Principais Condições Ortopédicas Juvenis Pilar Lafuente, DVM, PhD, DACVS, DECVS Royal Veterinary College August 2014 • Clinician's Brief Muitas condições ortopédicas podem afetar os cães e gatos. Alguns começam em uma idade precoce, com consequências que podem permanecer durante toda a vida do animal. Patologias comuns são de particular preocupação devido ao secundário de Osteoartrite (OA), uma causa comum de dor crônica e claudicação em cães adultos. Embora várias condições de deformidades congênitas possam ser apresentadas aos clínicos, aspatologias ortopédicas comumente encontradas em pacientes juvenis incluem displasia coxofemoral (DCF), displasia do cotovelo (DC), luxação patelar medial (MPL), osteocondrite dissecante do ombro (OCD) e panosteitis (PANO). DISPLASIA COXOFEMORAL Esta patologia tem etiologia multifatorial, afeta a articulação de coxofemoral, acomete mais comumente cães de raças grandes (especialmente o cão pastor alemão), mas também pode afetar gatos e cães de raça pequena. Fatores genéticos e ambientais podem levar a lassidão articular, e posteriormente, provocar um desenvolvimento anormal do acetábulo e cabeça femoral, em última análise, resultando em OA. O Diagnóstico em pacientes jovens é baseado em sinais clínicos (dificuldade em subir escadas, balançando dos membros traseiros, dor, sub-luxação e frouxidão da cabeça do fêmur). Achados radiográficos que confirmam a displasia coxofemoral associados a sub-luxação, incongruência alterações d egenerativas precoces (Figura 1). Figura 2. Radiografia ventrodorsal após osteotomia pélvica tripla Figura 1. Radiografia ventrodorsal pélvica de Retriever do Labrador, 12 meses de idades O tratamento depende da gravidade dos sinais clínicos; se suave, uma abordagem não-cirúrgico (por exemplo, gestão do peso, AINEs, suplementos condroprotetores, atividade física moderada, fisioterapia) podem ser eleitos. Algumas terapias cirúrgicas são realizadas durante as fases iniciais da doença, antes damaturidade esquelética e do desenvolvimento da OA, para aliviar os sinais clínicos e limitar a progressão da doença. A seleção dos pacientes para estes procedimentos é de fundamental importância, pois alguns fatores (a exemplo, idade, sub-luxação e redução de ângulos, cobertura acetabular da cabeça femoral) podem afetar o sucesso desses procedimentos (sinfisiodese pubiana juvenil, osteotomiapélvica tripla (OPT) (Figura 2), osteotomia de pélvica dupla (OPD). Procedimentos de salvamento (por exemplo, quadril total incluindo, cabeça femoral e excisão do pescoço) são normalmente reservados para os casos graves que não respondem ao tratamento conservador e são executados após crescimento ter cessado. DISPLASIA DO COTOVELO (DC) Displasia do cotovelo é um termo genérico para várias condições (por exemplo, processo ancôneo não unido) [PANU], doença coronóide medial [DCM], Osteocondrite [OC], OCD, incongruência) resultando em OA. A maioria dos pacientes são afetados por apenas 1 ou 2 destas condições ao mesmo tempo (por exemplo, processo coronóide medial fragmentado, OCD umeral). As causas são Figura 3. Radiografia multifatoriais; fatores genéticos e ambientais estão envolvidos. Os sinais clínicos frequentemente mediolateral do cotovelo apresentados são claudicação, uni ou bilateral, rigidez dos membros torácicos com efusão, dor e de Pastor Alemão de 7 diminuição da amplitudede movimento do cotovelo. Cães com mais de 5 meses de idade podem meses apresentar linha radiográficaradio transparente no processo ancôneo(PANU), (Figura 3); defeito na face articular medial do côndilo umeral (OC ou OCD), (Figura 4); esclerose e embotamento do processo coronóide medial(DCM); alterações degenerativas ou incongruência. A DCM (com ou sem fragmento) é o mais comum dentre essas condições. Técnicas avançadas de imagem (por exemplo, CT) ajudam a visualização do processo coronóide, que pode aparecer fragmentado ou esclerosado, (Figura 5), e estar associado a presença de osteófitos, ou ter irregularidade incisura radial. Figura 5. Corte axial da articulação do cotovelo de Dogue de Bordeaux com 13 meses Inicialmente, o tratamento não-cirúrgico da condição primária (controle de peso, uso de analgésicos, suplementos condroprotetores, exercícios controlados, fisioterapia) pode ser prescrito. A artroscopia para remoção de fragmento e o desbridamento da cartilagem anormal é recomendada para animais apresentam sinais clínicos e não respondem ao tratamento conservador na DCM (Figura 6). A resposta ao tratamento cirúrgico pode variar, e desenvolvimento de AO continua apesar do tratamento. Outras opções cirúrgicas incluem a osteotomia coronóide subtotal, osteotomia deslizante do úmero, osteotomia de abdução Ulnar proximal, ou liberação do bíceps Ulnar. Figura 4. Radiografia craniocaudal da articulação do cotovelo de Retriever do Labrador de 10 meses A Gestão das articulações com OA significante pode ser não-cirúrgico (por exemplo, perda de peso, analgésicos, suplementos de condroprotetores, atividade física controlada, fisioterapia) ou cirúrgico (por exemplo, substituição de cotovelo [CUE] unicompartimental ou total do cotovelo). Figura 6. Artroscopia de cotovelo Remoção da aba de cartilagem com desbridamento do osso subcondral artroscopicamente também é recomendada para lesões de OCD. A PANU pode ser recolocado e compactado na aulna proximal através de um parafuso, caso a degeneração do fragmento não esteja avançada. Caso a degeneração dofragmento esteja avançada é recomendado a artrotomia. Se a incongruência for evidente a osteotomia ou osteoectomia ulnar podem ser realizadas para melhorar a congruência. LUXAÇÃO PATELAR MEDIAL No desenvolvimento desta doença ocorre um menor ângulo de inclinação da cabeça do fêmur e ângulo menos orientado cranialmente e o resultado é o de cabeça femoral medial deslocamento da musculatura do quadríceps. Este deslocamento muscular resulta em forças anormais que predispõem a patela para luxar medialmente (Figura 7). A luxação patelar medial é a mais comum do que a luxação patelar lateral (LPM – 95% dos casos e LPL apenas 5%); MPL afeta principalmente cães de raça pequena, mas os de raça grande também podem ser afetados. A luxação patelar pode ser classificada de 1 a 4, dependendo da frequência de luxação e dificuldade de sua redução manual. No grau 1 geralmente não há necessidade de redução e não requer tratamento cirúrgico, enquanto grau 4 sempre requer o reposicionamento cirúrgico da patela no Figura 7. Radiografia Figura 8. Trocleoplastia sulco. A decisão de prosseguir o tratamento cirúrgico em cães com as graduações 2 e 3 do LPM ventrodorsal da pelve de ressecção em bloco depende da gravidade dos sinais clínicos. Tratamento cirúrgico inclui várias técnicas, como por de Cavalier King exemplo: trocleoplastia, trocleoplastia de recessão em bloco, trocleoplastia de ressecção em cunha, Charles speniel de 12 meses trocleoplastia de abrasão, trocleocondroplastia (Figura 8), transposição tuberosidade tibial [TTT], sutura antirotacional, sobreposição da cápsula articular. Exploração intra operatória da profundidade troclear e o alinhamento do mecanismo do quadríceps determinaram a técnica cirúrgica a ser executada. No entanto, técnicas ósseas (ou seja, TTT, trocleoplastias) tem sido associadas com menor risco de re-luxação da patela (Figura 9) e maiores taxas de sucesso do que outras técnicas de tecidos moles (ou seja, sobreposição de capsula e sutura antirotacional). OSTEOCONDRITE DISSECANTE DO OMBRO (OCDO) A classificação anormal da cartilagem endocondral articular leva a uma área de espessamento (OC) que eventualmente se rompe e formando uma aba cartilaginosa (OCDO). Múltiplos fatores estão Figura 9. Radiografias mediolateral (A) e envolvidos nesta patologia, desde caudocranial (B) do joelho após trocleoplastia fatores genéticos até fatores ambiende ressecção em bloco e transposição da tais (dietas de alta proteína, calorias, tuberosidade tibial cálcio). Cães de raças grandes são mais comumente afetados e geralmente apresentam claudicação de membro torácico, uni ou bilateral, entre 4 e 8 meses de idade. Atrofia muscular e dor durante a manipulação do ombro também podem ser encontradas em cães afetados. O Figura10. (A) Radiografiasimples. (B) Radiografia de contraste diagnóstico é baseado em sinais clínicos e radiográficos com a visualização do positivo mediolaterais e (C) vista caudal artroscopica da achatamento do aspecto caudal da cabeça do úmero (figura 10A). A artrografia de articulação escauloumeral de Pointer Alemão com 8 meses de contraste positivo pode ajudar no diagnóstico quando as radiografias são pouco claras idade (figura 10B). Imagens avançadas de CT e MRI podem ser úteis em casos e incertezas. Remoção cirúrgica ou artroscópica da aba de cartilagem com desbridamento do osso subcondral, muitas vezes leva a um prognóstico excelente (Figura10C). PANOSTEITE (PANO) A panosteite é uma inflamação autolimita da medula óssea em ossos longos. Os cães de raça grande são mais afetados, em particular o pastor alemão, apesar de raças menores também poderem ser afetadas. Os machos parecem ser mais afetados que as fêmeas. A maioria dos pacientes estão entre 5 e 12 meses de idade, contudo, a faixa etária varia de 2 meses a 5 anos de idade. Cães afetados apresentam claudicação com desvio postural que varia de uma claudicação leve à incapacidade de locomoção. Os sinais clínicos incluem: dor à palpação nos ossos afetados, especialmente nos membros pélvicos. Achados radiográficos mais comuns variam, dependendo do estágio da doença. Vão de densidades medulares aumentada ao nível dos forames de nutrícios areações periosteal (Figura 11). Sinais clínicos normalmente resolveram por 18 a 20 meses de idade. O tratamento não parece influenciar o resultado e consiste em medidas de apoio (por exemplo, repouso, analgésicos). Figura 11