162 A. Gonçalves da Cunha mais tarde dâo origem a plastos. Emitimos assim a opiniâo de ç(ue os plastos tëm origem na diferenciaçao dos elementos granulosos do condrioma, os quais passam previamente pela forma de condriocontos. N o vérticeve getativo de Anacharis (Elodea) canadensis, por exemplo, pudemos verificar que, ñas células mais novas, há apenas mitocôndrias granulosas e alguns bastonetes, sendo raros os condriocontos. E m células um pouco mais diferenciadas, nota-se aumento de número dêstes últimos elementos. As mitocôndrias granulosas e os bastonetes evoluem de maneira diferente da dos condriocontos, visto que se alongam, transformando-se em condriocontos. Estes, pelo contrario, começam a dilatar-se em um ou dois pontos, dando origem a plastos que bem de pressa se impregnam de clorofila. A s mitocôndrias granulosas e os bastonetes, urna vez transformados em condriocontos, começam também a produzir plastos. A certa altura, quando a célula atinge a diferenciaçâo completa, nâo se formam mais cloroplastos, e as restantes mitocôndrias granulosas, já entâo transformadas em condriocontos, ficam nesse estado na célula adulta. Entre as formas de transiçâo dos condriocontos para os cloroplastos, pudemos observar figuras fusiformes e em baltere. Emitimos entâo a opiniâo de que os condriocontos podiam dar origem a um plasto mediano ou a dois terminais, o que corresponde às duas formas citadas. Mais tarde pudemos também observar formas de transiçâo em vírgula, as quais correspondem à formaçâo de um só plasto terminal em cada condrioconto. Últimamente Miss HELEN SOROKIN ( 4 ) , estudando o condrioma e os plastos das células de Allium Cepa L., atribuiu as formas em baltere, que observamos, a aspectos de diplosomas, que tëm. sido interpretados como estados de divisâo de mitocôndrias granulosas. Este trabalbo de Miss HELEN SOROKIN levou-nos a estudar os aspectos do (4) Bot., M i t o c h o n d r i a a n d plnstids in living cells o f Allium X X V , 28, 1938. Cepa, Am. Journ.