AVALIAÇÃO E DIAGNÓSTICO COMPORTAMENTAL NECPAR Profa Ms Cristina Di Benedetto [email protected] Maringá,07 e 08 de dez/ 2013 REFERÊNCIAS -BÁSICAS KANFER, F. H. e SASLOW, G. Um roteiro para diagnóstico comportamental. Disponível em http://www.terapiaporcontingencias.com.br/textos_autores.html MOREIRA, M. B. ; MEDEIROS C. A. de. (2007). Análise funcional.:aplicação dos conceitos. IN:Princípios básicos de análise do comportamento. Porto Alegre: Artmed NELSON, R. O. , & HAYES, S. C. (1986). A natureza da avaliação comportamental. Texto traduzido experimentalmente por Noreen Campbell de Aguirre, para uso exclusivo dos grupos de estudo e de supervisão do IAC– Campinas. NELSON, R. O., & HAYES, S. C. (1986). Conceptual foundations of behavioral assessment. Nova York: The Guilford Press. Cap. 1. Disponível em http://www.terapiaporcontingencias.com.br/textos_autores.html SILVARES, E. F. M. & GONGORA, M. A. N.(1998). Psicologia clínica comportamental: a inserção da entrevista com adultos e crianças. São Paulo: Edicon. SILVEIRA, J. M. da (2012). A apresentação do clínico, o contrato e a estrutura dos encontros iniciais na clínica analítico-comportamental. IN: Borges, N. B. et al (2012). Clínica analítico comportamental. Porto Alegre: Artmed CASO CLÍNICO : G. (VERA REGINA L. OTERO; YARA K. INGBERMAN) O que norteia o raciocínio de análise e a ação do analista do comportamento na clínica? Skinner (apud Moreira e Medeiros, 2007) aponta para Filogênese Ontogênese Ontogênese sociocultural : influência das práticas de uma cultura em nosso comportamento Profa Ms Cristina Di Benedetto [email protected] Skinner (apud Moreira e Medeiros, 2007) afirma que Uma das premissas básicas do analista do comportamento é que o COMPORTAMENTO É DETERMINADO (NA VERDADE MULTIDETERMINADO) pelas interações entre o homem e o ambiente; Comportamento é para o analista do comportamento, produto de eventos do ambiente, identificáveis e passíveis de controle. Sempre em construção e reconstrução. Profa Ms Cristina Di Benedetto [email protected] Skinner (apud Moreira e Medeiros, 2007) pressupõe que Tarefa do analista do comportamento é tentar prever e controlar comportamento Profa Ms Cristina Di Benedetto [email protected] Controle do Comportamento: Manipulação e Maldade dos Analistas do Comportamento? Existe uma grande distinção entre o conceito de controle do comportamento e manipulação do comportamento. (...) Manipulação implica a modificação do ambiente ou do comportamento com a intenção deliberada de influir sobre a pessoa sem seu consentimento. (Donna e Méndez, 1979) Profa Ms Cristina Di Benedetto [email protected] A palavra controle tem sido confundida com repressão repressão.. A identificação do controle como uma privação de liberdade constitui um grande equívoco... na linguagem científica, a noção de controle faz referência a uma premissa estritamente epistemológica: evoca a aceitação do princípio determinista. Nesse contexto, o vocábulo controle expressa um fato empírico: a relação funcional entre os eventos naturais, entre os quais se inclui o comportamento humano (Donna e Méndez, 1979) Profa Ms Cristina Di Benedetto [email protected] “Condicionamento Operante não é puxar cordas para fazer uma pessoa dançar; é planejar um mundo no qual uma pessoa faz coisas que afetam esse mundo, que por sua vez, afeta essa pessoa” Skinner (1972, p. 69) FALAR DE DIAGNÓSTICO EM PSICOTERAPIA COMPORTAMENTAL É FALAR DE: EVOLUÇÃO DA PC QUAIS OS REQUISITOS DE UMA PC? CONCEITOS PRINCIPAIS; COMPORTAMENTO VERBAL; RELAÇÃO TERAPÊUTICA; O QUE É COMPORTAMENTO? O LUGAR DOS SENTIMENTOS MODIFICAÇÃO DO COMPORTAMENTO =PARADIGMA CONDIC ONDIC. OPERANTE =SKINNER =BEHAVIORISMO RADICAL / ANÁLISE DO COMPORTAMENTO ⇒ TERAPIA COMPORTAMENTAL (PARADIGMA DO COMPORTAMENTO RESPONDENTE – PROCEDIMENTOS REALIZADOS NO CONTEXTO CLÍNICO) EXISTE UMA TENDÊNCIA A SEREM USADOS COMO SINÔNIMOS DIAGNÓSTICO/AVALIAÇÃO COMPORTAMENTAL ANÁLISE FUNCIONAL DO COMPORTAMENTO AVALIAÇÃO FUNCIONAL DO COMPORTAMENTO SISTEMATIZAÇÃO DOS PASSOS E PROCEDIMENTOS PSICOTERAPIA COMPORTAMENTAL ⇒ Década de 50: início de sistematização dos princípios ⇒ Década de 60: constituída como um movimento formal => Década de 70: difundida mundialmente => Década de 80/90: a) HAYES ACT: Contextual Approach To Therapeutic Change b) KOHLENBERG E TSAI: 1987 =>Psicoterapia AnalíticaAnalítica-Funcional (FAP) KAZDIN(1985) Psicologia Comportamental e Psicoterapia Comportamental sofrem influências: Da Filosofia Das Ciências Biológicas (etiologia das doenças biológicas; procedimentos; tratamento) Da Física (maior compreensão da matéria física; operacionismo) DARWIN (conceito de adaptação dos organismos a seu ambiente e da continuidade das espécies) Pesquisas de fisiologia na Rússia Surgimento do Behaviorismo na América Desenvolvimento da psicologia da Aprendizagem QUAIS OS REQUISITOS PARA UMA TERAPIA SEJA CONSIDERADA COMPORTAMENTAL? (SÔNIA BEATRIZ MEYER,1995) Nível 1 (Tecnológico): Conjunto das técnicas derivadas de pesquisas realizadas (Programas de treino de habilidades específicas, dessensibilização sistemática, treino assertivo, Nível 2 (Metodológico): Aspecto metodológico básico da análise comportamental é a análise funcional. Sua utilização não deve tornar os pesquisadores insensíveis às contingências. Deve dar condições de enxergar com maior clareza que processos comportamentais estão ocorrendo.. ocorrendo QUAIS OS REQUISITOS PARA UMA TERAPIA SEJA CONSIDERADA COMPORTAMENTAL? (SÔNIA BEATRIZ MEYER,1995) Nível 3 (Conceitual): Relação dos conceitos gerais da ciência do comportamento com o que é realizado na prática do Analista do comportamento. Reforçamento; punição; extinção; controle de estímulo; generalização; equivalência de estímulos, controle por regras verbais. Nível 4 (Filosófico): Propostas do Behaviorismo Radical de Skinner. AVALIAÇÃO/ DIAGNÓSTICO COMPORTAMENTAL Profa Ms Cristina Di Benedetto [email protected] Pressupostos da Avaliação Comportamental (adaptado de Keefe, Keefe, Kopel e Gordon, 1980 apud Zamignani e Kovak,2002) Kovak,2002) Foco no comportamento comportamento;; Ênfase na relação entre organismo e ambiente; ambiente; Busca das variáveis mantenedoras e estabelecedoras do comportamento. O comportamento problema não é tipicamente malmal-adaptado (pois tem uma função, ou seja, produz benefícios observáveis). Comportamentos desadaptados: são aprendidos pela pessoa e podem ser desaprendidos. Princípio da amostragem direta – comportamento problema não é visto como sintoma de problema subjacente. Princípio das definições operacionais: operacionais: condições vagas ou gerais devem ser traduzidas em definições operacionais (que permitam a observação e descrição das condições envolvidas). Profa Ms Cristina Di Benedetto [email protected] Breve histórico da avaliação comportamental (Sierra e BuelaBuela-Casal, Casal, 2001 apud Zamignai e Kovak,2001) Kovak,2001) Até os anos 40 predomínio de técnicas projetivas no diagnóstico psicológico Anos 40 e 50 rejeição das técnicas projetivas subjetividade e baixa confiabilidade Primeira ‘crise’ da avaliação psicológica Alternativa testes psicométricos – avaliação objetiva, aplicação e análise padronizadas ‘Era de ouro’ da avaliação psicológica Testes psicométricos mau uso problemas de validação e Movimento ‘anti‘anti-teste’ nos USA Nova ‘crise’ Profa Ms Cristina Di Benedetto [email protected] Modelo comportamental de avaliação – Anos 70 Surge como alternativa ao diagnóstico tradicional Rejeita o uso regular de testes padronizados Defende observação sistemática – a técnica mais importante em avaliação comportamental, livre de problemas de validação Avaliação intraintra-sujeito – superação do problema com os rótulos diagnósticos impostos pelo modelo médico Profa Ms Cristina Di Benedetto [email protected] ‘Crise’ da avaliação comportamental – anos 80 e 90 Aperfeiçoamento do DSMDSM-IV • Torna o DSM mais próximo da avaliação comportamental Avaliação comportamental deixa de ser um antagonista da avaliação tradicional Adoção por behavioristas de técnicas projetivas e testes psicométricos Crescimento do movimento cognitivista Modelo comportamental se opõe ao uso de construtos cognitivos Terapeutas cognitivos passam a adotar o modelo de diagnóstico psiquiátrico Profa Ms Cristina Di Benedetto [email protected] Fundamentos teóricos: (Follette (Follette et. Al, 1999) Sintoma x Amostra (Sierra e Buela Buela--Casal Casal,, 2001 apud Zamignai e Kovak,2001 Kovak,2001) Avaliação tradicional Comportamento como sinal ou sintoma de problema subjacente Avaliação comportamental Comportamento é uma amostra da classe de problemas que compartilham a mesma função Profa Ms Cristina Di Benedetto [email protected] Abordagem analítico--comportamental analítico Diagnóstico“ Várias denominações: Diagnóstico comportamental Avaliação diagnóstica comportamental Análise funcional Avaliação comportamental Outras Profa Ms Cristina Di Benedetto [email protected] PARA CADA CASO REALIZA-SE UMA ANÁLISE QUE ENVOLVE: Variáveis da Religião História de Vida: Aprendizagem Passada Variáveis Psicológicas Individuais PROCEDIMENTO TERAPÊUTICO COMPORTAMENTAL: Não se avalia o problema como sintoma subjacente a uma problemática interna. A Avaliação busca compreender o que o cliente FAZ ao invés de diagnosticar o que ele TEM. Ex. Dois indivíduos com ansiedade: apresentam comportamentos diferentes e diferentes variáveis independentes cognitivas, autonômicas, motoras e ambientais. Profa Ms Cristina Di Benedetto [email protected] Topografia (forma) da resposta informa pouco Ex: agressão Função termo central da psicologia operante Não existe resposta maladaptada (Carr Carr,, Langdon e Yarbrough Yarbrough,, 1999; Follette et. Al, 1999) 1999) Resposta produz algum benefício (imediato ou não) a quem a emite Resposta é selecionada pelas suas conseqüências Profa Ms Cristina Di Benedetto [email protected] Profa Ms Cristina Di Benedetto [email protected] COMO AS CONSEQUÊNCIAS CONTROLAM O COMPORTAMENTO? Consequência Frequência do Comportamento: AUMENTA Frequência do Comportamento: DIMINUI Aplica o estímulo Reforçamento Punição Positivo (estímulo aversivo) (estímulo positivo) Retira o estímulo Reforçamento Punição Negativo (estímulo positivo) (estímulo aversivo) Cunha, A.C.B. (1998) AVALIAÇÃO COMPORTAMENTAL (Barrios, 1988, apud Zamignani e Kovak Kovak,, 2002) “a avaliação não é feita apenas antes da intervenção, mas durante toda a intervenção e mesmo após seu término, quando se deseja saber a permanência dos efeitos do tratamento.” Profa Ms Cristina Di Benedetto [email protected] AVALIAÇÃO COMPORTAMENTAL (cont.) (Barrios, 1988, apud Zamignani e Kovak Kovak,, 2002) “é sistematizada em vários momentos e utiliza vários procedimentos (observação do comportamento; entrevistas; técnicas psicométricas; .” Profa Ms Cristina Di Benedetto [email protected] Iniciando o processo Profa Ms Cristina Di Benedetto [email protected] Profa Ms Cristina Di Benedetto [email protected] UM ROTEIRO PARA O DIAGNÓSTICO COMPORTAMENTAL (Frederick H. Kanfer e George Saslow) Saslow) Análise inicial da situação – problema: Reservas Comportamentais: - Repertório do cliente X circunstâncias - Amplitude do repertório comportamental não problemático - Decisão do ponto inicial do tratamento - Avaliação cultural do comportamento (conseqüência deste para outras pessoas). - Comportamentos não problemáticos. O que o cliente faz bem. Seus comportamentos sociais adequados. Seus talentos especiais. - Ponto de partida para modificação de comportamento (trabalho natural). Profa Ms Cristina Di Benedetto [email protected] UM ROTEIRO PARA O DIAGNÓSTICO COMPORTAMENTAL (Frederick H. Kanfer e George Saslow) Saslow) Excessos Comportamentais: Déficits Comportamentais: - Classes de comportamentos descritos como problemáticos que ocorrem em excesso em sua: - Frequência; - Intensidade; - Duração. - Classes de respostas descritas como problemáticas porque deixa de ocorrer com: - Suficiente frequência; - Intensidade adequada; - De maneira apropriada; - Nas condições socialmente previstas. Profa Ms Cristina Di Benedetto [email protected] Qualquer processo de AVALIAÇÃO FUNCIONAL/COMPORTAMENTAL somente será bem sucedido se o terreno estiver suficientemente adubado..... Devemos considerar que esse processo ocorre em ETAPAS e se dá em um CONTEXTO INTERACIONAL Profa Ms Cristina Di Benedetto [email protected] AVALIAÇÃO FUNCIONAL / COMPORTAMENTAL ETAPAS 1. Coleta de dados 2. Formulação de hipóteses 3.Planejamento das intervenções 4. Implementação da intervenção 5. Avaliação do resultados Este processo ocorre num contexto e é interacional Profa Ms Cristina Di Benedetto [email protected] OS ENCONTROS INICIAIS: PREPARANDO O TERRENO PARA A AVALIAÇÃO FUNCIONAL/COMPORTAMENTAL Variáveis múltiplas estão interagindo nos momentos iniciais do processo terapêutico; Algumas delas: primeiro contato do cliente com o profissional; criação do vínculo, clareza do contrato; cuidados éticos; motivação para adesão ao tratamento; capacidade de acolhimento: que produz conforto em quem buscou o tratamento (Jocelaine Martins Silveira, 2012) Profa Ms Cristina Di Benedetto [email protected] OS ENCONTROS INICIAIS: (Silveira, 2012 ) As interações iniciais entre o terapeuta e o cliente O contrato A estrutura dos encontros iniciais Profa Ms Cristina Di Benedetto [email protected] OS ENCONTROS INICIAIS: (Silveira, 2012 ) As interações iniciais entre o terapeuta e o cliente O primeiro contato terapeutaterapeuta-cliente exerce impacto sobre ambos ambos;; 1ª sessão sessão:: o T deve ter a capacidade de consequenciar adequadamente verbalizações do cliente sobre a queixa que o surpreendam “ Vim encaminhado pela terapeuta de casal. casal. Ela não sabe, mas eu tenho compulsão sexual e só me realizo sexualmente se eu e minha esposa assistirmos sexo grupal. grupal. Veja aqui estas fotos, que tiramos neste final de semana, com um casal” “ O meu marido teve um relacionamento com minha mãe em um período em que fui trabalhar em outra cidade” Profa Ms Cristina Di Benedetto [email protected] PRESTE ATENÇÃO EM VOCÊ!!!! Caso precise de ajuda busque supervisão ou encaminhe o cliente Profa Ms Cristina Di Benedetto [email protected] OS ENCONTROS INICIAIS: (Silveira, 2012 ) As interações iniciais entre o terapeuta e o cliente a) b) c) O primeiro contato terapeutaterapeuta-cliente exerce impacto sobre ambos; Por parte do cliente cliente:: Curiosidades sobre a vida do T Idealizações Características pessoais do T Profa Ms Cristina Di Benedetto [email protected] PRESTE ATENÇÃO EM VOCÊ!!!! Não transforme a terapia em “bate papo” e troca de ideias!!!! Não confundir o conceito de MODELAÇÃO com a necessidade de se abrir com o cliente. Caso sinta dificuldade, busque supervisao ou psicoterapia !! Profa Ms Cristina Di Benedetto [email protected] Vídeo Hélio Profa Ms Cristina Di Benedetto [email protected] OS ENCONTROS INICIAIS: (Silveira, 2012 ) O contrato 1) Estabelece os compromissos e tarefas do terapeuta e do cliente: profissional garante o sigilo, combina os honorários e o modo de acertáacertá-los, aborda sobreprocedimentos como faltas e reposições, estabelece a periodicidade e a duração das sessões ; =. Interessante perceber como o cliente reage a essas regras (CRBs CRBs)) =.Observar como o T consequencia os comportamentos do cliente quanto a cumprir ou não o estabelecido no contrato 2) Destaca os BENEFÍCIOS DO PROCESSO TERAPÊUTICO Profa Ms Cristina Di Benedetto [email protected] OS ENCONTROS INICIAIS: (Silveira, 2012 ) A estrutura dos encontros iniciais Apresentação inicial entre o cliente e o terapeuta; Contrato; Coleta de Dados Profa Ms Cristina Di Benedetto [email protected] SISTEMATIZAÇAO DE PROCEDIMENTOS PROCEDIMENT OS PARA COLETA DE DADOS NA AVALIAÇÃO FUNCIONAL/COMPORTAMENTAL NA CLÍNICA Profa Ms Cristina Di Benedetto [email protected] Sherlock Holmes – revista época VÁRIOS MÉTODOS E TÉCNICAS PARA COLETA DE DADOS PODEM SER USADOS VISANDO AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA INICIAL E/OU SEGUIMENTO TERAPÊUTICO; COLETA DE DADOS FORNECE ELEMENTOS SEGUROS PARA A CONCEITUALIZAÇÃO COMPORTAMENTAL E ANÁLISE FUNCIONAL; MÉTODOS DE COLETA DE DADOS PARA AVALIAÇÃO COMPACTUAM COM UM MODELO BIOPSICOSSOCIAL (MÚLTIPLAS INTERAÇÕES ENTRE FÍSICO, PSÍQUICO E AMBIENTE); MÉTODOS EXIGEM FORMAÇÃO TEÓRICA E TREINAMENTO PRÁTICO: FORMULAÇÕES VINDAS DA COLETA SERVIRÃO PARA O PLANEJAMENTO DAS INTERVENÇÕES. Profa Ms Cristina Di Benedetto [email protected] I) TÉCNICAS DE OBSERVAÇÃO: Observação Direta Direta:: registro de dados sobre o comportamento e o ambiente Pode revelar variáveis de controle que passam desapercebidas na entrevista entrevista.. Palavras importantes importantes:: ONDE; QUANDO; QUEM; O QUE; POR QUÊ;COMO Profa Ms Cristina Di Benedetto [email protected] I) TÉCNICAS DE OBSERVAÇÃO: PROBLEMAS ENCONTRADOS NA OBSERVAÇÃO DIRETA: Avaliar comportamentos com baixa freqüência; Custos financeiros e de tempo para a realização; Complexidade na observação de alguns comportamentos; Impossibilidade de avaliar comportamentos encobertos; Tende a fornecer poucas observações; problemas com fidedignidade e validade. Profa Ms Cristina Di Benedetto [email protected] I) TÉCNICAS DE OBSERVAÇÃO: Relação Terapêutica Sentimentos e emoções do terapeuta e do cliente Observação do cliente na sessão Profa Ms Cristina Di Benedetto [email protected] II Testes e Escalas de avaliação USAR COM MÉTODO RIGOROSO: EVITAR BANALIZAÇÃO E RÓTULOS A PARTIR DA ANÁLISE DOS INSTRUMENTOS Testes (inteligência, projetivos, etc.) Nem sempre são utilizados em sua função tradicional diagnóstica Fornecem uma amostra do desempenho atual do cliente em habilidades específicas Testes projetivos podem ser Ss suplementares para a obtenção de dados sobre o comportamento do cliente Escalas de avaliação Problemas relacionados ao relato verbal como dado Estímulo (verbal) apresentado no teste solicita do cliente apenas uma resposta (verbal) a respeito do evento Pode servir como base para o planejamento Levar inventário assertivo e questionário de autoavaliação do cliente Profa Msinicial Cristina Di Benedetto [email protected] INICIAR O TÓPICO ENTREVISTA COM O ROLE PLAYING Check List Maura Gongora O que aconteceu aqui? Como foi a postura do cliente? Como o terapeuta recepcionou? Entrevista aberta ou fechada? Antecipou diagnósticos? Ouviu atentamente? Estabeleceu contrato? Certificou--se que o cliente tenha saído tendo a ideia de Certificou que foi compreendido? ...... Profa Ms Cristina Di Benedetto [email protected] III) TÉCNICAS DE ENTREVISTA Recurso muito utilizado É útil por que: fornece grande quantidade de informações sobre a pessoa; seus comportamentos; cognições, emoções, além de permitir maior interação entre o cliente e o terapeuta. Utilizada em praticamente todas as abordagens psicoterapêuticas É também muito utilizada, inclusive como recurso de intervenção. Profa Ms Cristina Di Benedetto [email protected] III) TÉCNICAS DE ENTREVISTA Interação verbal entre duas pessoas (aplica(aplica-se aqui os mesmo princípios, leis ou processos gerais que se aplicam a qualquer interação verbal. Há nessa interação a influência mútua entre as duas pessoas envolvidas Aqui entra a importância da relação terapêutica como ferramenta que auxilia a coletar dados e fazer intervenções Profa Ms Cristina Di Benedetto [email protected] III) TÉCNICAS DE ENTREVISTA (Silvares & Gongora, 1998 ) OBJETIVOS a) Interacionais b) Coleta de Dados c) Intervenção ESTRUTURA Etapa Inicial: QUEIXA LIVRE ( (MAIS LIVRE – INFORMAÇÕES MAIS GERAIS) Queixa Dirigida: (MAIS DIRIGIDA – INFORMAÇÕES SOLICITADAS PELO T) Encerramento: (PREPARAÇÃO PARA A INTERRUPÇÃO DO PROCEDIMENTO E EXPLICAÇÃO DO ENCAMINHAMENTO DA SITUAÇÃO) Profa Ms Cristina Di Benedetto [email protected] III) TÉCNICAS DE ENTREVISTA (SILVARES & GONGORA, 1998 ) DADOS A SEREM COLHIDOS DADOS PESSOAIS DO CLIENTE DADOS DO NÚCLEO FAMILIAR APARÊNCIA GERAL O CLIENTE DURANTE A ENTREVISTA COMO CHEGOU AO TRATAMENTO BIOGRAFIA COMPORTAMENTOS PROBLEMA QUE MOTIVARAM A PROCURA DO TRATAMENTO DESCREVER OPERACIONALMENTE A QUEIXA HIERARQUIZAÇÃO DAS QUEIXAS Profa Ms Cristina Di Benedetto [email protected] DADOS A SEREM COLHIDOS (CONT.) ESPECIFICAÇÃO DOS COMPORTAMENTOS PROBLEMA 9.1 DIMENSÕES DO COMPORTAMENTO PROBLEMA – FREQÜÊNCIA, INTENSIDADE E DURAÇÃO. 9.2 EVENTOS RELACIONADOS À OCORRÊNCIA DO PROBLEMA, OU SEJA, CIRCUNSTANCIAS NAS QUAIS O PROBLEMA OCORRE 9.3 CIRCUNSTÂNCIAS NAS QUAIS O COMPORTAMENTO NÃO OCORRE 9.4 DADOS HISTÓRICOS DO PROBLEMA: COMO E QUANDO SE INICIOU 9.5 EXEMPLO DE OCORRÊNCIA DO PROBLEMA 9.6 O QUE IMEDIATAMENTE ANTES E IMEDIATAMENTE DEPOIS DA OCORRÊNCIA DO PROBLEMA 9.7 CONSEQÜÊNCIAS GERAIS DO PROBLEMA E CONSEQÜÊNCIAS QUANDO O COMPORTAMENTO NÃO OCORRE 9.8 PENSAMENTOS, CRENÇAS ATITUDES E SENTIMENTOS DO CLIENTE QUANDO DA OCORRÊNCIA DO PROBLEMA 9.9 O QUE OUTRAS PESSOAS DIZEM SOBRE O PROBLEMA Profa Ms Cristina Di Benedetto [email protected] DADOS A SEREM COLHIDOS (CONT.) 10)OBJETIVOS OU METAS DO CLIENTE PARA A TERAPIA 11)PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DO CLIENTE EM RELAÇÃO AS POSSIBILIDADES DE TRATAMENTO 12) PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DO AMBIENTE 13) TRATAMENTOS ANTERIORES 14) CONDIÇÕES GERAIS DE SAÚDE 15) MOTIVAÇÃO DO CLIENTE PARA O TRATAMENTO 16) REFORÇADORES POTENCIAIS 17) AVALIAR RISCOS E POSSÍVEIS CRISES IMEDIATAS 18)IDENTIFICAR RESPOSTAS EMOCIONAIS AOS PROBLEMAS 19)LEVANTAR DADOS DE RELAÇÃO ENTRE OS DIVERSOS PROBLEMAS APRESENTADOS 20)LEVANTAR QUAISQUER OUTROS DADOS DE INTERESSE PARA A COMPREENSÃO DA QUEIXA. Profa Ms Cristina Di Benedetto [email protected] Profa Ms Cristina Di Benedetto [email protected] VOLTANDO AO CASO CLÍNICO : G. (VERA REGINA L. OTERO; YARA K. INGBERMAN) Profa Ms Cristina Di Benedetto [email protected] I) HISTÓRICO DA AQUISIÇÃO DA DEPRESSÃO: a) Análise do comportamento: comportamento humano deve ser reforçado para que continue a ser emitido. No caso de G. não havia conseqüências reforçadoras a seus comportamentos, ocorrendo gradualmente a diminuição da freqüência. G. passa a comportar--se isoladamente, buscando comportar reforçadores em outros aspectos (leituras, fantasias, etc.). Baixa taxa de reforçamento no ambiente interpessoal => Não pode identificar satisfação contingente a relacionamentos interpessoais positivos. Profa Ms Cristina Di Benedetto [email protected] b)Comportamentos de aproximação social: não houve história de aprendizagem satisfatória (não brincava com outras crianças; pai com histórico de repressão, impediu que desenvolvesse o repertório social mais amplo). c) Projeção distorcida do ambiente: associava que após eventos satisfatórios iria leválevá-la a sentimentos negativos (caixa de lápis de cor; aniversário): prazer e satisfação são para os outros. Esquiva de situações de prazer para evitar sentimentos de perda, ameaça e sofrimento. d) Modelos parentais que não propiciaram identificação positiva com o pai (autoritário) e a mãe (não permitindo que ela a tomasse como modelo) => baixo repertório de aproximações afetivas. II) HISTÓRICO DOS MANTENEDORES DOS COMPORTAMENTOS DE ESQUIVA DAS RELAÇÕES AFETIVAS: No momento em que procura a terapia (comportamentos de sofrimento atuais), G. sugere estar respondendo a distorções de percepção acerca de si e dos outros (mantenedores da esquiva). Autoimagem negativa; Ansiedade social; Sentimento de incapacidade; Sensação de que os outros têm dela a mesma percepção (não faz teste de realidade); Alta taxa de comportamentos emitidos sob controle do reforçamento negativo (brigar com o filho para não assumir responsabilidades; ser agressiva e não ser assertiva). III) PROPOSTAS DA TERAPEUTA PARA MODIFICAÇÃO DE PADRÕES COMPORTAMENTAIS: Aumentar a percepção e leitura comportamental no contato com o ambiente =>aumentar a freqüência de comportamentos e desenvolver repertório de enfrentamento (VARIABILIDADE COMPORTAMENTAL), bem como propiciar taxa de discriminação positiva do ambiente; Trabalhar auto-imagem: mudar as distorções sobre si e sobre as pessoas, para possibilitar que a mesma se relacionasse de forma mais satisfatória comas pessoas e consigo mesma; Identificar os principais medos de G. decorrentes de sua inabilidade social: instalar repertório de testar o ambiente para verificar as conseqüências (positivas ou negativas) e os sentimentos associados; III) PROPOSTAS DA TERAPEUTA PARA MODIFICAÇÃO DE PADRÕES COMPORTAMENTAIS: Ajudá-la a discriminar os antecedentes de sua história de depressão: modelos aprendidos e condicionados e suas funções no processo de esquiva da cliente. Resultados: Aumento da capacidade de ação e identificação de fontes de satisfação (Aumento expressivo de taxa de comportamentos emocionais adequados (diminuição da agressividade e esquiva).