as láticas para queijos, iogurte, vinho, salsicha, frios, molho de soja, leite fermentado e as acéticas utilizadas para produzir vinagres. Na ecologia No solo existem muitos microorganismos que trabalham na transformação dos compostos de nitrogénio em formas que possam ser utilizadas pelas plantas e muitos são bactérias que vivem na rizosfera (a zona que inclui a superfície da raiz e o solo que a ela adere). Algumas destas bactérias – as nitrobactérias - podem usar o nitrogénio do ar e convertê-lo em compostos úteis para as plantas, um processo denominado fixação do nitrogénio. A capacidade das bactérias para degradar uma grande variedade de compostos orgânicos é muito importante e existem grupos especializados de microorganismos que trabalham na mineralização de classes específicas de compostos como, por exemplo, a decomposição da celulose, que é um dos mais abundantes constituintes das plantas. Nas plantas, as bactérias podem também causar doenças. As bactérias decompositoras atuam na decomposição do lixo, sendo essenciais para tal tarefa. Na indústria farmacêutica: produção de hormônio A insulina foi a primeira proteína humana produzida por engenharia genética em células de bactérias e aprovada para uso em pessoas. Até então, a fonte desse hormônio para tratamento de diabéticos eram os pâncreas de bois e porcos, obtidos em matadouros. Apesar de a insulina desses animais ser muito semelhante à humana, ela causa problemas alérgicos em algumas pessoas diabéticas que utilizavam o medicamento. A insulina produzida em bactérias transformadas, por outro lado, é idêntica à do pâncreas humano e não causa alergia. O hormônio do crescimento, a somatotrofina, foi produzido pela primeira vez em bactérias em 1979, mas a versão comercial só foi liberada em 1985, após ter sido submetida a inúmeros testes que mostraram sua eficiência. O hormônio de crescimento é produzido pela hipófise, na sua ausência ou em quantidades muito baixa, a criança não se desenvolve adequadamente. Até pouco tempo atrás, a única opção para crianças que nasciam com deficiência hipofisária somatotrofina era tratamento com hormônio extraído de cadáveres. Agora esse hormônio é produzido por técnicas de engenharia genética. Mecanismo de ação dos antibióticos O termo antibiótico tem sido utilizado de modo mais restrito para indicar substâncias que atingem bactérias, ou seja, bactericidas. Essas substâncias podem agir de diferentes maneiras no metabolismo bacteriano. Exemplo: Inibindo da formação da parede celular; Alterando a permeabilidade da membrana plasmática; Inibindo a síntese protéica (ribossomos). Algumas doenças causadas por bactérias Tuberculose Característica: afeta pulmões, rins, intestino e ossos. Transmissão: por tosse, fala, expectoração e leite de vaca contaminado. Tratamento: cura total com antibiótico. Prevenção: vacina BCG. Hanseníase (lepra) Características: afeta a pele (provocando lesões variáveis e alterações na sensibilidade) e órgãos viscerais. Transmissão: pode ser direta (contato com lesões, com muco nasal) e indireta (objetos contaminados). Tratamento: cura total com vários medicamentos. Prevenção: educação sanitária. Cólera Características: provoca graves infecções intestinais. Transmissão: por água, alimentos, moscas, contato com pessoas infectadas. Prevenção: saneamento básico. Meningite Características: afeta as meninges e provoca septicemia (infecção generalizada), manchas na pele, hemorragias digestivas e lesões encefálicas, com seqüelas graves. Transmissão: direta. Tratamento: antibióticos. Prevenção: vacinação. Leptospirose Características: afeta fígado, rins e provoca icterícia (amarelamento da pele); Transmissão: contato com a urina de rato contaminado. Tratamento: antibióticos e cuidados gerais. Prevenção: saneamento básico. Gonorréia (blenorragia) Características: causa infecção purulenta nas membranas mucosas em especial. Transmissão: contato sexual. Tratamento: antibióticos. Prevenção: preservativo; no caso de recém-nascidos, pingar nitrato de prata nos olhos da criança, logo após o nascimento. Sífilis Características: primeiramente, surge uma ferida – um cancro duro – nos genitais; depois lesões na pele, no sistema nervoso e no circulatório. Transmissão: contato sexual. Tratamento: antibióticos. Prevenção: preservativo, escolha do parceiro. Botulismo Características: afeta o sistema nervoso e a musculatura estriada, provocando relaxamento muscular. Transmissão: adquirida com por ingestão de alimento contaminado com toxina botulínica. Tratamento: soro antibotulínico. Prevenção: evitar consumir alimentos contidos em latas de conserva com odores suspeitos. OBS.: a toxina botulínica – o botox – é utilizada hoje para a correção das chamadas rugas de expressão. Tétano Características: afeta a musculatura estriada, produzindo contrações violentas e generalizadas, devido a toxina liberada pela bactéria, que é anaeróbica. Transmissão: contato da bactéria com ferimentos profundos. Tratamento: soro antitetânico. Prevenção: vacinação antitetânica. Cianobactérias Também fazem parte do reino monera. Caracteriza-se por apresentar uma rede de menbranas dispersas no citoplama onde encontram-se impregnados pigmentos acessórios. Cianobactéria Filamentosa Características Gerais: Autótrofas fotossintetizantes; Aeróbicas; Encontradas em ambiente terrestre e aquático; Armazenam amido. Estrutura básica As cianobactérias são procariontes que apresentam várias lamelas membranosas espalhadas por seu citoplasma. Nestas lamelas encontramos aderidos alguns pigmentos acessórios. O material genético encontra-se espalhado na região mais central da célula. Reprodução O único tipo de reprodução conhecido das cianobactérias é a assexuada. Essa reprodução pode ser de dois tipos: ◦ Formação de esporos: formas resistentes que suportam condições adversas. ◦ Hormogonia: pequenos fragmentos que se separam e formam um novo filamento. Importância das cianobactérias As cianobactérias são as principais produtoras primárias dos oceanos. Além disso, algumas espécies de cianobactérias filamentosas (Nostoc sp. e Anabaena sp.) são as principais provedoras de nitrogênio para as cadeias tróficas dos mares, sendo ainda de utilidade para a alimentação humana. Reino Protista (proctista) Nesse reino encontramos dois grandes grupos de seres: algas e protozoários Características gerais do Reino Protista São eucariontes; Uni- ou pluricelulares; Autótrofos ou heterótrofos. Algas As algas são organismos eucariotas (possuem núcleo organizado), autótrofas fotossintetizantes (clorofila organizada em cloroplastos), apresentam parede celular de celulose e podem ser uni- ou pluricelulares. Classificação das algas Alga Estrutura Pigmento acessório Parede celular Reserva Importância Diatomáceas (algas douradas/crisófitas) Unicelular Fucoxantina Sílica clisolaminarina Usadas na produção de abrasivos, filtros, tijolos. Clorófitas (algas verdes) Uni- e pluricelular Clorofila Celulose Amido Ancestral comum das plantas Laminarina Gelatinas, filmes fotográficos, moldes dentários Amido Rico em Vit. C, produção de meio Agar Feófitas (algas pardas) Rodófitas (algas vermelhas) Euglenófita Pluricelular Pluricelular Unicelular Fucoxantina Ficoeritrina Clorofila Algina Pectina - Paramilo Nutrição mixotrófica (nutrição autotrófica e heterotrófica) Pirrófitas (algas bioluminescentes ou dinoflageladas) Unicelular flagelada Ilustrações das algas Xantofila Celulose Amido “Responsável pelo fenômeno da marévermelha” Rofofíceas Euglenofíceas Pirrofíceas Reprodução das algas As algas podem se reproduzir assexuadamente por divisão binária, fragmentação de partes do corpo ou zoosporia (células liberadas que fixadas ao substrato originam novos indivíduos). Já na reprodução sexuada pode ocorrer formação de gametas (pluricelulares), que realizam fecundação externa, originando um zigoto externo. Podem também reproduzir por conjugação de filamentos em algas pluricelulares ou por fusão em unicelulares. Observação: Maré-vermelha: É um fenômeno ocasionado pela superpopulação nos mares das algas pirrofíceas que produzem no seu metabolismo substânicas tóxicas que lançadas na àgua envenenam os peixes e outros animais marinhos provocando verdadeiras mortandades temporárias nos mares. Protozoários Características Gerais Eucariontes; Unicelulares; Heterótrofos; Vida livre ou parasitas. Classificação Protozoários são microorganismos cuja classificação é feita com base nas estruturas de locomoção que eles apresentam. Eles são classificados em: Filo Sarcodina: locomoção caracterizada pela emissão de pseudópodes (Entamoeba histolytica); Filo Mastigophora ou flagelados: deslocamento por propulsão flagelar (Trypanosoma cruzi, Leishamania sp., Trichomonas vaginalis, Giardia lamblia); Filo Ciliophora: movimentação mantida por curtas e numerosas estruturas ciliares (Paramecium caldatum); Filo Sporozoa → não possui apêndices locomotores, são parasitas (Plasmodium sp., causador da malária). Doenças causadas por protozoários Doença de Chagas Agente Etiológico ◦ Trypanosoma cruzi Vetores (barbeiros) ◦ Triatoma ◦ Rhodnius ◦ Panstrongylus Transmissão Fezes do barbeiro contaminado; Transfusão de sangue; Congênita; Alimentação Principais Sintomas Fase aguda: Taquicardia, febre e sinal de Romanã Fase crônica: Crescimento do coração (cardiomegalia) e/ou outros órgãos do sistema digestório. Profilaxia Controle biológico do vetor; Uso de telas e mosquiteiros; Casas de alvenaria; Tapar frestas nas paredes. Leishmaniose Tegumentar (Úlcera de Bauru) Agente Etiológico: Leishmania braziliensis Vetor: Flebótomo do gênero Lutzomya (mosquito palha ou birigui). Transmissão: Picada da fêmea contaminada do flebotomíneo. Reservatórios Cão e raposa Sintomas Úlcera no local da picada (lesão inicial); Lesões na região nasobucofaringeana. Leishmaniose visceral ou Calazar Agente etiológico Leishmania donovani Vetor: Mosquito flebótomo do gênero Lutzomyia Transmissão: Pela picada da fêmea do mosquito palha. Sintomas Febre; Ascite (barriga d`’agua); Hepatomegalia; Magreza intensa; Complicações circulatórias e respiratórias. Profilaxia Uso de inseticidas nos domicílios e peridomicílios; Uso de telas; Uso de repelentes; Tratamento dos indivíduos doentes. Tricomoníase Agente etiológico: Trichomonas vaginalis Transmissão: Relação sexual; Uso de sanitários e banheiras sem condições de higiene; Uso de toalhas úmidas contaminadas Sintomas Homem: ◦ Mal cheiro, Uretrite e ardor ao urinar. Mulher: ◦ Vaginite, uretrite, leucorréia (corrimento vaginal, espumante, malcheiroso, branco amarelado). Profilaxia Uso de preservativo durante o ato sexual; Esterilização de aparelhos ginecológicos; Cuidados em banheiros públicos; Tratamento dos indivíduos portadores. Malária Agentes etiológicos: Plasmodium vivax (terça benigna); Plasmodium falciparum (terça maligna); Plasmodium malariae (quartã). Contaminação: Picada de fêmeas do mosquito Anopheles (mosquito prego); Via placentária; Transfusão sanguínea; Seringas não esterilizadas. Sintomas Febre; Calafrio; Sudorese; Anemia; Aumento do volume de baço e fígado; Diminuição na capacidade de resposta imune. Profilaxia Combate ao inseto vetor; Introdução de peixes que alimentam de larvas nos açudes; Uso de repelentes; Instalação de telas em portas e janelas. Toxoplasmose Agente etiológico: Toxoplasma gondii Hospedeiro definitivo (onde ocorre a reprodução sexuada): Gato e outros felídeos Hospedeiro intermediário (ocorre apenas reprodução assexuada) Homem e outros mamíferos. Contaminação Ingestão de cistos do parasito presente nas fezes de animais contaminados; Ingestão de carne crua ou mal cozida de animais infectados (de porco e carneiro, principalmente); Transfusão de sangue; Relação sexual; Congênita. Profilaxia Não ingerir carne crua ou mal passada; Alimentação de gatos com ração; Uso de areia sintética ou incineração das fezes de gato; Uso de preservativos; Seleção de doadores de sangue. Amebíase (disenteria amebiana) Agente etiológico: Entamoeba hystolitica Transmissão: Ingestão de água e alimentos contaminados com cisto do parasita. Sintomas: Diarréia sanguinolenta; Dores abdominais. Profilaxia Saneamento básico; Higienização; Tratamento da água (filtração e fervura). Balantidiose Agente Etiológico Balantidium coli Transmissão: Ingestão de água e alimentos contaminados com cisto do parasita. Sintomas: Diarréia sanguinolenta; Dores abdominais. Profilaxia Saneamento básico; Higienização; Tratamento da água (filtração e fervura). Giardíase Agente Etiológico Giardia lamblia Transmissão: Ingestão de água e alimentos contaminados. Sintomas: Diarréia sanguinolenta; Dores abdominais. Profilaxia Saneamento básico; Higienização; Tratamento da água (filtração e fervura). Reino Fungi Características Gerais Uni- ou Multicelulares; Todos heterótrofos por absorção; Digestão extracelular; Apresentam parede celular de quitina (maioria); Glicogênio como reserva energética; São encontrados em ambientes úmidos e sombrios ricos em matéria orgânica. Estrutura corporal dos fungos pluricelulares (cogumelo) Os fungos apresentam estruturas filamentosas chamadas de hifas. Essas hifas enrolamse umas as outras formando o corpo vegetativo do fungo (porção exterior ao substrato). O conjunto de hifas é chamado de micélio. Tipos de hifas: As hifas são divididas em: Asseptadas ou cenocíticas (sem septos) Septadas (com septos) ◦ Unicarióticas (haplóide); ◦ Dicarióticas (diplóide). Classificação Filo Zygomycota Com 765 espécies conhecidas, são fungos terrestres, a maioria saprófita ou parasita. Apresentam parede celular com quitina e hifas cenocíticas. A reprodução sexuada origina zigosporos no interior de um zigosporângio (que dá o nome ao táxon e pode permanecer dormente longos períodos). Pertence a este filo o bolor negro do pão ou da fruta, uma séria ameaça a qualquer material armazenado úmido e rico em carboidratos. Filo Ascomycota Com mais de 30000 espécies, este filo inclui numerosos fungos familiares e com importância econômica, como as trufas, numerosos bolores verdes, amarelos e vermelhos. Apresentam hifas septadas dicarióticas ou parcialmente septadas. Parede celular com quitina. A designação do filo deriva da estrutura produtora dos esporos sexuados, o ascocarpo, em forma de saco. Pertencem a este filo as leveduras, os únicos fungos deste grupo não filamentosos. Filo Basidiomycota São incluídos neste filo mais de 16000 espécies, a maioria bem conhecida, como todos os cogumelos, as ferrugens e os carvões, importantes fitoparasitas. Muito importantes na decomposição de substratos vegetais, atingem 2/3 da biomassa não animal dos solos. São fungos filamentosos, com hifas septadas perfuradas e dicarióticas e com parede quitinosa. A estrutura produtora de esporos sexuados, o basidiocarpo, é vulgarmente conhecido por cogumelo. Este resulta da fusão de dois micélios diferentes e irá produzir basídios, células em forma de clava e separadas do restante micélio por septos. Deles, formam-se os basidiósporos, grupos de 4 e presos por pequenos pedúnculos. Filo Deuteromycota Este filo inclui todos os fungos em que não seja conhecida a reprodução sexuada. Por este motivo este filo também é designado por fungos imperfeitos. Inclui mais de 17000 espécies. Ex.: Candida albicans, causadora da candidíase. Importância dos fungos: Decomposição: Juntamente com as bactérias promovem a ciclagem dos nutrientes em nosso ecossistema. Patogenias o Micoses; o Frieiras; o Candidíase; Micorrizas: alguns fungos associam-se a raízes de plantas promovendo uma maior retenção de água e nutrientes. Em troca a planta libera açúcares em torno da raiz que são utilizados na alimentação do fungo. Produção de antibióticos: Muitos fungos são utilizados para produzir antibióticos. Ex.: penicilina. Fermentação: Alguns fungos que realizam fermentação alcoólica são utilizados para a produção de bebidas alcoólicas e álcool combustível. Líquens É uma associação entre algas (ou cianobactérias) e fungos. São importantes bioindicadores de poluição. Além disso, os liquens são espécies pioneiras na sucessão ecológica e muito usados para a produção de corantes. Fungo Alga