Mini-guia de estudos - Simulação Interna do Santa Maria

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2011
Mini-guia de Estudos
Conferência de Paz de Paris
Mini-Guia elaborado por:
Carina Miranda
Beatriz Cernic
Carolina Gonçalves
Mariana Stocco
Mini-guia de Estudos
Conferência de Paz de Paris
Sumário
I. Introdução .......................................................................................................................................
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II. Rivalidades e Tensões Internacionais ............................................................................................
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1. Imperialismo Europeu e Suas Consequências ........................................................................
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a. Alemanha VS. Inglaterra .....................................................................................................
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b. Alemanha VS. França .........................................................................................................
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c. Itália VS. França ..................................................................................................................
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2. Os Movimentos Nacionalistas ..................................................................................................
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a. Pan-eslavismo .....................................................................................................................
6
b. Pan-germanismo .................................................................................................................
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c. Revanchismo Francês ........................................................................................................
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3. Política de Alianças ..................................................................................................................
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a. Tríplice Aliança ....................................................................................................................
7
b. Tríplice Entente ...................................................................................................................
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c. A Itália .................................................................................................................................
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III. Primeira Guerra Mundial .................................................................................................................
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1. O Atentado de Sarajevo ...........................................................................................................
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2. Primeira Fase ...........................................................................................................................
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3. Segunda Fase ..........................................................................................................................
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4. Terceira Fase ...........................................................................................................................
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5. Destruição Europeia e a Ascensão dos EUA ...........................................................................
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IV. O Tratado de Paz ............................................................................................................................
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V. Imprensa .........................................................................................................................................
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1. L‟ Illustration .............................................................................................................................
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2. Die Wochenschau ....................................................................................................................
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3. Il Popolo d‟Italia .........................................................................................................................
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VI. Applications ......................................................................................................................................
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1. O que é application ....................................................................................................................
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2. Como deve ser ..........................................................................................................................
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a. Representações Padrão .....................................................................................................
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b. Imprensa.........................................................................................................................
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3. A entrega ....................................................................................................................................
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Conferência de Paz de Paris
4. Seleção dos Applications ...........................................................................................................
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5. Propostas de Applications para o Comitê ..................................................................................
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a. Representações Padrão ......................................................................................................
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b. Imprensa ..............................................................................................................................
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Conferência de Paz de Paris
I.
Introdução
A Belle Époque
“Felizes décadas entre 1870 e 1914: a Bela Época! Período histórico que, num primeiro momento, desperta na consciência de todos nós a imagem de um mundo marcado pela estabilidade, paz e valores seguros. Na
realidade esta sociedade paradisíaca existiu, mas somente para os estratos superiores das classes privilegiadas. A grande burguesia, sem duvida, tinha razões de sobra para o seu otimismo: as revoluções científica e
tecnológica, extremamente aceleradas ao longo do século XIX, haviam aberto perspectivas de fortuna e poder até pouco antes nem sequer imagináveis. O mundo, aos olhos das elites dominantes, parecia pronto e
acabado, e a História quase realizada, faltando apenas levar os „miraculosos‟ produtos da civilização ocidental aos pobres e retardados povos dos continentes periféricos. [...].
Esta sociedade feliz terminaria de forma explosiva nas trincheiras da Grande Guerra de 1914. [...].
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II. Rivalidades e Tensões Internacionais
A Belle Époque foi um período de profundas transformações no pensamento, na cultura e na tecnologia.
Porém não para todos. Durante tal época a Europa viu surgir muitas rivalidades políticas, nacionalismo, sentimentos revanchistas e além de tudo, corrida armamentista. Portanto o período também pode ser conhecido
como Paz Armada.
1. Imperialismo Europeu e Suas Conseqüências
As grandes potências européias, tais como Inglaterra e França, tiveram um processo antigo de industrialização e, portanto, puderam ocupar-se com a atividade imperialista no século XIX, e até o fim do mesmo já
contavam com vastos impérios.
A Itália e a Alemanha, por outro lado, sofreram durante maior tempo com conflitos internos, e inclusive foram unificadas tardiamente. Ambas passaram a se esforçar para acompanhar seus rivais na partilha da África. Para isso era fundamental dispor de equipamento bélico mais moderno do que de suas concorrentes.
a. Alemanha VS. Inglaterra
No século XIX a economia deixava de ser centrada na Inglaterra e outros países industrializados disputavam mercado consumidor com os britânicos, mas nenhum concorrente era tão agressivo quanto os alemães.
A Alemanha dispunha de tecnologia superior à inglesa, fabricando produtos de maior qualidade. Os empréstimos bancários daquela também eram mais vantajosos que os desta. Mas o que despertou a fúria britânica foi a decisão do Império Alemão de se tornar uma potência naval.
Construindo uma esquadra de guerra, a Alemanha passa de concorrência à ameaça. A estratégia britânica sempre esteve ligada ao domínio dos mares, com sua frota que permitia que a pequena ilha mantivesse
contato com as colônias espalhadas pelo mundo. Por isso a Grã-Bretanha considerou a Alemanha o mais
provável e perigoso de seus adversários.
Outro fator que colaborou para o aumento da inimizade foi a decisão alemã, em 1899, de construir uma
ferrovia que ligasse Berlim a Bagdá, dando acesso a uma área de influência inglesa, valorizada principalmente pela existência de jazidas de petróleo.
b. Alemanha VS. França
A rivalidade entre esses dois países nasce de sentimentos nacionalistas desencadeados pela derrota
francesa na Guerra Franco-Prussiana (1870 – 1871), da qual a França saiu derrotada.
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Na década de 1900 os dois países travaram disputa pelo Marrocos, território rico em minérios. A Alemanha questionava o acordo firmado entre a França e a Inglaterra em 1904, segundo o qual o território do Marrocos podia ser colonizado pelos franceses, e exigia que seus direitos sobre a região fossem reconhecidos.
c. Itália VS. França
A disputa entre os dois países pela Tunísia também criou na época outro foco de tensão. A França dominava a região desde 1881, mas a Itália não escondia seu interesse econômico no território.
2. Os movimentos nacionalistas
O sentimento das massas
“As massas alemãs, francesas e inglesas, ao marchar para a guerra em 1914, o fizeram não como guerreiros e aventureiros, mas como cidadãos e civis. É este mesmo fato que, para governos que operam em
sociedades democráticas, demonstra a necessidade do patriotismo e igualmente a sua força. Apenas o sentimento de que a causa do Estado era genuinamente a sua poderia mobilizar com eficácia as massas: e em
1914 os ingleses, franceses e alemães sentiam isso.”
a. Pan-eslavismo
O surgimento do pan-eslavismo explica-se com o Império Turco-Otomano e seu desmembramento.
Quando este acabou, iniciou-se uma disputa pelos Balcãs. A intervenção imperialista e as lutas nacionalistas
dos diversos povos do Império originaram crises locais.
A Rússia defendia o pan-eslavismo, pretendendo assim unificar os eslavos balcânicos, libertando-os da
confusão. Porem o Império Austro-Húngaro, protetor do Império Turco, demonstrava-se um forte concorrente
na causa.
A Sérvia encabeçou o movimento pan-eslavista nos Balcãs, buscando independência do domínio turco e
idealizando a formação da Grande Sérvia. Esta, com respaldo russo, promoveu diversas agitações nacionalistas.
b. Pan-germanismo
Os alemães se colocavam em um patamar superior às outras nações, considerando-se o povo mais educado e culto do mundo, mas que infelizmente não era compreendido pelos estrangeiros. O nacionalismo exacerbado da Alemanha durante o Segundo Reich fez com que clubes patrióticos e sociedades militares, como
a Liga Pangermânica, surgissem. Também preconizava a expansão da Alemanha com a incorporação de
todos os povos de origem germânica que habitavam a Europa Central.
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c. Revanchismo Francês
Quando a França é derrotada pela Alemanha na Guerra Franco-Prussiana é obrigada a pagar uma taxa
de indenização e ceder a Alsácia-Lorena para o Império Germânico. Com a perda da Alsácia e Lorena para a
Alemanha, a França sentia-se prejudicada com a exploração de seu antigo território, rico em jazidas de ferro
que contribuíam para o crescimento industrial da Alemanha. O orgulho francês não só havia sido ferido com a
perda, mas também com a necessidade de importar carvão, já que não conseguia obtê-lo por conta própria.
Propagandeado nas escolas, igrejas e na imprensa, o revanchismo alimentava o nacionalismo militarista
e o ódio aos alemães.
3. Política de Alianças
Esse clima de exacerbação nacionalista e disputas imperialistas deu origem a dois blocos antagônicos de
nações.
a. Tríplice Aliança
Em 1873, Otto Von Bismark, chanceler do Império Alemão, incentivou a fundação da Liga dos Três Imperadores, da qual faziam parte Alemanha, Áustria-Hungria e Rússia. A aproximação alemão-russa foi uma
tentativa de impedir que a primeira se aproximasse futuramente da França. Entretanto as discordâncias entre
a Rússia e a Áustria-Hungria sobre os Bálcãs acabou com a aliança em 1878.
Em 1882 o Segundo Reich firmou a Tríplice Aliança, unindo-se ao Império Austro-Húngaro e à Itália. A união entre alemães a austro-húngaros se explica pela necessidade de manter o equilíbrio interno do povo
alemão. Já a Itália participa do bloco por causa de seus confrontos com a França em relação a territórios da
Tunísia.
b. Tríplice Entente
Esse bloco foi sendo montado entre 1893 e 1907, bem depois do estabelecimento da Tríplice Aliança,
quase que em resposta à formação da primeira. Primeiramente houve um tratado franco-russo em 1893, em
contraponto ao envolvimento da Áustria-Hungria na questão dos Balcãs. Depois, foi estabelecida a chamada
Entente Cordiale (Entendimento Cordial) em 1904, que aproximava França e Inglaterra, fundindo os interesses econômicos dos dois países no plano internacional. As hostilidades franco-inglesas seriam esquecidas
em prol de um interesse comum: enfrentar o sucesso econômico da Alemanha, sua expansão colonial e seu
exaltado nacionalismo.
Em 1907 a Rússia e a Inglaterra se aproximaram, formando a Tríplice Entente.
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c. A Itália
Em meio a essa formação de alianças, a Itália se encontrava em posição desconfortável. Primeiramente,
cultivava sérios conflitos com a Áustria-Hungria por causas territoriais. E mesmo depois de estabelecida a
Aliança, a Itália ainda assinou secretamente tratados de não-agressão com a Rússia e a França.
Permaneceu na Tríplice Aliança até as vésperas da Guerra, mas quando o conflito iniciou-se, permaneceu neutra.
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III. Primeira Guerra Mundial
Com a Europa toda preparada, o cenário mais parecia um barril de pólvora, esperando por uma fagulha
para explodir. E essa fagulha veio em um de junho de 1914
1. O Atentado de Sarajevo
Em 1908 a Áustria anexa as regiões eslavas da Bósnia e Herzegovina, tomadas do decadente Império
Turco. Frente a isso a Sérvia vê cada vez mais distante o seu ideal de unificação eslava, e nos anos seguintes, com apoio russo, ela estimula diversas agitações nacionalistas.
Em 1912 um grupo de países balcânicos uniu-se para poder enfrentar o arruinado Império Turco. Contudo, Sérvia, Grécia, Bulgária e Montenegro acabaram desentendendo-se quanto a questão de divisão de territórios, um ataque à Sérvia foi promovido pela Bulgária em 1913, apoiado pela Áustria, mas foi frustrado graças à união sérvia com Montenegro, Romênia e Grécia. Ao mesmo tempo, os povos da Bósnia e Herzegovina
rebelavam-se buscando independência.
Em 1914 o herdeiro do trono austro-húngaro, Francisco Ferdinando, viaja a Sarajevo, capital da Bósnia.
Lá ele anuncia a formação de uma monarquia tríade (austro-húngara-eslava), o que elevaria a Bósnia e a
Herzegovina ao mesmo patamar de importância que a Áustria-Hungria. Todavia, pretendendo frustrar tal projeto, os sérvios planejam, juntamente com o grupo nacionalista Mão Negra, um atentado, e em 28 de junho
Francisco Ferdinando e sua esposa são mortos a tiros por um estudante sérvio em Sarajevo.
A Áustria culpou a Sérvia e exigiu que providências fossem tomadas em relação às organizações nacionalistas. O governo sérvio não encontrou uma saída conciliatória. Em 1 de agosto a Áustria declara guerra à
Sérvia. Imediatamente a Rússia se posiciona a favor da Sérvia e a partir daí o sistema de alianças é ativado.
2. Primeira Fase (1914-1915): Movimentação de tropas e equilíbrio das forças
A Alemanha enviou tropas em ajuda ao seu aliado austríaco, e franceses e russos intervieram em apoio
aos sérvios. A Alemanha tinha uma estratégia chamada Plano Schlieffen, que previa a guerra em duas frentes, primeiramente no Ocidente e depois no Oriente. Seria uma rápida e esmagadora ofensiva contra a França e depois uma operação militar mais elaborada contra a Rússia. Os alemães previam assim uma vitoria em
poucos meses.
Os alemães começaram a luta com um ataque à Bélgica, neutra, marchando depois rumo a Paris. A violação da neutralidade belga foi o pretexto para a Inglaterra declarar guerra à Alemanha. O plano francês era
invadir Alsácia-Lorena e proteger a fronteira belga; os alemães atacaram Liège. Na batalha do Marne os alemães foram derrotados quando a Rússia interferiu e obrigou o exército germânico a lutar em três diferentes
frentes, fato que o enfraqueceu muito e obrigou-os a retroceder para Leste, depois de perderem milhares de
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soldados e armamentos. Essa batalha salvou momentaneamente a França. Mas os alemães, não podendo
levar avante a investida inicial, firmaram-se no Nordeste da França, abrindo trincheiras, como o fizeram também os franceses, os ingleses e os belgas.
3. Segunda Fase (1915-1917): Guerra das Trincheiras
Em agosto de 1914, o Japão aliou-se à Tríplice Entente. Com isso, pretendia apropriar-se de colônias alemãs na Ásia e avançar sobre o território chinês. A Turquia se aliou à Tríplice Aliança. Assim, pode-se perceber que duas grandes massas de países europeus e aliados se unem, e, a partir desse momento, abrem-se
trincheiras em toda a frente ocidental.
Com o apoio das tropas alemãs, os austro-húngaros atacaram novamente a Sérvia e derrotaram o exército russo, que perdeu mais de 300 mil homens nesse conflito. A partir de 1915, os alemães passaram a utilizar
gases venenosos para auxiliar nos combates. Os britânicos executam uma tentativa falha de ocupação em
Istambul. Ainda nesse ano a Itália (desrespeitando o acordo com a Alemanha) e a Grécia aderem à Entente.
Em outubro de 1915 e agosto de 1916, a Bulgária e a Romênia, respectivamente, aliaram-se às Potências
Centrais (Aliança).
A utilização de tanques de guerra fez com que a Entente conquistasse a superioridade na guerra, pois
esses eram capazes de atravessar as trincheiras e destruir suas cercas de arame farpado. Os alemães por
sua vez passaram a utilizar submarinos e em contrapartida a Entente usou aviões para bombardear as potências inimigas. Em 1916, os alemães atacaram Verdun como estratégia para chegar a Paris. Para isso a Alemanha recruta mais de um milhão de homens. Já os franceses decidiram atacar os alemães entrincheirados
no Rio Somme. Somente nessas duas frentes mais de um milhão de soldados morreram de ambos os lados,
mas apesar disso, em nenhuma dessas batalhas houve um claro vencedor. A Alemanha, contudo, via frustrar-se novamente seu intuito de avançar sobre o território francês.
4. Terceira Fase (1917-1918): Entrada dos EUA, do lado da França e da Inglaterra.
Derrota da Alemanha.
Em 1918, após a revolução socialista e a tomada bolchevique de poder, a Rússia vê-se obrigada a sair
da guerra. O novo governo assina então um acordo de paz em separado, o Tratado de Brest-Litovski.
Vários países, entre eles Grã-Bretanha, os Estados Unidos, o Japão e a França, organizaram uma frente
contra os bolcheviques a fim de deter o avanço comunista. Com isso, a Alemanha viu uma oportunidade para
avançar mais rapidamente sobre os territórios inimigos ganhando posições. Em março de 1918, os alemães
conseguiram bombardear Paris. Entretanto, em uma nova batalha próxima à capital francesa, às margens do
Rio Maine, os alemães foram derrotados e começavam a sentir fortemente o desgaste da guerra. Além disso,
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os germânicos tinham de enfrentar agora mais um inimigo, os Estados Unidos, que declararam guerra às
Potências Centrais em abril de 1917.
A Entente começou a acumular vitórias contra os inimigos. Além da derrota de muitas tropas alemãs, a
Bulgária abandona a guerra em 1918 após ser derrotada por forças franco-britânicas. Entre outubro e novembro de 1918, foram os austro-húngaros e os turcos que assinaram o armistício, iniciando sua retirada da guerra. Com isso, novas nações começavam a se formar na Europa.
Restava somente a Alemanha, que decidiu fazer seu pedido de paz em carta ao presidente dos Estados
Unidos, Woodrow Wilson. Exigiu-se que os alemães abandonassem todos os territórios dominados, devendo
ainda o Kaiser (imperador) renunciar e Guilherme II abdicar ao trono. Ao mesmo tempo, eclodiu uma revolta
de marinheiros comunistas em portos alemães exigindo a renúncia do Kaiser. Defendiam a implementação de
uma República Socialista na Alemanha, seguindo a orientação russa. Sem saída, a Alemanha se rendeu e o
Kaiser renunciou, assumindo em seu lugar um governo civil com maioria do Partido Social Democrata. A
guerra acabou oficialmente em 11 de novembro de 1918, sendo decretado o cessar-fogo e o armistício (suspensão do conflito).
5. A Destruição Europeia e a Ascensão dos EUA
Enquanto a Europa estava em guerra, os EUA desenvolviam sua economia. Exportavam para a Europa e
ampliavam sua participação nos mercados industriais do mundo.
Na Europa havia o seguinte cenário: produção destinada à indústria bélica, território destruído durante a
guerra e população reduzida. Com isso os Estados Unidos da America encontraram uma situação favorável
para o seu desenvolvimento e crescimento no comércio exterior. Além dos fatores já citados, os EUA também
foram favorecidos por não terem seu próprio território destruído e nem o seu contingente populacional muito
reduzido, fazendo com que a suas vantagens frente à Europa crescessem ainda mais.
Para se reconstruir os países europeus precisaram de ajuda externa, e a principal fonte de apoio foram
os EUA, que ajudaram financeiramente e também passaram e exportar a eles produtos de primeira necessidade. Com essa situação, a Europa teve que abrir mão de suas reservas de ouro e desfazer parte de seus
investimentos no exterior para poder saldar essas dívidas adquiridas.
Além de se tornar a fonte de ajuda aos países europeus tanto para sua reconstrução quanto para as suas
necessidades mais simples, os americanos também se aproveitaram da fragilidade européia para passar a
administrar a exportação de produtos para outros continentes, como a América Latina e a Ásia, que antes
compravam produtos da Europa.
Portanto a primeira guerra foi o empurrão para a ascensão americana, pois com ela a Europa e os outros
continentes tornaram-se extremamente dependentes dela.
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IV. O tratado de Paz
Terminada a Grande Guerra reuniram-se em conferência, em Paris, os principais representantes das
nações aliadas para firmarem as condições de paz. Entre os delegados estavam representadas as cinco
grandes potências vitoriosas, além de outras, totalizando 32 nações presentes. Dessa reunião conhecida
como Conferência de Paz de Paris, resultou o Tratado de Versalhes, firmado na Galeria dos Espelhos do
palácio de mesmo nome, em 28 de junho de 1919.
As principais nações presentes, assim como seus interesses e delegados representantes, foram:
EUA: Defendia a paz permanente, que a Alemanha não fosse penalizada
Presidente dos EUA: Woodrow Wilson
Secretário de Estado dos EUA: Mr. Robert Lansing
França: Almejava reparação financeira, desmilitarização alemã e regiões vantajosas, Minas de Sarre, Alsácia
e Lorena.
1º Ministro da França: Georges Clemenceau
Ministro do Exterior da França: M.Stéphen Pichon
Grã- Bretanha: Requeria pagamento em dinheiro, supremacia no Mar do Norte, frota naval alemã
1º Ministro da Grã-Bretanha: David Lloyd Jorge
Ministro do Exterior da Grã-Bretanha: Mr. Arthur Balfour
Itália: Interesse na Região de Veneto ( Fronteira com o Império Austro-Húngaro)
1º Ministro da Itália: Vittorio Emanuele Orlando
Ministro do Exterior da Itália: Barão Sidney Sonnino
Brasil: Sem interesses
Brasil: Epitácio Pessoa (Presidente)
Bélgica: Reparação dos danos e as cidades alemãs de Eupen e Malmedy
Bélgica: M. Paul Louis Adrien Henri Hymans
Iugoslávia: Sua independência, e a Macedônia e a Croácia, territórios da Bulgária e Hungria, respectivamente
Iugoslávia: Nikola Pasic (Por muitos anos primeiro-ministro da Sérvia)
Grécia: Trácia, pertencente à Bulgária e a Turquia Europeia.
Grécia: Primeiro-Ministro Eleutherios Venizelos
China: Concessões alemãs na China
R. da China: Chengting Thomas Wang
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Japão: Concessões alemãs na China
1º Ministro do Japão: Marques Saionji
Polônia: Queria sua independência, território com acesso ao mar e a região de Soldau que pertencia a Prússia Oriental
Polônia: Roman Dmowski
Cuba: M. Antonio Sanchez Bustamante
Portugal: Egas Moniz
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V. Imprensa
1. L’Illustration
O jornal francês L‟Illustration (“A Ilustração”, em francês) foi fundado em 1843, por Édouard Charton,
uma eminente figura literária da França do século XIX, sendo membro de outros importantes meios de
comunicação do país como Magasin pittoresque.
Suas publicações eram feitas semanalmente e a primeira delas ocorreu em 4 de março de 1843, somente
na cidade de Paris.
O fato pelo qual L‟Illustration se tornou um dos jornais mais lembrados da história, foi o uso constante
de ilustrações e fotografias da Primeira Guerra Mundial. Até o início do século XIX, publicações que continham imagens eram restritas e raras, devido ao pouco desenvolvimento tecnológico.
Em 1891 ele se tornou o primeiro jornal francês a publicar uma fotografia e, em 1907, o primeiro a
publicar uma fotografia a cores. As ilustrações eram feitas por profissionais renomados.
Além da qualidade imagética, o jornal se destacou por desenvolver uma ideologia extremamente
patriota. No começo da guerra, os textos eram curtos e com poucas informações, porém com o
desenvolver do conflito os textos apresentados foram tornando-se cada vez mais longos, cheios de
informações e explicativo.
As primeiras publicações da época de guerra se voltavam principalmente para os conflitos que
envolviam a França, evocando o nacionalismo da população, porém com a entrada dos EUA na guerra,
assuntos americanos começaram a ser tratados com frequência.
Além de jornalistas franceses, L‟Illustration também utilizou de serviços de jornalistas de outras
nacionalidades como: Robert Vaucher, que era suíço. Além disso, alguns de seus escritores escreviam através de outros países, para melhor informar a população.
2. Die Wochenschau
O início da publicação Die Wochenschau se deu com a sua fundação em Berlim, na Alemanha. Davase por uma revista, publicada semanalmente.
Sua área de veiculação se deu somente dentro da Alemanha, já que a posição da revista era contrária
à das demais publicações do período de guerra.
Ao passo que quase a totalidade dos demais jornais e revistas, quaisquer seu país de origem, publicavam
textos que se posicionavam claramente contra a Alemanha e sua política, Die Wochenschau mostrava-se,
acima de tudo, nacionalista, defendendo com afinco a posição de seu país.
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Assim como em outros veículos de comunicação da época, a revista fazia muito uso de fotografias, devido
ao avanço da tecnologia que permitia a obtenção das mesmas.
Durante os anos de guerra, ela apresentava notícias dos acontecimentos mais recentes seguindo o estilo
típico alemão: muitas fotos, artigos que contavam sobre a vida nas linhas de frente, textos sobre a
reconstrução de infraestruturas danificadas em seu terrítórios e sobre a necessidade de instalações sanitárias
e culturais para as tropas.
Os textos sempre tratavam de questões morais, supervalorizandos os cidadãos alemães.
Die Wochenschau mostrou-se como um dos maiores e mais marcantes meios de comunicação durante a
Primeira Grande Guerra, sendo apontado como uma das publicações com maior circulação durantes este
período.
3. Il Popolo d’Italia
O jornal italiano Il Popolo d’Italia foi fundado em novembro de 1914, por Benito Mussolini, no período de
apenas uma semana, após ser expulso do Partido Socialista Italiano. Suas publicações foram uns dos principais veículos percursores do movimento fascista na Itália, após a Primeira Guerra Mundial e, além disso, advogavam a favor do militarismo e da não redenção, com textos de denúncias e propostas revolucionárias.
Para a criação do jornal, Mussolini contou com a contribuição de diversas indústrias, editoras e de civis,
que financiaram as primeiras medidas necessárias para a criação do jornal.
No jornal, Mussolini tinha como principal objetivo espalhar seus ideais sobre seu objetivo de aumento da
taxa de natalidade italiana. Em uma de suas primeiras edições chegou a publicar a seguinte citação: “De hoje
em diante somos todos italianos. Italianos e mais nada. Agora que o aço atingiu o aço, um único grito vem do
nosso coração: Viva l'Italia!”. Esse trecho foi considerado o grito de nascimento do fascismo.
VI. Applications
1. O que é o Application
O Application é um texto de total autoria do candidato, que deve ser enviado para a diretoria do comitê para
que tenha a chance de conseguir a representação que deseja.
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2. Como deve ser
a. Representações Padrões
Antes da elaboração do texto, o candidato deve verificar a lista de representações e escolher cinco
nomes como opções de representação, porém o texto deve ser feito com base em apenas uma representação, que deve ser a mais desejada pelo candidato. Os nomes devem estar em ordem de preferência, sendo o
primeiro nome o da representação usada pra elaboração do texto, e os outros quatro, opções secundárias
caso não consiga a representação inicial (o sistema de seleção de applications está explicado mais a frente).
Após as escolhas, o candidato deverá redigir um texto que contenha a posição política de sua representação em vista das crises e revoltas presentes no mini-guia. O application deve ser redigido com fonte
Arial ou Times New Roman tamanho 12 com espaçamento e margens padrão, ocupando de 20 a 30 linhas.
Para que o application tenha qualidade, é aconselhável que o candidato faça uma pesquisa acerca da representação escolhida além do mini-guia. O candidato que redigir um texto para ter uma representação padrão
não pode optar secundariamente por uma representação na imprensa.
b. Imprensa
O candidato às vagas de imprensa tem como objetivo redigir um texto – dentro das mesmas especificações
das representações gerais - expondo a posição do Jornal escolhido em relação ao assunto tratado pelo comitê, além da maneira como é escrito e sua possível influência nas decisões internas. A primeira e a segunda
opção de jornal devem ser indicadas, mas o texto só deve ser feito para a primeira. A terceira opção será
automaticamente o jornal não escolhido. Os padrões de escolha são os mesmos para as representações
padrões.
3. A entrega
Depois de terminado, seguindo todas as instruções citadas acima, o application deve ser enviado para o email [email protected] até o dia 23 de maio.
4. Seleção dos Applications
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Os applications serão lidos pelos diretores e julgados pela sua qualidade. Se apenas um delegado fizer application para uma representação, este conseguirá a vaga - se o texto estiver dentro das normas explicadas
anteriormente. Caso haja mais de um application para a mesma representação, os diretores do comitê irão
comparar a qualidade dos dois e decidir qual dos delegados ficará com a representação em questão, sendo
que o delegado que não conseguir ficar com a representação inicial ficará automaticamente sua segunda
opção. Caso dois delegados não consigam a primeira opção e tenham suas segundas opções coincidindo,
seus applications serão comparados, e o candidato que produziu o texto de maior qualidade ficará com a
representação - mesmo que o texto não tenha ligação com a nova opção - e assim sucessivamente. Os delegados serão informados se conseguiram a representação que desejam por um e-mail de notificação enviado
pela diretoria do comitê.
5. Propostas de Applications para o Comitê
a. Representações Padrão
O candidato deve escrever um texto seguindo as regras explanadas acima respondendo à seguinte proposta:
Qual seria a prioridade de seu país na Conferência e por quê?
Não se esqueça de justificar claramente a proposta.
b. Imprensa
Na qualidade de jornalista do veículo de comunicação escolhido, o interessado deverá enviar uma proposta
de reportagem do jornal de seu interesse, anunciando a assinatura do Tratado de Versalhes. Essa reportagem deve manter a linha editorial do jornal de sua escolha e conter a posição do jornal perante esse acontecimento, buscando reiterar a importância do mesmo para a história da humanidade.
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