PARASITISMO POR EPIDERMOPTES SP. EM CALOPSITA (NYMPHICUS HOLLANDICUS) E TRATAMENTO – RELATO DE CASO Ilda Mayara França Soares¹, Jessica Azevedo Costeira¹, Nailson de Andrade Neri Júnior¹, Rodolfo Monteiro Bastos¹, Rafael Lima de Oliveira², Vânia Vieira Reis³. 1 – Estudantes de Graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Federal da Paraíba; 2 – Médico Veterinário do Hospital Veterinário do CCA/UFPB – Areia, PB; 3 – Bióloga, Técnica de Parasitologia do Laboratório de Medicina Veterinária Preventiva [email protected] Palavras chave: Ácaro, fipronil, psitacídeos. Introdução. Os Psittaciformes são aves populares por sua natureza sociável, inteligência, coloração exuberante e capacidade de imitar sons, o que os torna as aves mais frequentemente mantidas como animais de estimação no mundo. Nas últimas décadas, o aumento do mercado de animais de companhia (pet) tem sido importante para a melhoria das condições de manutenção e criação de aves silvestres e exóticas, principalmente, pelos avanços nos conhecimentos nutricionais, zootécnicos e sanitários (1). Porém, paralelo a isso, torna-se cada vez mais comum o acometimento por diversas patologias, entre elas as sarnas causadas por diversas famílias de ácaros. Métodos. Foi atendida no Hospital Veterinário da UFPB, no Município de Areia, uma calopsita (Nymphicus hollandicus), de cativeiro, para avaliação de rotina. Durante o exame físico, foi colhido material da superfície das rêmiges primárias e secundárias, para pesquisa de ectoparasitas, através de fita adesiva e lâmina de microscopia. Houve amostras que receberam clareamento com hidróxido de sódio a 10% por 3 minutos, como também amostras não clarificadas. As lâminas foram analisadas em microscópio óptico na objetiva de 10x e 20x. Resultados e Discussão. Foram identificados ácaros do gênero Epidermoptes sp (2). Nas amostras constatou-se uma acentuada presença de indivíduos realizando cópulas, o que sugere uma população ativa e adaptada ao hospedeiro. Apesar de não haver sinais clínicos da infestação, foi instituído o tratamento, que consistiu na pulverização de um jato de fipronil a 0,25% (spray) em baixo de cada asa. A escolha do fármaco se deu devido ao baixo peso da ave, além de boa segurança e eficácia (3). O animal não apresentou nenhum sinal de intoxicação após a administração do Fipronil e após duas semanas, a ave não apresentava mais a presença dos ácaros. Conclusões. Este é o primeiro relato de parasitismo de Epidermoptes sp. em calopsita. O fipronil mostrou-se eficaz para o controle de Epidermoptes sp. em calopsita. Referências: 1.Grespan, A.; Raso, T.F., 2014, Psittaciformes (Araras, Papagaios, Periquitos, Calopsitas e Cacatuas). En: CUBAS, S.C; SILVA, J.C.R; CATÃO-DIAS, J.L, Tratado de Animais Selvagens. Roca, 2ª ed. São Paulo, pp. 550589. 2.Serra-Freire, N.M.; Mello, R.P.; 2006, Entomologia e Acarologia na Medicina Veterinária. L.F.Livros, 1ª Edição, Rio de Janeiro, pp. 199. 3.Jepson, L. Clínica de Animais Exóticos: Referência Rápida. Rio de Janeiro – Saunders-Elsevier, 2010. pp. 174245.