BE066 - Fisiologia do Exercício - 2013 Bacharelado em Educação Física Função Cardio-vascular e Exercício Prof. Sergio Gregorio da Silva, PhD BE066 - Fisiologia do Exercício - 2013 • Qual é o objetivo funcional do sistema CV? • Que indicador fisiológico pode ser utilizado para demonstrar uma adaptação aguda do sistema CV ao exercício? • Qual é o mecanismo fisiológico que causa a elevação da FC no exercício? BE066 - Fisiologia do Exercício - 2013 O Sistema Cardiovascular pode manter homeostase hemodinâmica em resposta a estressores ambientais repetitivos através do aumento de sua capacidade funcional de reserva BE066 - Fisiologia do Exercício - 2013 correr a 20 km/h correr a 8 km/h caminhar sentado Capacidade Funcional mínima BE066 - Fisiologia do Exercício - 2013 A velocidade e magnitude das adaptações em resposta a um estímulo variam dependendo da natureza (fisiológica vs. patológica), intensidade, freqüência, e duração do estímulo, bem como de fatores genéticos. BE066 - Fisiologia do Exercício - 2013 Um exemplo típico de um stress fisiológico repetitivo é o treinamento de endurance, que induz adaptações no coração caracterizadas pelo aumento do débito cardíaco máximo, volume sistólico, enchimento diastólico e volume ventricular esquerdo. BE066 - Fisiologia do Exercício - 2013 Coração BE066 - Fisiologia do Exercício - 2013 Miocárdio – o Músculo Cardíaco • Espessura varia diretamente com o stress imposto às paredes das atriais e ventriculares • O ventrículo esquerdo é a cavidade maior e mais poderosa • Com exercício vigoroso, o ventrículo esquerdo aumenta em tamanho. • Devido a discos intercalados – impulsos trafegam rapidamente no músculo cardíaco e permitem que atue como uma grande fibra muscular; todas as fibras contraem juntas BE066 - Fisiologia do Exercício - 2013 Miocárdio BE066 - Fisiologia do Exercício - 2013 Sistema de Condução Intrínsica BE066 - Fisiologia do Exercício - 2013 Controle Extrínseco do Coração • Sistema Nervoso Parassimpático atua através do nervo vago para diminuir a Freqüência Cardíaca e força de contração • Sistema Nervoso Simpático é estimulado pelo stress para aumentar a Frequência Cardíaca e Força de Contração • Epinefrina e norepinefrina – liberados devido à estimulação simpática – aumentam a freqüência cardíaca BE066 - Fisiologia do Exercício - 2013 Nervos simpáticos e parassimpáticos BE066 - Fisiologia do Exercício - 2013 Arritmias Cardíacas • • • Bradicardia: FC de repouso abaixo de 60 bpm Taquicardia: FC de repouso acima de 100 bpm Contração ventriculares prematuras (PVCs): são percebidas como batimentos extras • Taquicardia Ventricular: 3 ou mais PVCs consecutivos que podem levar a fibrilação ventricular em que a contração do tecido ventricular não é coordenada BE066 - Fisiologia do Exercício - 2013 Eletrocardiograma • Registra a atividade elétrica do coração e monitora as alterações cardíacas. • Onda P – despolarização atrial • Complexo QRS – despolarização ventricular e repolarização atrial • Onda T – repolarização ventricular BE066 - Fisiologia do Exercício - 2013 Membrane Potential (mV) Potencial de Ação BE066 - Fisiologia do Exercício - 2013 Atividade Elétrica do Coração BE066 - Fisiologia do Exercício - 2013 Fases do ECG de Repouso BE066 - Fisiologia do Exercício - 2013 Ciclo Cardíaco • Eventos que ocorrem entre 2 batimentos consecutivos (sístole a sístole) • Diástole – fase de relaxamento durante a qual as câmeras se enchem com sangue (onda T a QRS) • Sístole: fase de contração durante a qual as cavidades expelem sangue (QRS a onda T) BE066 - Fisiologia do Exercício - 2013 Ciclo Cardíaco BE066 - Fisiologia do Exercício - 2013 Volume Sistólico e Débito Cardíaco • Volume Sistólico (VS) • Volume de sangue bombeado por contração • Volume Diastólico Final (EDV) – volume de sangue no ventrículo antes da contração • Volume Sistólico Final (ESV) – volume de sangue no ventrículo após a contração • VS = EDV – ESV • Débito Cardíaco (Q) • Volume total de sangue bombeado por minuto • Q = FC x VS BE066 - Fisiologia do Exercício - 2013 Fração de Ejeção (FE) • Proporção de sangue bombeado no ventrículo esquerdo a cada batimento • FE = VS / EDV • Média de 60% em repouso BE066 - Fisiologia do Exercício - 2013 Cálculo: VS, EF, Q BE066 - Fisiologia do Exercício - 2013 Bomba Muscular BE066 - Fisiologia do Exercício - 2013 Pressão Venosa BE066 - Fisiologia do Exercício - 2013 Distribuição do Sangue • Proporcional às demandas metabólicas • Autoregulação – arteriolas dentro de órgãos ou tecidos dilatam ou constrigem • Controle neural extrínseco – nervos simpáticos nas paredes de vasos são estimulados • Determinado pelo balanço entre pressão arterial média e resistência periférica total BE066 - Fisiologia do Exercício - 2013 Distribuição do Sangue em Repouso BE066 - Fisiologia do Exercício - 2013 Velocidade do Fluxo Sanguíneo BE066 - Fisiologia do Exercício - 2013 Funções do Sangue • Transporta gases, nutrientes e resíduos • Regula a temperatura • Tampão e equilíbrio ácido básico BE066 - Fisiologia do Exercício - 2013 Composição do Sangue BE066 - Fisiologia do Exercício - 2013 Viscosidade do Sangue • “Espessura” do sangue • Quanto mais viscoso, mais resistente ao fluxo • Hematócrito maiores resultam em maior viscosidade BE066 - Fisiologia do Exercício - 2013 Resposta Cardiovascular Aguda ao Exercício • FC, VS e Débito Cardíaco (Q) aumentam • Fluxo de sangue e PA aumentam • Essas alterações permitem que o organismo atinja as demandas determinadas pelo exercício BE066 - Fisiologia do Exercício - 2013 Frequência Cardíaca de Repouso • Média de 60 a 80 bpm; pode variar de 28 bpm a acima de 100 bpm • Tende a diminuir com a idade e com o aumento da aptidão cardiovascular • É afetada por condições ambientais como altitude e temperatura BE066 - Fisiologia do Exercício - 2013 Frequência Cardíaca BE066 - Fisiologia do Exercício - 2013 FC no exercício agudo • • • A SN Simpático aumenta a FC O SN Parassimpático reduz a FC BE066 - Fisiologia do Exercício - 2013 FC durante o Exercício • No início do exercício: aumenta na FC devido à redução na ação parassimpática • Em intensidade elevada: a FC aumenta através dos nervos simpáticos BE066 - Fisiologia do Exercício - 2013 Efeito do Treinamento sobre a FC de repouso • A FC é menor em atletas de endurance treinados que em indivíduos sedentários saudáveis • O Treinamento de Endurance faz com que o SN Parassimpático seja ativado mais frequentemente 80 70 60 50 • 40 30 20 10 0 Heart Rate Untrained Trained BE066 - Fisiologia do Exercício - 2013 Frequência Cardíaca Máxima • O maior valor de FC que alguém pode atingir em um esforço máximo até a exaustão • Permanece constante no dia a dia e se altera levemente de ano para ano • Pode ser estimada: • FCmax = 220 – idade em anos • Péssima equação!!!!!!!!!!!!!!!! BE066 - Fisiologia do Exercício - 2013 FC e Intensidade de Exercício BE066 - Fisiologia do Exercício - 2013 FC em Steady-State • Platô de FC atingido durante exercício submáximo em ritmo constante • FC ótima para atingir as demandas circulatórias naquele nível de trabalho • Quanto menor a FC de steady-state, maior a eficiência do coração BE066 - Fisiologia do Exercício - 2013 Efeito do Treinamento sobre a FC BE066 - Fisiologia do Exercício - 2013 Volume Sistólico ou Volume de Ejeção Determinado por 4 fatores: • Retorno Venoso • Distensibilidade ventricular (capacidade de dilatação do ventrículo) • Contratilidade ventricular (capacidade de contração do ventrículo) • Pressão Aórtica e Arterial Pulmonar (pressões contra as quais os ventrículos devem se contrair) BE066 - Fisiologia do Exercício - 2013 Volume Sistólico • Determinante da endurance cardio-respiratória nos níveis máximos de trabalho • Aumenta com níveis progressivos de trabalho até intensidades de 40% a 60% do máximo • Pode continuar a aumentar até a intensidade máxima de trabalho • Depende da posição do corpo durante o exercício BE066 - Fisiologia do Exercício - 2013 Volume Sistólico BE066 - Fisiologia do Exercício - 2013 VS aumenta em Ciclistas BE066 - Fisiologia do Exercício - 2013 VS aumenta durante o Exercício • Mecanismo de Frank Starling – mais sangue no ventrículo faz com que ocorra um maior estiramento e conseqüentemente se contraia com mais força. • Contratilidade ventricular aumentada (sem aumento do volume ao final da diástole – EDV) • Resistência periférica total diminuída devido ao aumento da vasodilatação de vasos sanguíneos nos músculos ativos BE066 - Fisiologia do Exercício - 2013 Débito Cardíaco • Valor de Repouso é de aproximadamente 5,0 L/ min • Aumenta diretamente com o aumento da intensidade até 20 a 40 L/min • O aumento varia com o tamanho corporal e condicionamento de endurance • Quando a intensidade de exercício excede 40% a 60%, aumentos posteriores no Q são mais um resultado de aumentos em FC que em VS BE066 - Fisiologia do Exercício - 2013 Débito Cardíaco