O socialismo

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INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO ALVORADA PLUS
Curso de Administração
TEORIA ECONÔMICA:
O Marxismo e o sistema econômico dos países socialistas
O pensamento socialista
Grupo nº 10:
Arinadja nº 06
Carlos nº 11
Josué nº 27
Rubens nº 45
Valdirene nº 48
Zélia nº 53
São Paulo
2006
Índice

O Sistema Capitalista: Efeitos e causas
03

Karl Marx
03

Karl Marx: suas idéias
04

A mais-valia e a luta de classes
05

O socialismo
05

A situação do consumidor nos países socialistas
07

A economia centralizada nos países socialistas
07

O planejamento central nos países socialistas
08

Socialismo x comunismo
09

Pontos principais do sistema capitalista
10

Bibliografia
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O sistema capitalista: Efeitos e causas
O sistema capitalista enfrenta um dos maiores dilemas da sociedade em todo
seu tempo: não distribui renda de forma justa a todas camadas da sociedade. Nesse sistema,
maior parte da renda se concentra na mão dos empregadores, que correspondem a uma
pequena parte da sociedade, a grande maioria da população, os trabalhadores, recebem apenas
o chamado salário, esse último, na maioria das vezes, apenas suficiente para sua
sobrevivência. Desta forma, existe um grande descontentamento da maioria com esse sistema
capitalista, uma vez que todo lucro gerado pela produção (através da mão-de-obra) não é
repassado para a mesma. Recebem apenas o que o empregador determinou previamente como
sendo o seu ordenado, mas e o lucro? Esse irá apenas aos empresários ou detentores privados
do capital. Assim percebemos que no sistema capitalista a tendência é que os “pobres”
permaneçam onde estão e os mais ricos acumulem cada vez mais riqueza.
Karl Marx
Um dos grandes pensadores de seu tempo, idealizou uma sociedade com uma
distribuição de renda justa e equilibrada, economista, cientista social e revolucionário
socialista alemão Karl Heinrich Marx, nasceu em 05 de Maio de 1818, cursou Filosofia,
Direito e História. Devido ao seu radicalismo, foi expulso da maior parte dos países europeus.
Seu envolvimento com radicais franceses e alemães, no agitado período de 1840, fez com que
ele levantasse a bandeira do comunismo e atacasse o sistema capitalista. Para ele o capitalismo
era o principal responsável pela desorientação humana e defendia a idéia de que a classe
trabalhadora deveria unir-se com o propósito de derrubar os capitalistas e aniquilar de vez a
característica abusiva deste sistema, que segundo ele era o maior responsável pelas crises que
se viam cada vez mais intensificadas pelas grandes diferenças sociais.
Esse grande revolucionário, que também participou ativamente de organizações
clandestinas com operários exilados, foi o criador da obra “O Capital”, livro publicado em
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1867, mas que é citado até os dias de hoje, seu tema principal é a economia. A obra mostra
estudos sobre o acúmulo de capital, identificando que o excedente originado pelos
trabalhadores acaba sempre nas mãos dos capitalistas, classe que fica cada vez mais rica as
custas do empobrecimento do proletariado, ou seja, a classe trabalhadora. Com a participação
de Engels, Marx escreveu também o “Manifesto Comunista”, que não poupou críticas ao
capitalismo.
Até os dias de hoje, as idéias marxistas continuam a influenciar muitos
historiadores e cientistas sociais, que aceitando ou não as teorias do pensador alemão,
concordam com a idéia que para se compreender uma sociedade deve-se entender
primeiramente sua forma de produção.
Karl Marx: suas idéias
Um dos pensadores mais influentes da história, autor de O Capital, Karl Marx,
não escreveu para leigos e sim para economistas, o poder e a alta sociedade, uma vez que seu
trabalho era embasado cientificamente. Marx defende que o capitalista torna-se mais rico, na
mesma medida que consegue explorar a força de trabalho dos outros cada vez mais, impondo
assim ao trabalhador a abstinência de todos os outros fatores da vida, como lazer, bem-estar
social, cultura, entre outros.
A maior crítica de Marx com relação ao capitalismo é a questão valor- trabalho
é a teoria de que os salários tenderiam a um nível de subsistência, socialmente definido. De
acordo com a teoria do valor-trabalho, o valor de qualquer bem é determinado pela quantidade
de trabalho necessário para produzi-lo. Entretanto, conforme Marx reconhecia, esse valor deve
incluir tanto o tempo de trabalho diretamente gasto na produção, quanto o tempo gasto em
etapas anteriores ao mesmo, ou seja, o trabalho gasto em fazer as máquinas necessárias à
produção. Assim ele propunha: se o trabalho é a origem de todo valor, os trabalhadores
recebem todo o valor do produto nacional, como contrapartida de sua contribuição? A resposta
é negativa, pois tudo que ele recebe é um baixo salário que representa uma fração do que ele
produziu, o restante do valor ele define como mais-valia: ou seja, o lucro.
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A mais-valia e a luta de classes
“Trabalhadores de todos os países: Uni-vos!” – Com esse imperativo, Marx
inicia sua crítica ao proletariado que lutando em grupos, conquistaria mais espaço no sistema
capitalista. Conforme sua visão acumula-se a riqueza na medida que se acumula a miséria –
um correspondente ao outro.
Segundo Marx, a exploração do trabalhador não decorre do fato de o patrão ser
bom ou mau, mas sim da lógica do sistema: para o empresário vencer a concorrência entre os
demais produtores e obter lucros para novos investimentos, ele utiliza-se da mais-valia, que
constitui a verdadeira essência do capitalismo. Sem a mais-valia o capitalismo não existe, mas,
a exploração do trabalho acabaria por levar, por efeito da tendência decrescente da taxa de
lucro, ao colapso do sistema capitalista.
Uma solução para o problema da grande exploração, segundo Marx, seria
derrubar do poder o controlador capitalista, os empresários, com uma revolução, uma greve
geral, e assim a tão idealizada sociedade comunista, apareceria, uma vez que o Estado
desapareceria.
“Através da abolição violenta dos direitos de propriedade, (os trabalhadores)
centralizarão todos os meios de produção nas mãos do Estado.”
(Karl Marx)
O socialismo
É um sistema econômico no qual o Estado tem a posse dos meios de produção:
capital, edificações e terra. O socialismo em sua teoria é justo e eficaz, já na sua pratica é
difícil de funcionar. È um sistema econômico que visa igual distribuição de renda para todas
as classes, não permitindo que existam milionários ou miseráveis na sociedade.
Nesse sistema os trabalhadores centralizarão todos os meios de produção nas
mãos do Estado. Para os radicais de esquerda, é uma ferramenta crítica á sociedade
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estabelecida. Para a classe mais rica, o socialismo sugere uma conspiração para arruinar suas
riquezas.
Não restam dúvidas que com o socialismo teríamos um sistema econômico
mais humano e com melhor distribuição de renda, mas seria muito difícil vivermos numa
sociedade em que todos têm o mesmo nível socioeconômico, uma vez que sempre a classe
mais rica dependerá da mão-de-obra da classe mais pobre. Os assalariados necessitam de
manter-se empregados produzindo o “lucro” para a classe rica, somente com o lucro e
crescimento da classe rica, cada vez mais os trabalhadores se manterão ativos na sociedade e
crescerá o número de empregos.
A posição Marxista do socialismo prega que uma vez que o Estado fosse
responsável pelos investimentos do país, todos teriam, por exemplo, habitação própria, mas é
importante lembrar que esse sistema pode gerar alguns problemas tais como: é discutível se as
decisões de investimentos tomadas pelo governo gerariam inovação tecnológica tanto quanto o
capitalismo. Uma vez que a concorrência capitalista “obriga” a busca por inovações. Outro
fator importante que se torna um problema para o socialismo é a mentalidade da sociedade
hoje que apesar de criticar o capitalismo não sabe viver sem o mesmo. Seria necessário
demandar grande tempo de estudo e conscientização para que as pessoas entendessem a
profundidade do sistema socialista. Nossa sociedade é educada a pensar em ter sempre o seu
melhor e o seu crescimento individual e não o do grupo.
Em suma, vê-se que o grande problema não esta no sistema econômico mas na
mentalidade da sociedade que visa o seu beneficio próprio, vindo contra as regras regidas pelo
socialismo. Ou seja se o individuo tem um carro, futuramente almejará ter dois o que é natural
nas pessoas, não importando se seu vizinho não tem nenhum veículo.
Mais gritante ainda é termos paises como Cuba, socialista, que incrivelmente há
diferenças de classe e, a miséria predomina. Motivo: má administração do Estado e não
conscientização do real socialismo. Esse talvez seja um argumento real de que o socialismo
não funciona, haja vista a situação deste país.
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A situação do consumidor nos paises socialistas
Vale ressaltar que nos paises de regime socialista as empresas não correm o
risco de lançarem um produto no mercado e o mesmo não vir a fazer sucesso, uma vez que
todos as pessoas certamente irão consumir o produto sem reclamar ou dizer que não gostou do
modelo. Isso se deve a obrigação imposta pelo governo que se consuma àquele produto sem
verificar o real desejo da sociedade. No sistema socialista não importa o desejo das pessoas ou
a individualidade das pessoas, mas sim o interesse coletivo, que é a funcionalidade do produto.
Um fato que pode ser usado como exemplo foi nos anos 50, a empresa Ford
lançou o Edsel, um automóvel que foi um fracasso, principalmente nos EUA. O modelo não
caiu no gosto da população e simplesmente não vendeu, gerando dessa forma um enorme
prejuízo à fábrica. Se fosse num país socialista isso não teria acontecido, uma vez que as
pessoas não teriam outro modelo e seriam obrigadas a comprar o tal veículo. O que conta no
socialismo não é o gosto ou modelo do carro, como neste exemplo, mas a sua funcionalidade,
ou seja, o transporte de pessoas. Sendo assim, fica fácil compreender que num país capitalista
uma decisão incorreta acarreta prejuízo, já no socialismo representa apenas uma perda para os
consumidores.
O ideal seria um sistema socialista com a democracia capitalista, para que não
fique tudo centralizado nas mãos governo, dando margem para
abusos. Porém, sendo
otimista, pra não dizer impossível, é uma possibilidade bastante remota.
A economia centralizada nos países socialistas
A antiga União Soviética foi o primeiro país a implantar um sistema socialista,
durante quase trinta anos foi a única nação socialista de importância. Em 1917, o regime
decadente e repressivo de czarismo russo foi substituído pelo governo moderado de Kerensky,
em seguida foi derrubado pelo Partido Bolcheique, liderado por Lênin, um revolucionário
marxista. Somente depois que o exército vermelho de Lênin derrotou os Russos Brancos, em
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uma guerra civil sangrenta, repeliu uma tentativa de invasão pelos países ocidentais que
tentaram desmantelar a revolução socialista que aqueles lideres puderam dedicar-se totalmente
para a estruturação de um novo tipo de economia.
Essa economia tornou-se diferente das economias capitalistas em dois pontos
principais: os ativos produtivos eram de propriedade do Estado, a tomada de decisões por um
órgão central de planejamento. Desta forma, a liberdade do consumidor era parcial, os preços
eram estabelecidos pelo órgão de planejamento central e a propriedade dos ativos produtivos,
os meios de produção, eram de propriedade estatal, com exceções no setor agrícola.
O planejamento central nos países socialistas
As decisões mais importantes, tomadas com relação aos investimentos e
produção, são de responsabilidade de um órgão de planejamento central, nos países socialistas.
Em comparação a nossa economia, estas decisões são tomadas pelos empresários, produtores
individuais, que tem a liberdade de investir onde acharem mais vantajoso para sua respectiva
empresa obter lucro, no entanto, outras decisões de produção, como construção de estradas,
escolas, ou bens públicos, estão nas mãos do governo, seja estadual, municipal ou federal.
O planejamento econômico nos países socialistas é muito bem elaborado e faz
uma previsão de todos os índices de produção, investimento, num determinado setor e são
estabelecidas metas para todos as áreas. Mas esses planejadores só fixam essas metas mediante
uma consulta geral as empresas, sendo abertos a correções, quando necessárias, as metas
originais do plano.
Os lucros obtidos no sistema socialista, não fornecem o mesmo tipo de
incentivo a produzir que em uma economia de mercado, portanto, podem não desempenhar o
mesmo papel crucial na alocação de recursos como o fazem em uma economia capitalista. Os
planejadores centrais podem decidir-se pela desativação de uma atividade lucrativa de modo a
expandir uma outra que esteja dando prejuízos, exatamente o oposto do que aconteceria no
modelo capitalista. No sistema socialista, o diretor da empresa é voltado a obedecer às ordens
a respeito do que produzir, podendo consultar os membros do planejamento central. No
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sistema capitalista, o diretor seria um empresário que toma suas decisões acerca do que
produzir, de acordo com a perspectiva de lucro.
Acredita-se que um problema econômico pode ser resolvido por meio do
planejamento, mas a economia é muito complexa e imprevisível a ponto de se conseguir
eliminar todos os possíveis imprevistos que venham a aparecer num mercado de produção em
que cada item produzido, influência, direta e indiretamente, todos setores.
Socialismo X Comunismo
Muitos confundem o termo socialismo com o comunismo, mas entre ambos a
algumas diferenças a considerar:
Numa sociedade comunista não existe o Estado nem as classes sociais. A
sociedade é altamente desenvolvida, tanto nos setores tecnológicos como no setor produtivo,
permitindo assim que o principio “de cada um segundo as suas capacidades, a cada um
segundo as suas necessidades” possa ser atendido.
Só que até o comunismo há um longo caminho a ser percorrido, a insuficiência
no desenvolvimento das forças produtivas ainda não o permitem. Para se chegar ao
comunismo são necessárias algumas etapas de transição da sociedade. Primeiramente do
capitalismo para o socialismo, em que o Estado defenda os interesses dos trabalhadores,
utilizando uma democracia operária, onde os trabalhadores, em conselhos populares, decidam
tudo sobre a vida política do país, tendo domínio sobe os meios de produção.
As principais diferenças entre a etapa do comunismo e a etapa do socialismo é o
fim completo do Estado e a aplicação completa do principio: “de cada um segundo as suas
capacidades, a cada um segundo as suas necessidades” e o fim do trabalho alienado.
Atualmente, somente Cuba, governada por Fidel Castro, mantém plenamente o
sistema socialista em vigor. Mesmo enfrentando um forte bloqueio econômico dos Estados
Unidos, o líder cubano consegue sustentar o regime socialista, utilizando, muitas vezes, a
repressão e a ausência de democracia.
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Pontos principais do sistema capitalista
Grande parte do capital físico em uma economia de mercado é de propriedade
privada, enquanto em uma economia socialista o capital físico é de propriedade do Estado. Os
socialistas defendem que ele elimina uma das causas básicas da desigualdade no sistema
capitalista: o poder e a riqueza concentrados com aqueles que possuem o capital e meios de
produção.
No sistema socialista o capital físico é de propriedade coletiva, em vez de
privada. Os níveis de produção e investimentos são fixados por uma instituição de
planejamento central.
A maior vantagem no sistema socialista reside no fato de que as metas de
produção industrial são fixadas de tal forma a manter um nível de desemprego mínimo, com
algumas desvantagens: o planejamento centralizado determina um acúmulo de poder nas mãos
das instituições políticas centrais. E quanto mais for centralizado for esse poder, maiores serão
os riscos de abusos, haja vista a corrupção de alguns governantes, no caso do Brasil, por
exemplo. A grande questão é: poderia uma economia centralizada operar no contexto de
liberdade democrática abrangentes?
Um problema trazido com o planejamento generalizado da economia é que se
torna extremamente difícil controlar e administrar o sistema econômico, o que determina, com
freqüência, pontos de estrangulamento e outras perdas de eficiência. Dessa forma, o
planejamento central pode resultar em níveis altos de desemprego disfarçado, com
trabalhadores determinados a produzir bens que não satisfazem as preferências dos
consumidores.
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Bibliografia

WONNACOTT, Ronald. Economia. Makron Books. P779-793

MARX, K.; ENGELS, F. O manifesto do partido comunista. Afiliada. P129-149

COULON, O.M.A.F.; PEDRO, F.C. O socialismo cientifico:marxismo.
www.hystoria.hpg.ig.com.br/marx.html. 20/10/2006, 11:25.
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