Como Funciona o POST

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Como Funciona o POST?
Quando você liga o seu PC, parece não acontecer nada por muitos
segundos. Na verdade, seu computador está atravessando um complexo curso
de operações para ter certeza de que seus componentes estão funcionando
corretamente e avisar se algo está errado. Esta operação é o primeiro
passo num processo mais complicado chamado de boot-up ou simplesmente
boot.
O termo vem da expressão, em inglês, lifting yourself by your own
bootstraps, algo como “levantar-se com os próprios pés”. No PC, isto é
necessário porque ele precisa ter um meio de trazer seus componentes à
vida, de forma suficiente para realizar o objetivo de carregar o sistema
operacional; O sistema operacional, então, realiza tarefas mais
complicadas, que o código de boot não pode gerenciar sozinho, incluindo
a interação do hardware do PC e do software.
Mas antes que seu PC possa carregar o sistema operacional, ele precisa
ter certeza de que todos os componentes do hardware, da CPU (Central
Processing Unit) e da memória estejam funcionando corretamente. Este é o
trabalho do power-on self-test, ou POST.
O POST é a primeira coisa que o seu PC faz quando é ligado, e seu
primeiro aviso de problemas com qualquer um dos componentes. Quando o
POST detecta um erro no monitor, memória, teclado, ou outros componentes
básicos, ele produz um sinal de erro na forma de uma mensagem em sua
tela e – no caso de seu monitor ser parte do problema – na forma de uma
série de bips sonoros. Geralmente nem os bips e nem as mensagens na tela
são suficientemente específicas para lhe dizer exatamente o que está
errado. Tudo o que esses avisos fazem é informar genericamente sobre o
componente que tem o problema.
Um simples bip combinado com uma apresentação normal do prompt do DOS
significa que
os componentes passaram no POST. Mas qualquer outra
combinação de curtos e longos bips sonoros geralmente indicam problema.
Até mesmo a ausência do bip indica um problema.
Se não aparecer nenhuma mensagem de erm ou o bip não tocar, isto não
significa que todos os componentes do hardware de seu sistema estejam
funcionando como deveriam. O POST é capaz de detectar somente os tipos
de erros gerais. Ele consegue dizer se uma unidade de disco rígido está
ou não instalada, mas não pode dizer se há problemas com a formatação do
disco.
No final, o POST não parece ser extremamente útil. Isto se dá porque a
maioria dos PCs funciona tão seguramente que é raro o alarme do POST ser
acionado. Os benefícios do POST são sutis, mas fundamentais. Sem ele,
você nunca teria certeza da habilidade do PC de executar suas tarefas
corretamente e confiavelmente.
Como Funciona o POST?
1. Quando você liga o PC, o processo chamado POST (power-an selftest) é iniciado com um sinal elétrico que segue um caminho
permanentemente programado até a CPU, ou microprocessador. Ali, o
sinal elétrico limpa os dados deixados nos registradores de
memória situados no interior do chip. O sinal também altera os
dados em um registrador na CPU chamado de programa contador. No
caso do AT e dos computadores que vieram depois dele, o número
hexadecimal é FOOO. O número no programa contador informa à CPU o
endereço da próxima instrução que necessita ser processada. Neste
caso, o endereço é o início de um programa de boot (inicialização)
armazenado permanentemente no endereço F000 no chip set de memória
apenas para leitura (ROM, do inglês read-only memory) que contém o
sistema básico de entrada e saída ou, em inglês, inpuVoutput
system (BIOS).
2. A CPU usa o endereço para encontrar e chamar o programa de boot
ROM BIOS, que por sua vez aciona uma série de sistemas de
checagem. A CPU primeiro checa a si mesma e ao programa POST lendo
códigos carregados em várias localidades e checando-os com os
registros estacados permanentemente no chip set que contém o BIOS.
3. A CPU manda sinais através do barramento do sistema – os circuitos
que conectam todos os componentes – para ter certeza de que todos
estão funcionando.
4. A CPU também checa o temporizador do sistema, ou relógio, que é
responsável pela passagem dos sinais, para ter certeza de que
todas as operações funcionam de maneira organizada e sincronizada.
5. POST testa a memória contida na placa de vídeo e os sinais que
controlam a imagem no monitor. Depois coloca o código do BIOS da
placa como parte do sistema e da configuração de memória. É neste
momento que você verá algo aparecer no seu monitor.
6. POST executa uma série de testes para garantir que os chips da RAM
estejam funcionando adequadamente. Os testes inserem dados em cada
chip que depois são lidos e comparados com os dados enviados aos
chips inicialmente. Neste ponto, em alguns PCs, você verá no
monitor uma contagem crescente da quantidade de memória que está
sendo checada.
7. A CPU checa para Ter certeza de que o teclado está encaixado
devidamente e se alguma tecla foi pressionada.
8. POST envia sinais por caminhos específicos do barramento às
unidades (drives) de disco flexível e de disco rígido, aguardando
pela resposta que vai determinar quais unidades estão disponíveis.
9. Os resultados dos testes POST são comparados com os dados contidos
num componente específico chamado CMOS, que registra oficialmente
quais componentes estão instalados. CMOS é um tipo de chip de
memória que retém os dados quando o micro é desligado, sendo
continuamente alimentado por uma pequena bateria. Qualquer mudança
na configuração básica do sistema deve ser gravada no CMOS. Se os
testes detectarem um novo hardware, você terá a chance de
atualizar a configuração na tela de configuração (setup screen).
10. Alguns componentes do sistema, como a placa controladora SCSI,
contém um BIOS que interpreta comandos do processador para
controlar o hardware. Aqueles códigos de BIOS dos componentes são
incorporados como parte do BIOS do sistema. PCs mais novos podem
também
executar
uma
operação
denominada
Plug
and
Play
(reconhecimento automático dos componentes conectados ao sistema)
para
distribuir
os
recursos
do
sistema
entre
diferentes
componentes. (Veja o capítulo 5.) O PC agora está pronto para
seguir o próximo passo no processo de inicialização: carregar o
sistema operacional a partir do disco.
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