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06/12/2011
Mais altitude, menos cérebro?
Por Alta Montanha
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AI, MEU CÉREBRO: Acampamento a 7 mil metros de altitude, no Nepal
(foto de Maximo Kausch)
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Por Maximo Kausch
"Três atributos para um bom alpinista são: um alto limite para dor, memória
ruim e... e... esqueci do terceiro..."
Estava escalando nos Andes Centrais no fim da primavera de 2009 quando
ouvi os primeiros rumores de um tal estudo científico que dizia que a altitude
encolhe o cérebro humano. De acordo com a pesquisa, em alta montanha
ocorreria perda de memória e lesões irreveríveis ao órgão. Algo realmente
assustador para os infelizes escaladores como eu, que passamos meses e
meses seguidos em grandes altitudes. Mais tarde esqueci do estudo…
No ano seguinte, após uma temporada de oito meses seguidos escalando
montanhas do Himalaia, percebi que tinha uma dificuldade enorme para
fazer cálculos e lembrar de nomes de pessoas que eu acabara de conhecer.
Nesses tempo, fiquei quase seis meses acima de 5.000 metros, 92 dias
acima de 6.000 e 22 acima de 7.000. Senti-me uma cobaia viva para um
estudo como o que citei acima. Antes que eu esquecesse novamente, fui
procurar saber mais sobre esse tipo de pesquisa.
Muita polêmica foi levantada com a publicação do artigo "Are the mountains
killing your brain?", publicado na famosa revista norte-americana Outside,
"mãe" da brasileira Go Outside. Segundo o neurocientista e também
escalador Douglas Fields, o maior risco seria em pessoas que escalam
acima de 4.500 metros.
Confesso que fiquei realmente preocupado com as afirmações do dr. Fields,
pois eu praticamente passo o ano todo acima de 5.500 metros de altitude.
Há que lembrar que montanhismo de altitude não é um esporte muito
difundido e não conta com muitos praticantes. Estudos desse tipo requerem
pesquisas exaustivas e caríssimas. Uma ressonância magnética, por
exemplo, custa em média 800 reais atualmente. Uma expedição ao Everest
custa em média 40 mil dólares! Uma das principais dificuldades de um
estudo desse tipo é o alto custo.
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maravilhosa
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paisagens alucinantes
O estudo mais complexo sobre os danos cerebrais a longo prazo causados
por altitude foi uma pesquisa liderada pelo neurologista espanhol Nicolás
Fayed, em 2006. Aqui foi usada a técnica de ressonância magnética para
estudar os cérebros de 35 alpinistas que voltaram de expedições a quatro
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diferentes montanhas do mundo.
@revistagooutside |
Todos sabemos que altitude pode trazer diversos problemas de saúde ao
corpo humano. Eu mesmo já estou até acostumado a tratar pessoas com
casos do chamado "mal agudo de montanha" ou mesmo de quadros mais
graves como edemas cerebrais, edemas pulmonares, congelamentos,
derrames retinais, e muitos outros.
As pessoas "comuns" não chegam a imaginar com o que temos que lidar
nessas expedições longas em ambientes montanhosos. Já cheguei a extrair
dentes, costurar dedos, imobilizar fraturas expostas e até mesmo tratar
clientes com hemorróidas (é melhor eu nem contar este último caso…).
A maioria desses problemas estão relacionados a indivíduos que se
acostumam mal à altitude. Isso geralmente se deve a uma subida muito
rápida ou a uma hidratação ruim.
Os problemas descobertos por Fayed, no entanto, vão além dos descritos
acima e podem aparecer mesmo em indivíduos que se aclimataram bem.
Pra lá de Marrakech
Grupo de amigos sobe numa Land Rover para explorar
o norte da África
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Na terra dos canibais
ROUBADA: Alpinista sofrendo com a altitude de 7.400 metros, no Paquistão
(foto de Maximo Kausch)
A princípio, os problemas mais comuns parecem estar relacionados com
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Muitos dizem que esquecer das adversidades pelas quais passamos na
montanha e lembrar somente dos bons momentos é uma virtude que os
bons alpinistas têm. No entanto, não é nada agradável saber que não existe
escolha para essa virtude se queremos continuar escalando em altitude. O
estudo explica bem o provável motivo para isso.
Data
»08/09/13 Camp. Capixaba de
Corrida de Aventura
2013 - 3ª etapa
Colatina / ES
A falta de memória recente, por exemplo, pode estar ligada a lesões
subcorticais no lobo frontal do nosso cérebro. No estudo de Fayed, a maioria
dos escaladores, especialmente os que estiveram em montanhas maiores,
tiveram esse tipo de dano.
»14/09/13 Mountain Do 2013 Circuito de Charme 2ª etapa
Canela / RS
Outro problema encontrado foi a dilatação de pequenas estruturas cerebrais
chamadas de "espaços de Virchow-Robin". São pequenos canais para
drenagem de fluído no interior do cérebro. Além disso, foram observados
muitos casos de atrofia no córtex cerebral. Muitos desses danos são
considerados irreversíveis.
Nome
Local
Setembro
»14/09/13 Ultra Desafio 50
Poços de
Milhas 2013 - 3ª etapa Caldas / MG
»14/09/13 Mitsubishi Motorsports Curitiba / PR
Curitiba (PR)
»15/09/13 Circuito Metropolitano Biritiba-Mirim /
Os 35 montanhistas da pesquisa se distribuíram em quatro montanhas: no
Everest (8.848 metros, Nepal) foram 12 alpinistas profissionais e 1 amador.
No Aconcágua (6.862 metros) foram 8 amadores; 7 amadores escalaram o
Kilimanjaro (5.895 metros) e 7 amadores se deslocaram ao Mont Blanc
(4.810 metros).
De todos os que tiveram no Everest, só um deles voltou com o cérebro
intacto; os outros 12 tiveram danos cerebrais que podem ser irreversíveis. O
preocupante mesmo foi o resultado do estudo dos que escalaram as
montanhas menores.
Mesmo com apenas 4.810 metros acima do nível do mar, o Mont Blanc foi
suficiente para causar atrofia no córtex cerebral de um dos escaladores. Um
teve lesões subcorticais e outros dois tiveram dilatações nos espaços de
Virchow-Robin.
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Go Outside.com.br - Mais altitude, menos cérebro?
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O Aconcágua foi, sem dúvida, o mais alarmante de todos. Dos oito
examinados, todos tiveram atrofia no córtex cerebral e quatro tiveram lesões
consideradas irreversíveis. A expedição durou 15 dias desde o início até o
fim. É possível que o curto tempo de aclimatação (apenas seis dias) e o fato
de nenhum dos oito terem passado dos 3.000 metros anteriormente tenha
sido os principais motivos para agravar o quadro dos alpinistas.
Não se desespere com tudo isto que está escrito aqui!
A ressalva é que as piores ressonâncias são dos alpinistas menos
experientes. Isso indica que doenças de altitude, como mal agudo da
montanha, causado por uma aclimatação ruim e ligado à experiência do
esportista, agravam a situação.
Se você freqüenta altitudes, espere então danificar um pouco do seu
segundo órgão mais importante (citando Woody Allen...).
O site Alta Montanha é um espaço virtual inteiramente dedicado ao tema do
montanhismo. Para visitá-lo, clique aqui.
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