Respostas Cardiovasculares do Treinamento Resistido: Uma Revisão Juliana A. Carneiro, Kleber L. da Silva, Leonardo S. Moreira e Rodrigo O. Borges Resumo Nesta revisão bibliográfica buscamos retratar as principais respostas cardiovasculares do treinamento resistido. Nos últimos dez anos grandes estudos foram desenvolvidos indicando que uma freqüência cardíaca (FC) mais baixa, uma pressão arterial (PA) aumentada e um menor duplo-produto (DP), produzem uma menor demanda de oxigênio no miocárdio. Indicando que o treinamento resistido não provoca sinais e sintomas de isquemia do miocárdio, sendo assim seguro e trazendo respostas funcionais a pacientes cardíacos em reabilitação. As respostas podem ser mais discretas e seguras dentro de um programa de treinamento resistido do que o exercício aeróbio de intensidade moderada, de acordo com a maioria das recomendações em atividade física para reabilitação. Palavras-chaves: treinamento resistido e resposta cardiovascular. Abstract In this bibliographical revision we try to find the main cardiovascular response of the resistence training. In the last 10 year, important studies were developed affirming that a lower heart rate, an increased blood pressure and a smaller rate pressure product produces a smaller oxigen demand in the myocardium. Indicarting that the resistence training doesn’t provoke the somes sings and symptoms of the myocardium ischemia that the aerobic training presents. This way it is safer and brinaps functional response to patient’s heart in rehabilitation. The cardiovascular responses can be more discreet and safe inside a program of resistence training, as the aerobic exercise of moderated intensity in agreement winth most of rehabilitation. Key Words: Resisted training and cardiovascular response. Introdução SANTAREM (2001) São várias as respostas cardiovasculares ao exercício físico, como alterações do débito cardíaco (DC), freqüência cardíaca (FC), pressão arterial (PA), duplo produto (DP) entre outras. Assim, todas essas respostas agudas ao e xercício devem ampliar a capacidade funcional do individuo, melhorando saúde geral e do coração, devendo sempre ser seguras e adaptadas favoravelmente no repouso. Na tentativa de preconizar uma atividade segura com menor esforço cardiovascular a maioria das recomendações de literatura científica coloca a atividade aeróbia em primeiro plano. Segundo MARCONDES (1993); o programa de treinamento para hipertensos e cardiopatas consiste em atividades aeróbicas realizadas pelo menos três a quatro vezes por semana, durante 30 a 60 minutos, com freqüência de treinamento entre 70% a 80% da freqüência cardíaca máxima preconizada. Os exercícios isométricos que utilizam pesos devem ser minimizados. E nos casos em que esse tipo de exercício é importante como no treinamento de atletas, o programa deverá consistir em repetições mais numerosas com pesos mais leves. Contrariando a indicação acima, numerosos estudos científicos enfatizando a importância e segurança do treinamento resistido estão sendo realizados. FEIGENBAUM et al. (1999). Antes de 1990, o treinamento resistido não era parte das diretrizes indicadas para treinamento de exercícios e reabilitação para a American Heart Association e para o American College Sports Medicine (ACSM). Hoje treinamento resistido é desenvolvido no processo de reabilitação cardíaca tradicionais. McCARTNEY (1998) vêm indicando que esta forma de treino provoca menos sinais e sintomas de isquemia do miocárdio que o treinamento aeróbio, talvez por causa de uma mais baixa freqüência cardíaca e pressão diastólica mais alta aumentariam o tempo de enchimento diastólico das coronárias e a pressão de perfusão das coronárias. Todavia, o treinamento com pesos produz aprimoramento de vários parâmetros hemodinâmicos, embora no caso de alguns deles, de maneira menos marcante comparativamente ao treinamento com exercícios contínuos. Entre esses parâmetros esta a redução da freqüência cardíaca; a redução da pressão arterial, a redução do consumo de oxigênio pelo miocárdio avaliado pelo duplo produto (PA x FC), aumento do volume sistólico e aprimoramento de indicadores da função sistólica e diastólica. Esta revisão bibliográfica tem como objetivo identificar e analisar as respostas cardiovasculares ao treinamento resistido, como FC, PA, DP, entre outros. Enfati zando o exercício resistido como sendo seguro com menos sinais e sintomas de isquemia do miocárdio e ainda com melhoria da capacidade funcional do indivíduo modificando os fatores de risco. Podendo, portanto, ser inseridos dentro de um programa de reabilitação cardíaca. Estudo sobre as respostas cardiovasculares do treinamento resistido McCARTNEY (1999) apresenta uma revisão que avalie as respostas circulatórias agudas ao treinamento de resistência; utilizando técnicas de medidas intra-arteriais. Uma contração estática continua de até mesmo um pequeno grupo muscular como os músculos do antebraço, apresenta uma carga de pressão para o coração. Isto é caracterizada por um aumento moderado em DC, uma elevação significativa de PA e mudança na resistência vascular periférica. McCARTNEY (1999), em relação aos fatores do treinamento resistido, as respostas circulatórias que foram encontradas são influenciadas pelo número de repetições, a carga absoluta e relativa à massa muscular envolvida. FLECK (1999) ressalta que há pequena resposta de FC, e PA aumentada quando em séries progressivas e encontra valores mais altos durante as últimas repetições, até a falha concêntrica voluntária, e são mais altos também durante as séries com cargas sub-máximas até a falha voluntária, de que durante séries usando cargas de 1RM. A FC e PA aumentam proporcionalmente em relação à carga e aumenta em relação à massa muscular envolvida no exercício. Essa resposta parece não ser linear, indicando assim que as respostas circulatórias para o exercício de resistência são em grande parte determinados pela intensidade do esforço, executado para cada pessoa durante a conclusão de um número igual de repetições. E ainda as respostas circulatórias são maiores na fase concêntrica de que a excêntrica de uma repetição. Segundo McCARTNEY (1999) a manobra de Valsalva que se realizada durante um exercício com peso, elevando pressão intratoráxica, causando o aumento imediato de PA, o que seria contra indicado, mas existem evidências de que aumento da pressão intratoráxica também é transmitido diretamente ao fluido cérebro-espinhal na valsalva breve serve como efeito protetor à pressão transneural intracraniana. FLECK (1998) ainda, sobre respostas cardiovasculares do treinamento resistido, afirma que acontece uma hipertrofia fisiológica na espessura da parede do ventrículo esquerdo, sendo a função sistólica e diastólica minimamente afetadas pelo treinamento de resistência, e que o volume sistólico e o DC são significativamente maior durante a fase excêntrica do que na concêntrica de uma repetição. E ainda CROSSMAN (1980) em revisão conclui que a hipertrofia cardíaca é uma adaptação fisiológica útil a um aumento da sobrecarga hemodinâmica ou do trabalho do miocárdio. Sendo uma resposta consciente a pressão e volume aumentado. POLLOCK et al. (2000) em revisão sobre o papel do treinamento de resistência em pessoas com e sem doença cardiovascular indica que no esforço isométrico a FC e respostas de pressão sanguínea, são largamente proporcionais ao percentual de contração máxima voluntária (% MVC) da musculatura envolvida. O volume de injeção permanece largamente inalterado, excluindo a níveis altos de tensão (> 50% MVC) a qual pode diminuir. O resultado e o aumento moderado em débito cardíaco com pequena ou nenhum aumento metabólico. Afirma ainda que o duplo produto (DP) é mais baixo em exercícios de resistência máxima, isométrico e dinâmico, que durante exercício aeróbio máximo, principalmente por causa de um mais baixo pico de freqüência cardíaca. Com pressão sangüínea diastólica aumentada e retorno venoso diminuído, volume diastólico do VE diminuído e menor tensão da parede diminuída, contribui para uma mais baixa incidência de respostas isquêmicas durante o treinamento de resistência. Além disso, a relação de suprimento (débito de oxigênio do miocárdio parece ser alterado favoravelmente pela superposição do esforço estático sobre o dinâmico, de forma que a magnitude de depressão do segmento ST é diminuída a determinado valor de duplo produto). McCARTNEY (1998) afirma: “Parece estranho que cada vez mais são reconhecidos os benefícios do treinamento de resistência em doenças do coração e ainda alguns médicos dizem para seus pacientes nunca levantarem mais que 20 libras”. E nessa revisão bibliográfica ele apresenta vários estudos sobre a segurança do treinamento de resistência durante a fase II, III, IV de um programa de reabilitação cardíaca sendo a fase II começando com três semanas após sair do hospital. Documentando ausência, ou menores sinais de isquemia do miocárdio que em exercícios aeróbios por causa de uma freqüência cardíaca mais baixa, pressões diastólicas mais altas, aumento de perfusão de artéria coronária, com mais baixo duplo produto. E ainda benefícios como: o aumento da força dinâmica, resistência sub-máxima aumentada. E ainda FEIGENBAUM et al. (1999) apresenta uma prescrição para indivíduos coronarianos que de acordo com a American Heart Association(AHA) e a American Association Cardiovascular and Pulmonary Rehabilitation (AACVPR), como sendo uma série de 10 a 15 repetições ou uma série de 12 a 15 repetições respectivamente. Com oito a dez exercícios duas a três vezes por semana, e com intensidade reduzida, progressão mais lenta das variações de volume. É importante considerar que o paciente cardíaco pode estar sob uso de betabloqueadores que podem alterar as respostas hemodinâmicas. Para SANTAREM (2001) a eficácia do treinamento exige pesos relativamente elevados com poucas repetições, mas, mas desde que não se faça esforço absolutamente máximo, que tende para a isometria em apnéia, a pressão arterial aumenta dentro de níveis seguros. As repetições baixas que normalmente são utilizadas no treinamento com pesos produzem discreto aumento da freqüência cardíaca. Além disso, os intervalos para descanso muscular entre as séries fazem com que a freqüência cardíaca volte quase aos níveis de repouso antes do novo esforço. Coronarianos que não tiveram qualquer sinal de isquemia em treinamento com pesos a 80% de carga máxima apresentaram sinais ou sintomas em teste ergométrico sub-máximo em esteira. É errado dizer que pesos leves e maior número de repetições são mais seguros, o que aumentaria a freqüência cardíaca à pressão arterial, se ao final da série ocorrer isometria e apnéia, a PA aumentaria mais do que com maior peso e menos repetições. ROLTSCH et. al. (2001) em estudo examinando os efeitos agudos do treinamento resistido, constata que a PA e FC não permanecem elevadas depois do exercício. Examinando cinco homens e 6 mulheres sedentárias; seis homens e 6 mulheres treinando resistência; e quatro homens e seis mulheres treinando exercício de endurance em pessoas jovens com média idade média de 22 anos. A PA foi aferida duas vezes, uma após a sessão de exercícios resistidos e uma 48 horas sem exercícios anteriores. A média de PA sistólica e diastólica e a FC não era diferente em horas depois e acima de 24 horas de uma sessão de exercício resistido comparada com o do controle. Uma PA elevada que ocorre durante treinamento resistido não persiste 24 horas depois do exercício resistido como resposta aguda em sedentários e em indivíduos treinando resistência ou endurance, jovens normotensos, homens e mulheres. BERMON et al. (2000) avalia a tolerância cardiovascular para a realização de exercícios resistidos, em idosos na faixa etária entre 65 e 80 anos todos saudáveis, livres de doenças cardiorespiratórias , neurológicas e qualquer medicamento que pudesse interferir nos resultados do estudo. Foram realizadas duas séries de 12RM e quatro séries de 5RM para os exercícios de pressão de pernas horizontal, supino sentado e extensão de joelhos bilateral, com um intervalo de 2min. entre as séries. Os resultados mostram que, apesar de se observar um aumento da pressão sistólica e diastólica bem como da freqüência cardíaca, principalmente durante o exercício de pressão de pernas horizontal, valores estes considerados seguros para a prática de exercícios com pesos. Assim sendo concluiu-se que o treinamento resistido pode ser aplicado em idosos saudáveis, sem sinal clínico, elétrico e biológico de isquemia do coração, mediante alguns critérios importantes na segurança para a realização dos exercícios. FARINATTI e BRUNO ASSIS (2000) realizaram um estudo envolvendo freqüência cardíaca, pressão arterial e duplo produto em exercícios contra resistência executado com uma amostra de 18 voluntários com idade média de 23 anos sem patologia. Foram realizados três testes de força e um aeróbio contínuo. Os testes de força foram realizados em cadeira extensora e o aeróbio em cicloergômetro por 20 minutos com 75% a 80% da freqüência cardíaca de reserva (RCRes.) os testes de força foram realizados a 1RM, 6RM e 20RM, no mesmo dia, sendo realizada a aferição da freqüência cardíaca e pressão arterial, esta nas duas últimas repetições de cada série. E no teste aeróbio a pressão arterial e a freqüência cardíaca foram aferidas no 5º, 10º, 15º e 20º minutos. E ainda analisando os valores de FC e PAS, tanto nos exercícios contraresistência quanto no exercício aeróbio, houve um aumento em relação ao repouso, sendo que no segundo esse aumento foi mais significativo que no primeiro. A média mais alta de FC e PAS no teste de força foi em 20 RM com (133bpm) e (158mmHg), respectivamente. E no exercício aeróbio as médias foram mais elevadas de FC e PAS, (154bpm) e (173mmHg), respectivamente. Na PAD não houve variação significativa. O DP encontrado no trabalho aeróbio a partir do 10º minuto poderia desencadear sensação de desconforto em pacientes com angina por dores no peito com risco importante de intercorrência cardíaca. Conclusão: exercícios dinâmicos parecem acarretar menores solicitações cardíacas que exercícios aeróbios de 75% a 80% da FCRes. O número de repetições (tempo de execução) parece ter influencia maior que a carga absoluta mobilizada nos exercícios contra-resistência no que se refere à solicitação cardíaca, enquanto que em atividades aeróbias a intensidade é o mais importante. Em estudo realizado por COPETTI et al. (1999) com indivíduos com idade entre 50 e 70 anos, sedentários e saudáveis foram realizados um pré e um póstestes de VO2 máx. pelo protocolo de Bruce em esteira e um teste de 15RM. O treinamento foi composto de uma fase de adaptação de duas semanas e uma fase específica de dez semanas, sendo realizado exercícios de força para membros inferiores e exercícios de resistência para membros superiores e tronco. O treino era realizado três vezes por semana sem nenhum trabalho aeróbio. Dois aspectos devem ser considerados para este estudo: o aumento do VO2 máx. ocorreu devido a melhora da força que proporcionou a melhora da resistência, e a diminuição da FC de repouso indica a influência das adaptações cardiovasculares ao treino com pesos no aumento do VO2máx. Em revisão bibliográfica realizada por VERRIEL et al. (1996) observaram respostas aceitáveis de PA durante exercícios de supino e leg press em pacientes de 17 a 60 dias após evento cardíaco. As maiores PAS observadas foram de 30 a 58 mmHg maiores que valores pré-exercício para leg press e supino respectivamente. Os mesmos não encontraram sinais ou sintomas de isquemia durante o treinamento em circuito, inclusive em quatro pacientes com volume de ejeção menor que 40%. Considerações Finais As respostas circulatórias do exercício produzem uma PA mais alta e uma menor FC, sendo que o duplo produto mais baixo aumenta em RVP com que esta forma de treinamento provoque menos sinais e sintomas de isquemia do miocárdio que em testes e treinamento aeróbio. No treinamento resistido a menor FC leva a uma menor demanda de oxigênio do miocárdio, e uma pressão arterial diastólica aumentada leva uma maior oferta de sangue para o miocárdio, por aumentarem o tempo de enchimento diastólico das coronárias e a pressão de perfusão das coronárias. Portanto o treinamento resistido apresenta ter resposta cardiovasculares seguras e até mais discretas que o treinamento aeróbio. Por isso há indicação desse treinamento de forma acompanhada, planejada dentro de um programa de reabilitação cardíaca e para pessoas saudáveis pode aumentar a capacidade funcional e psicosocial do indivíduo. Isto porque além de adaptações seguras e favoráveis positivamente em FC, PA, DP, entre outras respostas cardiovasculares, tem-se ganho em força dinâmica, aumento de massa magra, redução do stress hemodinâmico nas chamadas “atividades de vida diária” (AVD), e com estimulante benefício emocional. Sem falar que relatos indicam alterações no perfil lipídico, aumento da tolerância a glicose e sensibilidade à insulina. Referências Bibliográficas 1. ANTONIAZZI, Regina Maria Copetti; Portela, Luiz Ozório Cruz; Dias, José Francisco Silva et al. Alterações do VO.2 máx. de indivíduos com idade entre 50 e 70 anos decorrente de um programa de treinamento com pesos. Revista brasileira Atividade Física e Saúde, vol. 4, nº 05, 1999. 2. BERMON S., Rana, D. Dolisi, C. 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